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sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Dilma volta ao Twitter
PRESIDENTA CONECTADA
A Presidenta Dilma Rousseff retornou hoje à sua conta no microblog Twitter, para se aproximar ainda mais dos cidadãos brasileiros.
A Presidenta também lançou hoje o novo Portal Brasil, totalmente reformulado e robustecido, e a fan-page do governo no Facebook.
O ABC! já comemorou a volta de Dilma às redes sociais, tuitando uma mensagem à Presidenta.
Siga a Presidenta no Twitter !
@dilmabr
Acesse o Portal Brasil: www.brasil.gov.br
Dilma diz no Twitter que a "The Economist" está desinformada
"O dólar estabilizou, a inflação está sob controle e somos o único grande país com pleno emprego", afirmou a presidente
Elizabeth Lopes e Lisandra Paraguassu, da Agência Estado
SÃO PAULO - Depois de quase três anos desativada, a presidente Dilma Rousseff voltou a postar nesta sexta-feira (27) em sua conta oficial na rede de microblog Twitter (@dilmabr). E aproveitou a rede social para responder à reportagem da revista inglesa The Economist, que em reportagem de capa desta semana alega que o País perdeu o rumo e questiona a capacidade de Dilma em recuperar a economia brasileira: "Eles (The Economist) estão desinformados. O dólar estabilizou, a inflação está sob controle e somos o único grande país com pleno emprego." E continuou, na defesa de sua administração: "Somos a 3ª economia que mais cresceu no mundo no 2º trimestre. Quem aposta contra o Brasil, sempre perde."
Roberto Stuckert/Divulgação
Dilma defendeu a sua administração
A presidente também falou sobre o Mais Médicos: "Respeito muito os médicos brasileiros, mas traremos médicos de onde pudermos. Importante é atender melhor a população. Isso é o + médicos."
A presidente reativou sua conta, abandonada desde dezembro de 2010, em uma conversa pelo microblog com Jeferson Monteiro, o criador do perfil Dilma Bolada, um dos fakes mais famosos da internet. Em seu primeiro Twitter, desde o final da sua campanha eleitoral, Dilma começou com o humor de seu clone: "Bom dia linda maravilhosa, sempre acompanhei vc. Mas não me dê bom dia. Mas me dê bons resultados."
Neste momento, a presidente e Monteiro tuitam lado a lado no gabinete da Presidência, os dois de camisa vermelha, como mostra uma foto publicada no Instagram do Palácio do Planalto, em uma jogada para apresentar o Portal Brasil, o sistema de perfis do governo nas redes sociais que será lançado hoje à tarde. "Gente, o novo @portalbrasil vai ser a porta de acesso ao governo do cidadão nas redes sociais", tuitou.
A presidente ainda confirmou que fez um passeio de moto pela capital federal. "Sim & me diverti pra valer. Será que vc tem carteira pra dirigir moto? Se tiver, da próxima vez, podemos atuar no 8º Velozes e Furiosas", brincou. A conta de Dilma tem mais de 1,9 milhão de seguidores. Ela informou também que a Presidência terá um perfil oficial no Facebook.
Estadão Online
*
Dilma lança o novo Portal Brasil
GABINETE DIGITAL
Acompanhem conosco, direto do Palácio do Planalto, o lançamento do novo Portal Brasil, conectando melhor o governo popular e trabalhista da presidenta Dilma Rousseff com o Povo Brasileiro.
"O Brasil a um clique dos Brasileiros!"
Transmissão encerrada às 16:23 h *
Na ONU, Pepe Mujica espanca a "ordem" mundial
CIDADANIA PLANETÁRIA
A energia no mundo sobra, se trabalharmos para usá-la bem. É possível arrancar tranquilamente toda a indigência do planeta. É possível criar estabilidade e será possível para as gerações vindouras, se conseguirem raciocinar como espécie e não só como indivíduos, levar a vida à galáxia e seguir com esse sonho conquistador que carregamos em nossa genética. (...)
