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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Blogueira Yoani Sánchez está chegando...


Ela já saiu de Cuba e dentro de algumas horas estará desembarcando em terras brasileiras, no Recife.

Queiram ou não os "blogueiros sujos", que torcem o nariz para ela, a blogueira dissidente Yoani Sánchez, crítica do regime cubano, é uma celebridade mundial e sua saída de Cuba é um fato jornalístico importante. E tudo isto é bom para a Blogosfera, acreditamos. Esta mídia alternativa, disponível a parcela considerável da população, vai se firmando como meio de comunicação, não só para jornalistas, mas de todos os cidadãos que desejam produzir e veicular conteúdos.

Seja bem-vinda ao Brasil, Yoani!


                                                                                        Alejandro Ernesto/Efe

Blogueira ativista cubana se diz "feliz" por viagem internacional

Da EFE, em Havana


A blogueira e ativista política Yoani Sánchez se disse "feliz" por causa da viagem que iniciará neste domingo a dez países. As visitas começarão pelo Brasil e a deixarão fora de Cuba por 80 dias.

Sánchez, contudo, afirmou ter um sentimento "agridoce" pelas limitações ainda vigentes mesmo após a reforma migratória de seu país.

Após receber mais de 20 recusas nos últimos cinco anos para poder viajar ao exterior, Yoani Sánchez embarcou em Havana rumo ao Brasil, primeira escala da viagem que a levará também a República Tcheca, Espanha, México, Estados Unidos, Holanda, Alemanha, Peru, entre outros.

Com o sentimento de ter "ganhado uma pequena vitória pessoal, jornalística, cidadã e jurídica", a autora do blog "Geração Y" disse ter a impressão de estar vivendo "um sonho".

"É uma vitória limitada, porque a reforma migratória de Cuba ainda não contempla a possibilidade de entrar e sair da ilha como um direito inerente pelo mero fato de ter nascido neste país", disse a blogueira em entrevista no aeroporto de Havana.


                                                                                Adalberto Roque/AFP
Yoani embarca rumo ao Brasil para participar do lançamento do documentário 
"Conexão Cuba-Honduras", do diretor brasileiro Dado Galvão

Yoani Sánchez afirmou que sua principal bagagem é seu desejo de se conectar livremente à internet e de conhecer o mundo e sua realidade "com seus claros e escuros".

"O mais importante não levo na mala, levo aqui", disse a blogueira, apontando para sua cabeça.

Em janeiro, as autoridades cubanas outorgaram a Sánchez o passaporte que ela solicitou após a nova reforma migratória que flexibiliza as viagens dos cubanos ao exterior e eliminou embaraçosos e custosos trâmites como a permissão de saída para fora do país.

Embora ainda estejam vigentes algumas restrições nas idas ao exterior para os cubanos, nos últimos dias puderam viajar sem problemas alguns críticos do regime, como o engenheiro de computação Eliécer Ávila e Rosa María Payá, filha do falecido opositor Oswaldo Payá.


Folha Online

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O Efeito Lúcifer e o Exército de Anticristos


O Mal existe. E tem gente que simplesmente não presta.
             (Glória Perez, falando do assassino de sua filha, e de outros psicopatas)


Olhem em volta. Não precisa ir muito longe. Nem para a Síria nem para o Iraque... 

Vejam a Energia da Destruição em ação. 


Astorga, norte do Paraná, pequena e graciosa cidade, famosa por sua arborização, janeiro de 2012



Uma avenida inteira (!!!), no centro da cidade, teve suas árvores destruídas. Mais de 1 quilômetro de devastação. Fotos: Fábio Zuliani


Antes e depois da barbárie.


Cidade de São Paulo, Engenheiro Goulart, Penha, 2011

                                    








Jardim da casa da blogueira. Cheflera envenenada em 2011. Imagem: GoogleMaps












Quintal da casa da blogueira. Bananeira envenenada nos últimos dias de 2012, junto com outras plantas e árvores. Imagem do arquivo pessoal da blogueira.



Alguém duvida de que há um Exército de Anticristos atuando no mundo?


Efeito Lúcifer

O psicólogo americano Philip Zimbardo realizou no ano de 1971 um experimento curioso. Selecionou de mais de 200 candidatos apenas 12 jovens com um perfil psicológico saudável e com desempenho social acima de qualquer suspeita.


Anjo caído

Seis dos jovens seriam os carcereiros e os outros seis seriam os prisioneiros e deveriam tratar-se como tal. O experimento que deveria ser realizado em duas semanas teve que ser interrompido em seis dias. O motivo foi simples: os jovens carcereiros já estavam submetendo os jovens prisioneiros a pequenos atos de submissão, humilhação e tortura.

Graças a essa análise Zimbardo desenvolveu uma teoria que ele chamou de Efeito Lúcifer.

Baseou seu raciocínio no mito do anjo preferido de Deus que sucumbiu ao orgulho, tentou tomar o posto do Altíssimo e por isso foi expulso do céu e condenado ao inferno.

O psicólogo – professor da Universidade de Stanford – notou que pessoas ditas “normais” podem realizar ações maldosas, sob certas circunstâncias, como qualquer pessoa considerada criminosa.

