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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Assassinato de juíza expõe corrupção policial, diz Anistia

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A Anistia Internacional divulgou nota em que condena o brutal assassinato da juíza Patrícia Acioli, no último dia 12, em Niterói, Rio de Janeiro, e cobra medidas urgentes do governo brasileiro no sentido de promover investigação ampla e independente para chegar nos responsáveis e medidas eficazes para coibir a corrupção policial e o crime organizado. Leia mais abaixo.

Anistia Internacional condena assassinato de juíza no Rio

Ana Cláudia Barros

A organização de direitos humanos Anistia Internacional condenou a morte da juíza Patricia Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, vítima de emboscada e execução na madrugada da última sexta-feira (12). Em nota, a entidade afirmou que "o assassinato de um juiz por homens armados destaca os profundos problemas da cidade (Rio de Janeiro) com a corrupção policial e o crime organizado".

- O assassinato brutal de Patrícia Acioli expõe uma situação profundamente preocupante - disse o pesquisador da Anistia Internacional, Patrick Wilcken.

A organização enfatizou ainda que a morte "de um juiz que estava simplesmente realizando seu dever desferiu um duro golpe para o Estado de Direito e o sistema judicial no Brasil" e que era preciso "uma investigação completa e independente" para levar os responsáveis à Justiça.

A Anistia Internacional destacou que muito mais precisa ser realizado para erradicar o crime organizado no Rio de Janeiro. "As autoridades federais, estaduais e municipais devem implementar medidas coordenadas" e "fornecer a proteção adequada para os envolvidos na investigação", reprimindo policiais corruptos e gangues criminosas.

Afirmou ainda que, apesar das mais de 500 prisões efetuadas após a instalação da CPI das Milícias na Assembleia Legislativa fluminense, em 2008, desde então, "pouco tem sido feito para combater as atividades ilegais econômicas que alimentam" esses grupos. Na avaliação da entidade, um passo importante é a repressão à "economia paralela que sustenta e consolida a corrupção policial e o crime organizado".

A entidade internacional lembrou que Patricia Acioli era conhecida como uma "juíza inflexível" e que durante a última década havia condenado cerca de 60 policiais envolvidos em esquadrões da morte e milícias. A magistrada foi executada com 21 tiros, quando chegava em casa, no município de Niterói.


Terra Magazine

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2 comentários:

  1. Sônia:

    Os pares dela, juízes e desembargadores, não escutaram os pedidos de socorro porque ela era uma mulher independente.

    Parece até que no Rio de Janeiro a POLÍCIA, os BICHEIROS e o JUDICIÁRIO são "tutti fratelli"...

    Pesquise sobre o ex-presidente ZVEITER e suas "nomeações".

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  2. Na verdade, Giba, a atuação corajosa, altaneira e exemplar da juíza Patrícia colocava em risco a continuidade dos "negócios"... "Fratelli" é ótimo! rsrsrsss Giba, eu sou uma debutante neste tipo de análise, não sou jurista ou formada na área, mas quando tive conhecimento do assassinato já imaginei que talvez tivessem "deixado" a juíza sem proteção justamente pra que ficasse vulnerável e parasse de atrapalhar... Ela também "bobeou", com todo o respeito que sua morte e vida merecem. Uma mulher que botou em cana 60 policiais, que linha dura com máfias e bandidagem... andar num carro comum, sem blindagem... um Idea... essa mulher deveria andar numa dessas picapes grandes, blindadas, tipo jipão... e de colete a prova de balas e tudo o mais que fosse possível. O que sei é que a juíza Patrícia Acioli era uma raridade, uma "pedra preciosíssima" dentro de um Judiciário no mínimo "duvidoso". E em qualquer país sério teria tido toda a proteção para continuar exercendo sua bela e digníssima magistratura. Uma pena! Uma lástima! Uma vergonha pra todos nós! Abraços.

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