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sábado, 2 de junho de 2012

Impeachment para Gilmar Mendes?



Fora a CPI do Capo Cachoeira, o outro assunto que mobilizou a velha mídia e a blogosfera nesta semana que termina foi o imbróglio em que se meteu o ex-presidente Lula na conversa que teve com o ministro Gilmar Mendes, do STF, acompanhados do ex-ministro Nelson Jobim.


A própria presidenta Dilma Rousseff demonstrou preocupação com o bate-boca midiático que se instalou, a partir de sucessivas aparições do ministro Gilmar, que, como todos sabem, adora uma câmera, um microfone e holofotes...


Articulistas têm tratado da possibilidade de se pedir o impeachment do ministro falastrão, aquele que, segundo o grande jurista Dalmo Dallari, "degrada o Judiciário". 


Vamos acompanhar na semana que entra os desdobramentos deste entrevero.





Guia Simplificado do Impeachment de Gilmar Mendes



A Folha.com de vez em quando coloca no ar algo realmente relevante - como este detalhamento do seu blogue Para Entender Direito sobre como se processaria (processará?) o impeachment de Gilmar Mendes.

Reparem que, dos quatro crimes de responsabilidade que justificariam o impedimento de Mendes, há motivos de sobra para enquadrá-lo, pelo menos, no terceiro e no quarto:

"... ministros do STF (...) também podem ser julgados ...

... se cometem um crime de responsabilidade, eles são julgados pelo Senado Federal. É o que comumente chamamos de impeachment.

... o art. 39 da Lei 1.079/50 diz que são crimes de responsabilidade dos ministros do STF:

alterar, por qualquer forma, exceto por via de recurso, a decisão ou voto já proferido em sessão do Tribunal;


proferir julgamento, quando, por lei, seja suspeito na causa;

ser patentemente desidioso no cumprimento dos deveres do cargo;

proceder de modo incompatível com a honra, dignidade e decoro de suas funções. 

E como é que funciona esse julgamento? Bem, nunca tivemos um caso de um ministro do STF sofrendo democraticamente um impeachment, por isso dependerá muito de como o STF e o Senado interpretariam a lei, mas, de forma geral, essas são as regras previstas:


Qualquer cidadão (alguém que esteja com seus direitos políticos vigentes) pode denunciar um ministro do STF que esteja no exercício de seu cargo. Mas a denúncia pelo crime de responsabilidade é feita ao Senado Federal e não ao STF. Essa denúncia deve conter provas ou declaração de onde as tais provas podem ser encontradas.

A mesa do Senado, então, a recebe que a encaminha para uma comissão criada para opinar, em 10 dias, se a denúncia deve ser processada.



O parecer da comissão é então votado e precisa de mera maioria simples (maioria dos votos dos senadores que apareceram para trabalhar naquele dia). Se for rejeitada, a denúncia é arquivada. Mas se for aprovada, ela é encaminhada ao ministro denunciado e ele passa a ter 10 dias para se defender. Será baseado nessa defesa – e na acusação que já foi analisada – que a Comissão decidirá se a acusação deve proceder.

Se decidir que sim, passa-se então a uma fase de investigação, na qual a comissão analisa provas, ouve testemunhas e as partes etc. Findas as diligências, a comissão emite seu parecer que, novamente, precisa apenas de maioria simples para ser aprovado. Se o Senado entender que a acusação procede, o acusado é suspenso de suas funções de ministro do STF.


A partir daí o processo é enviado ao denunciante para que ele apresente seu libelo (suas alegações) e suas testemunhas, e o mesmo direito é dado ao ministro-acusado.

O processo então é enviado ao presidente do STF, que é quem vai presidir o julgamento no Senado (da mesma forma como ocorreu no impeachment do então presidente Collor, em 1992). A partir daí, o julgamento feito pelo Senado passa a parecer muito com um julgamento feito por um tribunal do júri, mas com 81 jurados (senadores).

As testemunhas são intimadas para comparecerem ao julgamento. O acusado também é notificado para comparecer e, se não comparecer, o presidente do STF (que estará presidindo o julgamento) o adia, nomeia um advogado para defender o acusado à revelia, e determina uma nova data na qual haverá o julgamento, independente da presença do ministro-acusado.

