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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Dilma: uma presidenta "Margarida"

“Vocês têm em mim uma presidenta Margarida como vocês”


Brasília foi palco, nesta terça-feira (17/8), de um dia que entrará para a história do país: o encontro da primeira presidenta mulher com cerca de 100 mil trabalhadoras rurais, que marcharam à capital federal em busca de justiça social e equidade de gênero. Ao participar da cerimônia de encerramento da Marcha das Margaridas 2011, a presidenta Dilma Rousseff divulgou uma série de conquistas alcançadas pelas trabalhadoras rurais a partir de negociações com o governo federal.
Os ganhos das trabalhadoras envolvem ações na área da saúde, educação, segurança, geração de renda, acesso à terra e crédito rural e erradicação da miséria, entre outras. O resultado das mesas de negociação foi reunido em um caderno resposta, que a presidenta Dilma fez questão de entregar pessoalmente às Margaridas na solenidade de encerramento da Marcha.
“Minhas queridas Margaridas, hoje estou aqui para dizer que a Marcha de vocês me toca e me emociona profundamente, não apenas como presidenta da República, mas como mulher e cidadã (…), e para reconhecer que muitas das demandas de vocês foram acatadas (…). O principal resultado é a continuidade do diálogo e do respeito entre vocês e o governo federal, iniciados pelo presidente Lula. Me comprometo a dar continuidade a esse diálogo respeitoso e companheiro e a ampliar o atendimento às justas reivindicações das trabalhadoras rurais”, disse a presidenta, ao iniciar seu discurso.
                                                                         Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Entre as medidas anunciadas, a presidenta destacou a construção de 16 unidades básicas de saúde fluviais e de 10 centros de referência em saúde do trabalho voltados para o campo e floresta até 2012; um plano integrado em saúde para trabalhadores do campo e da floresta; o aumento do limite de venda da agricultura familiar para fornecimento da merenda escolar, de modo a atingir, ainda em 2011, os 30% de compra direta do governo à agricultura familiar previstos na lei; a inserção da Produção Agroecológica Integrada Sustentável (PAIS) no Plano Brasil sem Miséria e aumento da dotação orçamentária do programa; ampliação do crédito rural, com elevação da participação da mulher e linha exclusiva às trabalhadoras; ampliação do acesso à creche e expansão da rede escolar na zona rural, entre outros.
A presidenta também chamou a atenção para um plano de enfrentamento à violência contra a mulher do campo, a implantação de programa de documentação civil na Amazônia, com foco na mulher, a instituição de grupo de trabalho para elaboração, com a participação da sociedade civil, de um programa nacional de agroecologia e o início de um diagnóstico de todos os assentamentos rurais no Brasil, para “definir como encaminhar a questão do acesso à terra daqui por diante”.
“Eu quero intensificar o diálogo do governo com vocês. Tenho certeza de que o debate com os movimentos sociais é fundamental. E tenho certeza de que as críticas e as sugestões são essenciais e muito bem vindas, pois permitem que façamos cada vez melhor, que possamos, juntas, construir o Brasil que queremos: um país sem miséria, um país rico (…) e um país mais justo e menos desigual”, concluiu.
Texto do Blog do Planalto

Blogueiro carioca faz mais denúncias sobre o assassinato da juíza



Isso é gravíssimo!

Foram encontrados diversos documentos que mostram que a juíza Patrícia Acioli, brutalmente assassinada na porta de sua casa no último dia 12, em Niteroi, Rio de Janeiro, pediu, requereu, suplicou, por meio de "ofícios dramáticos" dirigidos a diversas autoridades, inclusive ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, proteção à sua vida por escolta armada.

Patrícia Acioli, juíza combativa e linha dura, que colocava em primeiro lugar suas obrigações como servidora do povo brasileiro dentro do Judiciário, já havia condenado cerca de 60 policiais envolvidos com o crime organizado, e foi barbaramente executada com 21 tiros na última sexta-feira.

Leia e veja abaixo a indignação do destemido blogueiro carioca Ricardo Gama, sobrevivente de atentado no início do ano, quando levou 6 tiros.


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Documentos retirados de sala de juíza Patrícia Lourival Acioli morta em Niterói comprovam ameaças


Vídeo comentário.



Link do vídeo no youtube.


O Tribunal de Justiça do RJ e Desembargadores foram desmascarados, todos mentiram,  e conforme sempre disse a família da juíza assassinada, ela sempre pediu proteção, mas os "poderosos" desembargadores, data maxima venia, cagaram solenemente para a vida da juíza.

Será que dá processo isso, dizer que os desembargadores "cagaram solenemente" ?

Foram achados dezenas de ofícios hoje no gabinete da juíza onde ela suplica proteção ao Tribunal de Justiça, e aí ?

Com certeza, a preocupação do Tribunal de Justiça sempre foi com a obra bilionária em suas dependências feita pela Delta Construtora, aquela que o dono, Fernando Cavendish, é amigo íntimo de Sérgio Cabral.

Com certeza, os desembargadores da cúpula do TJ também têm culpa na morte da juíza Patrícia Lourival Acioli, eles poderiam responder por omissão.

Esse é o Brasil, um país da VERGONHA e do DESCASO, até quando ? 

