Tradutor

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

As Criminosas mais Famosas do Brasil


O Submundo está mudando de endereço.

Mulheres estão atuando vigorosamente por toda a parte: nas empresas, em cargos de chefia, na política, nos ministérios e parlamento, nas universidades, em muitos setores tradicionalmente masculinos. Mas de uns anos para cá começaram a adentrar também, infelizmente, com ousadia e desembaraço, o submundo: o mundo do crime.

Desprovidas de princípios, frias, calculistas, doentiamente gananciosas, estas mulheres padecem claramente de megalomania e insanidade moral.

Psicopatas, muitas vezes.





As criminosas mais famosas do Brasil 

Gabi Dornelas 

O assassinato e esquartejamento do executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, foi motivo pra muita gente ficar chocado, pra muita gente fazer piada e pra muita gente pensar duas vezes antes de trair a esposa. Assassina confessa, Elize Matsunaga foi levada para a prisão onde estão Suzane von Richthofen e Anna Carolina Jatobá, condenadas pelo assassinato dos pais e da enteada, respectivamente.

Elize, Suzane e Anna dividem mais que as paredes do Complexo Penitenciário de Tremembé. Elas entram na lista das mais famosas criminosas do país. Seja pela crueldade, frieza ou ineditismo de seus crimes, essas mulheres atraíram a atenção da mídia e da população brasileira.

Conheça a história e os crimes de algumas destas criminosas.


Suzane von Richthofen


31 de outubro de 2002

Planejou (e ajudou na execução junto com os irmãos Cravinhos – Daniel – namorado de Suzane à época do crime - e Christian – irmão de Daniel) o assassinato dos próprios pais. Manfred e Marísia von Richthofen foram espancados até a morte com barras de ferro.

Há divergências sobre a motivação: a herança de R$10 milhões deixada pelo casal Richthofen e/ou a proibição do namoro de Daniel e Suzane.

Indícios apontam que Suzane conduziu testes de ruídos na casa para decidir sobre o uso ou não de armas de fogo, traçou a estratégia, desligou os dispositivos de segurança da casa, permitiu a entrada dos irmãos Cravinhos, espalhou documentos e objetos pela casa e arrombou uma maleta de dinheiro do pai para simular um latrocínio.

Depois do assassinato, Suzane e Daniel deixaram Christian perto da casa dele e foram para um motel – primeiro disseram ter feito sexo naquela noite, depois negaram. Saindo do motel, eles buscaram Andreas, irmão de Suzane, que estava em um cibercafé (odeio o termo, mas foi o que usaram nas reportagens e eu resolvi não mexer!).

Desde que chegou na casa dos Richthofen, a polícia desconfiou do comportamento de Daniel e Suzane e de detalhes da cena do crime. Depois de investigação, Christian foi confrontado a respeito de uma moto 0 km que comprou logo após o crime. Ele foi o primeiro a confessar.

Suzane foi condenada a 39 anos de prisão em regime fechado. Daniel teve a mesma pena e Christian pegou 38 anos de prisão. Os três seguem cumprindo suas penas.


Anna Carolina Jatobá


29 de março de 2008

Juntamente com o marido, Alexandre Nardoni, foi condenada pelo espancamento, asfixia e defenestração (quando jogam alguém pela janela – mas acho que depois desse caso todo mundo ficou sabendo disso!) da filha dele, Isabella Nardoni, de 6 anos.

Anna e Alexandre nunca assumiram a culpa pelo crime, então os motivos foram sempre especulação. Os dois afirmam que chegaram na garagem do prédio, Anna ficou com os 2 filhos do casal lá e Alexandre subiu para o apartamento com Isabella. Ele deixou a menina no quarto dos irmãos e voltou para ajudar Anna a subir com as outras crianças, um de 3 anos e outro de 11 meses. Na versão deles, nesse intervalo alguém teria invadido a casa – como para um roubo – e atirado Isabella pela janela.

Para a polícia 3 pontos deixavam a versão de Anna e Alexandre nebulosa: a ausência de arrombamento na casa, o fato de que não faltava nada entre os pertences do casal e, finalmente, nenhum indício de que alguém estranho tenha estado no prédio.

