100 DIAS DA GESTÃO FERNANDO HADDAD
Cidade plural, vibrante, criativa, multicultural.
Assim é São Paulo, a capital financeira do Brasil, uma das mais importantes metrópoles do mundo, reconhecida internacionalmente, inclusive pela grande mídia global.
São Paulo, a nossa "Sampa", que agora tem no comando um homem refinado, preparadíssimo, antenado com o que há de mais avançado no planeta, entra no terceiro milênio "com os dois pés", para alcançar em alguns anos o posto de uma das principais capitais do mundo.
Cobertura de jornais internacionais revelam São Paulo ao mundo
Nelson de Sá
Apesar do interesse internacional pelo Rio devido à Copa e à Olimpíada, em janeiro, a sede do "New York Times" pediu a seu correspondente no Brasil uma longa reportagem sobre cultura e estilo em São Paulo.
Também no início do ano, a chefe do escritório da CNN no Brasil, Shasta Darlington, decidia qual cidade seria alvo de uma série de reportagens: São Paulo ou Rio? Ganhou São Paulo.
As reportagens saíram nas últimas duas semanas, no jornal e na TV. O viés foi francamente positivo. "A nova nova São Paulo", deu o "NYT". Na CNN, "São Paulo: capital cultural do Brasil".
Editoria de arte/Folhapress |
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Correram o mundo as cenas dos bares Caos e Z Carniceria, no Baixo Augusta; do Cine Joia, reaberto para shows na Liberdade; do Beco do Batman, na Vila Madalena; da Jam Olido, na galeria de mesmo nome; e até do Minhocão, ao som de Racionais.
"O centro é a parte de São Paulo que mais me fascina", diz o correspondente Simon Romero, do "NYT", que morou na Bela Vista, região central, nos anos 90 e hoje dirige o escritório do jornal no Rio.
Já quando a CNN precisou decidir onde estabelecer seu estúdio no país, há dois anos, optou por São Paulo, com vista para a Marginal Pinheiros.
"Decidimos que era mais sério criar o escritório na capital financeira", diz Darlington. "Adoro o Rio, mas queremos tratar o país com uma cobertura mais séria."
Outra face da cobertura internacional sobre São Paulo é a imagem de sua opulência financeira, destacada regularmente, por exemplo, no "Wall Street Journal".
O jornal econômico chegou a eleger no ano passado um "símbolo oficial do boom de investimento" no Brasil: a torre Malzoni, na avenida Faria Lima, onde se instalaram o banco de investimento BTG Pactual e o Google.
Outros símbolos poderiam ser os restaurantes de cozinha premiada e os helicópteros em revoada às sextas, lembrados pelos correspondentes do "Financial Times" e da "Economist".
MUNDO LIVRE
Com tais imagens sendo transmitidas ao mundo, São Paulo tem como conquistar a grande feira mundial Expo 2020? E o que a campanha lançada por Gilberto Kassab (PSD) no final de seu mandato e abraçada agora pelo prefeito Fernando Haddad (PT) poderia destacar?
Para o publicitário Nizan Guanaes, a cidade "tem algo que não é tangível, que é a energia de São Paulo, uma energia do novo mundo, livre, de uma cidade plural". Grande rival na disputa, "Dubai não tem isso".Também não tem sua "criatividade".
Outro ponto para Guanaes é a necessidade de São Paulo contornar a burocracia, espelhando-se na experiência do Rio para a Copa. "Se São Paulo vai querer ser competitiva, não pode ficar num mar de regras", diz ele.
O arquiteto e urbanista Jorge Wilhelm vai pela mesma linha. A cidade "é considerada uma metrópole criativa, dinâmica", e "é preciso saber mostrá-la sublinhando as suas peculiaridades".
Pragmaticamente, defende destacar as "boas condições de turismo receptivo" e, entre as lições cariocas da campanha pelos Jogos, a presença do presidente Lula na busca de votos para a cidade.
Problemas não faltam, admitem o publicitário e o urbanista, citando infraestrutura como exemplo.
Já a chefe do escritório da CNN, moradora de Pinheiros, aponta um desafio principal, se São Paulo quer atrair eventos: "Sem melhorar o transporte, não é uma cidade boa nem para morar".
FSP Online
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