Mas, para que todos esses sonhos sejam possíveis, precisamos governar a nós mesmos, ou sucumbiremos porque não somos capazes de estar à altura da civilização que, de fato, nós criamos.
Este é nosso dilema. Não nos entretenhamos apenas remendando consequências. Pensemos nas causas profundas, na civilização do desperdício, na civilização do usar e jogar fora, que despreza tempo mal gasto de vida humana, esbanjando coisas inúteis. Pensem que a vida humana é um milagre. Que estamos vivos por um milagre e nada vale mais que a vida. E que nosso dever biológico, acima de todas as coisas, é respeitar a vida e impulsioná-la, cuidá-la, procriá-la e entender que a espécie somos nós.
Uma das maiores cabeças pensantes do planeta.
Homem simples, adepto da vida simples, franco, desapegado, solidário.
Abençoado povo uruguaio, que tem no comando deste pequeno-grande país este verdadeiro cidadão planetário.
"Pobre é quem precisa de muito para viver", ensinou Mujica
MUJICA DETONOU ORDEM INTERNACIONAL NA ONU
Em discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, presidente do Uruguai continuou o puxão de orelha dado por Dilma Rousseff, mas em tom mais agressivo: “As instituições mundiais, particularmente hoje, vegetam à sombra consentida das dissidências das grandes nações que, obviamente, querem reter sua cota de poder”; ele não poupou a globalização e nem a China
DCM - Dilma Rousseff puxou o orelhão de Obama.
Pepe Mujica deu um soco no estômago do mundo inteiro.
Ela levantou a bola, ele cortou.
Se o discurso de Dilma foi considerado áspero, contundente ou agressivo por jornais de vários países, o do presidente do Uruguai foi demolidor de toda a ordem internacional vigente.
Foi pedra pra todo lado, sobrou pra todo mundo. Não chegou a propor o socialismo global, mas deixou implícito.
Para mau entendedor, nenhuma palavra basta.
Só poupou os pobres. Poupou não, defendeu. Como raramente se vê na ONU, além das declarações para as câmeras e dos releases para os jornais. Não por acaso, o próprio release da ONU descreve o discurso com um desdém digno de um mero papo cabeça de maconheiro. Ban Ki-Moon reconheceu e agradeceu a intensa presença dos soldados uruguaios nas forças internacionais de paz. E chega.
Por diversas vezes Mujica aludiu ao pequeno tamanho do Uruguai. Isso pode se tornar um problema para os uruguaios, na medida em que o país vai se tornando, cada vez mais, a pátria dos 99%.
Não vai caber todo mundo que começa a sonhar em viver num país onde o presidente não veste gravata e sonha com o mesmo mundo que todos sonhamos.
Todos menos os restantes 1%, que tudo vêem, ouvem e controlam, sem sequer admitir pitos.
Se fosse brasileiro, Pepe seria Zé. Pois, no fundo, ele é importante por ser exatamente isso: o Zezinho, nosso vizinho, um cara que a gente conhece e gosta, que vive como nós e entende o que a gente sente.
“Sou do sul, venho do sul. Moro ali na esquina do Atlântico com o Prata”.
Foi assim que o Zé puxou o papo na ONU. Poderia ser da avenida Atlântica com a rua da Prata, mas da zona norte.
Prosseguiu lembrando o dia que o time dele venceu o nosso numa final de Copa no Maracanã.
“Quase 50 anos recordando o Maracanã, nossa façanha esportiva. Hoje, ressurgimos no mundo globalizado, talvez aprendendo de nossa dor”.
E que, como nós, também amava os Beatles e os Rolling Stones.
“Minha história pessoal, a de um rapaz — por que, uma vez, fui um rapaz — que, como outros, quis mudar seu tempo, seu mundo, o sonho de uma sociedade libertária e sem classes.”
É ou não é nosso vizinho da esquina?
E, daí pra frente, o Zé não deixou pedra sobre pedra.
“Carrego as culturas originais esmagadas, com os restos de colonialismo nas Malvinas, com bloqueios inúteis a este jacaré sob o sol do Caribe que se chama Cuba.”
