Cidadania, Comunicação e Direitos Humanos * Judiciário e Justiça * Liberdade de Expressão * Mídia Digital
Editoria/Sônia Amorim: ativista, blogueira, escritora, professora universitária, palestrante e "canalhóloga"
Desafinando o Coro dos Contentes...
Perseguidores da Blogueira contam com apoio de terceiros, agentes públicos e particulares. No Brasil, como se diz, o crime compensa. E a impunidade corre solta.
ESSA CIVILIZAÇÃO!
Na civilização em que existimos, a conta nunca fecha para os justos, enquanto é sempre auspiciosa para os desonestos e criminosos. Por quê? Porque enquanto o espírito das leis não for o fiel reflexo de como funciona a realidade humana e, pelo contrário, se ocupar mais em punir as transgressões, os desonestos e criminosos sempre encontrarão formas inteligentes de driblá-las, enquanto os justos continuarão sem orientação definida, a não ser a proveniente do íntimo de seus corações, o que não é pouca coisa. Porém, é necessário mais, é imprescindível que o espírito da civilização seja realmente protetor dos justos e que o crime se transforme numa eventualidade, e não na nota dominante dos relacionamentos humanos, como é hoje em dia.
Aquele que anda rastejando como um verme nunca deverá queixar-se de que foi calcado aos pés.
Immanuel Kant, filósofo alemão
Quando se fala em violência contra a mulher, pensa-se imediatamente no estereótipo, no mais comum, no tipo de violência visível, que muitas vezes chega até à mídia: mulheres feridas, machucadas, espancadas, ensanguentadas, violentadas por companheiros. Um festival covarde, feroz, por vezes com requintes de crueldade, de tapas, socos, pontapés, acompanhados de ofensas, xingamentos, ameaças.
Violência contra a mulher, para a maioria da população, é sinônimo de agressões físicas desferidas por um macho brutamontes contra uma mulher frágil e indefesa.
A maior parte dos casos que chegam às delegacias e à mídia realmente corresponde a este tipo de violência. Mas há muitos outros agentes que podem praticar violência contra mulheres, além de maridos e companheiros. E há outras tantas formas de violência covarde contra mulheres, além da violência física.
Violência contra mulher está acontecendo todo dia, o dia todo... perpetrada muitas vezes por outras mulheres! E, acreditem, muitas vezes mulheres da própria família da vítima! Esta Blogueira sabe bem do que está falando...
Vejam só o absurdo da situação: mulheres ferindo, agredindo, violentando outra mulher. Mulheres predadoras. Mulheres truculentas. Mulheres canalhas. Algumas, com traços evidentes de psicopatia.
Violência moral também é violência igualmente torpe, baixa, rasteira, covarde, hedionda. Até porque, em geral é silenciosa, camuflada, disfarçada.
Violência moral, psicológica, patrimonial e institucional contra mulher também é CRIME, é VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES.
Da Declaração Universal dos Direitos Humanos, passando por dispositivos da Constituição Federal e do Código Penal, e chegando-se à famosa Lei Maria da Penha, há ordenamento jurídico suficiente no Brasil para promover a devida reparação.
Há uma mulher na Presidência da República. Uma ex-guerrilheira corajosa e combativa, que em seus discursos de posse afirmou claramente que "não compactuará com malfeito nem com violação de direitos humanos". Há uma outra mulher, Orgulho da Magistratura Brasileira, Caçadora de Corruptos e de Bandidos de Toga, à frente da Corregedoria Nacional de Justiça. Há mulheres igualmente bravas, ousadas, combativas, destemidas, na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e no "Ministério das Mulheres". Há mulheres dignas no Senado, na Câmara, no Ministério Público, no STF...
Mas há também, infelizmente, muita porcaria de saias e sapatos de bico fino, promovendo violência contra mulheres.
Chega de Violação de Direitos Humanos das Mulheres!