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sábado, 20 de agosto de 2011

Até onde vai a estupidez humana?



Rodeios, rinhas de galo, brigas de passarinhos, de cachorros... a estupidez humana não tem mesmo limites.


Crianças são ensinadas a desrespeitar, abusar, ferir, agredir, machucar, destruir, matar, assassinar animais, na Festa da Boçalidade de Barretos. A cidade que me perdoe...


Proteste! Denuncie! Boicote!


Crianças montam em carneiros na 
Festa do Peão de Barretos


Animais são usados em competições no espaço infantil. 

Meninas e meninos com até 25 kg podem participar.


Paulo Toledo Piza


Não são apenas touros e cavalos que são usados em montarias na Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, no interior de São Paulo. Peões mirins com até 25 kg encararam na tarde deste sábado (20) carneiros em uma arena erguida no Rancho do Peãozinho, espaço infantil situado no Parque do Peão, que conta com diversas atividades para as crianças, inclusive um minizoológico.

Peãozinho encara carneiro em arena em Barretos 
(Foto: Paulo Toledo Piza/G1)

A montaria em carneiro é bem parecida com a montaria em touro ou cavalo, guardadas as devidas proporções. Há música, apresentações de meninos cantores, narração e até pontuação de júri formado por especialistas em rodeios.

Um dos participantes foi o pequeno Felipe Souza, de 6 anos. Em sua quarta participação no rodeio infantil, ele estava feliz por ter conquistado a segunda colocação. “Foi a melhor posição minha”, disse, orgulhoso, enquanto segurava um diploma que atestava sua conquista.

O garoto, que desde os 4 anos cavalga, disse que quer seguir carreira de peão. “Quando eu subir na vida e beber cerveja eu vou montar em rodeio”, disse. Seu pai, porém, desaprovou a opção do filho. “Rodeio é bom para assistir. Só. É muito perigoso”, disse o diretor de compras Hércio Dias de Souza, de 51 anos.

Ao contrário da montaria em touros adulta, no rodeio de carneiros as mulheres também podem participar. Maria Clara Bigatti, de 7 anos, mostrou coragem ao subir pela segunda vez em um carneiro. “Eu quero continuar. Quero montar em touro”, disse, após ser questionada sobre seus planos de carreira.

Fã número um da menina, seu pai, o comerciante Eduardo Bigatti, de 29 anos, disse que vai a Barretos apenas pela filha. “Ela pede sempre para vir para poder montar no carneiro. Ela é radical.” Sobre o futuro da menina, ele afirmou que irá apoiá-la. “Vou estar com ela se quiser continuar na montaria em cavalo.”

As provas no Rancho do Peãozinho acontecem enquanto ocorrer a Festa do Peão, que vai até 28 de agosto. As competições das crianças acontecem a partir das 16h30.




Quedas são comuns também no rodeio de carneiros 
(Foto: Paulo Toledo Piza/G1)


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Capitalismo pervertido e psicopata

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Pirataria, papagaio de pirata e psicopatia


O pirata agia geralmente encoberto por um país que queria destruir as riquezas de outro. A pirataria era um estado de guerra não oficial, usando a experiência, a violência, a crueldade, a estupidez, a voracidade de lucros e riquezas de espertos oficiais, já que, naqueles tempos, o tráfego e o tráfico se faziam através do grande Mar-Oceano.


As telas hollywoodianas lembram estas figuras: a espada afiada na cinta, a perna de pau, um tapa-olho no rosto, um bandó cobrindo os cabelos, os tradicionais papagaios de piratas e a bandeira da rapinagem que era hasteada na hora da tradicional abordagem, dois ossos cruzados e um osso de crânio significando a morte, botim e roubo de riquezas. Honrarias e títulos de nobreza patrocinavam a pirataria, mas sempre negavam esses fatos, uma espécie de “acordo de piratas”.

Saindo das telas de Hollywood, não por acaso o pirata e suas piratarias tornaram-se a grande metáfora do modelo capitalista: o capitão-piratão, atualmente capitaneado exatamente pelas elites norte-americanas, secundado por uma quantidade imensa de papagaios de pirata do resto do mundo (as elites locais) com suas riquezas, violências, polícias, leis feitas para sua proteção, com uma mídia-pirata amestradíssima. Há os papagaios maiores, com enorme prestígio, os papagaios de médio prestígio, os papagaios de pequeno prestígio, dependendo da riqueza a ser espoliada do país, mas que se articulam muito bem no Congresso Multinacional de Piratas e Piratarias. Afinal, lucro é lucro, botim é botim, em pequena, média ou grande escala.

