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domingo, 3 de junho de 2012

Barraco no STF: Joaquinzão detona Gilmar



Pai pedreiro e mãe dona de casa. Mestrado e Doutorado em Paris. Professor na Universidade de Colúmbia, Nova York. Fluente em inglês, francês, alemão e espanhol.


Este é um resumo do resumo da bela história de vida de Joaquim Barbosa, ministro do Supremo Tribunal Federal.


Em 22 de abril de 2009, o Brasil vibrou com o entrevero entre o altivo Joaquim e o sinistro Gilmar.




As acusações foram pesadas, gravíssimas. Parece que o ministro Joaquim Barbosa tinha razão.


"Vossa Excelência está destruindo a Justiça deste País!"


"Vossa Excelência está destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro!"


"Vossa Excelência não está falando com seus capangas no Mato Grosso, me respeite!"


Lembram?


Vale a pena ver de novo!




Link do vídeo

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"Lula, o Pateta do Ano" etc., em A Semana, com Laerte Braga

A SEMANA

GILMAR CACHOEIRA DANTAS – O MUNDO DE ISRAEL/EUA TERRORISMO HUMANITÁRIO S/A

Laerte Braga

Gilmar Cachoeira Dantas lembra aquele gângster que consegue convencer o chefe que é capaz de numa ação só afastar todos os inimigos e problemas. Sequioso de se ver livre de inimigos e problemas o chefe não pensa e autoriza o pistoleiro a sair “matando adoidado”. Só que o pistoleiro é uma anta, tem pretensões a subir no âmbito da quadrilha, mostrar serviço e salvar o seu próprio patrimônio, construído nas sobras do chefe.

É o perfil de Gilmar Cachoeira Dantas, por incrível que possa parecer, ministro do Supremo Tribunal Federal no Brasil. A exceção de Joaquim Barbosa num confronto direto “não tenho medo de seus capangas” e uma ou outra refinada ironia de Marco Aurélio Mello, Gilmar deita e rola no STF, até porque dois ministros ligados a ele, Cesar Peluso e Ricardo Lewandowksy, são suspeitos de receberem gratificações indevidas.

Só que neste momento o chefe começa a perceber que toda a “valentia” de Gilmar Cachoeira Dantas são apenas arrotos para garantir sua impunidade (a tal viagem com Demóstenes e o encontro com Cachoeira em Berlim), sua visão é estreita, típica de pistoleiro mesmo, e isso, que à primeira vista parecia um ataque frontal e perfeito, começa a transformar-se num pesadelo.

Gilmar Cachoeira Dantas parte para cima da liberdade de opinião ao investir contra blogs – um dos mais importantes veículos de comunicação contemporâneos – e começa a se colocar na posição de vítima. O histórico de Gilmar Cachoeira Dantas que já aparece inclusive em veículos de mídia de mercado lhe é desfavorável. Resistem ainda os dois principais integrantes da quadrilha no braço mídia – GLOBO e VEJA.

O fato é que Gilmar colocou o STF debaixo do braço e até que haja reação é assim que o STF está sendo visto, um apêndice dos negócios de Gilmar, um partido político que atende ao chefe de Gilmar. Ou aos chefes.

No meio disso tudo José Serra, um dos chefes. Precisa desesperadamente da Prefeitura de São Paulo, pois os negócios dependem de um “aparelho” para se consumarem. Foi ele quem sugeriu a armadilha para o ex-presidente Lula, o pateta do ano. Tomou sorvete com a testa.

A sorte dele, Lula, é o Ratinho. Duro um trem desses.

Gilmar Cachoeira Dantas é um problema, a essa altura do campeonato, para seus amigos, muito mais que para os inimigos de seus amigos.

Quando a jornalista Miriam Leitão, principal porta-voz dos banqueiros na mídia brasileira, vai e afirma em seus comentários que o País está prestes a mergulhar numa grande crise, consequência da crise mundial e dos erros que enxerga na política econômica de Dilma Roussef, está apenas apostando no quanto pior melhor. O Brasil e os brasileiros são secundários para a senhora em questão. Importantes são os interesses dos que pagam.

A política econômica de Lula e agora de Dilma não trouxe nenhuma transformação de monta na estrutura medieval do campo, por exemplo, e leva o Brasil a ser uma potência de ocasião por conta da exportação de matérias- primas e programas sociais paliativos.

É um instrumento neoliberal, dentro do que chamam “nova ordem” na economia mundial, e se faz, entre outras coisas, com a ideia de que redução de IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados – vai manter o nível de emprego, a economia em crescimento. No máximo entopem as cidades de automóveis, degradam mais o ambiente, aumentam o endividamento do trabalhador brasileiro na ilusão do progresso que proporciona lucros fantásticos a bancos (os lucros do Itaú causaram espantos até nos EUA).

Aumenta a dependência de empresas estrangeiras na barbárie do agronegócio. Servem o agrotóxico de cada dia, como mostrou à larga o cineasta Sílvio Tendler, num dos seus sempre fundamentais documentários. “O AGROTÓXICO À NOSSA MESA”.

A cidade do Rio de Janeiro, que não é por conta do agronegócio, mas da especulação imobiliária, perdeu nos últimos trinta anos 17% por cento de sua área verde. Os índices de vegetação por habitante, dados da Prefeitura, caíram 26% por cento. Imagine então as bestas-feras do latifúndio, com ou sem os vetos de Dilma ao Código Florestal em áreas da Amazônia, do Pantanal, no Triângulo Mineiro, enfim, onde o agronegócio é sustentação das contas externas e internas do Brasil!

