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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A "caça ao Lula" e o Golpe em andamento


"A mídia privada esconde o Brasil e se dedica a dar golpes políticos com o apoio de uma Procuradoria Geral e de um Supremo extremamente reacionários e conservadores. O momento é de judicialização da política, porque a direita brasileira sabe que quando esteve no poder não fez nada para melhorar a vida dos cidadãos e com isso proteger a cidadania. O PSDB e seus apoiadores apenas governaram para os ricos. Por causa disso, rapidamente perceberam que, por intermédio do voto, vai ser muito difícil vencer eleições contra candidatos trabalhistas. Não tem como fugir dessa realidade, a não ser enfrentá-la, mesmo se for por meio de expedientes desonestos, ilegais, manipulados e distorcidos."

"Os índices de aprovação de Lula e de Dilma são altíssimos e por isso e por causa disso se tornou imperativo apelar para o golpe aos moldes de Honduras e Paraguai. É dessa forma cínica e desprezível que a banda toca por esses pagos. Os barões da imprensa, os representantes mais atrasados e reacionários da classe empresarial, não se conformam que os inquilinos da Casa Grande fiquem fora do poder central no âmbito do Executivo. Estão há dez anos sem sentar à mesa do gabinete da Presidência da República, o que lhes causa urticária e um rancor à base de adrenalina e do fel da bílis."

"Contudo, tal grupo empresarial é requisitado e bajulado por alguns seres mortais que usam capas de Batman e realizam seus julgamentos como se fossem as novelas da TV Globo, onde a falta de senso crítico mancomunada com a vaidade e o orgulho levaram homens a serem condenados sem provas de terem cometido malfeitos, o que não importa, porque é necessário para a direita brasileira criminalizar o PT, derrubar, se conseguir, o governo trabalhista de Dilma Rousseff, mas, sobretudo, calar o presidente mais popular da história do Brasil, se possível algemá-lo, porque o que importa é que ele fique impedido de falar, de fazer política e principalmente parar de eleger verdadeiros 'postes', a exemplo de Dilma e Haddad. É a direita do fracasso eleitoral retumbante, que, sem voto, aposta no golpe e com a cooperação de certos batmans da PGR e do STF."

"Incomoda demais às perversas, preconceituosas e violentas elites brasileiras herdeiras da escravidão ter de ver um operário metalúrgico se transformar em um pop star de grandeza internacional, como bem demonstram as dezenas e dezenas de homenagens recebidas por Lula no Brasil e no exterior e que são devidamente boicotadas e escondidas pela imprensa burguesa de caráter bárbaro. Dói na alma dos elitistas provincianos e de pensamentos colonizados ver o estadista Lula ser protagonista da criação do Brics, do G-20, da Unasul, do fortalecimento do Mercosul e do aterramento da Alca, que somente tinha o propósito de fazer com que os produtos dos EUA entrassem nos países da América do Sul livre de barreiras alfandegárias. São esses fatos que incomodam os barões da imprensa, os seus sabujos 'especialistas' em coisa nenhuma, a não ser em distorcer e manipular as realidades e até mentir se for preciso." 

"A luta pelo poder se dá no campo do sistema midiático privado, que pauta a vida política brasileira. A direita não vence pelo voto. Vence por meio do golpe. Historicamente é assim. O caminho que esses caras de direita encontraram é o da judicialização e da criminalização da política e do partido que está no poder — o Partido dos Trabalhadores. O resto é conversa para boi dormir. Urge calar o operário. Se possível desmoralizá-lo, sangrá-lo e prendê-lo. A direita matou Getúlio e Jango. Os trogloditas humilharam vergonhosamente o presidente Juscelino Kubitschek. Ponto. O que interessa na verdade aos reacionários é a caça ao Lula. Ele tem voto. É isso aí."



CAÇA AO LULA, GOLPE E CRIMINALIZAÇÃO DO PT



DAVIS SENA FILHO

A luta pelo poder se dá no campo do sistema midiático privado, que pauta a vida política brasileira. A direita não vence pelo voto. Vence por meio do golpe. Historicamente é assim

Somente acontece no Brasil. Pessoas sem um único voto, a exemplo de colunistas, comentaristas, articulistas e ilusionistas de uma imprensa reacionária e alienígena, a mando de seus patrões, pautarem o sistema político brasileiro e a ordem democrática estabelecida pela Constituição e pelos resultados das urnas. Apenas no Brasil, uma dezena de coronéis midiáticos tem tanta influência no que diz respeito a controlar e a coordenar o processo jurídico e partidário brasileiro, além de, inacreditavelmente, terem como aliados também pautados por essa imprensa corporativa e de negócios essencialmente privados a PGR e o STF [!!!].

Submetidos aos ditames da imprensa burguesa, como no caso do “mensalão”, que apesar do julgamento do STF ainda está por ser comprovado, essas corporações estatais corresponderam aos seus anseios e, por sua vez, edificaram uma frente política não oficializada; porém, poderosamente atuante nos bastidores do único poder da República — o Judiciário — cujas lideranças com cargos de mando e de chefia não são eleitas, e, portanto, divorciadas da vontade e dos interesses do povo brasileiro, que lhe impinge derrotas em sucessivas eleições, porque há 12 anos optou por votar em candidatos trabalhistas, a exemplo do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff, sendo que no passado os ancestrais desse mesmo povo votavam em políticos trabalhistas como Getúlio Vargas e João Goulart — o Jango, que foram apeados do poder conquistado nas urnas por meio de golpes de estado de direita.

Eis que a Polícia Federal no período do mandato de Lula realizou, doesse a quem pudesse doer, 1.119 operações, praticamente sem ser questionada em sua autonomia para investigar, reprimir e prender aqueles que se envolveram com malfeitos. Além disso, até o início de 2003, quando Lula assumiu a Presidência, a Polícia Federal tinha em seus quadros cinco mil servidores. Em janeiro de 2011, fim de seu mandato, o presidente trabalhista aumentou os quadros da PF para 11 mil servidores públicos. No decorrer do Governo Lula, 3.200 pessoas foram presas ou afastadas a bem do serviço público.

