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segunda-feira, 13 de maio de 2013

SP: Prefeitura abre espaços para questões da Mulher


Engenheiro Goulart, Penha, cidade de São Paulo.

Esquema criminoso mobilizado contra Sônia Amorim, a cidadã que edita este blog. Ciladas, emboscadas, atentados. Disfarçados, camuflados. Assim opera a delinquência. Mais detalhes na coluna à direita e em outros posts. Todos atentos!



NOVOS TEMPOS EM SÃO PAULO


São Paulo em ótimas mãos, limpas, dignas e competentes. Além do prefeito Fernando Haddad, que faz uma gestão aberta, transparente e moderna, a administração da cidade conta com a participação ativa da primeira-dama, Ana Estela Haddad, da vice-prefeita Nádia Campeão, da secretária especial de Políticas para as Mulheres, Denise Motta Dau, e de outras tantas valorosas mulheres à frente de secretarias, subprefeituras e outros órgãos.

Hoje, algumas delas estiveram discutindo políticas voltadas ao combate à violência contra a mulher e outros temas que dizem respeito à condição feminina.

Ana Estela Haddad e Nádia Campeão     SECOM/PMSP


Encontro com vereadoras debate políticas públicas para as mulheres


Projetos para a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres foram debatidos no encontro, que contou com a presença da vice-prefeita Nádia Campeão e da primeira-dama de São Paulo, Ana Estela Haddad



A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres promoveu nesta segunda-feira (13) um encontro com a bancada feminina da Câmara Municipal. O objetivo da reunião, que contou com a presença da primeira-dama de São Paulo, Ana Estela Haddad, e da vice-prefeita Nádia Campeão, foi apresentar os projetos da pasta às vereadoras e ouvir sugestões de novas ações que possam ser criadas para combater a violência contra a mulher.

“Essa é uma primeira conversa de muitas. Queremos que esses encontros sejam um espaço para troca de ideias e de discussões sobre o combate à violência contra a mulher”, disse a secretária Denise Motta Dau.

Denise destacou ainda que a aprovação da pasta na última quarta-feira (8) já foi o primeiro passo nessa causa. “A Câmara aprovou em peso a criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Município de São Paulo. Agora, vamos ter como agregar recursos humanos, equipamentos, espaço físico e orçamento para poder implementar as políticas relacionadas à temática de gênero na cidade”, completou.

Segundo a vice-prefeita Nádia Campeão, o próximo passo será pensar em ações que deem visibilidade à Secretaria de Políticas para as Mulheres. “A visibilidade dessa secretaria não pode ficar restrita ao Dia Internacional da Mulher. Nosso desafio é ao longo dos próximos quatro anos, para que uma futura gestão não extinga uma pasta tão importante”, disse.

A primeira-dama do município, Ana Estela Haddad, lembrou que a questão da mulher
engloba também o trabalho e o cuidado com os filhos. “Muitas mulheres trabalham fora e não conseguem tempo para acompanhar uma fase tão importante do desenvolvimento dos filhos, que é a primeira-infância. Precisamos encontrar meios de que as mulheres participem mais ativamente da vida dos filhos dentro das creches da cidade”, disse Ana Estela.

As vereadoras Juliana Cardoso (PT) e Sandra Tadeu (DEM), que participaram do almoço, disseram estar à disposição da secretaria para apoiar projetos com relevância para a mulher. “A criação de uma pasta específica para as mulheres vem num momento muito importante, uma vez que até o próprio Governo Federal já tem um Ministério voltado para as políticas das mulheres. A Prefeitura tem em mim uma parceira nessa causa”, disse a vereadora Juliana Cardoso.

Mamatas midiáticas


"Dinheiro público foi sempre usado também para financiar – em condições de mãe para filho – empreendimentos que deveriam ser bancados por nossos intrépidos, aspas, capitalistas da mídia."

"Para completar a tragicomédia, as empresas promovem campanhas sistemáticas de engambelação coletiva destinadas a provar, aspas, que os impostos são elevados no Brasil.

Não são. A carga tributária brasileira, na casa de 35%, é bem menor que a de países modelos, como a Escandinávia."

"Para que o Brasil avance socialmente, as mamatas das empresas de mídia – fiscais e não só fiscais — têm que acabar."

"O dinheiro que custam as mordomias bilionárias da mídia deve servir à sociedade: que se construam escolas, hospitais e estradas com ele, em vez de vê-lo dar acesso à lista de super ricos da Forbes."




Para a sociedade avançar, os privilégios da mídia têm que acabar



PAULO NOGUEIRA


O dinheiro do contribuinte tem que ser mais bem empregado.


