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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Agora somos 7 bilhões



Esta é a bebê Danica, filipina escolhida pela ONU para simbolizar os 7 bilhões de seres humanos que o planeta atinge hoje. O primeiro gesto parece ser de saudação à vida, mãos e braços abertos para o mundo. Seja bem-vinda!


                                                                          Foto: Reuters (O Globo Online)


Pequena filipina simboliza o ser humano 
de número 7 bilhões

ONU elegeu filipina para simbolizar a marca, disputada por vários países.
Danica Camacho nasceu em hospital público de Manila.



Da France Presse


Danica vai receber uma bolsa de estudos, enquanto seus pais
terão ajuda para abrir loja. (Foto: AP)

A Ásia, onde vivem dois terços da população mundial, recebeu simbolicamente o ser humano de número 7 bilhões, uma pequena filipina de nome Danica, cujo nascimento foi celebrado em Manila e ilustra os desafios planetários de crescimento demográfico.

O planeta atingiu a população de seis bilhões em 1999. Na ocasião, a ONU escolheu Adnan Nevic, um menino nascido em Sarajevo, como representante simbólico da marca. Desta vez, a ONU optou por não designar nenhuma criança com antecedência e vários países pretendiam reivindicar a efeméride.

Danica May Camacho, nascida no domingo, dois minutos antes da meia-noite, no José Fabella Memorial Hospital, um centro público da capital filipina, tem 2,5 quilos. Seus pais, Florante Camacho e Camille Dalura, foram felicitados por representantes das Nações Unidas.

"É muito bonita. Não posso acreditar que seja a habitante sete bilhões do planeta", comentou emocionada Camille Dalura na sala de partos, invadida pela imprensa. Danica receberá uma bolsa de estudos e seus pais uma quantia em dinheiro para abrir uma loja.

"O mundo e seus sete bilhões de habitantes formam um conjunto complexo de tendências e paradoxos, mas o crescimento demográfico faz parte das verdades essenciais em escala mundial", declarou a representante do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) nas Filipinas, Ugochi Daniels.
G1


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domingo, 30 de outubro de 2011

"Lula, irmão, viveremos e venceremos!"



Os internautas que quiserem mandar mensagens de apoio, carinho e solidariedade ao companheiro Lula, escrevam para o email criado especialmente para isso pelo Instituto Cidadania:


                                  saudelula@icidadania.org




Do G1: 


Hugo Chávez manifesta esperança na 
recuperação do 'irmão' Lula


Ex-presidente foi diagnosticado com câncer na laringe no sábado (29).
Chefe de Estado da Venezuela também descobriu câncer em junho.

Da France Press

Mesmo com o tratamento, Chávez mantém as atividades e falou em público na última quarta-feira (14) (Foto: Leo Ramírez / AFP)Mesmo com tratamento contra o câncer, Hugo
Chávez manteve as atividades de presidente
(Foto: Leo Ramírez / AFP)
O presidente venezuelano Hugo Chávez manifestou esperança neste domingo (30) pela recuperação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi diagnosticado com câncer na laringe. Chávez prometeu retribuir a atenção recebida durante seu tratamento contra a doença.


“Em nome de todo o povo venezuelano e com base na experiência que vivi ao ter enfrentado uma situação similar, quero expressar, da irmandade que nos une ao companheiro Lula, meu profundo desejo de que o tratamento ao qual se submeterá nas próximas semanas permita sua pronta recuperação”, afirma Chávez em um comunicado.


“Sabe Lula que estarei atento ao desenvolvimento de todo seu processo, como ele tem estado junto a mim na circunstância que tenho vivido e que estou superando", completa a nota de Chávez, que foi operado de um tumor maligno em Cuba. “Lula, irmão, viveremos e venceremos!”, acrescentou.


Chávez, de 57 anos, nunca revelou a localização exata de seu câncer. Ele alega, quatro meses depois da descoberta da doença, que está recuperado.


O hospital Sírio-Libanês informou na manhã de sábado (29) que o ex-presidente, de 66 anos, será submetido a um processo de quimioterapia para tratamento de um tumor na laringe. Segundo nota do hospital, exames realizados por Lula, em São Paulo, identificaram a doença.