Em contrapartida, durante o governo do neoliberal FHC, o número relativo ao pessoal da PF estava estagnado, porque o governante tucano “congelou” os concursos públicos em âmbito federal, bem como o Ministério da Justiça e a Polícia Federal efetuaram, em oito anos, apenas 28 operações, além de prenderem o número ínfimo de 54 pessoas. Resumo da ópera: o governo FHC administrou uma PF que não atuava de forma republicana, porque naquele período a corporação policial se transformou em uma polícia de governo quando, sem sombra de dúvida, deveria ser uma polícia de estado, independente e a serviço do cidadão e contribuinte brasileiro. Realmente, um grande erro. Esperar o quê de um governo tucano e de princípios e valores neoliberais. Realidade e conduta essas que não aconteceram com a PF do Governo Lula e nem com a de Dilma.

Como podem acontecer em um período de alienação do patrimônio público poucas prisões e quase nenhum afastamento de autoridades e servidores, afinal foram vendidas estatais de grande porte e estratégicas para o País? Respondo: pode. Porque, apesar de a imprensa de negócios privados ter publicado ou veiculado notícias sobre os escândalos das privatizações na época, essa mesma mídia conservadora e porta-voz da direita brasileira e estrangeira sempre apoiou o governo tucano e seu programa de governo, bem como apregoou, por meio de uma publicidade abrangente e sistemática, o que foi estabelecido pelos economistas de instituições financeiras, que se convencionou chamar, a partir de 1989, de Consenso de Washington.

A partir desse ano foi apresentada ao planeta a nova face do colonialismo e do imperialismo, na forma de globalização, por intermédio de diversas ferramentas tecnológicas e informatizadas. O “consenso” dos financistas e monetaristas resultou no pensamento único midiático e acadêmico, sem espaço para caber contestações. Quem não concordava com a pirataria, era logo chamado de dinossauro e sumariamente calado nos meios de comunicação corporativos e comercialmente hegemônicos, que efetivam e impõem até os dias de hoje a censura e o linchamento moral daqueles que porventura não se deixam ser pautados, não são cooptados pelo sistema de capitais ou que simplesmente querem, por exemplo, um Brasil autônomo, livre, soberano, democrático e que viabilize o que setores da classe média e as elites ricas herdeiras ideológicas da escravidão não querem e ferrenhamente combatem com o ardor do ódio: a emancipação social e econômica do povo brasileiro. Vide artigo da lady Danuza Leão ou vídeo do gentleman Boris Casoy, que, inquestionavelmente, agem como porta-vozes e colocam para fora o que as classes dominantes pensam, sentem, querem e como se comportam em relação ao Brasil, aos trabalhadores e aos pobres.

Por seu turno, no decorrer de quase quinze anos, a economia mundial foi praticamente desregulamentada e aconteceu o que teria de acontecer: a crise imobiliária e financeira (bancos) de 2008, que derreteu o capitalismo de opulência e de consumo desenfreado dos europeus ocidentais, dos japoneses e dos EUA. Tal crise fez o mundo novamente reviver e experimentar — resguardadas as diferenças e a época na qual vivemos — o crash de 1929, sendo que a crise socioeconômica atual é mais grave do que a antiga, conforme consideram os economistas e os historiadores. Que o digam os povos de Espanha, Irlanda, Grécia, Portugal, Itália e até mesmo Inglaterra e França, que saíram às ruas, enfrentaram a polícia e contestaram seus governos e o empresariado banqueiro, que levaram a economia desses países à bancarrota.

E fazer o quê quando país da importância e da força econômica do Brasil salda suas dívidas com o FMI e o Clube de Paris. De onde amealhar ou sugar recursos para sustentar seus altos padrões de vida, orgulho dessas sociedades europeias e humilhação dos povos da América Latina, com a cumplicidade infame de suas “elites” e de outros continentes onde vivem na mesma situação outros povos oprimidos. É por isto e por causa disto que o rei Juan Carlos, de Espanha, reportou-se, de forma “humilde”, à presidenta trabalhista Dilma Rousseff e afirmou que a Espanha e outros países, como Portugal, precisam muito da ajuda do gigante sul-americano cuja economia é a sexta maior do mundo e que tem um mercado interno tão poderoso que permitiu que o Brasil não sentisse a crise internacional de maneira tão dura como ocorre, inclusive e até hoje, com os Estados Unidos, onde o índice de pobreza é o pior entre os países ricos, apesar de o país yankee ter uma das maiores rendas per capita do mundo.

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Suécia, por exemplo, tem menos adultos analfabetos funcionais e menos pobres que os EUA. As estatísticas indicam que 7,5% da população sueca entre 16 e 65 anos é analfabeta funcional, enquanto nos Estados Unidos este número supera os 20%. Por sua vez, 6,3% do povo sueco vivem abaixo da linha de pobreza, enquanto o governo estadunidense tem de cuidar ou ajudar a resolver os problemas de 13,6% de seus cidadãos que têm muita dificuldade para sobreviver. Atualmente, a população dos EUA é de quase 309 milhões de pessoas. Então a conclusão é que 31 milhões de cidadãos norte-americanos são pobres ou se encontram abaixo da linha de pobreza, o que se torna uma realidade trágica para um país que consome 20% do petróleo que é produzido no mundo.

É visível a pobreza nos EUA. Todavia, tal realidade se torna invisível e inexistente para o baronato da mídia brasileira, que se recusa a mostrar de forma transparente a crise do poderoso país da América do Norte, bem como se recusa a repercutir os avanços e as conquistas sociais do povo brasileiro nos últimos dez anos de governos trabalhistas. A mídia privada esconde o Brasil e se dedica a dar golpes políticos com o apoio de uma Procuradoria Geral e de um Supremo extremamente reacionários e conservadores. O momento é de judicialização da política, porque a direita brasileira sabe que quando esteve no poder não fez nada para melhorar a vida dos cidadãos e com isso proteger a cidadania. O PSDB e seus apoiadores apenas governaram para os ricos. Por causa disso, rapidamente perceberam que, por intermédio do voto, vai ser muito difícil vencer eleições contra candidatos trabalhistas. Não tem como fugir dessa realidade, a não ser enfrentá-la, mesmo se for por meio de expedientes desonestos, ilegais, manipulados e distorcidos.

Os índices de aprovação de Lula e de Dilma são altíssimos e por isso e por causa disso se tornou imperativo apelar para o golpe aos moldes de Honduras e Paraguai. É dessa forma cínica e desprezível que a banda toca por esses pagos. Os barões da imprensa, os representantes mais atrasados e reacionários da classe empresarial, não se conformam que os inquilinos da Casa Grande fiquem fora do poder central no âmbito do Executivo. Estão há dez anos sem sentar à mesa do gabinete da Presidência da República, o que lhes causa urticária e um rancor à base de adrenalina e do fel da bílis.

