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terça-feira, 11 de março de 2014

Dilma brinda a Michelle Bachelet e ao povo chileno


POSSE DA PRESIDENTA DO CHILE, MICHELLE BACHELET



“Quando uma mulher entra na política, muda a mulher. Quando muitas mulheres entram na política, muda a política”.
                                                                                              Michelle Bachelet



                                                                               Foto: Roberto Stuckert Filho/PR







Brinde da Presidenta da República, Dilma Rousseff, durante almoço oferecido pela Presidenta do Chile, Michelle Bachelet, em homenagem aos Chefes de Estado, de Governo e o Príncipe Herdeiro



Viña del Mar - Chile, 11 de março de 2014

E eu sinto-me muito honrada de saudar, em nome dos convidados, a presidenta e amiga Michelle Bachelet, que assume hoje, pela segunda vez, a Presidência do Chile.

Querida Michelle, o seu país tem um significado especial para todos os latino-americanos que aqui encontraram refúgio e proteção. Aqui, muitos defensores da liberdade, em nossos países, encontraram o asilo contra “la opresión”, de que fala o Hino Nacional chileno.

As ricas e, por vezes, trágicas experiências políticas que nós vivemos ajudaram a transformar a complexa realidade de nosso continente e de nossas nações; fortaleceram nossas convicções democráticas e nossa decisão de realizar reformas econômicas e sociais, capazes de tirar nossos povos da situação de exclusão em que historicamente se encontravam.

É uma grande satisfação homenagear a presidenta Michelle Bachelet, pois tenho presente o significado deste momento para muitas outras mulheres e homens que, assim como nós, tiveram um passado de ativa militância política e um presente de construção da democracia e do desenvolvimento em nossas nações.

No último sábado nós comemoramos o Dia Internacional da Mulher. E é emblemático que hoje somos, com a nossa querida presidenta Cristina Kirchner, três mulheres a presidir países na América do Sul. Nossa região avança, não apenas em termos de crescimento econômico e desenvolvimento social e humano, mas, também, os senhores presidentes me dão esse direito, sobretudo na questão da igualdade de gênero. Ainda temos muitos pontos a conquistar, mas igualdade de gênero que você, presidenta Michelle, tanto ajudou a promover, quando ocupou o cargo de diretora executiva da ONU-Mulher.

Recordo sempre uma frase sua que seguramente serve de inspiração para as mulheres em todo o mundo: “Quando uma mulher entra na política, muda a mulher. Quando muitas mulheres entram na política, muda a política”.

Desejo, ainda, saudar a sociedade chilena, como um todo, pelo exemplo de maturidade política, paz e civilidade com que conduziu o processo eleitoral. Somos testemunhas, todas as autoridades estrangeiras aqui presentes, da vitalidade da democracia chilena, que hoje celebramos mais uma vez. Vitalidade democrática essa que conquistamos, na América do Sul, com muita luta. Hoje, nossa região é uma área de paz e de desenvolvimento e que está provando ser possível crescer e, ao mesmo tempo, incluir as pessoas mais pobres de nossas sociedades.

A integração tem sido um elemento fundamental para o desenvolvimento econômico e social em nossa região, fortalecendo a democracia em cada um dos nossos países.

Temos, presidenta Michelle, plena certeza de que o Chile, sob sua presidência, renovará seu compromisso com essa integração regional, como você o fez em seu mandato anterior, ao ocupar a presidência da Unasul, em 2008.

É este espírito de união que tem permitido, a todos os países da nossa “latinoamerica”, viver em um ambiente de paz, desenvolvimento e democracia. O sentimento que desejo expressar neste momento, em nome de todos, é a enorme alegria de podermos vê-la, uma vez mais, presidindo este país irmão.

Essa alegria pode ser traduzida nas palavras do grande Pablo Neruda: “Pense que tenho a alma toda cheia de risos e não te enganarás, irmã, eu te juro”.