G1

As modernas bem-aventuranças



Sermão da Montanha
Versão Moderna


Bem-aventurados os pobres de ambições escuras, de sonhos vãos, de projetos vazios e de ilusões desvairadas, que vivem construindo o bem com o pouco que possuem, ajudando em silêncio, sem a mania de glorificação pessoal, atentos à vontade do Senhor e distraídos das exigências da personalidade, porque viverão sem novos débitos, no rumo do céu que lhes abrirá as portas de ouro, segundo os ditames sublimes da evolução.

Bem-aventurados os que sabem esperar e chorar, sem reclamação e sem gritaria, suportando a maledicência e o sarcasmo, sem ódio, compreendendo nos adversários e nas circunstâncias que os ferem abençoados aguilhões do socorro divino, a impeli-los para diante, na jornada redentora, porque realmente serão consolados.

Bem-aventurados os mansos, os delicados e os gentis, que sabem viver sem provocar antipatias e descontentamentos, mantendo os pontos de vista que lhes são peculiares, conferindo ao próximo o mesmo direito de pensar, opinar e experimentar de que se sentem detentores, porque, respeitando cada pessoa e cada coisa em seu lugar, tempo e condição, equilibram o corpo e a alma, no seio da harmonia, herdando longa permanência e valiosas lições na Terra.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, aguardando o pronunciamento do Senhor através dos acontecimentos inelutáveis da vida, sem querelas nos tribunais e sem papelórios perturbadores que somente aprofundam as chagas da aflição e aniquilam o tempo, trabalhando e aprendendo sempre com os ensinamentos vivos do mundo, porque, efetivamente, um dia serão fartos.

Bem-aventurados os misericordiosos, que se compadecem dos justos e dos injustos, dos ricos e dos pobres, dos bons e dos maus, entendendo que não existem criaturas sem problemas, sempre dispostos à obra de auxílio fraterno a todos, porque, no dia da visitação da luta e da dificuldade, receberão o apoio e a colaboração de que necessitem.

Bem-aventurados os limpos de coração, que projetam a claridade de seus intentos puros, sobre todas as situações e sobre todas as coisas, porque encontrarão a "parte melhor" da vida, em todos os lugares, conseguindo penetrar a grandeza dos propósitos divinos.

Bem-aventurados os pacificadores, que toleram sem mágoa os pequenos sacrifícios de cada dia, em favor da felicidade de todos, e que nunca atiçam o incêndio das discórdias com a lenha da injúria ou da rebelião, porque serão considerados filhos obedientes de Deus.

Bem-aventurados os que sofrem a perseguição ou incompreensão por amor à solidariedade, à ordem, ao progresso e à paz, reconhecendo acima da epiderme sensível os sagrados interesses da Humanidade, servindo sem cessar ao engrandecimento do espírito comum, porque assim se habituam à transferência justa para as atividades do Plano Superior.

Bem-aventurados todos os que forem dilacerados e contundidos pela mentira e pela calúnia, por amor ao ministério santificante do Cristo, fustigados diariamente pela reação das trevas, mas agindo valorosos, com paciência, firmeza e bondade pela vitória do Senhor, porque se candidatam, desse modo, à coroa triunfante dos profetas celestiais e do próprio Mestre que não encontrou, entre os homens, senão a cruz pesada, antes da gloriosa ressurreição.


Rejubilem-se, cada vez mais, quantos estiverem nessas condições, porque, hoje e amanhã, são bem-aventurados na Terra e nos Céus.

Humberto de Campos





Link do vídeo

sábado, 29 de outubro de 2011

O Povo Brasileiro mais uma vez com Lula



Entristecida, leio nos portais informativos a notícia do câncer no ex-presidente Lula.


Como cidadã, conheço Lula desde os tempos de movimento estudantil para a derrubada da ditadura, no final dos anos 70, quando ele era apenas sindicalista e eu estudante da USP. Depois ele fundou o PT, se tornou político, foi eleito Presidente da República por duas vezes, fazendo no meu entendimento um governo extraordinário.


Como ativista, que acompanhou a trajetória de Lula por mais de 30 anos, quero manifestar aqui minha solidariedade ao ex-presidente e vibrações de saúde e pronto restabelecimento.


O Brasil e todos nós, cidadãs e cidadãos, precisamos muito deste grande brasileiro, que saberá ter força e coragem para superar mais este desafio.


Felicidades, Presidente! Muita saúde! Grande abraço!