Contudo, tal grupo empresarial é requisitado e bajulado por alguns seres mortais que usam capas de Batman e realizam seus julgamentos como se fossem as novelas da TV Globo, onde a falta de senso crítico mancomunada com a vaidade e o orgulho levaram homens a serem condenados sem provas de terem cometido malfeitos, o que não importa, porque é necessário para a direita brasileira criminalizar o PT, derrubar, se conseguir, o governo trabalhista de Dilma Rousseff, mas, sobretudo, calar o presidente mais popular da história do Brasil, se possível algemá-lo, porque o que importa é que ele fique impedido de falar, de fazer política e principalmente parar de eleger verdadeiros “postes”, a exemplo de Dilma e Haddad. É a direita do fracasso eleitoral retumbante, que, sem voto, aposta no golpe e com a cooperação de certos batmans da PGR e do STF.

Enquanto Lula tem seu nome mais uma vez ligado a um novo escândalo midiático cujos personagens são os irmãos Vieira, além de uma funcionária de terceiro escalão, lotada na Presidência da República em São Paulo, o fundador do PT e da CUT vai à Índia e é comparado a Mahatma Gandhi. Entretanto, a oligarquia midiática monopolista censura a consagração do ex-presidente no exterior e, por conseguinte, não dá destaque à homenagem tão importante e emblemática recebida por um político brasileiro, que, tal qual ao trabalhista Getúlio Vargas, mudou o Brasil para melhor.

Mesquinha e provinciana; colonizada e perversa; ordinária e dona de um incomensurável complexo de vira-lata, a mídia corporativa tupiniquim de ideologia francamente fascista não reconhece o Prêmio Indira Gandhi, o mais importante daquele histórico país, oferecido ao presidente operário por ele ter sido considerado uma pessoa que “contribuiu à paz, ao desarmamento e ao desenvolvimento”. Para o presidente indiano, Pranab Mukherjee, Lula merece a homenagem por “defender os mesmos princípios de Indira e de Gandhi, o que representa associá-lo à mais ilustre companhia possível”.

Lula é admirado no Brasil e no exterior. E muito. Porém, se algum desavisado ler as publicações brasileiras ou assistir à televisão vai pensar, sem quaisquer dúvidas, que Lula é irremediavelmente odiado. Contudo, parte da classe média — aquela mesma que até hoje deita e rola com o “Bolsa Empréstimo Consignado ou Facilitado”, bem como com o “Bolsa Casa Própria, Isenção do IPI e Estudo no Exterior” — e o conjunto da imprensa burguesa, além de muitos integrantes da classe economicamente dominante, o tratam de forma desrespeitosa, preconceituosa e não reconhecem o desenvolvimento social e econômico que aconteceu no Brasil e que impressionou os mandatários dos países desenvolvidos, do Brics, do G-20 e do G-8. Isto é fato. Ponto. Se recusam a reconhecer as conquistas de toda população deste País, porque são pessoas incondicionalmente presunçosas, que se acham especiais e diferentes e por isso consideram que precisam viver em um mundo VIP, para poucos beneficiados e privilegiados, e que, indelevelmente, pensam que foram escolhidos a dedo, nada mais e nada menos, por Deus.

São autoritários e arrogantes; perversos e egoístas; e por isso não conseguem digerir a ascensão social de 40 milhões de brasileiros que hoje dividem os aeroportos, os cinemas, os shoppings e talvez até alguns restaurantes com esses provincianos de pensamento humanitário curto e maldade vasta. São os que se acham apadrinhados pela pele branca e, obviamente, pela reserva de mercado em que foram transformados o emprego público e as universidades federais e estaduais para os filhos das classes média e rica, lacerdistas, ressentidas, bem como contaminadas por valores venais, fúteis, levianos e de “grandeza” sem razão e despida do que é humano e civilizado, solidário e social.

STF: judicialização da política, arrogância e tentativa de intervir no Legislativo

Os financistas alienígenas, no que diz respeito à preservação e proteção dos mercados internos nacionais, e os governantes traidores de seus povos e adeptos do neoliberalismo implantaram um modelo econômico draconiano de exploração e pirataria, pois estúpido e baseado nesses pontos: abertura comercial (isenção ou diminuição de taxas e tarifas para os produtos estrangeiros); desregulamentação (afrouxamento do rigor das leis trabalhistas e econômicas); investimento estrangeiro direto (eliminação de restrições); privatizações de estatais, além da diminuição dos investimentos públicos, o que, sobremaneira, é uma lástima para a população carente, a exemplo da brasileira, que necessita da presença do estado nacional, com o propósito de essa camada desprotegida da sociedade ter acesso aos programas de inclusão social, aos projetos que efetivam a busca pela igualdade regional e, consequentemente, através de um tempo programado, tornar-se independente e apta a competir no mercado de trabalho. Dessa forma, efetivamente, as pessoas beneficiadas passam a ter maior facilidade para conquistar o emprego, além de ter acesso à saúde, à educação e à segurança alimentar. Cidadania. Ponto.

Todo esse processo de independência do povo é combatido pelo sistema midiático de caráter mercantilista. E é por isso que as conquistas sociais dos brasileiros não são mostradas por uma dezena de famílias que receberam licença do governo e, portanto, do povo brasileiro para, por exemplo, ganharem bilhões com suas transmissões televisivas. Agora a pergunta que não quer calar: o que essas questões têm a ver com o assunto sobre mais uma operação da PF ocorrida em São Paulo. É que por trás desses casos — muitos inverídicos e manipulados e outros verdadeiros e reais — está a luta pelo poder político que é renovado de quatro em quatro anos, por intermédio das eleições.

A direita derrotada três vezes quer a volta do modelo neoliberal para a economia, além de ficar imensamente inconformada com as políticas sociais efetivadas pelos governos trabalhistas. Além disso, a direita midiática e partidária e também a judiciária quer impor seus valores e seus princípios no que concerne às políticas públicas de relações exteriores, que fez do Brasil um País que se relaciona diplomaticamente e comercialmente com vários blocos econômicos e políticos, eliminando dessa forma a subserviência aos países que tradicionalmente foram sempre os principais parceiros e credores do Brasil e que hoje enfrentam uma crise tão grave e profunda, que, enfraquecidos ou menos poderosos, foram tratar de seus interesses internos e da insatisfação, muitas vezes violenta, de seus povos.

