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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

STF: Celso de Mello "espanca" corruptos e corruptores


Acabou há pouco a sessão de hoje do julgamento do Mensalão no Supremo Tribunal Federal.

O ministro Celso de Mello rasgou o verbo ao proferir seu voto, chamando corruptos e corruptores de "profanadores da República", "marginais" e "delinquentes", e pedindo sua condenação.

O placar terminou em 8  X  2 pela condenação de João Paulo Cunha. Amanhã a sessão plenária tem início com o voto do Presidente Ayres Britto.




Celso de Mello pede "pena exemplar" a "marginais"


"CORRUPTOS E CORRUPTORES SÃO PROFANADORES DA REPÚBLICA", INSISTE DECANO CELSO DE MELLO; "ELES DEVEM SER PUNIDOS EXEMPLARMENTE NA FORMA DA LEI", ACRESCENTOU, NUM PEDIDO DE PENAS DURAS PARA OS RÉUS; ELE CONSIDEROU "PROCEDENTE" A DENÚNCIA DO PROCURADOR-GERAL ROBERTO GURGEL E CONDENOU JOÃO PAULO CUNHA, MARCOS VALÉRIO, HENRIQUE PIZZOLATO, CRISTIANO PAZ E RAMON HOLLERBACH POR PECULATO E CORRUPÇÃO; ABSOLVEU LUIZ GUSHIKEN; QUADRO PARA RÉUS SE AGRAVA

247 - Com os réus João Paulo Cunha, Marcos Valério, Henrique Pizzolato, Cristiano Paz e Ramons Hollerbach já condenados pela maioria dos juízes do Supremo Tribunal Federal, o decano Celso de Mello iniciou seu voto às 18h30 desta quarta-feira 29. Ele lembrou, inicialmente, que o ônus da prova é do acusador. Mas lembrou, ainda, que "um governo honesto é direito da cidadania". Após fazer citações do livro A Arte de Furtar, publicado no século 17, em Portugal, Mello declarou considerar ser procedente a denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, contra todos os quatro réus. Em suma, ele condenou Cunha, Valério, Pizzolato e Paz por corrupção e peculato. Tornou-se, assim, o oitavo juiz a votar por condenações. A ampliação da maioria piora ainda mais a situação judicial dos réus, que poderão ter penas ampliadas na fase da chamada dosimetria, quando os magistrados determinarão as penas de cada um deles. Celso de Mello insistiu na necessidade de o Supremo atribuir "penas exemplares" aos condenados. 

"Corruptos e corruptores são profanadores da República", disse. "São delinquentes, são marginais", completou. Ele considerou o crime de peculato como um dos "mais graves" que se pode cometer. Neste sentido, e com a ampliação da maioria dos juízes que votaram pela condenação dos réus, a situação deles se agravou. Penas maiores do que as esperadas inicialmente pelos analistas podem ser estabelecidas.

Brasil 247

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Ao Vivo: maioria do STF condena o petista João Paulo Cunha


Por enquanto, 7  X  2 pela condenação de João Paulo Cunha.

Agora é Celso de Mello a proferir seu voto no julgamento do Mensalão.

Vamos acompanhar e apreciar o decano do STF.




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STF Ao Vivo: Gilmar Mendes vota no Mensalão


Após as justas homenagens ao ministro Cézar Peluso, que em virtude de aposentadoria deixará o Supremo Tribunal Federal no próximo dia 3 de setembro, é a vez do ministro Gilmar Mendes proferir seu voto.

Vamos acompanhar!

                                                                                               Imagem STF

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STF homenageia Cézar Peluso


Depois de proferir seu voto e condenar João Paulo Cunha e Marcos Valério, Presidente Ayres Britto, Procurador-Geral da República Roberto Gurgel, Celso de Mello, Márcio Thomaz Bastos, falando em nome da advocacia brasileira, homenageiam o ministro Cézar Peluso, que completa 70 anos em 3 de setembro próximo e está deixando o Supremo Tribunal Federal.

Momentos de emoção na Mais Alta Corte do Brasil.

Intervalo no julgamento do Mensalão.

Acompanhem conosco as imagens da TV Justiça.





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STF Ao Vivo: Cézar Peluso vota o Mensalão


Com imagens da TV JUSTIÇA, o ABC! transmite agora o julgamento do Mensalão no Plenário do Supremo Tribunal Federal.

Olhos e ouvidos atentos no importante voto do ministro Cézar Peluso, representante da ala ultraconservadora do STF, e que deixa o tribunal no próximo dia 3 de setembro.

Acompanhe conosco!


                                                                              Banco de Imagens/STF

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Cármen Lúcia (STF): Corrupção ameaça instituições


Quem corrompeu, quem foi corrompido, quem fez o meio de campo entre corruptores e corrompidos, quem ajudou, quem fechou os olhos... TODO MUNDO envolvido em procedimentos de CORRUPÇÃO tem que ser sancionado, tem que receber punições duras e até cadeia.

