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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Golpe em andamento: Dilma, mostre que este País tem governo!


CIDADANIA, SIM. VIOLÊNCIA, NÃO!


Brasil "desmoronando"...

Globo, oposição, elites podres, mídia golpista... rindo aos borbotões!

Farra de patricinhas e mauricinhos, com seus iphones e roupas de grife, "Revolucionários do Facebook", infantilizados e despolitizados, zoando e fomentando esta barbárie!

Presidenta Dilma: está na hora da senhora falar à nação e botar ordem neste caos, mostrando que o País tem comando.

Isto não é Democracia!

Isto se chama Anarquia!

Não espere que eles tentem invadir o Palácio do Planalto!

Tire a Globo do comando!

Fale, Presidenta Dilma!




Quem protesta contra tudo protesta contra nada


CIDADANIA, SIM. VIOLÊNCIA, NÃO!


O prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin revogaram ontem o reajuste de 20 centavos. Tarifas de trem, metrô e ônibus permanecem R$ 3,00.

Manifestações que paralisam a cidade de São Paulo e promovem tumultos, pancadaria e danos a patrimônio público e particular vão parar?

Este blog é ativista. Está no ar desde outubro de 2010, defendendo e estimulando cidadãs e cidadãos a expor suas ideias e defender seus direitos. Ou o direito de terceiros, dos que não têm voz nem vez.

Esta blogueira não nasceu blogueira. A vida e as perseguições e violências que sofre, desferidas por "família-quadrilha" acumpliciada com particulares e agentes públicos, não permitem que esta cidadã - graduada em Letras, pela USP; licenciada em Língua Portuguesa, pela USP; pós-graduada (mestrado) em Comunicação (Jornalismo/Editoração), pela USP; ex-professora da ECA-USP; com livros publicados, 1 deles indicado ao Prêmio Jabuti - atue no mercado de trabalho e viva em paz e segurança, mesmo dentro de sua casa. (Sim, isto aqui também é um protesto e denúncia!)

A blogueira vive sob a vigilância de 6 câmeras de monitoramento (ver coluna à direita), tem suas movimentações bisbilhotadas o tempo todo, pelas câmeras e por quadrilheiros, e desde abril de 2011 passou a usar este veículo de comunicação no embate contra esta QUADRILHA.

A blogueira está no ativismo desde o final dos anos 70, quando era estudante da USP e Cásper Líbero, e participou de passeatas, atos públicos, assembleias e outras atividades, com o objetivo claro de derrubar a ditadura militar e promover a redemocratização do Brasil.

Como cidadã e estudante, a blogueira atuou em protestos pacíficos. Não instigávamos depredações, atentados, terrorismo. Jovens, como os que estão protestando nas ruas do Brasil por estes dias, nossas armas eram nossas vozes, nossas ideias, nossos sonhos.

Sem qualquer violência, conseguimos reinstalar no País a Democracia usurpada pelo arbítrio.

Éramos rebeldes.

Rebeldes com causa.


Praça da Sé, São Paulo, abril de 1984. Comício das Diretas-Já. 
Um milhão e meio de manifestantes. Eu estava lá...


Protestar contra tudo é o mesmo que protestar contra nada

Cynara Menezes*


(Yasmin Brunet no protesto: frases de efeito vazias de conteúdo)

Não há, em minha opinião, nada mais assustador acontecendo hoje no Brasil do que o avanço dos fundamentalistas no Congresso Nacional. Aprovar projetos contra o direito de cidadãos de viverem plenamente sua orientação sexual, de usarem o próprio corpo da maneira que desejarem e de serem felizes ao lado do ser amado é o maior atentado à liberdade individual que pode existir. No entanto, na última quarta-feira 18, havia TRÊS manifestantes no plenário da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara protestando contra a aprovação do projeto da “cura gay”. Enquanto isso, do lado de fora, por todo o país, milhares de pessoas protestavam contra… Contra o quê mesmo?

Ao contrário do que alguns pensam, defender os direitos dos homossexuais não é pouca coisa. São brasileiros com direitos e deveres como todos nós. Mas, prestem atenção, não são só os homossexuais que os fundamentalistas ameaçam: no início do mês, a bancada evangélica conseguiu aprovar, na Comissão de Finanças e Tributação, o Estatuto do Nascituro, que prevê o pagamento de um salário mínimo às mulheres que optarem por não abortar em caso de estupro, projeto apelidado pelas feministas de “bolsa-estupro”. Se aprovado no plenário, o estatuto inviabilizaria outra conquista da sociedade brasileira, a pesquisa com as células-tronco embrionárias, liberadas pelo Supremo Tribunal Federal em 2011. Os fundamentalistas se articulam ainda contra as religiões de matriz africana.

