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"FHC é um ator consumado. Ao atacar os petistas na televisão ontem, ele se portou como se fosse um homem de reputação ilibada, alguém cujo passado é absolutamente isento de manchas. Quem não o conhece chega até a acreditar que FHC está realmente preocupado com o combate à corrupção. Há algumas décadas a imprensa transformou-o no príncipe da sociologia. Ontem o Jornal da Gazeta o utilizou como uma arma para destruir o governo Dilma Rousseff e FHC se ajustou perfeitamente ao novo papel que a imprensa lhe atribuiu. Ele é o novo rei da hipocrisia."
FHC, DE "PRÍNCIPE DA SOCIOLOGIA" A "REI DA HIPOCRISIA"
"O idoso líder tucano disse no Jornal da Gazeta que está envergonhado com o que ocorre no Brasil. Mas a verdade é que ele está envergonhando os brasileiros. Não só isto, FHC coloca em risco a democracia, a mesma democracia que ele supostamente ajudou a construir", diz Fábio de Oliveira Ribeiro, em texto publicado no jornal GGN
Fábio de Oliveira Ribeiro, no Jornal GGN
Ontem o Jornal da Gazeta veiculou matéria sobre a Operação Lava Jato dando grande destaque ao fato de FHC ter dito que está envergonhado do que ocorre no Brasil. Sobre o passado do próprio FHC nada foi dito pelos telejornalistas.
FHC é suspeito de ter mandado comprar votos parlamentares para garantir a aprovação da Emenda Constitucional que possibilitou a sua reeleição. Com ajuda da imprensa, ele se apropriou da paternidade do Plano Real, o qual foi concebido por outras pessoas durante a gestão de Itamar Franco. Todos os membros da equipe de FHC enriqueceram de maneira não muito honesta durante a troca da moeda (episódio contado em detalhes por Luis Nassif em seu livro “Os Cabeças de Planilha"). A escandalosa venda de estatais a preço de banana durante o governo FHC é objeto de suspeitas até os dias de hoje e já rendeu vários livros. Durante o governo dele as denúncias de corrupção eram sumariamente arquivadas pelo Procurador Geral da República e a PF era absolutamente inoperante.
Ontem FHC exigiu a punição dos petistas por causa do escândalo na Petrobras. Curiosamente, ele nunca exigiu apuração e punição para tucanos envolvidos em corrupção (mensalão tucano de Minas Gerais, roubalheira do Metrô em SP, etc…), nem tampouco se mostrou indignado com o desfecho do caso envolvendo o tráfico de 450 quilos de cocaína num helicóptero de propriedade de um deputado ligado a Aécio Neves. O ex-príncipe da sociologia também não estranhou o fato da Sabesp ter distribuído lucros pouco antes da maior crise hídrica de São Paulo e o instituto dele embolsou 500 mil reais da companhia sem que o ex-presidente ficasse corado. FHC nunca criticou os ministros Gilmar Mendes, Marco Aurélio de Mello e Ellen Gracie em razão das decisões absurdas que os três proferiram para beneficiar réus tucanos e impedir ou bloquear investigações contra banqueiros ligados ao PSDB.
FHC é um ator consumado. Ao atacar os petistas na televisão ontem, ele se portou como se fosse um homem de reputação ilibada, alguém cujo passado é absolutamente isento de manchas. Quem não o conhece chega até a acreditar que FHC está realmente preocupado com o combate à corrupção. Há algumas décadas a imprensa transformou-o no príncipe da sociologia. Ontem o Jornal da Gazeta o utilizou como uma arma para destruir o governo Dilma Rousseff e FHC se ajustou perfeitamente ao novo papel que a imprensa lhe atribuiu. Ele é o novo rei da hipocrisia.
O idoso líder tucano disse no Jornal da Gazeta que está envergonhado com o que ocorre no Brasil. Mas a verdade é que ele está envergonhando os brasileiros. Não só isto, FHC coloca em risco a democracia, a mesma democracia que ele supostamente ajudou a construir.
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