Nota da presidenta Dilma Rousseff a respeito:


Sábado, 29 de outubro de 2011 às 14:31

Em nota, presidenta Dilma Rousseff deseja rápida recuperação ao ex-presidente Lula

Nota OficialA presidenta Dilma Rousseff divulgou hoje (29) nota à imprensa em que deseja a “rápida recuperação do presidente Lula”. No texto, ela diz que como “Presidenta da República e ex-ministra do presidente Lula, mas, sobretudo, como sua amiga, companheira, irmã e admiradora” estará ao lado dele com apoio e amizade para acompanhar a superação de mais esse obstáculo.
Leia abaixo a nota oficial.
Em meu nome e de todos os integrantes do governo, junto-me neste momento ao carinho e à torcida de todo o povo brasileiro pela rápida recuperação do presidente Lula.
Graças aos exames preventivos, a descoberta do tumor foi feita em estágio que permite seu tratamento e cura. Como todos sabem, passei pelo mesmo tipo de tratamento, com a competente equipe médica do Hospital Sírio Libanês, que me levou à recuperação total. Tenho certeza de que acontecerá o mesmo com o presidente Lula.
O presidente Lula é um líder, um símbolo e um exemplo para todos nós. Tenho certeza de que, com sua força, determinação e capacidade de superação de adversidades de todo o tipo, vai vencer mais esse desafio. Contará também, para isso, com o apoio e a força de D. Mariza.
Como Presidenta da República e ex-ministra do presidente Lula, mas, sobretudo, como sua amiga, companheira, irmã e admiradora, estarei a seu lado com meu apoio e amizade para acompanhar a superação de mais esse obstáculo.
Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil

Diga "não" à crueldade contra animais


Eu já disse aqui no blog que além de atuar na esfera da cidadania e direitos humanos, me é muito cara também a proteção dos animais, esses seres indefesos, muitas vezes vítimas de pessoas covardes, que sentem prazer submetendo-os a falta de cuidados, fome, frio, abandono e crueldades que só uma mente psicopática pode explicar.

Anos atrás, fiz várias denúncias contra uma sobrinha, ser trevoso, criatura desprezível, que assassinou friamente vários cães, ao longo de alguns anos. A cafajeste tinha à época mais de 20 anos, não era nenhuma criancinha, e sabia muito bem o que fazia.

Numa das denúncias,  acolhida por delegacia de crimes ambientais, a canalha foi agraciada pelo promotor público com "arquivamento por falta de provas", depois de ter descaradamente mentido e atacado a denunciante, e sem apresentar provas materiais de que o animal continuava vivo.

Numa outra denúncia, contra clínica veterinária que assassinou meu cãozinho Leonardo, ocorreu o mesmo: o poder econômico falou mais alto que a Lei de Crimes Ambientais.

É este o país em que vivemos. É esta a "Justiça" que temos. 

Não podemos nos conformar com isso. Só a educação e a "indignação justa" de que falava Gandhi, expressa de forma educada, cordial, legal, pode um dia reverter este descalabro.

Exerça sua cidadania! Não se cale! Denuncie maus-tratos contra animais!



Leozinho, assassinado dentro
de clínica veterinária.


Abaixo, divulgo campanha da Sociedade Mundial de Proteção Animal.



WSPA Brasil - Outubro 2011
Apoie a Campanha Coleiras Vermelhas nas Redes Sociais
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WSPA Brasil


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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O Judiciário brasileiro e a Primavera Árabe



Sobre a arrogância, a prepotência, a ineficiência, a incompetência, a falta de transparência, o autoritarismo, a tacanhice etc. etc. do Judiciário brasileiro, fala não uma de suas vítimas, cidadã, editora e blogueira, mas um Juiz de Direito.


Nossos suseranos togados continuarão fazendo ouvidos moucos aos reclamos de seus "súditos", esperando que saiam às ruas para construir a Primavera Judiciária?


Juízes encastelados, sem ouvir a voz das ruas


Sob o título "O Poder Judiciário brasileiro e a primavera árabe", o artigo a seguir é de autoria de Átila Andrade de Castro, Juiz de Direito em Belo Horizonte.


Após décadas de poder, alguns dos mais conhecidos tiranos do nosso tempo foram expulsos de seus palácios situados no norte da África pela força do movimento popular.

No Cairo, em Trípoli e em Túnis a população se deu conta de que não se deve dar poder a quem não oferece contraprestação. Iniciaram com certa timidez a revolução que ficou conhecida como Primavera Árabe e o movimento foi tomando corpo, forma e substância, atravessando fronteiras e mudando uma realidade que parecia imutável.

