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terça-feira, 5 de junho de 2012

Meio Ambiente: a sua parte, cidadão!



Seja a mudança que deseja ver no mundo, disse o extraordinário ativista Mohandas Gandhi, o Mahatma, a Grande Alma.


O ABC! comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente conclamando cidadãs e cidadãos a fazerem, cada um, a sua parte, em defesa da natureza e do planeta.


A Revolução Mundial que está em curso, acreditamos, é a soma das revoluções interiores de cada um de nós.






Zen Garden




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Espiritualidade e sustentabilidade

VALERIANE BERNARD

Por que deveríamos economizar água para proteger o meio ambiente, se os governantes não estão fazendo a parte deles? Por que aderir ao dia mundial sem carro, se o governo não está investindo em transporte público? Pensar assim é desconsiderar o poder do cidadão e entregar todo o poder às agências externas. É isso que queremos?

Por outro lado, olhando para o meio ambiente a partir de uma abordagem espiritual, a fonte de mudança está na força interior. Uma pessoa espiritualmente consciente aceitará sua responsabilidade nessa cadeia de eventos e tomará uma atitude. Os bordões "você pode ser a mudança que você quer ver" de Mahatma Gandhi e "quando eu mudo, o mundo muda" de Dadi Janki, líder mundial da Organização Brahma Kumaris, restauram a esperança e reconhecem o valor inegável da perspectiva espiritual.

A fim de desenvolver uma ligação verdadeiramente pacífica com a natureza, devemos primeiro aprender a desenvolver um relacionamento respeitoso e não violento com nós mesmos. Essa transformação exige um importante trabalho interno. Quando esse trabalho vem combinado com maior percepção e compreensão das mudanças sutis que queremos trazer em nós, começamos a apreciar nossa verdadeira personalidade espiritual e viver de acordo com esse conhecimento. A semente dessa mudança está nos pensamentos.

Quando criamos pensamentos, podemos nos beneficiar com eles ou podemos ser vítima deles. Quando criticamos de modo destrutivo, quando falamos de forma agressiva, quando perdemos o ânimo e o entusiasmo, fica difícil sustentar a paz e a felicidade no ambiente interior. Desta forma, pode-se dizer que esses pensamentos são violentos porque eles atacam o bem-estar e a felicidade.

Essa descrição da violência pode parecer inofensiva, uma vez que esses estados de espírito são tão comuns. Mas com certeza eles inibirão nossa capacidade de sermos positivos, alegres e tranquilos. Na verdade, esses pensamentos vão cultivar uma atitude negativa em relação aos acontecimentos do dia-a-dia e até mesmo em relação a nós e às pessoas que nos cercam. A mente verá as situações através desse véu nebuloso de violência e nos perguntaremos: "Por que nossa energia se esgota?" ou "Por que as pessoas se sentem tão apáticas?"

Nesse momento, precisamos deter as tendências negativas e perceber a necessidade de pensamentos de alta qualidade. Cada pensamento conta. A energia do pensamento tem um impacto no nosso bem-estar psicológico e na nossa saúde corporal. Isso significa que a nossa forma de sentir e experimentar os nossos sentimentos está influenciando a nossa pele, ossos, órgãos, sangue, etc. Nossos corpos suportam o peso dos nossos pensamentos pessoais e coletivos.

Muitas pessoas da sociedade civil procuram resolver as questões ambientais, mas elas estão descontentes com a falta de resultados e soluções reais que surgem dessas cúpulas internacionais. As pessoas questionam a capacidade desses debates e alianças globais em promover mudanças duradouras.

Por outro lado, alguns oradores defendem tais iniciativas de diálogo e afirmam que, se essas conferências não tivessem acontecido, o meio ambiente estaria em pior condição, uma vez que estas cúpulas, pelo menos, pressionaram a administração de cada país participante a agir por um ambiente mais limpo e saudável. Além disso, os defensores dizem que as conferências abrem espaços para a interconexão, desenvolvimento e ação. Essa interação constitui um elemento social positivo da globalização.

Juntamente com esses pontos de vista, vem o entendimento de que todas as administrações ou governos e instituições consultem coletivos de indivíduos. As pessoas fazem o sistema. Muitas comunidades realmente promovem mudança dentro de um código de conduta ética e colaboram com especialistas econômicos e ambientais que estão trabalhando arduamente para estabelecer soluções criativas e equilibradas.

Martin Luther King acertadamente disse: "Uma verdadeira revolução de valores lançará mão sobre a ordem do mundo e dizer de guerra. Esta forma de resolver diferenças não é justa."

E esse passo tem que ir fundo...

Valeriane Bernard é representante da Brahma Kumaris na ONU em Genebra desde 2005. Participou da Cúpula da Terra em 1992, da COP 15 em Copenhague, da COP 16 em Cancún e da COP 17 em Durban. Representou a Brahma Kumaris na 64ª Conferência de Organizações Não-Governamentais do Departamento de Informação Pública da ONU em Bonn.

STF: Rosa Weber autoriza devassa na Delta



Ponto para a ministra debutante no Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, recentemente indicada pela presidenta Dilma Rousseff. Em sua primeira decisão individual, a ministra mostra a quem tiver olhos para ver que ela tem um lado e não é o das elites endinheiradas, muito menos o dos corruptos. Ponto também para a cidadania, que conta com uma aliada na suprema corte.


Rosa Weber honra a toga que veste.


STF mantém quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico da Delta

Ministra Rosa Weber determinou que empresa apresente dados em 10 dias. Empreiteira alegava que não havia "fundamentação" para abrir as contas.


Fabiano Costa, Brasília


A ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Maria Weber negou na noite desta segunda-feira (4) o mandado de segurança apresentado pela Delta Construções para tentar evitar a quebra do sigilo da empreiteira. Em seu despacho, a magistrada determinou que a empresa preste as informações solicitadas pelos integrantes da CPI do Cachoeira em 10 dias.

Alvo de investigações por suspeitas de envolvimento com a organização criminosa do bicheiro Carlinhos Cachoeira, a Delta havia ingressado na última sexta-feira (1º) com o pedido.

No mandado de segurança, os advogados da Delta pediam ao Supremo uma liminar (decisão provisória) para barrar a devassa nas contas nacionais da construtora. A companhia, que chegou a acumular R$ 4,5 bilhões em contratos com o poder público, argumentava que não haveria "fundamentação" para abrir o sigilo das contas nacionais porque, segundo a empresa, somente a filial do Centro-Oeste estaria sob suspeita de envolvimento com o esquema do bicheiro.

A quebra do sigilo da construtora foi aprovada na última terça-feira (29), por maioria de votos, pelos parlamentares. Na ocasião, a CPI determinou a abertura dos dados bancários, fiscais e telefônicos da Delta em todo o país. Conforme as apurações da Polícia Federal, Cachoeira seria sócio oculto da Delta, construtora que comandava obras em vários estados e havia se tornado a principal empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.

Na tentativa de convencer os ministros do STF a barrarem a quebra de sigilos, os advogados da empreiteira questionaram os motivos pelos quais os parlamentares haviam determinado a quebra do sigilo desde 1º de janeiro de 2002. A Delta alega que a devassa teria sido aprovada sem que tivessem sido apresentada "a necessidade concreta" de se quebrar o sigilo de todo esse período. Para a defesa da construtora, a quebra do sigilo da empreiteira teria sido decretada "ilegalmente".

G1