Reprodução do site R7


O advogado contratado pela família da juíza Patrícia Acioli, assassinada na última quinta-feira (8) [sexta-feira, 12] com 21 tiros no momento em que chegava em sua casa, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, revelou que documentos encontrados no gabinete da magistrada comprovam as ameaças de morte recebidas por ela nos últimos anos. Passa de cem o número de ligações para o Disque-Denúncia com informações sobre o assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli.

De acordo com o criminalista Técio Lins e Silva, a juíza enviou diversos ofícios ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) relatando os riscos que corria. 

- As autoridades sabiam (das ameaças), a polícia sabia e a divisão de segurança do Tribunal de Justiça sabia. Tudo foi comunicado pela Patrícia ao longo dos anos. 

Os papéis foram entregues à DH (Divisão de Homicídios), que investiga o crime. A Corregedoria da Polícia Militar informou que a juíza esteve no órgão uma semana antes de ser morta, mas não comentou sobre nenhuma ameaça de morte contra ela. 

O advogado cita ainda um depoimento dado pela juíza à corregedoria da PM e um documento com relatos sobre uma ameaça descoberta em uma interceptação telefônica da Polícia Federal. 

Segundo ele, "há ofícios dramáticos em que Patrícia pede providências" para a garantia de sua segurança. O TJ-RJ (Tribunal de justiça) alega que a magistrada abriu mão de sua escolta em 2007 e não voltou a pedir proteção

Investigadores analisaram na segunda-feira (15) as imagens das câmeras do Fórum de São Gonçalo, onde Patrícia trabalhava. Dois homens em uma moto teriam feito uma tocaia e esperado o carro da juíza sair da garagem.

Ao ver o veículo na saída, eles teriam seguido para a casa da magistrada. No mesmo fórum, a comissão de três juízes criada para assumir provisoriamente os casos sob responsabilidade de Patrícia começou a estudar os processos. Uma audiência marcada para esta semana foi adiada para a semana que vem.

As câmeras do circuito interno de segurança do condomínio em Piratininga, região oceânica de Niterói, onde a juíza Patrícia Acioli foi assassinada no início da madrugada desta sexta-feira (12), não gravaram o momento do crime. A informação foi confirmada por policiais da DH, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

O juiz Fabio Uchôa, que considerou nula a segurança aos juízes um dia após a morte da juíza, foi escolhido para coordenar a comissão. Ele admitiu contar com uma equipe de segurança.

- Minha rotina vai continuar a mesma. Tenho meus mecanismos de segurança, que não ficaram mais rigorosos após o assassinato de Patrícia.

Ele se dedicará exclusivamente à 4ª Vara Criminal, local em que uma comissão do Conselho Nacional de Justiça acompanhará as investigações sobre o assassinato de Patrícia.

Em nota, a Anistia Internacional condenou a execução da magistrada e cobrou ações do governo brasileiro contra as milícias e grupos de extermínio.


Assassinato de juíza expõe corrupção policial, diz Anistia

Catástrofe Humanitária  A Somália é um país da costa oriental da África. A vida de milhões de somalianos, principalmente crianças, está em risco pela fome, seca, doenças e outras violências. Assista o vídeo e saiba como ajudar clicando nos links Ajude Help Ayuda Aide . Participe! Divulgue!


A Anistia Internacional divulgou nota em que condena o brutal assassinato da juíza Patrícia Acioli, no último dia 12, em Niterói, Rio de Janeiro, e cobra medidas urgentes do governo brasileiro no sentido de promover investigação ampla e independente para chegar nos responsáveis e medidas eficazes para coibir a corrupção policial e o crime organizado. Leia mais abaixo.

Anistia Internacional condena assassinato de juíza no Rio

Ana Cláudia Barros

A organização de direitos humanos Anistia Internacional condenou a morte da juíza Patricia Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, vítima de emboscada e execução na madrugada da última sexta-feira (12). Em nota, a entidade afirmou que "o assassinato de um juiz por homens armados destaca os profundos problemas da cidade (Rio de Janeiro) com a corrupção policial e o crime organizado".

- O assassinato brutal de Patrícia Acioli expõe uma situação profundamente preocupante - disse o pesquisador da Anistia Internacional, Patrick Wilcken.

A organização enfatizou ainda que a morte "de um juiz que estava simplesmente realizando seu dever desferiu um duro golpe para o Estado de Direito e o sistema judicial no Brasil" e que era preciso "uma investigação completa e independente" para levar os responsáveis à Justiça.

A Anistia Internacional destacou que muito mais precisa ser realizado para erradicar o crime organizado no Rio de Janeiro. "As autoridades federais, estaduais e municipais devem implementar medidas coordenadas" e "fornecer a proteção adequada para os envolvidos na investigação", reprimindo policiais corruptos e gangues criminosas.

Afirmou ainda que, apesar das mais de 500 prisões efetuadas após a instalação da CPI das Milícias na Assembleia Legislativa fluminense, em 2008, desde então, "pouco tem sido feito para combater as atividades ilegais econômicas que alimentam" esses grupos. Na avaliação da entidade, um passo importante é a repressão à "economia paralela que sustenta e consolida a corrupção policial e o crime organizado".

A entidade internacional lembrou que Patricia Acioli era conhecida como uma "juíza inflexível" e que durante a última década havia condenado cerca de 60 policiais envolvidos em esquadrões da morte e milícias. A magistrada foi executada com 21 tiros, quando chegava em casa, no município de Niterói.


Terra Magazine

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