Enquanto isso, encastelados em seus palácios, os ditadores de plantão faziam ouvidos moucos à voz das ruas. Diziam que era conspiração de potências ocidentais, que a suposta revolta não passava de movimentos isolados e que não abririam mão do poder que consideravam legítimo. Continuaram a fazer refeições em talheres de ouro, a viajar em aviões particulares intercontinentais e a desfrutar de todo o luxo e conforto que o poder proporciona.

Não ouviram o alerta. Não negociaram e nem se dispuseram a abrir mão de privilégios e nem a oferecer serviços decentes aos seus “súditos”. O resultado todo mundo conhece. Foram todos banidos de suas fortalezas, expulsos, presos e mortos.

Qual a semelhança de tal momento histórico com o Judiciário brasileiro?

É visível a insatisfação de todos os segmentos da sociedade com a justiça brasileira. O serviço é precário, ineficiente, artesanal, não oferece segurança jurídica e é excessivamente aleatório, tanto em termos de conteúdo decisório quanto em termos de procedimento, pois está sempre sujeito à idiossincrasia do juiz que receber a causa. Junte-se a isso a absoluta falta de investimentos de peso em tecnologia e em treinamento de servidores. O resultado todo mundo conhece: justiça lenta – e, portanto, frequentemente injusta -, cara e improdutiva.

A sociedade já percebeu a gravidade do problema. Não há país submetido a padrões ocidentais de civilização que consiga crescer e progredir e nem sociedade que se mantenha saudável com o serviço prestado pelo judiciário de hoje.

Enquanto isso, onde estão os membros do poder, que poderiam – e deveriam - mudar este estado de coisas? Muitos estão em seus “castelos”, lutando por frações de poder, medalhas, privilégios e títulos. Não ouvem a voz das ruas e nem se mostram permeáveis à crítica externa e às demandas sociais.

Pelo contrário, atribuem tudo isso a conspiradores anônimos e silenciosos que desejam enfraquecer o poder. Também não admitem jamais abrir mão de luxos que atualmente não se justificam, como duas férias anuais. Chega-se ao absurdo de se promover silenciosamente uma disputa surda entre juízes de segundo grau da justiça estadual e de segmentos da justiça federal pelo “privilégio” de usar a denominação “desembargador”, como se o tratamento dispensado ao juiz fosse lhe conferir sabedoria e garantir a prestação jurisdicional célere que a população tanto deseja.

Também não se vê por parte de associações que representam os juízes propostas de modernização, de incorporação de tecnologias, de simplificação e otimização de procedimentos e rotinas de trabalho para atingir padrões mínimos de qualidade e eficiência. Continuamos, como há séculos, reproduzindo modelos de decisão e de termos de audiência que já eram usados nos tempos da Inquisição.

Enfim, fica muito claro que se a autocrítica não ocorrer e as mudanças tão legítimas desejadas pela nossa sociedade não forem implementadas de dentro para fora, virão certamente de fora para dentro. O CNJ é o primeiro exemplo disso.

Por certo, se continuarmos surdos e inertes, alheios ao que acontece à nossa volta, seremos, ao final, expulsos de nossos castelos, sem nossos tão desejados títulos, comendas e condecorações.

Espero apenas que também não sejamos mortos como animais e enterrados em cova rasa no deserto. Que antes do fim a autocrítica tome conta de nosso meio e a sociedade tenha enfim o Poder Judiciário que merece.



Interesse Público


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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Lula: Brilha uma Estrela nos Céus do Brasil !



O Abra a Boca, Cidadão! cumprimenta carinhosamente o Maior, Melhor e Mais Importante Presidente que o Brasil já teve, o Estadista Global LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA !


O Presidente Lula vem recebendo diversos prêmios internacionais, títulos honoríficos universitários... e, segundo o noticiário, tem ainda 50 títulos de Doutor Honoris Causa na "fila de espera", para receber em prestigiosas universidades do mundo todo.


Nós que não tivemos medo de sermos felizes, vivemos os 8 anos mais incríveis de nossas vidas no seu extraordinário governo! E hoje comemoramos com entusiasmo seus 66 anos de vida.


Parabéns ! Felicidades ! Vida longa, Eterno Presidente do Brasil !



Sem Medo de Ser Feliz !