Incomoda demais às perversas, preconceituosas e violentas elites brasileiras herdeiras da escravidão ter de ver um operário metalúrgico se transformar em um pop star de grandeza internacional, como bem demonstram as dezenas e dezenas de homenagens recebidas por Lula no Brasil e no exterior e que são devidamente boicotadas e escondidas pela imprensa burguesa de caráter bárbaro. Dói na alma dos elitistas provincianos e de pensamentos colonizados ver o estadista Lula ser protagonista da criação do Brics, do G-20, da Unasul, do fortalecimento do Mercosul e do aterramento da Alca, que somente tinha o propósito de fazer com que os produtos dos EUA entrassem nos países da América do Sul livre de barreiras alfandegárias. São esses fatos que incomodam os barões da imprensa, os seus sabujos “especialistas” em coisa nenhuma, a não ser em distorcer e manipular as realidades e até mentir se for preciso.

A imprensa não é séria e muito menos se preocupa com escândalos, roubalheiras ou qualquer coisa que aconteça. O sistema midiático que luta somente pela liberdade de empresa e não de imprensa quer apenas apagar o fogo com gasolina. Se a mídia que está aí se preocupasse com escândalos e com os interesses do Brasil, certamente que o livro “A Privataria Tucana”, a compra dos votos da reeleição do presidente tucano FHC — o Neoliberal —, o caso Banestado, o maior escândalo do Brasil, e o Mensalão do PSDB estariam nas manchetes sendo cobrados pelos colunistas ou comentaristas ou “especialistas” de prateleira da Globo News.

A luta pelo poder se dá no campo do sistema midiático privado, que pauta a vida política brasileira. A direita não vence pelo voto. Vence por meio do golpe. Historicamente é assim. O caminho que esses caras de direita encontraram é o da judicialização e da criminalização da política e do partido que está no poder — o Partido dos Trabalhadores. O resto é conversa para boi dormir. Urge calar o operário. Se possível desmoralizá-lo, sangrá-lo e prendê-lo. A direita matou Getúlio e Jango. Os trogloditas humilharam vergonhosamente o presidente Juscelino Kubitschek. Ponto. O que interessa na verdade aos reacionários é a caça ao Lula. Ele tem voto. É isso aí.

Brasil 247

Destaques do ABC!

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Eliana Calmon e Joaquim Barbosa na política


Infelizmente a destemida, ousada e midiática ministra Eliana Calmon, que teve um mandato histórico, impecável, à frente da Corregedoria Nacional de Justiça, quando, entre outras medidas importantes, partiu pra cima dos "Bandidos de Toga", já ultrapassou o limite de idade para compor o Supremo Tribunal Federal.

Mas como já escrevemos aqui, a ministra tem perfil claramente executivo: não é uma mulher de blablablá e trololó, mas de arregaçar as mangas e fazer. E não tem medo de cara feia, é independente, patriota, ama o Brasil e o Povo Brasileiro, e quer continuar contribuindo para a construção de um Judiciário democrático e cidadão.

Sem contar que é amada, idolatrada, salve, salve... nas ruas, nas praças e nas redes sociais!

Portanto, Blogueira e Blog acreditam que a ministra Eliana Calmon poderia ser, por exemplo, uma extraordinária Ministra da Justiça: linha dura, mão-de-ferro, "escreveu não leu"...

Pense nisso com carinho, Presidenta Dilma!



quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Joaquim Barbosa e a mesquinhez humana


Assim como a aguerrida, ousada e midiática ministra Eliana Calmon, em pouco tempo, angariou vários, poderosos e ferozes inimigos, quando no comando da Corregedoria Nacional de Justiça, o ministro Joaquim Barbosa, agora presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, despertará ódio e inveja: de setores conservadores da mídia, das elites mesquinhas, de seus próprios pares e daqueles de quem contraria interesses.

O ministro é um homem culto, de formação intelectual extraordinária. Certamente é versado nos conselhos de Maquiavel. Mas não custa nada ter cautela, estar atento. 

Os invejosos mais dia menos dia sempre se mostram incomodados com o brilho que sabem não possuir. E atuam, em geral nos bastidores, pelas costas, nas sombras, para destruir os que lhes estão sempre mostrando sua dolorosa mediocridade.





De Maquiavel para Joaquim Barbosa


LUIZ FLÁVIO GOMES

Eis o maior risco que corre Joaquim Barbosa na presidência do STF: o do "impeachment". E não é preciso fazer muita coisa não

A mídia, tanto nacional como internacional, soube reconhecer o significado ímpar da posse do Ministro Joaquim Barbosa na chefia do Poder Judiciário brasileiro. O Brasil vai se notabilizando por fatos que, aos olhos da burguesia e dos saudosos monarquistas, pareciam impossíveis: um metalúrgico virou Presidente da República, um menino negro e pobre se transformou em Presidente do STF etc. Que conselhos Maquiavel daria para Joaquim Barbosa, agora na chefia do Poder Judiciário?

Desde logo Maquiavel diria para ele que é melhor "ir atrás da verdade efetiva do que das aparências" (Capítulo XV, do livro O Príncipe). De outro lado, ele diria que o julgamento de todo príncipe (de todo homem público, de todo juiz) é feito de acordo com algumas qualidades que lhe valem ou censura ou louvor. "Alguns o chamarão de liberal, outros de mesquinho; pródigo ou ganancioso; cruel ou piedoso; desleal ou fiel; efeminado ou pusilânime ou feroz e destemido; modesto ou soberbo; lascivo ou casto; íntegro ou astuto; inflexível ou brando; austero ou leviano; religioso ou ímpio". Não tema incorrer na infâmia dos defeitos, se tal for indispensável para salvar o estado (o poder). Mas, muito cuidado!

Todo poder, sobretudo o institucional, gera inveja e ódio. Quem exerce o poder conquista muitas amizades (a posse festiva de Joaquim Barbosa deixou isso muito evidente), mas também muitas inimizades. Há três espécies de inimigos (sobretudo dos juízes): os pessoais, os funcionais e os institucionais.

