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quarta-feira, 18 de julho de 2012

Dia de Mandela: África celebra os 94 anos do ativista



Dignidade. Integridade. Coragem.


Sempre em defesa da Liberdade e dos Direitos Humanos.






Mandela celebra 94 anos com atos 

por toda a África do Sul


                                Atos por todo país marcam o 94º aniversário de 
                                Nelson Mandela   Foto: AP

Os sul-africanos comemoraram nesta quarta-feira o aniversário de 94 anos de Nelson Mandela com bolos gigantes, cantorias em massa de "Parabéns a Você" e 67 minutos de boas ações, uma para cada ano de luta do líder anti-Apartheid contra o governo de minoria branca.


Mas, além dos tributos para o primeiro presidente negro da África do Sul, o dia revelou a disputa inconveniente entre empresas, políticos e instituições de caridade por uma fatia da glória de "Madiba", o nome do clã pelo qual ele é carinhosamente conhecido.

O Congresso Nacional Africano (CNA) divulgou um louvor de 1.450 palavras ao seu ex-líder totêmico, exortando as 50 milhões de pessoas do país a "continuar a construir a África do Sul dos sonhos de Madiba".

No entanto, apenas semana passada, a heroína anti-Apartheid e ex-mulher de Mandela Winnie Madikizela-Mandela estava acusando o CNA em uma carta que vazou de "tratamento pobre" da família e de querer mencioná-los somente "quando temos de ser usados para alguma pauta".

Os "67 minutos" de caridade pelo Dia de Mandela também reabriram velhas feridas em meio a críticas de que esse é meramente um veículo para os brancos e a nova elite rica negra amenizar a culpa de estar no topo do que continua a ser uma das sociedades mais desiguais, mesmo 18 anos após o fim do Apartheid.

Liderando a acusação estava Luther Lebelo, chefe de um braço do CNA em Johannesburgo, que escreveu um artigo no jornal Sowetan sugerindo que o dia era sobre "pequenas atividades de caridade cosméticas" que só serviam para perpetuar as divisões de classe.

O Centro de Memória Nelson Mandela, conhecido guardião oficial da sua imagem, revidou no mesmo jornal, com particular exceção à referência de Lebelo à "chamada Fundação Mandela".

A brincadeira reflete uma visão amplamente aceita entre a maioria esmagadora negra da África do Sul de que os brancos conseguiram cooptar Mandela e sua imagem desde as primeiras eleições de todas as raças, em 1994.

O centro de Mandela também se envolveu em uma batalha comercial com os membros da sua família sobre a venda de roupas com a marca Mandela sob a etiqueta "46664", em homenagem ao número que ele recebeu durante seus 27 anos de prisão.

A linha de roupas, que inclui jeans de US$ 100 fabricados na China, foi lançada em Nova York com uma cerimônia glamourosa no consulado da África do Sul na quarta-feira, apenas uma semana depois de duas das netas de Mandela estrearem uma linha de camisetas, tops e bonés sob a marca "Long Walk to Freedom" (Longa Caminhada até a Liberdade), mesmo nome da autobiografia de Mandela.

Enquanto isso, longe de toda a gritaria, um Mandela cada vez mais frágil passou o dia com a família e amigos mais próximos - o ex-presidente dos EUA Bill Clinton - em sua antiga aldeia de Qunu, na remota província do Cabo Oriental.

A jornada de aniversário de Mandela com uma canção de aniversário a Madiba entoada por 20 milhões de pessoas em diversas localidades do país. Estudantes em suas escolas e empregados em seus ambientes de trabalho se somaram a esta iniciativa para desejar-lhe um dia feliz.

Mandela se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul após vencer as primeiras eleições multirraciais do país, em 1994, ano em que chegou ao fim o regime segregacionista do apartheid, imposto pela minoria branca sul-africana.

Sua mensagem de reconciliação e convivência entre as diferentes raças, que possibilitou a transição rumo a uma África do Sul democrática, lhe valeu o Nobel da Paz em 1993, prêmio que recebeu junto ao então presidente, Frederik Willem de Klerk.



Terra
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Caso Cachoeira: Juiz com medo, promotora ameaçada, policial morto



"Cachoeira quase saiu da prisão por decisão do desembargador Tourinho Neto, do TRF, que resumiu o caso a um esquema de jogos, amplamente tolerado pela sociedade brasileira.

Após a prisão do cunhado de Cachoeira, que vinha ameaçando a promotora Léa Batista, Tourinho Neto foi duramente criticado pelo senador Pedro Taques (PDT/MT): 'Como fica agora o desembargador Tourinho Neto?', indagou Taques, da tribuna do Senado. 'Estamos diante do crime organizado, que ameaça servidores públicos' ”.




Juiz com medo, promotora ameaçada, policial morto




O MAGISTRADO PAULO AUGUSTO MOREIRA LEITE PEDIU PARA DEIXAR O CASO, A PROMOTORA LÉA BATISTA FOI AMEAÇADA E O AGENTE WILTON TAPAJÓS ACABA DE SER ASSASSINADO (DIR.); ATÉ AGORA, ESTE É O SALDO DA OPERAÇÃO MONTE CARLO, O QUE REVELA QUE A PF PODE TER DESBARATADO BEM MAIS DO QUE UM ESQUEMA DE JOGOS ILEGAIS E ACHAQUES A PODEROSOS, COM APOIO DA IMPRENSA


247 – Há pouco mais de duas semanas, o juiz Paulo Augusto Moreira Leite, responsável pela prisão do bicheiro Carlos Cachoeira e de todos os seus comparsas, como os espiões Idalberto Matias e Jairo Martins, pediu para deixar a condução da Operação Monte Carlo. Estava amedrontado.

Depois disso, a Polícia Federal prendeu, em Anápolis, o cunhado de Cachoeira, Adriano Aprígio, que estaria enviando ameaças anônimas à promotora Léa Batista.

Nesta quinta-feira, com dois tiros à queima-roupa, foi assassinado o policial federal Wilton Tapajós Macedo, num cemitério em Brasília.

O que une os três personagens é o fato de terem participado da Operação Monte Carlo, a ação da policial federal de maior repercussão nos últimos anos por ter desbaratado uma quadrilha de jogos ilegais, mas também com ampla influência em todos os poderes, inclusive nos meios de comunicação.

Por ora, a polícia do Distrito Federal trabalha com a hipótese de latrocínio: roubo seguido de morte. Mas não descarta as hipóteses de queima de arquivo ou de vingança. Tido como policial exemplar, Wilton Tapajós Macedo trabalhou também em casos de pedofilia e tráfico de drogas, além da Operação Monte Carlo.

Dos presos na Operação Monte Carlo, já foram soltos os policiais Jairo Martins e Dadá, bem como o diretor Claudio Abreu, da Delta, e o ex-vereador Wladimir Garcez. Cachoeira quase saiu da prisão por decisão do desembargador Tourinho Neto, do TRF, que resumiu o caso a um esquema de jogos, amplamente tolerado pela sociedade brasileira.

Após a prisão do cunhado de Cachoeira, que vinha ameaçando a promotora Léa Batista, Tourinho Neto foi duramente criticado pelo senador Pedro Taques (PDT/MT). “Como fica agora o desembargador Tourinho Neto?”, indagou Taques, da tribuna do Senado. “Estamos diante do crime organizado, que ameaça servidores públicos”.


Brasil 247
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