Link do vídeo



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A Justiça justa e as duas melancias


Nossa justiça é mais justiceira


Justiça. O conceito vive fase profícua. Justiça no deserto, justiça nos protestos contra o capitalismo, justiça nas atuações da Otan, justiça nisso e naquilo.

Segundo a lenda urbana, não há melhor Justiça do que a britânica devido às suas excentricidades. Ledo Ivo engano, como dizia Stanislaw Ponte Preta, o Sérgio Porto.
Mais: a raridade de ser uma Justiça justa. Recebi de um amigo dileto (Dileto de Assis, corretor de imóveis, 47 anos) um e-mail contendo uma verídica decisão judicial que boa parte dos leitores presentes devem estar fartos de conhecer de tanto bater perna na internet. Pelo que andei vendo, em matéria de bizarrice (há que ser sempre bem humorada) a brasileira, ou ao menos a do Tocantins, dá um banho nessa turma daqui de toga e peruca.
Em todo caso, como o enfisema anda bravo com o frio que passou a fazer, inauguro em minha vida profissional o esquema que vejo há séculos: peço vênia e agradeço pela transcrição seguinte de uma decisão absolutamente verídica de um processo tocantinense.
"A Escola Nacional de Magistratura incluiu em seu banco de sentenças o despacho pouco comum do juiz Rafael Gonçalves de Paula, da 3ª. Vara Criminal da Comarca de Palmas, em Tocantins. A entidade considerou de bom senso a decisão de seu associado, mandando soltar Saul Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, detidos sob a acusação de furtarem duas melancias:
DESPACHO JUDICIAL
DECISÃO PROFERIDA PELO JUIZ RAFAEL GONÇALVES DE PAULA NOS AUTOS DO PROC No. 124/03 – 3ª Vara Criminal da Comarca de Palmas/TO:
DECISÃO
Trata-se de auto de prisão em flagrante de Saul Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, que foram detidos em virtude do suposto furto de duas (2) melancias. Instado a se manifestar, o Sr. Promotor de Justiça opinou pela manutenção dos indiciados na prisão.
Para conceder a liberdade aos indiciados, eu poderia invocar inúmeros fundamentos: os ensinamentos de Jesus Cristo, Buda e Ghandi, o Direito Natural, o princípio da insignificância ou bagatela, o princípio da intervenção mínima, os princípios do chamado Direito alternativo, o surto famélico, a injustiça da prisão de um lavrador e de um auxiliar de serviços gerais em contraposição à liberdade dos engravatados e dos políticos do mensalão deste governo, que sonegam milhões dos cofres públicos, o risco de se colocar os indiciados na Universidade do Crime (o sistema penitenciário nacional)... Poderia sustentar que duas melancias não enriquecem nem empobrecem ninguém.
Poderia aproveitar para fazer um discurso contra a situação econômica brasileira, que mantém 95% da população sobrevivendo com o mínimo necessário apesar da promessa deste ou desta presidente que muito fala, nada sabe e pouco faz. Poderia brandir minha ira contra os neo-liberais, o consenso de Washington, a cartilha demagógica da esquerda, a utopia do socialismo, a colonização européia... Poderia dizer que os governantes das grandes potências mundiais jogam bilhões de dólares na cabeça dos iraquianos enquanto bilhões de seres humanos passam fome pela Terra – e aí, cadê a Justiça neste mundo?
Poderia mesmo admitir minha mediocridade por não saber argumentar diante de tamanha obviedade. Tantas são as possibilidades que ousarei agir em total desprezo às normas técnicas: não vou apontar nenhum desses fundamentos como razão de decidir. Simplesmente mandarei soltar os indiciados. Quem quiser que escolha o motivo. Expeçam-se os alvarás. Intimem-se,
Rafael Gonçalves de Paula – Juiz de Direito"
Brasileiros, não desesperai. Ainda há juízes em vossas terras.

BBC Brasil

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

STF julga hoje futuro do CNJ



O Brasil avança para a modernidade ou dará um passo atrás, em direção às Trevas ? 


Está na pauta de julgamentos de hoje do Supremo Tribunal Federal a ADIn impetrada pela Associação de Magistrados Brasileiros para retirar poderes de investigação do Conselho Nacional de Justiça, transformando o órgão numa reles perfumaria.


Como votarão nossos supremos ministros? Quem vencerá: os inconfessáveis interesses corporativistas de "meia-dúzia" de juízes e desembargadores ou o interesse público, a cidadania, o Povo Brasileiro?