Cortou a bola levantada pela vizinha Dilma, da rua de cima…
“Carrego as consequências da vigilância eletrônica, que não faz outra coisa que não despertar desconfiança. Desconfiança que nos envenena inutilmente. Carrego uma gigantesca dívida social, com a necessidade de defender a Amazônia, os mares, nossos grandes rios na América.”
Prometeu uma força pra galera da rua Colômbia, não aquela dos Jardins.
“Carrego o dever de lutar por pátria para todos… Para que a Colômbia possa encontrar o caminho da paz…”
“O combate à economia suja, ao narcotráfico, ao roubo, à fraude e à corrupção, pragas contemporâneas, procriadas por esse antivalor, esse que sustenta que somos felizes se enriquecemos, seja como seja. Sacrificamos os velhos deuses imateriais. Ocupamos o templo com o deus mercado, que nos organiza a economia, a política, os hábitos, a vida e até nos financia em parcelas e cartões a aparência de felicidade.”
E botou toda a vizinhança na roda.
“Nossa civilização montou um desafio mentiroso e, assim como vamos, não é possível satisfazer esse sentido de esbanjamento que se deu à vida. Isso se massifica como uma cultura de nossa época, sempre dirigida pela acumulação e pelo mercado.”
Mandou um recado para os donos do bairro.
“Arrasamos a selva, as selvas verdadeiras, e implantamos selvas anônimas de cimento. Enfrentamos o sedentarismo com esteiras, a insônia com comprimidos, a solidão com eletrônicos, porque somos felizes longe da convivência humana.”
E para os donos do circo.
“Talvez nosso mundo necessite menos de organismos mundiais, desses que organizam fóruns e conferências, que servem muito às cadeias hoteleiras e às companhias aéreas e, no melhor dos casos, não reúne ninguém e transforma em decisões…”
Para o general da banda também.
“Ouçam bem, queridos amigos: em cada minuto no mundo se gastam US$ 2 milhões em ações militares nesta terra. Dois milhões de dólares por minuto em inteligência militar!! Em investigação médica, de todas as enfermidades que avançaram enormemente, cuja cura dá às pessoas uns anos a mais de vida, a investigação cobre apenas a quinta parte da investigação militar.”
E bota o dedo na ferida.
“As instituições mundiais, particularmente hoje, vegetam à sombra consentida das dissidências das grandes nações que, obviamente, querem reter sua cota de poder. Bloqueiam esta ONU que foi criada com uma esperança e como um sonho de paz para a humanidade. Mas, pior ainda, da democracia no sentido planetário, porque não somos iguais. Não podemos ser iguais nesse mundo onde há mais fortes e mais fracos. Portanto, é uma democracia ferida e está cerceando a história de um possível acordo mundial de paz, militante, combativo e verdadeiramente existente. E, então, remendamos doenças ali onde há eclosão, tudo como agrada a algumas das grandes potências. Os demais olham de longe. Não existimos.”
Não poupou a globalização, nem a China.
“Paralelamente, devemos entender que os indigentes do mundo não são da África ou da América Latina, mas da humanidade toda, e esta deve, como tal, globalizada, empenhar-se em seu desenvolvimento, para que possam viver com decência de maneira autônoma. Os recursos necessários existem, estão neste depredador esbanjamento de nossa civilização.
Há pouco tempo, na Califórnia, o corpo de bombeiros festejou uma lâmpada elétrica que está acesa há cem anos! Cem anos acesa, amigos!! Quantos milhões de dólares nos tiraram dos bolsos fazendo deliberadamente porcarias para que as pessoas comprem, comprem, comprem e comprem?”
A solução? Incorporar a ciência à política.
“Há mais de 20 anos que discutimos a humilde taxa Tobin. Impossível aplicá-la no tocante ao planeta. Todos os bancos do poder financeiro se irrompem feridos em sua propriedade privada e sei lá quantas coisas mais. Mas isso é paradoxal. Mas, com talento, com trabalho coletivo, com ciência, o homem, passo a passo, é capaz de transformar o deserto em verde.
