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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Dilma: reeleição e no primeiro turno!


É o que vaticina o veterano jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, Londres.

" (...) o solavanco na popularidade da presidenta Dilma Rousseff nas chamadas Jornadas de Junho era um fenômeno previsível e, sobretudo, passageiro.

Só viu ali a derrocada da candidatura de Dilma quem quis ver, ou por paixão ou simplesmente por miopia.

Dilma caminha para uma reeleição que provavelmente se dará ainda no primeiro turno.

O choque de junho pode ter um efeito revigorador para Dilma em seus próximos anos de poder."




A reeleição voltou a ficar perto de Dilma

Os números da nova pesquisa do Vox Populi mostram que queda de popularidade foi passageira.


De novo com uma vantagem enorme

O Diário não tem pretensões a pitonisa, é evidente.

Mas.

Mas, conforme dissemos lá para trás, o solavanco na popularidade da presidenta Dilma Rousseff nas chamadas Jornadas de Junho era um fenômeno previsível e, sobretudo, passageiro.

Só viu ali a derrocada da candidatura de Dilma quem quis ver, ou por paixão ou simplesmente por miopia.

Menos por seus méritos [não concordamos/ABC!] e mais pelos defeitos extraordinários da oposição, Dilma caminha para uma reeleição que provavelmente se dará ainda no primeiro turno.

Analisemos, primeiro, Dilma. Sob ela, os avanços sociais imprescindíveis para que o Brasil se torne um dia uma grande Escandinávia vieram, até aqui, numa velocidade frustrante.

Os protestos de junho – não os diminutos que enveredaram pela falácia miserável do brado anticorrupção, aspas, mas os grandes que pediram mais justiça social, sem aspas – traduziram nas ruas a insatisfação com a baixa velocidade da retirada de privilégios de quem já tem há muito tempo privilégios demais.

Dilma, por tudo que tem dito, parece ter compreendido a mensagem. Acomodar interesses retarda demais as coisas – e o Brasil tem pressa.

A forma como ela enfrentou a resistência ao Mais Médicos sugere que ela entendeu que conciliar, às vezes, é a pior escolha não para ela ou seu partido – mas para os milhões de brasileiros desvalidos.

O choque de junho pode ter um efeito revigorador para Dilma em seus próximos anos de poder.

Quanto à oposição, é uma pequena tragédia, infelizmente. Infelizmente porque uma boa oposição sempre faz bem a um país: os partidos se esforçam por serem uns melhores que os outros aos olhos do eleitor.

Mas.

O principal partido de oposição, o PSDB, não foi capaz de entender que para não se transformar em sucata tem que colocar o combate à iniquidade no topo do topo de sua agenda.

A agonia do PSDB deriva, em grande parte, da relação nefasta que seus líderes estabeleceram com a mídia tradicional.

Uma vez que para as grandes empresas jornalísticas justiça social é uma maldição, os tucanos imaginam que, fazendo dela sua prioridade, perderão o apoio maciço da mídia.

Há fundamento nesse medo. Mas a alternativa a uma mudança radical é as coisas ficarem exatamente como estão: o PSDB é empurrado pela mídia mas cada vez mais desprezado pelos eleitores.

Não há capa da Veja, não há entrevista no Jô, não há comentários de Jabor – não há nada que a mídia tradicional possa fazer para erguer o PSDB.

Por uma razão: ela caiu num enorme descrédito. Graças sobretudo à internet, que rompeu o controle de poucas famílias na divulgação de informações, os brasileiros sabem hoje que as empresas de mídia defendem, primeiro e acima de tudo, seus próprios interesses políticos e econômicos. A esses interesses privados elas dão, caprichosamente, o nome de interesses públicos.

Pausa para rir.

Por tudo isso, 2014 está provavelmente decidido para Dilma.


Diário do Centro do Mundo

*

Judiciário pode ser trampolim para a política?


Questão controversa, polêmica.

Nós, aqui, gostaríamos de ver a ousada e combativa Eliana Calmon, ministra do STJ e ex-Corregedora do Conselho Nacional de Justiça, no comando do Ministério da Justiça, por exemplo. Mas em cargos eletivos do Executivo e Legislativo há que se pensar.

A ministra Eliana Calmon, "Terror dos Bandidos de Toga", cumpriu um histórico mandato à frente da Corregedoria, e poderia prestar mais um extraordinário serviço ao País se levasse ao Ministério da Justiça toda a sua garra e conhecimento do Judiciário. 

Mas usar de sua fama nacional por conta da atuação no CNJ para se eleger governadora ou senadora talvez represente um certo oportunismo.