Jânio não conseguiu varrer os privilégios fiscais da imprensa

Li “A Renúncia de Jânio”, do jornalista Carlos Castelo Branco, o último grande colunista político brasileiro.

O que me levou a esse velho livro foram as recentes evocações do infame golpe militar de 1964 em seu aniversário, no dia 31 de março.

O golpe, de alguma forma, começa em Jânio, o demagogo que renunciou à presidência em 1961 quando estava fazia apenas sete meses no cargo, por motivos jamais explicados.

Mas o que mais me chamou a atenção no livro é um episódio que mostra bem o regime de privilégios fiscais desfrutados há muito tempo pelas empresas jornalísticas brasileiras.

Castelinho, que foi assessor de imprensa de Jânio, conta que certa vez estava preparando uma sala para um pronunciamento que ele, Jânio, faria naquela noite em rede nacional de televisão.

No lugar escolhido, a biblioteca do Palácio da Alvorada, Castelinho viu sobre a mesa um exemplar do Estadão de domingo. Em cima, estava um bilhete do presidente: “Não toquem neste jornal. Preciso dele”.

“Só soube do que se tratava quando Jânio o ergueu na mão para exibi-lo audaciosamente ao país [na fala em rede] como fruto de privilégios, o esbanjamento de papel comprado com subvenção oficial, pago, portanto, pelo povo”, escreveu Castelinho.

É o chamado “papel imune”. Os contribuintes subvencionam há décadas o papel usado para imprimir jornais e revistas.

Jânio apontou o mal, mas não foi capaz de resolvê-lo. Os mesmos empresários que tanto falam num Estado mínimo não se embaraçam em, nas sombras, mamar nele em coisas como o papel imune, e em muitas outras.

Dinheiro público foi sempre usado também para financiar – em condições de mãe para filho – empreendimentos que deveriam ser bancados por nossos intrépidos, aspas, capitalistas da mídia.

Nos anos 90, Roberto Marinho comemorou ao lado de FHC a inauguração de uma supergráfica projetada para quando o jornal chegasse – hahaha – à marca de 1 milhão de exemplares.

FHC não estava na foto porque Roberto Marinho queria promovê-lo. É que o governo tinha concedido um empréstimo especial às Organizações Globo para fazer a gráfica que hoje parece uma piada.


Na inauguração do parque gráfico da Globo, em 1999, o Estado 
serviu de babá e evitou o risco de um investimento fracassado

Por que o empréstimo? Ora, a Globo era então já uma potência. Tinha mais de metade do faturamento da publicidade nacional, graças à tevê e a expedientes amorais como o chamado BV (bonificação por vendas).

A empresa poderia, perfeitamente, bancar o passo (torto) que decidira dar com a nova gráfica. Mas não. O Estado babá estava ali, à disposição, na figura sorridente de FHC.

Essencialmente, o resultado é que a fortuna da família Marinho foi poupada do risco de um investimento que poderia fracassar, como aconteceu.

Coisa parecida aconteceu com as outras grandes empresas em suas incursões para fazer novos parques gráficos: dinheiro farto, quase dado.

Fora o papel imune, naturalmente.

E fora, mais recentemente, artifícios como a criação de PJs (pessoas jurídicas) para reduzir os impostos pagos.

Note. As companhias jornalísticas não querem pagar impostos, mas depois esperam que o Estado – com dinheiro alheio, do “Zé do Povo”, como dizia o patriarca Irineu Marinho – esteja com os cofres cheios para bancar seus investimentos.

Para completar a tragicomédia, as empresas promovem campanhas sistemáticas de engambelação coletiva destinadas a provar, aspas, que os impostos são elevados no Brasil.

Não são. A carga tributária brasileira, na casa de 35%, é bem menor que a de países modelos, como a Escandinávia.

A diferença é que, neles, as corporações pagam o que devem. Vá, na Dinamarca ou na Noruega, inventar PJs e você é chutado da esfera corporativa e submetido a desprezo nacional.

Para que o Brasil avance socialmente, as mamatas das empresas de mídia – fiscais e não só fiscais — têm que acabar.

Não é fácil, como vemos ao constatar o que deu do brado janista de meio século atrás. Sucessivos governos têm vergado ao poder de intimidação da mídia. (Para a qual vigora ainda uma inacreditável reserva de mercado, aliás.)

Mas nada é fácil.

O poder de manipulação da mídia se reduziu, graças à internet.

Se há uma hora para fazer o que deve ser feito, é esta.

O dinheiro que custam as mordomias bilionárias da mídia deve servir à sociedade: que se construam escolas, hospitais e estradas com ele, em vez de vê-lo dar acesso à lista de superricos da Forbes.

Dilma tem que se mexer, em nome do Brasil.


O jornalista Paulo Nogueira, baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

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