O homem pode levar a agricultura ao mar. O homem pode criar vegetais que vivam na água salgada. A força da humanidade se concentra no essencial. É incomensurável. Ali estão as mais portentosas fontes de energia. O que sabemos da fotossíntese? Quase nada. A energia no mundo sobra, se trabalharmos para usá-la bem. É possível arrancar tranquilamente toda a indigência do planeta. É possível criar estabilidade e será possível para as gerações vindouras, se conseguirem raciocinar como espécie e não só como indivíduos, levar a vida à galáxia e seguir com esse sonho conquistador que carregamos em nossa genética.”
E nós com isso?
“Mas, para que todos esses sonhos sejam possíveis, precisamos governar a nós mesmos, ou sucumbiremos porque não somos capazes de estar à altura da civilização que, de fato, nós criamos.
Este é nosso dilema. Não nos entretenhamos apenas remendando consequências. Pensemos nas causas profundas, na civilização do desperdício, na civilização do usar e jogar fora, que despreza tempo mal gasto de vida humana, esbanjando coisas inúteis. Pensem que a vida humana é um milagre. Que estamos vivos por um milagre e nada vale mais que a vida. E que nosso dever biológico, acima de todas as coisas, é respeitar a vida e impulsioná-la, cuidá-la, procriá-la e entender que a espécie somos nós.”
O discurso integral de Mujica pode ser visto e lido aqui.
Brasil 247
Destaques do ABC!
“Paralelamente, devemos entender que os indigentes do mundo não são da África ou da América Latina, mas da humanidade toda, e esta deve, como tal, globalizada, empenhar-se em seu desenvolvimento, para que possam viver com decência de maneira autônoma. Os recursos necessários existem, estão neste depredador esbanjamento de nossa civilização.
Há pouco tempo, na Califórnia, o corpo de bombeiros festejou uma lâmpada elétrica que está acesa há cem anos! Cem anos acesa, amigos!! Quantos milhões de dólares nos tiraram dos bolsos fazendo deliberadamente porcarias para que as pessoas comprem, comprem, comprem e comprem?”
A solução? Incorporar a ciência à política.
“Há mais de 20 anos que discutimos a humilde taxa Tobin. Impossível aplicá-la no tocante ao planeta. Todos os bancos do poder financeiro se irrompem feridos em sua propriedade privada e sei lá quantas coisas mais. Mas isso é paradoxal. Mas, com talento, com trabalho coletivo, com ciência, o homem, passo a passo, é capaz de transformar o deserto em verde.
O homem pode levar a agricultura ao mar. O homem pode criar vegetais que vivam na água salgada. A força da humanidade se concentra no essencial. É incomensurável. Ali estão as mais portentosas fontes de energia. O que sabemos da fotossíntese? Quase nada. A energia no mundo sobra, se trabalharmos para usá-la bem. É possível arrancar tranquilamente toda a indigência do planeta. É possível criar estabilidade e será possível para as gerações vindouras, se conseguirem raciocinar como espécie e não só como indivíduos, levar a vida à galáxia e seguir com esse sonho conquistador que carregamos em nossa genética.”
E nós com isso?
“Mas, para que todos esses sonhos sejam possíveis, precisamos governar a nós mesmos, ou sucumbiremos porque não somos capazes de estar à altura da civilização que, de fato, nós criamos.
Este é nosso dilema. Não nos entretenhamos apenas remendando consequências. Pensemos nas causas profundas, na civilização do desperdício, na civilização do usar e jogar fora, que despreza tempo mal gasto de vida humana, esbanjando coisas inúteis. Pensem que a vida humana é um milagre. Que estamos vivos por um milagre e nada vale mais que a vida. E que nosso dever biológico, acima de todas as coisas, é respeitar a vida e impulsioná-la, cuidá-la, procriá-la e entender que a espécie somos nós.”
O discurso integral de Mujica pode ser visto e lido aqui.
Brasil 247
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