Equilíbrio.“Não existe acusação nenhuma (contra os 41), nunca houve, haja vista que não eram ordenadores de despesa e, em tese, se limitaram a receber verbas em atraso que lhes eram devidas, alguns até sem saber que estavam sendo pagos com exclusividade”, anotou Sartori.
Segundo ele, o que existe “é um procedimento apenas para se restaurar o equilíbrio e a isonomia diante de pagamentos que criaram distorções por ausência de critérios”.
Uma medida que deverá ser adotada com relação aos 41 é o corte de até 50% sobre o valor do saldo remanescente de crédito a que eles ainda têm direito - esse dinheiro, cerca de R$ 14 mil, é depositado mensalmente na conta dos desembargadores, além dos vencimentos. Sartori havia proposto inicialmente bloqueio equivalente a 100% do crédito, mas foi vencido.
Poderá ser usada como justificativa para recebimento antecipado de valores excepcionais despesa com tratamento de doenças graves - além de casos de cirurgia plástica reparadora e serviço odontológico, “dependendo da gravidade do caso”. “Tem que apresentar prova (dos gastos)”, avisou Sartori. “Estamos tentando restaurar a isonomia, mas o Órgão Especial tinha que declinar os parâmetros.”
Sartori anunciou que o TJ está preparando uma resolução com critérios e exceções para pagamentos antecipados a juízes e desembargadores. Ele explicou que a norma vai deixar expresso em que casos e situações o dinheiro da corte poderá ser liberado à toga.
O presidente disse que vai apresentar um novo voto, no caso dos 41, “mais objetivo, analisando caso a caso”. No voto que apresentou nesta quarta a seus pares, fazia ressalvas. “É imperioso verificar se havia justa causa para essas antecipações excepcionais e se elas importaram ou não em violação aos princípios constitucionais da isonomia, moralidade e impessoalidade”.
Estadão Online