Inimigos pessoais são os decorrentes do próprio relacionamento pessoal de cada juiz. Cada um tem sua maneira de ser. Há aqueles que se identificam com o tipo Carlos Ayres Britto (calmo, tranquilo, que levam o barco devagar) e há também os de pavio curto, conflitivos, aguerridos. Joaquim Barbosa, como todos sabemos, se enquadra nesse segundo grupo. Em virtude disso já angariou muitos inimigos ou antipatias dentro do próprio STF (Levandowski, Marco Aurélio, Gilmar Mendes...).

Inimigos funcionais são todos os que ficam contrariados com as decisões e posicionamentos do juiz. A atual cúpula gerencial do PT, por exemplo, não está nada satisfeita com a autonomia e independência demonstradas por ele ao longo do processo mensalão. Na primeira oportunidade, vem a represália.

A terceira categoria de inimigos (muitos gratuitos) são os institucionais. Todos nós que já integramos alguma instituição (no meu caso: Ministério Público, Magistratura e Advocacia) sabemos bem disso. Quem se destaca dentro de qualquer instituição acaba constituindo uma ofensa para muitos colegas. O brilho de um ofusca o outro, ofende o invejoso. Não é que todos os demais colegas se comportem assim, não, é apenas uma parcela, mas bastante considerável.

Maquiavel aconselha que o príncipe deve abster-se de praticar tudo aquilo que o torne detestado ou desprezível (Capítulo XIX). Não invadir os bens alheios nem se apoderar das mulheres alheias são vedações elementares (Capítulo XIX). Mas há uma coisa dentro das instituições que Joaquim Barbosa vai vivenciar na própria carne: a fama. Muita gente não suporta a fama do outro, o seu destaque, o seu brilho. Cada louvação, sobretudo midiática, afunda mais ainda o ego do invejoso.

Quem vivenciou isso recentemente foi o juiz espanhol Baltazar Garçon. Por uma interceptação telefônica (de duvidosa ilegalidade) ele foi punido a 11 anos de afastamento do Judiciário. A instituição tinha ódio do seu destaque nacional e internacional, praticamente diário. Na primeira oportunidade, eliminaram-no (fulminando sua carreira).

Esse é o maior risco que corre Joaquim Barbosa: o risco do "impeachment". E não é preciso fazer muita coisa não. Quanto maior a quantidade de inimigos conquistados e quanto mais diversificados os interesses contrariados (eliminação da Justiça Militar Estadual etc.), maior o risco. Por falar em interesses contrariados, não é difícil prever uma rota de colisão entre o que pensa Joaquim Barbosa (com suas teses includentes, defesa das minorias, ideologia político-social) e a mídia conservadora (Veja, Globo, Estadão etc.). Que a lua de mel de Joaquim Barbosa com essa mídia neoliberal dure bastante e que seu mandato seja exemplar e histórico. Mas, se alguma tempestade ocorrer, não foi por falta de previsão.


Brasil 247

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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Eliana e Joaquim contra os Bandidos de Toga


Eles têm ideias parecidas, temperamentos semelhantes e concordam em muitos aspectos.

Eles estiveram juntos no começo desta tarde e trocaram ideias sobre os rumos do Judiciário. 

O Brasil e os cidadãos brasileiros precisam de gente ousada, corajosa e íntegra como eles, para combater os Bandidos de Toga e abrir, modernizar, arejar o mais vetusto dos poderes da República.

Cidadania, atenta! Vamos acompanhar os passos desses dois e ajudá-los nesta duríssima tarefa, porque os bolsões de ignorância e tacanhice resistem e não abrem mão de seus privilégios.

Por um Judiciário transparente, democrático e cidadão, livre da corrupção!

















CNJ/Divulgação

                                                                                                                                      Agência Brasil














                                                                  
Barbosa se mostra favorável a investigar patrimônio 
de juízes suspeitos

Em sua primeira sessão como presidente do CNJ, ministro também defendeu a extinção da Justiça Militar nos Estados


FELIPE RECONDO

Na primeira sessão como presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o ministro Joaquim Barbosa indicou ser favorável às investigações patrimoniais abertas contra magistrados suspeitos de irregularidades e afirmou que a Justiça Militar dos Estados poderia ser extinta.

As duas manifestações o aproximam das bandeiras defendidas pela ex-corregedora Nacional de Justiça, Eliana Calmon, com quem Barbosa se reuniu no início da tarde desta terça-feira, 27, para discutir a situação do CNJ.

As investigações patrimoniais abertas por Calmon geraram uma crise entre ela e o então presidente do CNJ, Cezar Peluso, e as apurações estavam paradas em razão de pedidos de vista do conselheiro Tourinho Neto.

Nesta terça, quando o caso voltou a ser discutido, o conselheiro Silvio Rocha defendeu a anulação de todas as investigações, pois os sigilos dos magistrados teriam sido quebrados pela Corregedoria sem autorização judicial. Rocha fundamentou sua tese em uma decisão anterior de Barbosa, que impediu o Tribunal de Contas da União (TCU) de quebrar sigilos sem autorização judicial.

Barbosa rebateu: "Eu noto que o conselheiro Silvio Rocha equipara o Conselho Nacional de Justiça ao Tribunal de Contas da União, esquecendo-se de que o CNJ figura no capítulo do Poder Judiciário". Barbosa não avançou na discussão, pois houve novo pedido de vista, mas indicou que apoiará as investigações abertas contra magistrados cujos patrimônios são incompatíveis com seus salários.

As investigações sobre a evolução patrimonial de magistrados desencadearam uma crise entre Calmon, tribunais e associações de classe da magistratura. Uma decisão liminar do Supremo chegou a interromper a investigação nas folhas de pagamento de tribunais, que se valia também de dados fornecidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Tribunais militares. Na sessão desta terça, Joaquim Barbosa enfrentou outra polêmica: a existência de tribunais militares em três Estados - São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. A produtividade dos tribunais e o volume de recursos despendidos anualmente levaram o ministro a dizer que esses tribunais poderiam ser extintos. "Uma justiça que poderia muito bem ser absorvida pela justiça comum, porque não há qualquer necessidade de sua existência", afirmou Barbosa.

Os dados do CNJ mostram que o orçamento dos tribunais militares estaduais supera R$ 96,4 milhões, enquanto o número de processos é de 6.087. Em Minas Gerais, caso que estava sendo julgado, mesmo com orçamento de R$ 31 milhões e média de 322 processos por ano por magistrado, dois juízes são processados por negligência por deixarem prescrever 274 processos criminais somente em 2010.

