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quarta-feira, 23 de maio de 2012

STF: Cármen Lúcia é a primeira a divulgar salários



PRIMAVERA JUDICIÁRIA


Em menos de um ano, depois que a bombástica ministra Eliana Calmon, Corregedora Nacional de Justiça, começou a denunciar as mazelas judiciárias e os Bandidos de Toga, em setembro de 2011, o Mais Poderoso dos Poderes da República mostra que está passando por grandes mudanças, agora no aspecto Transparência.


Alvíssaras! O Povo Brasileiro aplaude os ministros do Supremo.



Cármen Lúcia é a primeira ministra do STF a divulgar salários

Ministra, que também preside o TSE, publica os contracheques no site do tribunal um dia após o Supremo decidir divulgar os vencimentos de ministros

A presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia Antunes Rocha, foi a primeira entre os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a divulgar os vencimentos. Cármen Lúcia divulgou os contracheques que recebe do STF e do TSE no site do tribunal na tarde desta quarta-feira. A divulgação acontece um dia depois de o Supremo decidir dar transparência aos vencimentos de todos os servidores e ministros da mais alta Corte do País, em obediência à Lei de Acesso à Informação, que entrou em vigor no último dia 16 de maio.

Presidenta do TSE, a ministra Cármen Lúcia, do STF, foi a primeira a 
divulgar salário, em obediência à Lei de Acesso à Informação Foto: AE

Na sessão administrativa do STF realizada na última terça-feira para decidir o assunto, a presidenta do TSE chegou a usar a expressão “liberar geral”, destacando sua posição francamente favorável à divulgação dos salários dos ministros da Suprema Corte. De acordo com os contracheques da ministra, seus rendimentos mensais como integrante do STF são de R$ 26.723,13 brutos (R$ 17.877,49 líquidos). Além disso, Cármen Lúcia recebeu, em maio, R$ 6.413,52 como gratificação de presença em cada sessão do TSE (R$ 5.406,33 líquidos).


Em um primeiro momento, o documento com o salário da ministra do STF tornou públicos até o endereço de Cármen Lúcia e o número de sua conta bancária. Minutos depois, essa versão foi substituída por outra, com uma tarja preta sobre esses dados, por "questões de segurança", segundo a assessoria do TSE.


Durante a sessão administrativa do STF na última terça, a Corte decidiu que divulgará a folha de pagamento de seus ministros e funcionários, incluindo vencimentos e gratificações, sem nenhum tipo de restrição - a medida vale somente para o STF e não para todo o Judiciário. De acordo com a nota publicada no site do TSE, “a divulgação dos contracheques dos demais ministros da Casa e de seus servidores ainda será discutida em sessão administrativa”.


A divulgação dos salários dos membros do Poder Judiciário para atender à determinação da Lei de Acesso à Informação vem gerando polêmica entre os magistrados. Entidades como a Associação dos Juízes Federais (Ajufe) defendem a medida, enquanto outras, como a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), são contrárias. Na última semana, o presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto, se disse favorável à divulgação dos vencimentos. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, também defende a medida.


A Lei de Acesso à Informação entrou em vigor no dia 16 com o objetivo de garantir aos cidadãos brasileiros acesso aos dados oficiais dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Cada órgão público terá um Serviço de Informação ao Cidadão (SIC) para garantir a transparência dos dados públicos.
            

Salário da ministra Cármen Lúcia no Supremo Tribunal Federal
(STF) foi divulgado pelo site do TSE nesta quarta-feira
Foto: Reprodução



               Rendimentos da ministra como presidenta do TSE, no mês de maio,
                                  também foram publicados Foto: Reprodução

SP: Justiça para a Blogueira Cidadã



O Abra a Boca, Cidadão! foi criado em outubro de 2010 não para tratar de problemas particulares da Blogueira, mas para ser um canal da Cidadania. Todavia, esta cidadã não teve outra alternativa, a partir de abril de 2011, ao verificar que as violências de toda ordem que vem sofrendo muitas vezes são desferidas também por agentes públicos, instalados dentro de instituições que deveriam oferecer proteção e reparação de direitos à Blogueira. 


A Blogueira, que há 4 anos se dirigiu ao Judiciário local (Fórum Penha de França, cidade de São Paulo) em busca de Justiça, só vê sua situação se agravar, desta vez com uma espécie de "cambalacho processual" em andamento.


"Lutar com as palavras é a luta mais vã", como disse o grande poeta mineiro. Mas a Blogueira acredita que o sábio poeta se referia à literatura e à poesia, e continua na sua luta diária, incessante, incansável, para ter de volta o que lhe foi tirado. Afinal, como se aprende nas primeiras aulas dos cursos de direito,


Justiça é dar a cada um o que é seu. 




JUSTIÇA para todos os cidadãos!



Declaração Universal dos Direitos Humanos



Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo,


Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultam em atos bárbaros que ultrajam a consciência da humanidade e que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum,


Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito, para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão,


Considerando essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações,


Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla,


Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos humanos e liberdades fundamentais e a observância desses direitos e liberdades,


Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso,


A Assembléia Geral proclama:


A presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.


Artigo 1º
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.


Artigo 2º
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.


Não será tampouco feita qualquer distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.


Artigo 3º
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.


Artigo 4º
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas.


Artigo 5º
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.


Artigo 6º
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei.


Artigo 7º
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.


Artigo 8º
Toda pessoa tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.


Artigo 9º
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.


Artigo 10
Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.


Artigo 11
§1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.


§2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.


Artigo 12
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.


Artigo 13
§1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado.


§2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar.


Artigo 14
§1. Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países.


§2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos propósitos e princípios das Nações Unidas.


Artigo 15
§1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.


§2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.


Artigo 16
Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução.


§1. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.


§2. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado.


Artigo 17
§1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.


§2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.


Artigo 18
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.


Artigo 19
Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.


Artigo 20
§1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.


§2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.


Artigo 21
§1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu país, diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.


§2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.


§3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.


Artigo 22
Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.


Artigo 23
§1. Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.


§2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.


§3. Toda pessoa que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.


§4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para a proteção de seus interesses.


Artigo 24
Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias periódicas remuneradas.


Artigo 25
§1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.


§2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora de matrimônio, gozarão da mesma proteção social.


Artigo 26
§1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.


§2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.


§3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.


Artigo 27
§1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do processo científico e de seus benefícios.


§2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja autor.


Artigo 28
Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.


Artigo 29
§1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível.


§2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas às limitações determinadas por lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.


§3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos propósitos e princípios das Nações Unidas.


Artigo 30
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.


Assembleia Geral das Nações Unidas, 10 de dezembro de 1948




Biblioteca Virtual de Direitos Humanos - USP


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