A perícia revelou que a causa da morte de Isabella foi parada cardiorespiratória. Além disso, haviam vestígios de sangue no apartamento do casal, nos dormitórios, corredor, na maçaneta da porta de entrada da residência e no lençol da cama onde Alexandre disse tê-la colocado. Houve fratura de osso em um dos punhos, enquanto estava viva; trauma no crânio, língua entre-dentes e lesões petequiais no coração e pulmões – indicativas de que a vítima fora asfixiada/sufocada.

Um dos primeiros depoimentos de vizinhos – antes mesmo das suspeitas recaírem sobre Anna e Alexandre – era de uma senhora que dizia ter ouvido, momentos antes de Isabella ser jogada pela janela, a voz de uma menina, criança que gritava “Para… pai!”. Um detalhe importante foi a entonação repassada pela vizinha: a menina gritava “para” e em seguida chamava pelo pai, como se pedisse a ajuda dele. Muitos ainda acreditam que a responsável direta pela morte de Isabella tenha sido a madrasta Anna.

Anna Carolina Jatobá foi condenada a 26 anos e 8 meses de prisão em regime fechado. Alexandre teve uma pena maior – 31 anos, 1 mês e 10 dias – pelo fato da vítima ser sua descendente direta.

Atualmente Anna virou evangélica e prega para as demais detentas do presídio onde está. [Suzane também !!!]


Elize Araújo Kitano Matsunaga


19 de maio de 2012

Elize admitiu ter atirado na cabeça e esquartejado o marido, Marcos Kitano Matsunaga – executivo da Yoki. O crime ocorreu no apartamento do casal, enquanto a filha deles, de 1 ano, estava no local. De acordo com a perícia, quando ocorreu a decapitação de Marcos, ele ainda estava vivo.

Elize contratou um detetive para comprovar que o marido a estava traindo. Através de um vídeo apresentado pelo investigador particular, ela confirmou suas suspeitas. Na noite do crime, após chegar em casa e dispensar a babá, Elize confrontou o marido, exaltada. A discussão foi acalorada, Marcos deu um tapa na esposa e disse que iria interná-la. Elize sacou uma arma e o atingiu na cabeça. Arrastou o corpo para o quarto de empregada, esquartejou, colocou em sacos plásticos, depois em malas.

Os pedaços do corpo de Marcos foram encontrados em Cotia e Capão Bonito, na Grande São Paulo.

No apartamento do casal foram encontradas 30 armas. Marcos era colecionador. A arma usada por Elize foi um presente de Marcos a ela.

Marcos conheceu Elize pela internet, em um site de acompanhantes. Ele se apaixonou pela garota de programa e fez dela sua esposa. A amante – que causou a ira de Elize – era também uma acompanhante do mesmo site onde Marcos conheceu a esposa.

Elize confessou e a polícia não tem dúvidas: todo o crime foi realizado por ela, sozinha. Como Elize tem curso de técnica em enfermagem, ela utilizou seus conhecimentos para esquartejar o marido, cortando nas articulações do corpo.

Elize pode pegar de 6 a 30 anos de prisão.


``

O Brasil tem dono? Quem são os "Proprietários do Brasil"?


"Não se pode falar de um verdadeiro Estado de Direito Democrático se a sociedade não conhecer as estruturas de poder econômico do setor privado e suas influências nas orientações de estratégia econômica e de desenvolvimento do Estado brasileiro. Ainda mais quando sabemos que as ações de empresas e bancos de maior capital acumulado, por estarem comprometidos com o lucro, impactam negativa e brutalmente na vida social, econômica, cultural e ambiental do país."

"Temos o direito, como cidadãs e cidadãos brasileiras/os, de exigir a democratização do uso dos recursos públicos e seu controle social, tendo acesso a informações sobre onde e como os mesmos são aplicados."




Quem são os proprietários do Brasil?

Qual é a estrutura de poder econômico dos grupos privados que atuam no país? Quais são os atores que acumulam maior poder nesta estrutura, e qual a relação entre os mesmos? Qual o grau de influência desta estrutura de poder, invisível, sobre as decisões do Estado quanto ao rumo do desenvolvimento e as políticas econômicas? Como o Estado se relaciona e alimenta esta estrutura de poder e quais as contrapartidas desta relação para o bem-estar da sociedade?

É com o objetivo de responder a estas e a outras perguntas que construímos o ranking “Proprietários do Brasil”.