CORRUPÇÃO é comportamento anti-social, contra a vítima, primeiramente, lesada em seus direitos, mas também em prejuízo de toda a sociedade, que não pode dormir tranquila sabendo que há Bandidos e Bandidas instalados confortavelmente nos gabinetes das instituições, nos roubando e rindo, gargalhando, de todos nós.

A Blogueira que vos escreve sabe do que está falando, pois é vítima de conluio entre Família-Quadrilha + Advocacia de Esgoto + Bandidagem Togada e outros delinquentes do gênero.






                                                                                                     



oooooooooooooo





Basta! Chega! O Brasil e os Brasileiros não aguentam mais a atuação destas quadrilhas !!!

Leiam a seguir o que diz a eminente e lúcida ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.



Ministra do STF afirma que corrupção coloca em risco instituições

Cármen Lúcia condenou João Paulo Cunha, no julgamento do mensalão, em todos os crimes

Fausto Macedo e Felipe Recondo

"O que coloca em risco as instituições é a corrupção", alertou a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, nesta terça-feira, 28, em Brasília.

Ministra Cármen Lúcia em julgamento no STF - Dida Sampaio/AE
Dida Sampaio/AE
Ministra Cármen Lúcia em julgamento no STF
Cármen conversou com jornalistas no terceiro andar do Anexo II do STF. Explicou o alcance de seu voto no julgamento do mensalão, proferido na sessão de segunda-feira, 27.

Ela condenou o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), candidato a prefeito do município de Osasco, na Grande São Paulo.

O parlamentar foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República, que a ele imputou os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Cármen votou pela condenação de João Paulo em todos os crimes."Eu estou dizendo: o que coloca em risco as instituições é a corrupção", diz a ministra.

"Nós temos que julgar, eu já tinha dito isso lá na denúncia (quando ela recebeu a denúncia do mensalão, feita pela Procuradoria-Geral da República, em 2007). Falaram 'ah, vai demorar se não desmembrar'. Problema nosso, temos que julgar."

Ao ser indagada sobre como acabar com a corrupção e o desabafo que fez para o País, em seu voto, Cármen Lúcia disse. "Eu sempre fui de comissão de ética de tudo quanto é lugar, de hospitais, eu acho que é mesmo jogando luz em todo lugar (que se combate a corrupção). Onde não tiver sombra fica sempre mais difícil, não tem fórmula, não é?"

"Sabe o que eu acho?", prosseguiu a ministra do STF. "(Eu acho) que a vida é igual a uma estrada. Não adianta você dizer que foi na reta certinho, mil quilômetros e depois você entra na contramão e pega alguém. É a mesma coisa. Você tem que ser reto a sua vida inteira. Independente do que o outro fizer, independente de o outro atravessar a estrada. Se você estiver certo, você terá contribuído para o fluxo da vida ser mais fácil. Isso no serviço público muito mais."

A ministra prosseguiu, referindo-se aos escândalos de corrupção no País. "Porque não dá para um cidadão ir dormir imaginando que no espaço público tem alguém fazendo coisa errada. É ruim, é ruim para nós. Olha o tanto que incomoda uma coisa dessas (o mensalão). Eu espero que quando chegar minha hora de ir embora do serviço público que as pessoas saibam que cometi erros, com certeza, mas eu tentei ser, eu fui honesta e nunca nenhum cidadão foi dormir achando que um erro meu foi não por meu limite, mas por um descuido meu."

Cármen Lúcia disse. "Eu não me descuido da parte ética. E eu acho que é a única forma de a gente viver na sociedade. Senão as pessoas não acreditam, democracia vive da confiança e a confiança precisa disso. Você tem que dormir sabendo que 'olha pode até não dar conta de fazer tudo o que era preciso fazer, mas tentou'."

Ela observou que sua posição contra a corrupção não se deve à sua experiência no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), corte que preside. "Não é por causa disso, é por causa da minha condição de cidadã. Eu acho que isso não é favor, eu acho que nós temos que ser honestos o tempo todo. Quem convive com a gente não pode ter que desconfiar disso porque é ruim, a pessoa se sente injuriada."

A ministra votou pela condenação de João Paulo inclusive no episódio em que o deputado recebeu R$ 50 mil da SMP&B, dinheiro sacado na boca do caixa pela mulher do petista, em 2003. Ela comentou a seu modo o recado que deu ao País de que o Judiciário não aceita versões singelas. "É porque você é um homem gentil e porque eu sou uma juíza. Porque se nós dois estivéssemos conversando eu diria mais. Mas é isso mesmo. Eu acho que mudou, gente. Mudou muito."

"O meu voto está pronto", afirmou Cármen Lúcia. "É tudo muito triste para o Brasil, enquanto estiver assim. E eu não posso dormir também feliz a 45 dias da eleição."


Estadão Online

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