Fiquemos atentos!


Todo o apoio à ministra-corregedora Eliana Calmon, em sua luta por um Judiciário aberto, moralizado, transparente, não elitista, democrático, cidadão e expurgado da corrupção!


                                                               Charge Chico Caruso/Blog do Noblat/O Globo Online


Caixa preta


Presidente da OAB critica ADIn que diminui poder de punir do CNJ

O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, criticou o teor da ADIn da AMB, prevista para ser julgada hoje pelo STF, contra o teor da resolução 135, editada pelo CNJ para uniformizar os procedimentos em todo o país relativos à atuação administrativa e disciplinar dos juízes, regulando os procedimentos a que são submetidos juízes acusados de atos de irregularidade.

Para Ophir, a ADIn busca um "retorno às trevas e à escuridão", fazendo com que o Judiciário volte a ser a caixa preta e hermética que foi no passado. "Será um grave retrocesso, uma vez que o CNJ abriu o Judiciário, deu-lhe transparência, sobretudo com as punições que efetivou. Essa ADIn tem como objetivo fazer com que o Judiciário volte a ser uma caixa preta, cenário com o qual a OAB não pode concordar".

A AMB defende que o CNJ não tem competência para tanto, entendimento que é rechaçado pelo Conselho Federal da OAB, que está se habilitando na ADIn na condição de amicuscuriae.

Na avaliação de Ophir Cavalcante, ao se tentar retirar do CNJ o poder de punir, a ADIn, caso seja aprovada, também significará um retorno ao estágio de irresponsabilidade geral que antes havia no que toca à correição dos atos do Judiciário. "Caso essa Adin seja aprovada, retirar-se-á da sociedade o controle e a fiscalização que vem sendo feito com muita responsabilidade pelo CNJ".


Veja abaixo a íntegra da manifestação.
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"Essa Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) é um retrocesso para a Justiça brasileira. O Judiciário só será forte se tiver um órgão de controle externo que possa fiscalizar os seus atos. As Corregedorias dos tribunais as quais a AMB quer privilegiar por meio dessa Adin historicamente se mostraram ineficazes no exercício de fiscalizar os atos irregulares cometidos por magistrados em razão do corporativismo. Todas as vezes que receberam denúncias contra os integrantes da magistratura, simplesmente as arquivavam, sem levar à frente as investigações.

O CNJ quebrou com isso e passou a incomodar as estruturas de poder no Judiciário, sobretudo nas Justiças estaduais. Essa nova realidade provocou uma reação forte contra o CNJ em sua criação e agora isso se repete em função da série de condenações que o CNJ vem promovendo na parte disciplinar a dirigentes de tribunais envolvidos em atos de corrupção.

Por esse motivo, não se pode concordar com o teor dessa Adin. A OAB agora se habilita na ação na condição de amicus curiae, exatamente para defender a manutenção do poder disciplinar do CNJ. Essa Adin da AMB fará com que haja um retorno às trevas e à escuridão no Judiciário. Será um grave retrocesso, uma vez que o CNJ abriu o Judiciário, deu-lhe transparência, sobretudo com as punições que efetivou. Essa Adin tem como objetivo fazer com que o Judiciário volte a ser uma caixa preta, cenário com o qual a OAB não pode concordar.

Ao se tentar retirar do CNJ o poder de punir, isso também significará um retorno ao estágio de irresponsabilidade geral que antes havia no que toca à correição dos atos do Judiciário. Caso essa Adin seja aprovada, retirar-se-á da sociedade o controle e a fiscalização que vem sendo feito com muita responsabilidade pelo CNJ".
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Migalhas

Kadafi e o jornalixo da CBN

Horrorizada, escrevi aqui dias atrás sobre a bestialidade com que os rebeldes líbios trataram Muamar Kadafi em sua captura e execução. Diante das imagens estarrecedoras, falei de barbárie, bestas enfurecidas que escaparam da jaula e outras expressões do gênero. Também manifestei a esperança de que nenhum líder mundial comemorasse a morte. Horas depois a própria presidenta Dilma também se manifestou, dizendo que o fato não era motivo para comemoração. Hoje leio no Blog do Mello o post abaixo. Essa dona Lúcia Hippólito não se manca, mesmo. Já ultrapassou todos os limites do bom senso e da compostura. Além de não fazer jornalismo, ainda deseduca ouvintes, tecendo comentários na contramão do que se chama civilização e cidadania. Ouçam o besteirol da "cientista política" travestida de jornalista. Uma lástima!