Nesse espírito de alegria, convido a todos aqui presentes a erguer um brinde à saúde e ao sucesso da presidenta Michelle Bachelet e ao povo chileno.


Muito obrigada.



Gleisi Hoffmann com FHC: "Bateu, Levou!"


"Mexeu com a Presidenta Dilma, mexeu comigo."

Parece ser este o espírito das manifestações que a ex-ministra da Casa Civil e senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) vem fazendo diante de ataques do ministro Joaquim Barbosa, do governador do Paraná, Beto Richa, e agora do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Muito além do charme e da beleza, coragem e determinação.





FHC achincalha Congresso e não tem direito de nos tomar por tolos

Não me passaria pela cabeça que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pudesse iniciar um artigo de opinião censurando o sorriso de alguém. Ao indagar com tanto mau humor a razão da alegria estampada na foto da presidenta Dilma com o ex-presidente Lula no Palácio da Alvorada, o ex-presidente surpreende pelo azedume e pela amargura.

A sequência de ataques do artigo parece indicar que o autor renunciou à cadeira de referencial de equilíbrio e estabilidade do debate nacional, que muitos lhe atribuem, para especular sobre uma imaginária (e inexistente) indiferença da presidenta Dilma, e do poder central, em relação às manifestações das ruas e a alguns acontecimentos dos últimos dias. Com todo o respeito, cumpre que o ex-presidente volte à razão. 

Testemunhei na Casa Civil o esforço da presidenta para entender e atender as ruas. Ela foi praticamente a única, entre as lideranças políticas deste país, a expor-se, a manifestar-se claramente, a ter iniciativas. As manifestações carecem ainda de melhor análise histórica, mas, seguramente, erra quem insiste em tentar atribuir toda a insatisfação ao governo central. Será que o ex-presidente acredita que as manifestações eram a favor da oposição? Nenhum governante da oposição foi alvo de protestos?

Ele fala de crise do setor elétrico como se o apagão de 2001/2002 não estivesse na memória do país. A crítica à suposta imprevidência só pode ser a si mesmo e a seu governo. Sobre a inflação, diz que é "bem mais" que 6% ao ano, sem citar, contudo, qualquer fonte que possa sustentar seu índice impreciso e irreal. 

Esquece-se de que deixou ao país uma inflação de 12,7% em 2002.


Com sua prosa instruída, sua cultura e sua força retórica, o ex-presidente cita Maria Antonieta e tenta, em vão, associá-la a personagens da história brasileira no presente. Não faz sentido. Os líderes do atual governo, a começar pela presidenta Dilma, podem orgulhar-se da enorme proximidade com as pessoas. Governam para a maioria. Não é por acaso que os pobres melhoraram de vida e passaram a ter otimismo e esperança.

Fernando Henrique agora critica o clientelismo e a inépcia assegurada por 30 partidos no Congresso. Nem parece que passou oito anos no comando do Executivo, sem dizer "a" ou "b" sobre reforma política. E que governou com um sistema de base parlamentar tão ampla que alterou a Constituição Federal para garantir sua reeleição.

O curioso é que, depois de achincalhar o Congresso, o ex-presidente conclama o conjunto da "classe política" a assumir parcelas de responsabilidade sobre os rumos do Brasil para construírem a política do amanhã. Fiquei pensando: ele tem direito de dizer o que muito bem quiser. Não tem é o direito de nos tomar por tolos. 

Gosto da ideia de buscarmos unir a todos os brasileiros em torno das questões fundamentais para a nossa nação. Não concordo que os temas essenciais sejam a troca da guarda nem a revolta contra o sorriso, mas sem dúvida é preciso aprofundar o debate sobre a economia, a política e as questões sociais. Isso é o fundamental para a construção do futuro. E o futuro pode ser edificado sim com alegria e sorrisos.

Gleisi Hoffmann, senadora PT-PR, em seu Facebook.

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