"Os números, para além de obrigar o CNJ a examinar a responsabilidade disciplinar dos magistrados que permitiram a prescrição de tantos crimes militares, nos impõem uma reflexão sobre a eficiência e a produtividade da justiça militar estadual", afirmou o conselheiro Bruno Dantas.

Os dados levaram o presidente do CNJ a defender estudos sobre a produtividade dos tribunais militares, deixando de fora do levantamento o Superior Tribunal Militar (STM). "Vai ser proposta a criação de uma comissão ou talvez eu peça para o departamento de estatística do conselho para fazer um estudo preliminar e só depois desse estudo preliminar é que talvez eu designe uma comissão para fazer propostas mais concretas", afirmou.

Em Minas Gerais, caso que estava sob julgamento, os juízes têm à disposição orçamento de R$ 31 milhões para julgar 2.643 processos.

Estadão Online

Destaques do ABC!

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Joaquim Barbosa assume a presidência do CNJ


Tentam calar a Cidadã Blogueira de várias formas. TODAS as violências desferidas contra esta Cidadã estão sendo relatadas à ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (Tribunal da Cidadania), ao ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF e CNJ, e outras autoridades da República.


O Abra a Boca, Cidadão!, dentro de sua linha editorial dedicada à Cidadania, Justiça e Direitos Humanos, acompanhará atentamente a atuação do ministro Joaquim Barbosa como Presidente do Conselho Nacional de Justiça nos próximos dois anos.

Como sabem, o CNJ é órgão independente, criado para defender a cidadania e não interesses corporativistas.

Convocamos todas as cidadãs e cidadãos que apoiaram a combativa ministra Eliana Calmon em seu ousado e histórico mandato à frente da Corregedoria do CNJ a se alinhar com o ministro Joaquim Barbosa, ajudando-o a modernizar o Judiciário e combater duramente a corrupção e outras mazelas deste poder.

O CNJ é dos Brasileiros !!!




Joaquim Barbosa preside CNJ pela primeira vez

O presidente do Supremo Tribunal Federal também comandará o Conselho Nacional de Justiça por dois anos

Débora Zampier, Agência Brasil

                                                                                                                     José Cruz/ABr
Joaquim Barbosa: sua primeira sessão no CNJ começa às 9h desta terça-feira 
e a pauta tem vários processos que estavam suspensos por pedidos 
de vista dos conselheiros

Brasília – Depois de duas sessões como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Joaquim Barbosa assume hoje (27) o comando do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Será sua primeira sessão como presidente efetivo do órgão, que também comandará pelos próximos dois anos.

A sessão começa às 9h e a pauta tem vários processos que estavam suspensos por pedidos de vista dos conselheiros, entre eles sindicâncias para apurar incompatibilidade entre rendimentos e patrimônios de magistrados e casos de suspeita de nepotismo.

A maioria desses processos é responsabilidade da Corregedoria-Geral de Justiça, que era dirigida pela ministra Eliana Calmon até setembro deste ano. Ao deixar o posto, ela lamentou não conseguir concluir os casos em sua gestão. A ex-corregedora vai se reunir com Barbosa às 13h30.

Outros processos que podem ser analisados são a proposta para que todas as pessoas detidas sejam apresentadas ao juiz responsável imediatamente e a de criação de normas técnicas de auditoria, inspeção administrativa e fiscalização do Judiciário. O conselho ainda poderá definir se as investigações preliminares de infração cometida por magistrado devem ser sigilosas.

Exame

Destaques do ABC!

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Anistia Internacional: São Paulo não combate a violência


Tentam calar a Cidadã Blogueira de várias formas. TODAS as violências desferidas contra esta Cidadã estão sendo relatadas à ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (Tribunal da Cidadania), ao ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF e CNJ, e outras autoridades da República.


"A Anistia Internacional citou suspeitas de envolvimento de policiais em homicídios motivados por vingança e disse que tais casos não foram investigados adequadamente 'durante muitos anos'.

'Condenamos a negligência do Estado em duas questões: garantir segurança pública ampla e respeitosa e assegurar justiça para as vítimas de violações cometidas por agentes do Estado', afirmou Tim Cahill, pesquisador da Anistia Internacional, especialista em assuntos brasileiros.

A Anistia Internacional também condenou os ataques contra policiais, mas afirmou que é necessária a criação de um órgão federal independente, com poderes suficientes para investigar violações de direitos humanos no país."

Leia a notícia completa abaixo.



São Paulo é negligente no combate à onda de violência, diz Anistia Internacional

Órgão afirma que casos não foram investigados adequadamente "durante muitos anos". Crimes resultaram na morte de 90 policiais desde o início do ano

BBC 



Autoridades de São Paulo estão falhando em garantir a segurança pública e punir abusos a direitos humanos cometidos por agentes do Estado, afirmou a Anistia Internacional em entrevista exclusiva à BBC Brasil.

A afirmação ocorre em meio a uma onda de violência que já resultou nas mortes de mais de 90 policiais desde o início do ano e levou o número de vítimas de assassinatos no Estado para 571 só em outubro.

A Anistia Internacional citou suspeitas de envolvimento de policiais em homicídios motivados por vingança e disse que tais casos não foram investigados adequadamente "durante muitos anos".

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que vem cumprindo as leis de forma rigorosa, prendendo e expulsando maus policiais em todos os casos de violações.

"O Estado não compactua com policiais criminosos", disse a pasta em nota.

"Condenamos a negligência do Estado em duas questões: garantir segurança pública ampla e respeitosa e assegurar justiça para as vítimas de violações cometidas por agentes do Estado", afirmou Tim Cahill, pesquisador da Anistia Internacional, especialista em assuntos brasileiros.

A Anistia Internacional também condenou os ataques contra policiais, mas afirmou que é necessária a criação de um órgão federal independente, com poderes suficientes para investigar violações de direitos humanos no país.


Ciclo de violência

Desde o início deste ano vem se intensificando em São Paulo um conflito entre policiais e a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Segundo analistas e promotores ouvidos pela BBC, ações mais agressivas adotadas pela polícia para enfrentar o PCC provocaram uma forte retaliação do crime organizado, que deixou dezenas de policiais mortos - a maioria atacada no período de folga.