Lucia Hippolito para Kadafi: 'Vá pro alto de um prédio, se atire lá de cima e não chateia, ou vai pro meio da praça e ateia fogo às vestes'

Eu não sei o que toma essa mulher. Ou por quem ela se toma. Mas a atitude arrogante, de quem se acha livre para dizer o que quer que seja, na hora e onde quiser, mostra apenas o desprezo que os contratados pelas corporações midiáticas têm pela Constituição. Ou dona Lucia Hippolito não teria dito o que disse na CBN, emissora de rádio das Organizações Globo, sobre a morte do líder líbio (que, primeiramente, foi ditador; depois, líder; e finalmente ditador sanguinário), Muamar Kadafi.


Li as barbaridades de dona Hippolito no Blog do Gadelha. Gadelha é meu amigo há mais tempo que boa parte de meus leitores têm de vida. Mesmo assim, estranhei. Pensei: não é possível.


Gadelha é, como eu, um fã de pimenta. Mais o que isso. Ele é um fanático, a ponto de ter livros sobre o tema, enquanto eu me dedico apenas a provar. Então, pensei: teria Gadelha achado a pimenta mágica, o santo daime da capsaicina, e isso o fez delirar? Leia o que ele publicou em seu blog:


Na quinta, estava dirigindo e – como faço sempre – ouvindo a CBN, quando me tornei testemunha de verdadeira barbárie relacionada à questão líbia. A âncora Lucia Hippolito chamou Sérgio Besserman e apresentou, como destaque do dia, a possível captura de Kadafi. Nada mais apropriado, já que era o que se discutia na mídia internacional. Infelizmente, o que se ouviu em seguida foi uma sucessão de barbaridades, despropósitos, mau gosto, algo difícil de acreditar que estivesse sendo perpetrado por duas figuras relevantes em nosso mundo informativo, político e cultural. Lucia Hippolito começou ridicularizando Kadafi por conta de suas roupas extravagantes (como se essa fosse a maior de suas extravagâncias!). Mas essa bobagem não foi nada, diante do que veio a seguir. Besserman mostrou-se indignado sabem com o quê? Não admitia que Kadafi (que, segundo ele, já deveria saber há meses que seria derrotado) não tivesse se entregado há mais tempo para evitar tantas mortes na Líbia!!! Dá pra acreditar? As cenas que correm o mundo revelando os detalhes da morte de Kadafi será que respondem a Besserman? Lucia Hippolito sugeriu que ele, Kadafi, deveria ter-se matado. Besserman concordou, lembrando o suicídio de Allende!!! Lucia Hippolito diz que Kadafi deveria ter-se queimado em praça pública, se lançado do alto de algum lugar – e isso tudo dito aos risos. Afinal de contas, segundo eles, Kadafi somente fez o mal...
Como pode a CBN permitir algo assim? Por mais que Kadafi tenha tido ações extremamente condenáveis (como ajudar os Estados Unidos na tortura de presos políticos), ele também teve papel positivo para seu povo. Evitou a sangria das riquezas do petróleo que, antes, jorravam para o exterior, combateu o analfabetismo, fortaleceu e projetou o seu país no continente e no mundo. Independente disso, não se combate a barbárie com mais barbárie. A dupla de jornalistas deveria mirar-se no exemplo de Dilma que, opondo-se ao oportunismo belicoso de Obama e outros dirigentes ocidentais, demonstrou serenidade e visão de estadista, ao afirmar que “não é possível comemorar a morte de qualquer líder” e concluir que “não se faz apedrejamento moral de ninguém”.

Mas fui conferir no site da CBN e era isso mesmo, como você pode conferir a seguir.



Agora, a foto de Kadafi morto. Dona Hippolito está satisfeita?












terça-feira, 25 de outubro de 2011

Cidadãos: todo o apoio ao CNJ e a Eliana Calmon!



Há quase duas semanas, esta blogueira teve a honra de receber em seu email particular mensagem da ministra do STJ e Corregedora Nacional de Justiça, Eliana Calmon, nos seguintes termos:


Agradeço o apoio recebido pela minha atuação à frente da Corregedoria Nacional de Justiça, ao tempo em que reafirmo a minha intransigível luta em favor do Poder Judiciário expurgado dos males da corrupção.