O ranking foi elaborado a partir da construção de um sistema de informação inédito que mede o poder econômico não apenas por meio da receita destas empresas mas também do controle, da propriedade sobre ações ordinárias (com direito a voto) que uma empresa possui de outras empresas e o quanto isso aumenta sua capacidade de influenciar os investimentos do Estado brasileiro (clique aqui para entender como se calcula o IPA - Índice de Poder Acumulado).

Não se pode falar de um verdadeiro Estado de Direito Democrático se a sociedade não conhecer as estruturas de poder econômico do setor privado e suas influências nas orientações de estratégia econômica e de desenvolvimento do Estado brasileiro. Ainda mais quando sabemos que as ações de empresas e bancos de maior capital acumulado, por estarem comprometidos com o lucro, impactam negativa e brutalmente na vida social, econômica, cultural e ambiental do país.

O ranking Proprietários do Brasil mostra que o capitalismo brasileiro tem rosto, nome, sobrenome e endereço. O ranking expõe o controle da propriedade destes grupos por poucas empresas e pessoas, através de estruturas complexas e ramificadas de participações societárias. O ranking traz as intrincadas redes e cadeias de conglomerados, holdings, instituições financeiras, empresas especuladoras e outros CNPJs que nada produzem, chegando finalmente aos controladores últimos por trás das empresas que fazem parte de nosso dia-a-dia, os verdadeiros donos do Brasil.

Queremos contribuir para dar visibilidade e concretude à indecente concentração de renda e poder que marca a vida social e econômica do país, justificada pelo consenso criado e propagado de que tais empresas e seus donos produzem riquezas para o Brasil, através da geração de empregos e por levarem o “desenvolvimento” e o “progresso” para os locais em que atuam.

Almejamos que o ranking Proprietários do Brasil forneça informações que auxiliem a luta das comunidades e pessoas atingidas pelas ações danosas dos poderosos grupos econômicos hegemônicos no Brasil, seja pelo desrespeito às condições de vida e trabalho dignas, seja pela destruição ambiental. Também temos a pretensão de subsidiar as instituições de pesquisa interessadas em desvelar a estrutura do poder. Concebemos o ranking como instrumento de luta concreta dos diversos movimentos sociais e organizações por mais democracia no nosso país. Neste sentido, o ranking fornece informações e revela de que forma o capital está organizado, estruturado e agindo no país e como suas ações impactam no cotidiano da população brasileira. Com esta ferramenta é possível, por exemplo, identificar os verdadeiros agentes por trás de violações de direitos humanos e dos passivos sociais e ambientais.

As conexões entre o Estado e os grupos privados, forjadas historicamente, alimentam uma elevada concentração de poder econômico, como revela o ranking. Ele nos mostra que por detrás de famosos nomes de empresas e do emaranhado de cadeias de controle há pessoas. Pessoas que as lideram e planejam suas ações, e que, em muitos casos, são apoiadas fortemente pelo Estado Brasileiro, através de financiamentos subsidiados, como, por exemplo, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e benefícios fiscais e tributários por governos municipais, estaduais e federal. Por meio do ranking identifica-se também a presença do Estado na estrutura societária dos grupos privados através de participações das empresas estatais e de seus fundos de pensão no capital de muitos destes grupos.

Temos o direito, como cidadãs e cidadãos brasileiras/os, de exigir a democratização do uso dos recursos públicos e seu controle social, tendo acesso a informações sobre onde e como os mesmos são aplicados.

A atual cortina de fumaça que recobre a estrutura de poder econômico no país normalmente isenta estes que se portam como proprietários do Brasil de qualquer responsabilidade sobre os danos sociais, econômicos, culturais e ambientais gerados pelas ações das empresas que controlam. O ranking, ao expor estes atores, busca contribuir com a democratização da economia, com a transparência da relação entre Estado e mercado e com a responsabilização dos “proprietários do Brasil”.

A produção do ranking é apenas o primeiro passo na construção do portal proprietariosdobrasil.org.br como um espaço coletivo para o compartilhamento de informações, análises e denúncias sobre quem são e como atuam os controladores do poder econômico no país. O Instituto Mais Democracia e a Cooperativa EITA convidam a todos que compartilham dos princípios e objetivos que orientam este trabalho a se aliarem, desde já, na construção deste espaço. De nossa parte, o próximo passo será constituir, por meio do financiamento colaborativo, uma plataforma online interativa sobre os proprietários do Brasil, com filtros que facilitem o acesso ao banco de dados do ranking exposto neste portal.


Instituto Mais Democracia

Destaques do ABC!

*