O modelo capitalista é um pirata gigante que saqueia tudo: riquezas, pessoas, terras, justiça social, Saúde, Educação... Perguntamos: de que forma o pirata age?

Na Saúde,a doença torna-se objeto de lucro, as pessoas viram mercadorias, as indústrias multinacionais da doença (laboratórios, empresas de planos de saúde (saúde?)), que vão passo a passo pirateando o serviço público. O modelo capitalista necessita, como o pirata, da doença e da dor para sobreviver.

Na Educação, o piratão precisa desqualificar o ensino, tornar o aprendizado objeto de lucro e rapinagem, “ensinando” somente o que lhe interessa, através de uma visão formal, moralista, visando seus únicos e exclusivos interesses. Precisa da ignorância e da despolitização para sobreviver.

Na Agricultura, o grande lucro vem dos agrotóxicos que envenenam a população (o Brasil é o maior consumidor mundial (5.2 Kg /ano deste veneno por habitante), e das sementes transgênicas, os “piratas” que estão em todas as nossas mesas (legumes, frutas, cereais). Precisam envenar o meio ambiente para sobreviver e ter cada vez mais lucro.

A falta de Justiça Social, o piratão-mor, aliena o trabalhador, obrigando-o a exercer somente um trabalho mecânico, gerando lucros sobre lucros, a tradicional “mais-mais valia”. Desse modo, usa a repressão, a polícia, as ameaças, o terrorismo. Precisa necessariamente do autoritarismo e da força bruta para sobreviver. Chega de piratagem com nossas vidas.

Como age o pirata e sua pirataria? Conhecido na psiquiatria, o psicopata é um indivíduo com uma espécie de “defeito” na sua personalidade, não sentindo a menor culpa dos seus atos. Violenta uma pessoa e, em seguida, vai tranquilamente tomar um cafezinho, como se nada tivesse acontecido.

Psicopatas? Quem não os conhece?

O resultado final da equação é: a soma de P de pirataria mais P de psicopatia é igual ao modelo capitalista. Cruel e perverso como pirata, a espada afiada da violência sempre empunhada, perna de pau, tapa-olho, cabeça coberta mostrando sua doença e psicopatia, a bandeira da morte com a caveira e os ossos do lucro e da rapinagem sempre hasteada no topo do mastro. Não esquecendo os papagaios de piratas que têm orgasmos com as piratarias do chefe-mor. E se as rapinagens não forem suficientes, declara-se uma guerra, usando o papagaio midiático bem amarrado no seu poleiro, repetindo sem parar o que interessa ao piratão.

O princípio básico do Direito é a vida, a Medicina trata das doenças; a Saúde provém da Justiça Social. A ciência e os movimentos sociais mudaram o mundo e continuam mudando até hoje, e cada vez mais por fome e miséria. O contraponto à crueldade da pirataria, à violência, ao autoritarismo, à barbárie é a luta de classes que prega a transformação social.

Basta de piratas, piratarias, papagaios de piratas, psicopatias, modelo capitalista... Vamos amarrá-los bem amarrados e jogá-los do trampolim no fundo do mar, como nos filmes. O máximo que podemos suportar em matéria de pirata são os brinquedinhos para crianças, fantasias de carnaval, filmes de Hollywood bem coloridos e movimentados, com um final feliz, excluindo naturalmente os piratas e sua tripulação que vão ser castigados e ter um triste fim. A perversão da pirataria e do capitalismo não é invencível. A tarefa é árdua, mas tudo tem um começo, um apogeu, um final. E, de crise em crise, o capitalismo vai afundando e a nossa tarefa é afundar também definitivamente a doença, a dor, o preconceito e fazermos juntos florescer a Justiça Social com P de política, P de pessoa, exercendo a cidadania e o direito à vez, à voz, à vida. 

Contribuição do médico Daniel Chutorianscy. E-mail: trenzinhocaipira@vnet.com.br

Indicação: Vera Vassouras.


Direto da Redação


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