Dias antes, a ministra havia sido informada dos vários posts que o Abra a Boca, Cidadão! vem publicando, divulgando e defendendo a luta da ministra guerreira por um Judiciário livre das mazelas da corrupção.


Eu não pretendia comentar isso aqui, mas resolvi fazê-lo para mostrar um modo de apoio à ministra, que qualquer cidadã e cidadão pode prestar.


Há um embate claro na sociedade entre interesses mesquinhos, corporativistas, e interesses dos cidadãos brasileiros.


Querem retirar poderes de investigação do CNJ, Conselho Nacional de Justiça, transformando-o num penduricalho qualquer, num enfeite, pra inglês ver, sem qualquer utilidade social. O STF, Supremo Tribunal Federal, julgará em breve ação impetrada por associação de magistrados neste sentido.


A grande imprensa vem noticiando e dando espaço à ministra Eliana Calmon. Alguns blogs estão há mais de um mês divulgando as manifestações da ministra, que luta bravamente contra a corrupção no Judiciário, e afirmou em entrevista que há, sim, infiltração de "bandidos de toga" no poder.


Cidadãs e cidadãos brasileiros: o momento é grave. De forma tranquila, cordial, educada, sem cometer ilícitos, sem proferir ofensas, manifestem-se onde for possível, na imprensa, na blogosfera, nos tribunais superiores. 


Indignem-se!


Emails do CNJ e do gabinete da ministra no Superior Tribunal de Justiça: 


corregedoria@cnj.jus.br     e     Gab.Eliana.Calmon@stj.jus.br


Infelizmente, o STF, salvo engano, não disponibiliza emails de contato para os cidadãos.


Todo o apoio à ministra-corregedora Eliana Calmon!


Por um Judiciário aberto, limpo, transparente, não elitista, democrático e cidadão!


Abaixo, mais uma manifestação da ministra sobre a preocupante questão.


Eliana Calmon volta a falar de corrupção no Judiciário

Eliana Calmon diz que sempre combaterá a corrupção. Foto: Givaldo Barbosa 27/09/2011
SALVADOR - Garantindo que não retirará uma vírgula do que disse sobre as mazelas do Judiciário, a corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Eliana Calmon, assinalou com todas as letras nesta segunda-feira, logo após receber a Medalha Dois de Julho outorgada pela prefeitura de Salvador, que "existe corrupção no poder Judiciário, como existe em todos os segmentos da sociedade brasileira".

- E e eu tenho o dever constitucional de combatê-la".

No seu discurso de agradecimento, ela aproveitou um trecho do Hino ao Dois de Julho, tocada na solenidade, que faz referência à vitória do exército popular brasileiro contra as tropas portuguesas na Bahia, em 1823, para comparar o que ocorre hoje no Brasil.

- Estou atenta às minhas responsabilidades, aos meus deveres constitucionais para que um dia eu possa dizer, depois da minha aposentadoria, como nós acabamos de recitar: 'nunca mais o despotismo, regerá a nossa Nação.

Ao ser perguntada se esse "despotismo" era uma referência à corrupção, respondeu:

- A todos os segmentos que atrapalham a realização da Justiça: a lentidão é um problema, a corrupção é outro, a incompreensão dos órgãos públicos com o Judiciário é outro problema, tudo isto é algo que precisa ser removido, é muito trabalho, mas a gente tem que acreditar que pode, pelo menos, melhorar.

Outro repórter quis saber se a popularidade obtida por ter dito a frase sobre haver "bandidos escondidos atrás da toga" não poderia fazê-la entrar na política e se candidatar a algum cargo eletivo. Eliana Calmon refutou essa possibilidade.

- Sou apenas magistrada, não tenho nenhum preparo para ser política, não tenho vocação para isso, me preparei a vida inteira para ser unicamente magistrada e atravessei minha vida dentro do Tribunal, do gabinete, dando sentença, e realmente isso é o importante para mim. E isso eu consegui, a compreensão dos meus magistrados, no momento em que na sexta-feira passada eu fui ao Colégio de Presidentes de Tribunais de Justiça e eles me receberam de pé, aplaudindo. Nesse momento eu vi que sou realmente magistrada, porque aquela homenagem para mim aplacou meu espírito.

Como juíza e corregedora do CNJ, Eliana Calmon fez a promessa de uma pessoa que "jurou a Constituição e as Leis da República", não decepcionar "os brasileiros e os baianos".

O Globo Online



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