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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Mulheres, Brasileiras e Poderosas...

A presidenta Dilma Rousseff recebeu hoje no Palácio do Planalto a melhor jogadora de futebol do mundo, a "brasileiríssima Marta", e ganhou de presente da jogadora uma camisa número 10 do Santos, onde Marta joga no momento.

Presidenta Dilma Rousseff recebe camisa autografada pela jogadora de futebol Marta, durante encontro no Palácio do Planalto _ (Brasília, DF, 24/01/2011) _ Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
                                                             Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
         
Ao receber o prêmio de melhor jogadora do ano dias atrás, Marta foi homenageada com cumprimentos por meio de nota oficial da Presidência da República, publicada no Blog do Planalto, sendo chamada de "brasileiríssima" pela presidenta Dilma.

Construindo a Cidadania

Cidadania "não vem pronta", não "cai do céu"...

É uma conquista diária, uma "construção".

E como construção, é uma "obra" sempre inacabada, sempre por fazer.

Não bastam leis, códigos, avançados ordenamentos jurídicos. É preciso exercitar diariamente os direitos fixados pela legislação, fazendo com que sejam reconhecidos também na vida cotidiana.

Abaixo mais um texto "iniciático", com alguns conceitos elementares, básicos, sobre a cidadania e seu exercício.


O que é Cidadania


A origem da palavra cidadania vem do latim “civitas”, que quer dizer cidade. A palavra cidadania foi usada na Roma antiga para indicar a situação política de uma pessoa e os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer.

Segundo Dalmo Dallari: “A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”. (DALLARI, Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p. 14)

No Brasil, estamos gestando a nossa cidadania. Damos passos importantes com o processo de redemocratização e a Constituição de 1988. Mas, muito temos que andar. Ainda predomina uma visão reducionista da cidadania (votar, e de forma obrigatória, pagar os impostos... ou seja, fazer coisas que nos são impostas) e encontramos muitas barreiras culturais e históricas para a vivência da cidadania. Somos filhos e filhas de uma nação nascida sob o signo da cruz e da espada, acostumados a apanhar calados, a dizer sempre “sim senhô", a «engolir sapos”, a achar “normal” as injustiças, a termos um “jeitinho’ para tudo, a não levar a sério a coisa pública, a pensar que direitos são privilégios e exigi-los é ser boçal e metido, a pensar que Deus é brasileiro e se as coisas estão como estão é por vontade Dele.

Os direitos que temos não nos foram conferidos, mas conquistados. Muitas vezes compreendemos os direitos como uma concessão, um favor de quem está em cima para os que estão em baixo. Contudo, a cidadania não nos é dada, ela é construída e conquistada a partir da nossa capacidade de organização, participação e intervenção social.

A cidadania não surge do nada como um toque de mágica, nem tão pouco a simples conquista legal de alguns direitos significa a realização destes direitos. É necessário que o cidadão participe, seja ativo, faça valer os seus direitos. Simplesmente porque existe o Código do Consumidor, automaticamente deixarão de existir os desrespeitos aos direitos do consumidor ou então estes direitos se tornarão efetivos? Não! Se o cidadão não se apropriar desses direitos fazendo-os valer, esses serão letra morta, ficarão só no papel.

Construir cidadania é também construir novas relações e consciências. A cidadania é algo que não se aprende com os livros, mas com a convivência, na vida social e pública. É no convívio do dia-a-dia que exercitamos a nossa cidadania, através das relações que estabelecemos com os outros, com a coisa pública e o próprio meio ambiente. A cidadania deve ser perpassada por temáticas como a solidariedade, a democracia, os direitos humanos, a ecologia, a ética.

A cidadania é tarefa que não termina. A cidadania não é como um dever de casa, onde faço a minha parte, apresento e pronto, acabou. Enquanto seres inacabados que somos, sempre estaremos buscando, descobrindo, criando e tomando consciência mais ampla dos direitos. Nunca poderemos chegar e entregar a tarefa pronta, pois novos desafios na vida social surgirão, demandando novas conquistas e, portanto, mais cidadania.

Do Portal
DHnet