SUPREMOCRACIA EM PÉ DE GUERRA
O ministro Joaquim Barbosa, Presidente do Supremo Tribunal Federal, encerrou hoje, de forma intempestiva, a sessão plenária que tratava da Ação Penal 470 (Mensalão), acusando o ministro Ricardo Lewandowski, Vice-presidente da corte, de fazer chicana (troça, brincadeira, com o fito de atrapalhar o andamento do processo), quando este, após manifestar uma discordância, sugeriu interromper a discussão do assunto para continuar na próxima semana. Barbosa foi contra.
"Nós estamos com pressa de quê?", perguntou Lewandowski.
"Fazer o nosso trabalho, não chicana", disparou Barbosa.
Indignado, Lewandowski, sempre sóbrio e correto, mas firme, indagou se estava sendo acusado de fazer chicana: "Peço a Vossa Excelência que se retrate imediatamente".
"Não vou me retratar", confrontou Barbosa.
"Estou trazendo um argumento apoiado em fatos. Eu não estou brincando. Não admito isso. Vossa Excelência preside uma casa de tradição multicentenária", reagiu Lewandowski.
"Que Vossa Excelência não respeita", provocou Barbosa.
Celso de Melo, o decano, até que tentou jogar um balde de água fria na questão. Mas Joaquinzão estava, mesmo, furioso e querendo confusão.
A temperatura subiu e o tempo fechou na Praça dos Três Poderes. Joaquim Barbosa, mais uma vez, dá mostras de seu desequilíbrio emocional e despreparo, desrespeitando publicamente opinião divergente e mostrando o quanto é arrogante e autoritário.
JOAQUIM BARBOSA ACUSA LEWANDOWSKI DE CHICANA
Tensão no Supremo sobe às alturas; presidente Joaquim Barbosa compra briga com seu colega favorito para essas ocasiões; "Vamos fazer nosso trabalho, o senhor está fazendo chicana", disse ele a Ricardo Lewandowski; que rebate: "Você está acusando um ministro de estar fazendo chicana? Peço que se retrate agora"; relator da Ação Penal 470 disse que não se retrataria e encerrou a sessão; discussão começou quando o revisor Lewandowski acatou as alegações do réu Bispo Rodrigues de que houve contradição na definição de sua pena
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