Pode ser visto no armazém de dados do Rio de Janeiro, na rede mundial de computadores, no link estatística.

Mas, desde que Lula assinou um tratado de livre comércio com Israel estamos sob a proteção humanitária de um dos mais brutais esquemas nazi/sionistas do mundo, o complexo empresarial ISRAEL/EUA TERRORISMO HUMANITÁRIO S/A.

Na própria sede do terror, Israel – uma delas – milhares de cidadãos saíram às ruas para exigir do governo a expulsão de negros e imigrantes. O país é para brancos arianos. A palavra de ordem das manifestações era simples – “expulsa já”.

Israel chegou a oferecer armas nucleares ao governo racista da África do Sul à época do apartheid para enfrentar os motins e levantes dos negros.

O complexo terrorista planeja agora uma intervenção na Síria. Como fez na Líbia. Financiou grupos nacionais e mercenários para deflagrar um processo de guerra civil e tal e qual aconteceu e acontece na Líbia, querem destruir o país, tomar posse das riquezas sírias e fingir que tudo é democracia.

Que nem no Egito. Sai Mubarak, condenado à prisão perpétua, fica Mubarak na presença de militares supostamente egípcios (só nasceram no país) a serviço de Israel e dos EUA. O povo? Isso é detalhe. No Egito, na Grécia, na Espanha, em qualquer lugar do mundo.

Foi o que aconteceu aqui em 1964. Militares nascidos no Brasil deram um golpe de estado a mando de potência estrangeira, de interesses estrangeiros e hoje invocam o “patriotismo” e a “honra” das forças armadas para ficarem impunes. Escaparem tanto da barbárie dos cárceres da ditadura, como do servilismo aos patrões de Washington. O lado bom das forças armadas foi expurgado àquela época.

Isso tem nome, é covardia.

Os índices de crescimento de Cuba revelados na semana que se finda são superiores aos dos países capitalistas. É uma “afronta” e Obama se indigna com o fato. Quer matar Chávez a qualquer preço, evitar a reeleição do presidente venezuelano e colocar o tacão nazi/sionista sobre toda a América Latina.

A verdade é que a libertação do jornalista francês Roméo Langlois pelas FARCs-EP, na Colômbia, principal colônia dos EUA aqui na região e ponto controlado pelo narcotráfico – a partir das forças armadas e do presidente – contrariou interesses políticos e factuais imediatos. Não deu para fazer aquele jogo de coitado dos “sequestrados”. Langlois foi preso em combate em meio à guerra civil colombiana. Num sinal de fraqueza Obama pediu à guerrilha que se renda. Uai! Não ia dizimar o grupo, segundo Uribe, ex-presidente, a guerrilha estava liquidada?

Começa a perceber que o povo colombiano como um todo está farto de violência e a violência vem do governo narco/traficante. O jornalista está levando uma carta das FARCs-EP ao presidente francês François Hollande, outro a iludir seu povo. Vagidos iniciais de reação e agora de quatro para a senhora Ângela Merkel.

Como Lula aqui. Cumpriu direitinho a carta aos brasileiros preparada por FHC quando presidente, que prescrevia o compromisso de aceitar as regras políticas e econômicas da nova ordem. O que Lula fez foi inventar “o capitalismo à brasileira”.

A sorte dos que trabalham a alienação geral via mídia é que Ronaldinho Gaúcho deu um trampo no Flamengo e quer 40 milhões de reais de atrasados, previdência, etc.

Se não vingaram os “abusos sexuais” sofridos por Xuxa, quem sabe vinga a novela Ronaldinho Gaúcho?

O xis da questão é escapar da enxurrada provocada por Cachoeira e evitar que danos maiores afetem os negócios.

Demóstenes diz que encontrou Jesus. Acaba na bancada evangélica. Sérgio Cabral não. Escapou de ser convocado para a CPMI do Cachoeira com a ajuda inestimável do PT e do PSDB, do seu partido PMDB lógico. O cachorrinho de estimação de Eike Batista (é o herdeiro daquele colar que Luma Oliveira usava nos desfiles carnavalescos para proclamar seu amor ao empresário) e dos controladores do Estado do Rio vai continuar comendo ração em Paris à custa dos trabalhadores fluminenses. Nem gosto de pensar em Minas sob a catástrofe Antônio Anastasia. Breve em extinção. Que dirá São Paulo ou a Bahia. Alckmin e Jacques Wagner.

É simples entender a política dessa gente. Pau nos professores. Por isso a ONU recomendou o fim da Polícia Militar. Por isso e por outras. Dilma também tem culpa no cartório. Paga juros escorchantes a bancos – 49% das receitas orçamentárias – e deixa professores das universidades federais a ver navios.

A pérola da semana foi a entrevista da jornalista Ana Helena Tavares em seu blog QUEM TEM MEDO DA DEMOCRACIA com D. Valdir Calheiros, arcebispo emérito de Volta Redonda e que enfrentou sem medo as hordas de bárbaros da ditadura de 1964. Jornalismo de primeira qualidade, de dar banho em qualquer GLOBO e em qualquer VEJA. São os blogs que Gilmar ataca. Os que não temem a verdade e nem ameaças.

Destaque do ABC!
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