Há mais de dez dias, a palavra “liberdade” está sendo usada a toda hora nas manifestações que sacodem o País a pretexto de exigir a diminuição das tarifas de ônibus e outras questões menos claras. Vi incontáveis faixas com “liberdade de expressão” nas passeatas. Mas não vi nenhuma falando em “liberdade de culto”, “estado laico” ou “respeito à diversidade”, que são o mesmo que liberdade, não tem diferença. Acho absolutamente decepcionante que, num momento como este, temas tão urgentes sejam esquecidos ou trocados por “inflação” e “corrupção”, para citar dois exemplos de itens genéricos bradados pelos manifestantes – ou pela mídia que tenta explicar as razões de eles estarem nas ruas.

Eu sinceramente pensei que, com tanta gente mobilizada, as pautas progressistas, tão necessárias e tão ameaçadas, fossem vir à tona: o estado laico, a questão indígena, o meio ambiente, os direitos dos cidadãos LGBTs. Que nada. O que vejo nas ruas é um festival de generalizações. Artistas divulgam nas redes sociais frases de efeito vazias: “Ou o Brasil muda ou o Brasil para”, “Ou para a roubalheira ou paramos o Brasil”. Essas palavras podem soar bonitas, mas não significam nada na prática. São apenas slogans escritos em uma cartolina por pessoas despolitizadas que não parecem genuinamente comprometidas com o País. “O gigante acordou” é trecho de propaganda de uísque. “Vem Para a Rua” é jingle de automóvel. Trechos do hino nacional ou de canções do Legião Urbana são poéticos porém inúteis.


(Isso daqui chega a ser burrice: só se “tira” políticos do Congresso 
– ou da presidência – pelo voto. Acordem!)

Excluíram as bandeiras dos partidos de esquerda do movimento para que ele fosse “apartidário”. OK. Mas desde que elas saíram, o volume de pessoas nas ruas aumentou e as manifestações perderam em conteúdo. Vejo gente saltando diante das câmeras de TV que nem no carnaval e assisto a entrevistas onde os participantes não conseguem concatenar meia dúzia de ideias para justificar por que estão ali. Resumem-se a dizer que protestam “contra tudo”. Contra tudo o quê, cara-pálida? É mentira que o Brasil esteja totalmente ruim para que seja preciso protestar contra TUDO. É contra a Copa? Ótimo. Pelo menos é UMA razão. Quem protesta contra tudo, a meu ver, não está protestando contra coisa alguma. Afinal, o protesto é à vera ou é só para postar no Facebook?

Uma manifestação se distingue de uma turba pelas reivindicações e pelas causas que possui. Uma manifestação sem rumo e sem causa pode se transformar facilmente em terreno fértil para aproveitadores e arruaceiros, como vimos diante da prefeitura de São Paulo na terça-feira e, na noite anterior, diante do Palácio dos Bandeirantes. Sim, eles são minoria, mas uma minoria de gente perigosa que agora já parte para saques e destruição do patrimônio público e privado. Sou totalmente contra o uso da violência em manifestações. Numa democracia, é perfeitamente possível protestar sem partir para a ignorância.

Cabe à polícia investigar quem são estas pessoas e puni-las. Aliás, a Polícia Militar brasileira tem sido um caso à parte nos protestos das últimas semanas: como é possível que os policiais sejam capazes de bater em manifestantes inocentes e cruzar os braços diante de vândalos? Será que a PM não sabe decidir quando é ou não necessário intervir duramente? Não conseguem distinguir manifestantes de arruaceiros? Que tipo de treinamento recebem, então? Isso também é feito com dinheiro do contribuinte, sabem?

Sou e sempre serei a favor do povo nas ruas, batalhando por seus direitos, protestando e exigindo um futuro melhor. Isso é exercitar a cidadania. Mas eu aprendi que manifestações têm pautas. Qual é exatamente a pauta destes protestos? Se for pela tarifa, o pessoal do Movimento Passe Livre deve se sentar para negociar com o prefeito Fernando Haddad, que, a meu ver, errou em não fazer isto desde a primeira hora. Se for por algo mais além da tarifa, como sentimos, os manifestantes precisam encontrar um caminho, apresentar queixas concretas, reivindicações factíveis. Vivemos em um país democrático, não há governo tirano para derrubar. Se isso que estamos vivendo é uma “primavera”, é primavera do quê?

UPDATE: Os prefeitos das capitais concordaram em reduzir a tarifa. Vitória do Movimento Passe Livre, que conseguiu mobilizar as pessoas em torno de um objetivo. [E o governador Geraldo Alckmin e o prefeito Fernando Haddad revogaram o aumento de 20 centavos na tarifa - ABC!] Mas e agora, como ficam os protestos contra “tudo”?

* Socialista Morena/CartaCapital

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