Em um ciclo ascendente de violência, grupos de atiradores não identificados deram início a uma onda de ataques a vítimas em bairros e cidades periféricos de São Paulo.

Imediatamente surgiram suspeitas de que tais esquadrões da morte eram formados por policiais e ex-policiais que decidiram agir por conta própria.

O ex-delegado geral de São Paulo chegou a afirmar na semana passada que registros criminais de parte das vítimas dos atentados foi checada em computadores da polícia momentos antes dos assassinatos. Horas depois, ele mudou sua declaração afirmando que tal prática foi um problema "no passado".

"A Anistia Internacional tem seguido a questão da violência em São Paulo por décadas", disse Cahill à BBC Brasil.

"Há muitos anos houve um alto número de mortes cometidas pela polícia que não estão sendo investigadas. Nós acreditamos que isso contribui não só para a corrupção da polícia mas para o próprio envolvimento da polícia em atos criminosos."


Em maio de 2006, o PCC praticamente parou a cidade de São Paulo com uma série de ataques contra forças de segurança pública. A violência na ocasião deixou quase 50 policiais e agentes penitenciários mortos e resultou nos assassinatos de aproximadamente 400 pessoas.

Cahill afirmou que tanto em 2006 como agora há fortes indícios de envolvimento de policiais nas mortes de civis, embora a Anistia não tenha "evidências concretas".

"Como em 2006, recentemente há uma grande suspeita de que o aumento notável de homicídios no Estado de São Paulo inclua um envolvimento forte de policiais", afirmou.


Órgão independente

Ele afirmou ainda que é necessário conduzir um processo de investigação independente sobre os casos e criar no país o que chamou de "um instituto nacional de direitos humanos", que seja independente do Estado e tenha o poder de investigar as ações da polícia.

Cahill disse que um projeto de lei relacionado a esse assunto tramita no Congresso, mas ele não atenderia totalmente a padrões internacionais de independência.

Afirmou ainda que o país deve abolir a prática de registrar assassinatos cometidos por policiais sob a classificação de "resistência seguida de morte". Esse recurso, afirmou, serviria apenas para evitar investigações imediatas e ajudaria a acobertar ações de maus policiais.

A Secretaria de Segurança Pública afirmou que embora a Anistia Internacional seja uma organização respeitável, suas declarações à BBC estão "equivocadas".

A pasta afirmou que o novo Secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, determinou "reforço e atenção prioritária às investigações (dos assassinatos recentes), considerando-se todas as hipóteses nas apurações".

Ele anunciou uma integração maior entre os diversos setores da polícia e reforços nas forças de segurança "para garantir a obtenção de resultados satisfatórios à população".


IG

Destaques do ABC!

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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A mídia golpista e o sadomasoquismo do governo


"(...) o povo elege um governo de centro-esquerda e quando esse governo tem o poder decide alimentar seus inimigos em lugar de aproveitar o momento para desenvolver a imprensa nanica de esquerda?

(...) O Brasil de Fato, a revista Caros Amigos, o Correio do Brasil fazem das tripas coração para sobreviver, seus articulistas trabalham por nada ou quase nada, assim como centenas de blogueiros, defendendo a política social do governo, e a senhora Helena Chagas, com o aval da Dilma Rousseff, nem dá bola, entrega tudo para a Veja, Globo, Folha, SBT, Record, Estadão e outros do mesmo time?

(...) Comunicação é uma peça-chave num governo. Por que a presidenta Dilma não premiou um de seus antigos colegas e colocou na sucessão de Franklin Martins um competente jornalista de esquerda, capaz de permitir o surgimento no país de uma mídia de esquerda financeiramente forte?"






O governo financia a direita

Rui Martins

Berna (Suíça) – Daqui de longe, vendo o tumulto provocado com o processo Mensalão e a grande imprensa assanhada, me parece assistir a um show de hospício, no qual os réus e suspeitos financiam seus acusadores. O Brasil padece de sadomasoquismo, mas quem bate sempre é a direita e quem chora e geme é a esquerda.

Não vou sequer falar do Mensalão, em si mesmo, porque aqui na Suíça, país considerado dos mais honestos politicamente, ninguém entende o que se passa no Brasil. Pela simples razão de que os suíços têm seu Mensalão, perfeitamente legal e integrado na estrutura política do país.

Cada deputado ou senador eleito é imediatamente contatado por bancos, laboratórios farmacêuticos, seguradoras, investidores e outros grupos para fazer parte do conselho de administração, mediante um régio pagamento mensal. Um antigo presidente da câmara dos deputados, Peter Hess, era vice-presidente de 42 conselhos de administração de empresas suíças e faturava cerca de meio-milhão de dólares mensais.

Com tal generosidade, na verdade uma versão helvética do Mensalão, os grupos econômicos que governam a Suíça têm assegurada a vitória dos seus projetos de lei e a derrota das propostas indesejáveis. E nunca houve uma grita geral da imprensa suíça contra esse tipo de controle e colonização do parlamento suíço.

Por que me parece masoca a esquerda brasileira e nisso incluo a presidenta Dilma Rousseff e o PT? Porque parecem gozar com as chicotadas desmoralizantes desferidas pelos rebotalhos da grande imprensa. Pelo menos é essa minha impressão ao ler a prodigalidade com que o governo Dilma premia os grupos econômicos seus detratores.

Batam, batam que eu gosto, parece dizer o governo ao distribuir 70% da verba federal para a publicidade aos dez maiores veículos de informação (jornais, rádios e tevês), justamente os mais conservadores e direitistas do país, contrários ao PT, ao ex-presidente Lula e à atual presidenta Dilma.

Quando soube dessa postura masoquista do governo, fui logo querer saber quem é o responsável por essa distribuição absurda que exclui e marginaliza a sempre moribunda mídia da esquerda e ignora os blogueiros, responsáveis pela correta informação em circulação no país.

Trata-se de uma colega de O Globo, Helena Chagas, para quem a partilha é justa – recebe mais quem tem mais audiência! diz ela.

Mas isso é um raciocínio minimalista! Então, o povo elege um governo de centro-esquerda e quando esse governo tem o poder decide alimentar seus inimigos em lugar de aproveitar o momento para desenvolver a imprensa nanica de esquerda?

