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sexta-feira, 18 de maio de 2012

"Semideuses" do Judiciário não querem divulgar rendimentos



Já imaginávamos. Não é novidade. Eles ainda não entenderam que são Servidores do Povo Brasileiro. Nada mais.


Setores retrógrados, tacanhos, arcaicos, do Judiciário não pretendem adotar a Lei de Acesso à Informação cujo decreto foi assinado pela presidenta Dilma Rousseff, e que obriga o Executivo a cumprir o Princípio da Transparência e abrir publicamente informações de interesse do cidadão.




O "Segundo Escalão do Olimpo", aqueles setores do Judiciário que se comportam como semideuses, que acham que estão acima do Bem e do Mal, resistem a adotar a transparência, e as alegações são risíveis, ridículas. Leiam abaixo.


Queremos todos saber quanto pagamos por este Judiciário caríssimo e muitas vezes ineficiente, em geral moroso, lerdo como tartaruga manca, como dizem. Sobretudo queremos conhecer salários e penduricalhos da Banda Podre, a que é remunerada com dinheiro do povo para promover Iniquidade e Injustiça.


Setores do Judiciário alegam risco a servidores e resistem a publicar salários


Presidente do STF e procurador-geral, porém, defendem ampla publicidade das remunerações

Mariângela Gallucci e Felipe Recondo

BRASÍLIA - Setores e sindicatos do Judiciário vão resistir à publicação dos salários e vantagens pagos a cada um dos servidores da Justiça. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, porém, demonstraram disposição em dar ampla publicidade aos dados relativos às remunerações. Gurgel afirmou nesta quinta-feira, 17, que o Ministério Público “tem de ser um exemplo de transparência”.

Ao ser indagado se o Judiciário divulgaria os seus salários de forma pormenorizada, Ayres Britto disse que os ministros definirão isso, mas sinalizou que é a favor da medida. O presidente do STF lembrou que foi relator de um processo no qual foi questionada a divulgação de salários da Prefeitura de São Paulo. “Só excluí da publicação os endereços, por questão de segurança.”

Ayres Britto afirmou que há duas formas para regulamentar a Lei de Acesso a Informações no Judiciário. “Uma é cada tribunal fazer a sua regulamentação; outra é tentarmos um regulamento conjunto. Ainda não definimos.”

Vulneráveis. O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Nelson Calandra [tinha que ser ele], disse que o decreto assinado pela presidente Dilma vale só para o Executivo [!!!]. Ele é contra divulgar o nome de funcionários e respectivos salários porque considera que isso torna as pessoas vulneráveis a ações de criminosos.

“Quem vive no mundo de hoje sabe que divulgar o nome é a mesma coisa que dar endereço e telefone. Pelas redes sociais, Google, qualquer pessoa é encontrada. A Constituição ainda assegura direito à intimidade [!!!] [E os Princípios da Transparência e Publicidade, desembargador???!!!...]. As pessoas têm de ser protegidas. Se você publica na internet o nome da pessoa com o salário, as organizações criminosas vão levantar o endereço e isso torna a pessoa vulnerável a ataques [aqui, rir pra não chorar...].”

O coordenador de administração do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário e do Ministério Público da União no DF, Jailton Assis, concorda: “Não temos divergência quanto à divulgação de salários. Mas a divulgação nominal é muito ruim. Uma coisa é entender o custo do Judiciário para a sociedade. Outra é conhecer nomes de cada servidor, alimentando uma situação de risco real.”



Estadão Online


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