No dia do julgamento, depois de se ouvir as testemunhas, as partes e os debates entre acusador e acusado, estes se retiram do plenário e os senadores passam a debater entre si. Findos esses debates, o presidente do STF faz um relatório dos fundamentos da acusação e da defesa, e das provas apresentadas. E aí, finalmente, há uma votação nominal (aberta) pelo plenário, que é quem decidirá se o acusado é culpado e se deve perder o cargo.

Para que ele seja considerado culpado e perca o cargo, são necessários dois terços dos votos dos senadores presentes. Se não alcançar esses dois terços, ele será considerado inocente e será reabilitado imediatamente ao cargo do qual estava suspenso. Se alcançar os dois terços dos votos, ele é afastado imediatamente do cargo, mas o processo não termina aí: dentro de um prazo de até cinco anos, o presidente do STF deve fazer a mesma pergunta novamente aos senadores. E, aí sim, se for respondida afirmativamente, ele perde o cargo definitivamente..."



Náufrago da Utopia
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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Escaramuças na Pinoquiolândia



A VEJA publicou. Nelson Jobim não confirmou. A blogosfera militante desembainhou a espada e saiu em defesa de Lula. O ex-presidente não se pronunciou.


Cautela e caldo de galinha...


A revista, ao que parece, está atolada até o pescoço no esquema Cachoeira. O ministro tem lá suas "fragilidades" e precisa esclarecer alguns episódios. 


Estamos aguardando a versão de Lula sobre o suposto diálogo com Gilmar Mendes, insinuando uma eventual barganha que envolveria o julgamento do Mensalão no STF e o envolvimento de Mendes com o Chefe de Quadrilha Cachoeira.



Pinoquiolândia. Mendes tenta atingir Lula e Jobim vira testemunha-chave


Foto CartaCapital: ministro 

Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes já foi pego na mentira. Isto quando sustentou o “grampeamento” de conversas telefônicas com o senador Demóstenes Torres, seu grande amigo. Para a Polícia Federal, por meio de perícias, não houve interceptações e gravações de conversas. Na perícia realizada, não atuaram os peritos Ricardo Molina e nem Badan Palhares.

À época, Gilmar Mendes, que estava na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), saiu atirando pela mídia. Disse que chamaria o presidente Lula às falas. Por suspeitar da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Gilmar Mendes exigiu a saída imediata do seu diretor-geral, que era o íntegro delegado Paulo Lacerda, de relevantes serviços ao país, em especial quando dirigiu a Polícia Federal. A propósito, Lula, vergonhosamente, entregou a cabeça de Lacerda e o ofertou com um asilo na embaixada do Brasil em Lisboa.

Para dar sustentação à afirmação de Gilmar Mendes, entraram em cena (1) Demóstenes Torres, – que confirmou o diálogo com Gilmar Mendes e o teor de uma gravação transcrita pela revista Veja –, e (2) Nelson Jobim, que é aquele que confessou, em livro laudatório e promocional, haver colocado na Constituição da República artigos desconhecidos e não aprovados pelos seus pares (deputados) constituintes. Sobre isso, colocou, quando o escândalo veio a furo, a culpa em Ulisses Guimarães, que, por estar morto, não podia responder. Atenção: no livro laudatório, Jobim não mencionou Ulisses Guimarães e o escândalo foi revelado porque, pasmem !!!, algum ingênuo entendeu em ler o escrito por Jobim.

Segundo Jobim, então ministro da Defesa e para apoiar Gilmar Mendes, as Forças Armadas tinham emprestado um aparelho, cujas especificações mostrou aos jornalistas, para “grampeamentos telefônicos” à Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).

As Forças Armadas desmentiram o ministro Jobim ao revelar que não houve o empréstimo e que Jobim havia apresentado, quanto ao equipamento que teria sido emprestado, catálogos de empresas vendedoras de equipamentos de segurança. Catálogos que eram distribuídos em lojas de shopping-center.

Como se percebe, a dupla Mendes-Jobim seria qualificada numa Comissão Apuratória, pelos antecedentes mendazes com trânsito em julgado, como suspeita de não estar a falar a verdade.

Com efeito, Mendes, agora, sustenta ter encontrado Lula no escritório de advocacia de Nelson Jobim.