O Brasil de Fato, a revista Caros Amigos, o Correio do Brasil fazem das tripas coração para sobreviver, seus articulistas trabalham por nada ou quase nada, assim como centenas de blogueiros, defendendo a política social do governo, e a senhora Helena Chagas com o aval da Dilma Rousseff nem dá bola, entrega tudo para a Veja, Globo, Folha, SBT, Record, Estadão e outros do mesmo time? 

Assim, realmente, não dá para se entender a política de comunicação do governo. Será que todos nós jornalistas de esquerda que votamos na Dilma somos paspalhos?

Aqui na Europa, onde acabei ficando depois da ditadura militar, existe um equilíbrio na mídia. A França tem Le Figaro, mas existe também o Libération e o Nouvel Observateur. Em todos os países existem opções de direita e de esquerda na mídia. E os jornais de esquerda têm também publicidade pública e privada que lhes permitem manter uma boa qualidade e pagar bons salários aos jornalistas.

Comunicação é uma peça-chave num governo, por que a presidenta Dilma não premiou um de seus antigos colegas e colocou na sucessão de Franklin Martins um competente jornalista de esquerda, capaz de permitir o surgimento no país de uma mídia de esquerda financeiramente forte?

Exemplo não falta. Getúlio Vargas, quando eleito, sabia ser necessário um órgão de apoio popular para um governo que afrontava interesses internacionais ao criar a Petrobras e a siderurgia nacional. E incumbiu Samuel Wainer dessa missão com a Última Hora. O jornal conseguiu encontrar a boa receita e logo se transformou num sucesso.

O governo tem a faca e o queijo nas mãos – vai continuar dando o filet mignon aos inimigos ou se decide a dar condições de desenvolvimento para uma imprensa de esquerda no Brasil?


Direto da Redação

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domingo, 25 de novembro de 2012

Dilma demite indiciados pela Polícia Federal


Presidenta Dilma, desde o discurso de posse, deixou muito claro que não compactuaria com malfeitos. 

Ponto para a presidenta, que reuniu equipe e tomou decisão rápida e drástica. 

Corruptos? Fora !!!

                                                                                               Brava Dilma

sábado, 24 de novembro de 2012

São Paulo: SAC pretende silenciar Blogueira


A SAC - Sociedade Amigos do Crime, esquema com vários núcleos, responsável por violação de propriedade e outros ilícitos graves contra a editora do Abra a Boca, Cidadão!, mobiliza céus e terras para silenciar de uma vez por todas esta Cidadã Blogueira.


                                                   Sônia Amorim, a Cidadã Blogueira

A SAC, nome jocoso que a escritora-blogueira atribuiu a este bando, poderia se chamar também SPAC - Sociedade Penhense Amigos do Crime, já que a esfera de atuação contra a cidadã-blogueira é o tradicional bairro da Penha (Penha de França), zona leste da cidade de São Paulo.

Primeiro, a SAC ou SPAC tentou internar a cidadã blogueira como louca. A Cidadã Blogueira sofreu tentativas de interceptação (sequestro?), inclusive dentro de sua casa, precedidas e acompanhadas de intensiva campanha difamatória, para isolar a vítima e fazê-la uma presa fácil.

Só que o bando (SAC/SPAC) "esqueceu" de combinar com a vítima que esta participaria docilmente do "escabroso enredo"...

A Blogueira Cidadã, com três diplomas da maior, melhor e mais importante universidade brasileira e uma das 200 melhores do mundo (USP), a Blogueira Cidadã, com um currículo extenso, digno, construído em escolas de excelência e em empresas editoriais igualmente respeitáveis, a Blogueira Cidadã, escritora, editora, professora universitária, a Blogueira Cidadã, ativista desde o final dos anos 70, a Blogueira Cidadã, que não tem medo de assombração, a Blogueira Cidadã resolveu não atuar segundo o plano macabro desenhado contra ela. E foi pro enfrentamento. E continua, diariamente, no enfrentamento. Defendendo a casa que recebeu de seus pais, defendendo seu direito de propriedade, defendendo sua dignidade humana.

                               Casa da Blogueira, adquirida por seus pais, Geralda e José,
                                         em Engenheiro Goulart, Penha, cidade de São Paulo

Quase 3 anos depois, após enfrentar diversas situações-limite fabricadas contra si, a Blogueira Cidadã está encarando ações judiciais, uma delas criminal e em "Segredo de Justiça", claro! Eles não querem holofotes... 

Nos processos judiciais, eles tentam inverter toda a situação, tentam transformar a Blogueira Cidadã, de vítima, em ré...

Mas... de novo "esqueceram" de combinar o sinistro enredo com a vítima...

A combativa e inesquecível ministra Eliana Calmon, então Corregedora Nacional de Justiça, recebeu denúncia desta blogueira, e abriu, meses atrás, investigação, até assumindo a relatoria de processo contra magistradas envolvidas no caso. O novo corregedor, ministro Francisco Falcão, remeteu o processo para o TJ-SP. A Corregedoria do Tribunal de Justiça de São Paulo? Arquivou...

O Prefeito Gilberto Kassab e o Corregedor Geral do Município Edílson Mougenot Bonfim receberam denúncias da Blogueira. O que fazem? Continuam ignorando tais denúncias...

A presidenta Dilma recebeu pedido de ajuda-denúncia, contendo quase 30 nomes de envolvidos no Caso da Blogueira, e encaminhou à ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, para acompanhamento.

O Caso da Blogueira configura VIOLÊNCIA CONTRA MULHER. Violência moral, psicológica, patrimonial, institucional. Portanto, gravíssima VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS. O Caso da Blogueira é de INTERESSE PÚBLICO

SEGREDO DE JUSTIÇA só interessa a quem viola flagrantemente os direitos da Cidadã Blogueira.

O Brasil quer saber: a Blogueira Cidadã é louca? A Cidadã Blogueira é farsante, mentirosa? A Blogueira mente para seus leitores? A troco do quê? Ou a Blogueira é vítima? Quem são os algozes da Blogueira Sônia Amorim? Quem, com apoio de agentes públicos e particulares, há anos viola impunemente o direito de propriedade da Cidadã Blogueira?

Este é um espaço aberto, transparente, democrático. As páginas do Abra a Boca, Cidadão! continuam à disposição dos inimigos da blogueira e de seus defensores, para que exponham a sua versão.

Manifestem-se, Cidadãs e Cidadãos! 

(de forma educada e assinando os comentários, evidentemente...)