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sexta-feira, 29 de julho de 2011

São Paulo: Blogueira recebe comunicado da Delegacia da Mulher



Aos meus amigos leitores e companheiros solidários da blogosfera: recebi um pouco antes do meio-dia de hoje ligação de minha advogada, Vera Vassouras, comunicando que finalmente a Delegacia da Mulher por nós acionada há um mês se manifestou sobre a Representação Criminal lá protocolizada.

Na quarta-feira, 27, publiquei aqui Carta Aberta à Presidenta Dilma Rousseff, narrando minhas desventuras ao buscar reparação por violências cometidas por um casal de delinquentes com os quais estou sendo obrigada a "conviver"...

Na mesma quarta-feira e ontem, disparei emails comunicando setores da Presidência e pedindo apoio também a parlamentares e ativistas, escolhendo preferencialmente os que trabalham pelos direitos humanos e direitos das mulheres.

Eu vou posicionando todos vocês a respeito. Vamos acompanhar esta pendência aqui, no Abra a Boca, Cidadão!

Violência contra mulher é VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS das mulheres.

DENUNCIE!


Violência contra Mulher


*

República da Injustiça


Há 30 dias esta cidadã-blogueira protocolizou em Delegacia da Mulher na cidade de São Paulo Representação Criminal por violências de gênero, moral, psicológica, patrimonial e tentativa de agressão física e ameaças de morte. Não se sabe de qualquer providência a propósito de tal denúncia. Leia aqui a Carta Aberta da cidadã-blogueira à Presidenta Dilma Rousseff a respeito.


CPT pede afastamento de juiz


José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo enfrentavam interesses poderosos. Mas não contavam com a traição de quem vivia as mesmas agruras. Foto: Marcelo Lacerda
O pedido acontece menos de uma semana após a Polícia Civil apontar como mandante dos crimes o fazendeiro José Rodrigues Moreira e, como executores, os pistoleiros Lindon Jonhson Silva Rocha (irmão de José Rodrigues) e Alberto Lopes do Nascimento. De acordo com o manifesto, assinado também por familiares do casal, o juiz Murilo Lemos Leão, da 4ª vara penal da comarca de Marabá (PA), que negou em duas oportunidades o pedido de prisão temporária dos acusados, deve ser afastado do processo por prejudicar as investigações e por colocar a vida das testemunhas em risco.
“Ao negar a decretação da prisão dos acusados por duas vezes, o juiz contribuiu para que esses fugissem da região e, mesmo que sejam decretadas suas prisões agora, a prisão do grupo se torna ainda mais difícil”, diz a nota.
Os manifestantes lembram também que Lemos Leão decretou o sigilo das investigações sem que houvesse pedido da polícia ou que o Ministério Público tenha solicitado. “Muitos outros crimes de grande repercussão já ocorreram no Estado do Pará (Gabriel Pimenta, Irmã Adelaide, massacre de Eldorado, José Dutra da Costa, Irmã Dorothy) e, em nenhum deles foi decretado segredo de Justiça. Entendemos que a decretação do segredo de Justiça é uma forma de manter os familiares, as entidades e a sociedade distante das informações. As decisões do juiz Murilo Lemos é mais um passo em favor da impunidade que tem sido a marca da atuação do Judiciário paraense em relação aos crimes no campo no Estado”, escreveram.
De acordo com as testemunhas, o crime aconteceu após pressões feitas pelo fazendeiro José Rodrigues para ampliar sua criação de gado para dentro da reserva extrativista. Como a área estava habitada por três famílias extrativistas, ele forçou a expulsão dos moradores, com a ajuda de policiais civis e militares. Em uma ocasião, foi ateado fogo na casa de uma das famílias do assentamento. Um trabalhador foi levado até a delegacia de Nova Ipixuna, onde assinou um termo de desistência do lote. O casal José Cláudio e Maria, além de denunciarem a ação ilegal dos policiais ao Incra, apoiaram a volta dos colonos para os lotes e foram mortos em seguida.
A nota assinada pelas entidades acusa os policiais do Pará de omitir que, nos depoimentos de testemunhas, foi apontada a participação de outras pessoas no crime. Para isso, pedem a federalização do processo caso não haja mudanças na condução da investigação por parte do Judiciário paraense. O pedido deve ser encaminhado ao Ministério Público Federal.
Os ativistas pedem, por fim, a volta para o assentamento das nove famílias que saíram da área logo após as mortes, entre os quais parentes de José Cláudio e Maria. “As razões que motivam os familiares a tomarem essa decisão são as promessas não cumpridas dos governos Federal e Estadual de amparo e segurança de todos”.
A carta é endereçada à Presidência da República, aos ministérios da Justiça, dos Direitos Humanos, do Desenvolvimento Agrário, à Ouvidoria Agrária Nacional, às comissões de Direitos Humanos do Congresso, aos Três Poderes do Pará e ao Conselho Nacional de Justiça.


CartaCapital