Como dizia Carl Gustav Jung, pai da psicanálise, coincidências não existem. Sobre isso, Jobim afirmou que o encontro no seu escritório de advocacia foi uma coincidência, pois restou visitado por Lula quando Gilmar Mendes estava por lá.

Lula aparecer de surpresa no escritório de Jobim não dá para acreditar. E o estava a fazer um ministro do STF num escritório de advocacia?

Para Mendes, o ex-presidente Lula o pressionou para adiar o julgamento do Mensalão e insinuou saber da sua presença, na cidade alemã de Berlim, em companhia de Demóstenes Torres. Não bastasse a insinuação, Lula teria assegurado que tal fato não seria apurado, pelo seu poder de mando, pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). Em outras palavras, não entraria na apuração a suspeita de encontro em Berlim sob patrocínio financeiro de Carlinhos Cachoeira.

Jobim diz à revista Veja que não ouviu essa parte da conversa. Talvez, – imagina este colunista depois de conversas com a sua caneta-falante –, tenha Jobim desligado o seu invisível aparelho de surdez ou ingressado no banheiro. Ou, talvez, esteja Jobim reservando-se para uma eventual convocação, como testemunha, à CPMI ou a juízo. Nesse ínterim, pode até “pintar” um mistério para Jobim, apesar de já ter sido defenestrado pela presidente Dilma.

O grampo sem áudio que vitimou Paulo Lacerda e a ABIN envolveu Mendes, Jobim, Demóstenes e a revista Veja (a revista transcreveu a conversa interceptada entre Mendes-Demóstenes, mas não exibiu o vídeo). Como favorecido pelo escândalo aparecia o banqueiro Daniel Dantas, solto por liminares de Gilmar que contrariavam até súmula do STF.

Agora, a história do encontro casual (para a revista Veja o encontro foi a pedido de Lula) e a chantagem envolve Jobim, Mendes, revista Veja e Lula. A quem aproveita essa história, ainda não está claro. Como pano de fundo, a revista Veja coloca o "Mensalão". O certo é que Jobim, Mendes e Lula estiveram num mesmo escritório, no mês de abril passado.

Pano rápido. Lula, – que não é ingênuo e parece frequentar qualquer lugar –, pode ter caído numa armadilha, com Jobim a funcionar como testemunha-chave. Prefiro a conclusão da minha caneta-falante, ou seja, “pelos envolvidos, e num episódio típico de bas-fond francês de quinta categoria, não existem balas perdidas”.

Wálter Fanganiello Maierovitch, ex-desembargador e jurista, em seu blog Sem Fronteiras/Portal Terra 
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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Jobim: um estranho no ninho

Primeiro de Janeiro de 2011.

Posse de Dilma Rousseff como Primeira Mulher Presidente da República Federativa do Brasil.

A fisionomia da presidenta empossando o ministro da Defesa, indicado por Lula, já não mostrava contentamento. Na presidenta é visível até uma certa contrariedade...

                                                                      Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Sete meses depois... o americanófilo ministro bate asas de volta ao ninho tucano. Por pressão de Dilma (veja posts de ontem), o ministro entregou carta de demissão.

Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores no governo Lula, assume o Ministério da Defesa, provocando insatisfação em setores das Forças Armadas.

Vamos acompanhar aqui como a brava presidenta Dilma Rousseff administrará esse momento de faxina geral e desatará esse nó criado com os militares.

Por enquanto, comemoremos a defenestração do deselegante falastrão.

Manda quem pode. Obedece quem tem juízo...

Já vai tarde, Jobim!


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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Até que enfim: Fora, Jobim !!!

Aleluia !!! Aleluia !!!

Jobim desaba !!! 

Nelson Jobim acaba de ser defenestrado do Ministério da Defesa pela presidenta Dilma Rousseff. 

"Ou você pede para sair ou eu saio com você!", foi o ultimato de Dilma hoje à tarde. Jobim acabou de entregar uma carta de demissão à presidenta. Celso Amorim é o novo ministro da Defesa.

Demorou, mas chegou a hora do ministro bater asas de volta ao ninho tucano de onde nunca deveria ter saído.


 
Já vai tarde, Tarzã ridículo e grosseirão !!!


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