Ele afirma que as pessoas fazem o mal justificadas por uma razão distorcida que favorece os próprios motivos em desfavor dos outros.

Realizamos o mal em busca de exercer poder sobre os outros, afirma Zimbardo.

Ele diz que a pessoa comum vai trilhando 7 passos em direção ao Mal:

1 – Negligenciando a capacidade de fazer o mal, o primeiro pequeno passo:

Ex: “Afinal, que mal tem?”


2 – Desumanização dos outros:

Ex: “Ele bem que merecia!”


3 – Auto-preservação no anonimato:


Ex: “Todo mundo faz, qual o problema?”


4 – Difusão de responsabilidade pessoal por meio de um grupo ou justificativa racional:

Ex: “Várias pessoas já me disseram que não tem problema, realmente não tem problema!”


5 – Obediência cega à autoridade:

Ex: “Todo mundo fez, eu fiz também!”


6 – Falta de crítica à conformidade com normas de grupo:

Ex: “Realmente não acho que tem problema!”


7 – Tolerância passiva do mal através da inação ou indiferença:

Ex: “Eu não estou nem aí para esse tipo de gente!”


Segundo ele, essa é a escalada da pessoa em direção ao Mal.

Essa teoria vai completamente ao encontro da idéia da sombra. A sombra é sempre um aspecto 
de nossa personalidade rejeitado e julgado como algo mal, desprezível e condenável.

Você agrediria uma pessoa querida?

A resposta imediata seria não.

Mas diante de uma justificativa como abandono, traição e menosprezo, você poderia se resguardar moralmente por meio de motivos pessoais a tal agressão: “Fiz isso porque fulano mereceu!” Aí está aberta a primeira concessão para o chamado Mal.


O que você pensa que poderia fazer de mal em nome de um bom motivo?




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Ensaio sobre a Bestialidade Humana


Elas derrubam e envenenam plantas e árvores, maltratam e assassinam animais doceis e indefesos, lesam, roubam, se apropriam do que não lhes pertence, têm "orgasmos múltiplos" diante de dinheiro fácil, carros novos, bens materiais e tudo o que lhes traga status e preencha seu vazio existencial.

Elas conjugam o verbo "Ter", não o verbo "Ser".

"Compro, logo, existo..."

E não se importam nem um pouco se para conseguir essas futilidades mundanas e passageiras tenham que pisotear quem estiver pela frente, formar quadrilha e passar a ser membro do mundo do crime.

A estupidez humana é mesmo infinita.



Besta Humana



Nicete Campos* 





Desde os primórdios o homem tem se mostrado cada vez mais decepcionante, desafiando as leis da evolução natural (ou seria uma evolução naturalmente maligna?). As causas variam conforme a necessidade/vontade se lhe apresenta. Antropologistas tentam explicar as diferentes culturas tribais, as interferências externas e suas necessidades adaptacionais. Apela-se para o bom senso de respeitar as diferentes culturas sem a censura rançosa causada pelo não conhecimento, não questionando se uma é melhor ou pior do que aquela em que se está inserido.

Historiadores e outros cientistas afins colaboram para a montagem de um quadro humano recheado de informações técnicas levando o leitor interessado no assunto a ter um panorama lotado de dados numéricos, geográficos e culturais, o que é bastante relevante levando em consideração o trabalho gigantesco que fazem para a compreensão e perpetuação da história do homem.

Infelizmente, apesar dos avanços tecnológicos e de tantas boas conquistas feitas por alguns homens de bem, a grande massa disforme de humanos continua a praticar barbaridades ideológicas de cunho religioso, moral e social. Para que possam cultuar o mal, e por covardia mesmo, formam sub-tribos que se comprazem em dividir seus feitos maléficos e devastadores.

O chamado “Efeito Lúcifer”, de Philip George Zimbardo, doutor em Psicologia, Sociologia e Antropologia, descreve perfeitamente bem as situações em que um ser “bom” pode transformar-se em um “monstro” quando, dependendo do tipo de situação em que se encontra, consegue colocar de lado suas convicções pessoais, seus valores morais e praticar atos jamais imaginados. Sabe-se que fatores ambientais e comportamentais influenciam as atitudes do sujeito, prevalecendo ora uma, ora outra.

De qualquer modo, quando se forma uma “trupe” travestida de máscara duvidosa, uniforme em sua maneira de pensar e agir, a consequência é desastrosa. Quando o “mal” tem em seu ponto de partida a paixão afogueada pelos prazeres letais e resolve abocanhar mais seguidores, fica mais fácil se misturar onde a ignorância e o fanatismo imperam. Assim, como numa enxurrada após uma forte chuva, vão arrastando e condensando num só esgoto um número infindo de massa humana podre.

O mesmo poderia acontecer com o “bem”, mas não acontece. É assim porque é! Não adianta mais desculpas esfarrapadas do tipo: falta de amor ao próximo ou quaisquer outras exclamações religiosas. O homem se enrolou em suas próprias teias, e a história sobre a sua atual cultura e evolução deverá receber um nome complicado e difícil de ser lido e pronunciado, legando assim, ao futuro, um código a ser desvendado.


Nicete Campos é jornalista, membro do Grupo REBECA (Rede Brasileira de Educomunicação Ambiental) e colunista do Portal Mais Interior.


Mais Interior

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