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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

STF: "Dois pesos, dois mensalões"


PROPINODUTO TUCANO



"(...) a noção de que o STF iria “mudar a história” ao fazer o “julgamento do século” e “acabar com a impunidade dos poderosos” está longe de corresponder à realidade. Não fez jurisprudência nem no STF, pelo visto." 


Desigualdade escancarada

Ao contrário do que ocorreu na AP 470 [mensalão do PT], tucanos conseguem desmembrar julgamento do propinoduto


Em agosto de 2012, no início do julgamento da ação penal 470, o advogado Márcio Thomaz Bastos colocou uma questão de ordem.

Queria desmembrar o julgamento, separando os réus com direito a foro privilegiado – três deputados – e os demais 35, que teriam direito a serem examinados na primeira instância. O pedido foi rejeitado por 9 a 2.

Ontem, o ministro Marco Aurélio Mello examinou a denúncia sobre o propinoduto tucano, que envolve corrupção nas obras do metrô paulista. Marco Aurélio decidiu desmembrar o processo.

A decisão de ontem não compromete a biografia de Marco Aurélio, que foi um dos dois votos a favor do desmembramento, em 2012.


Mas mostra que a noção de que o STF iria “mudar a história” ao fazer o “julgamento do século” e “acabar com a impunidade dos poderosos” está longe de corresponder à realidade. Não fez jurisprudência nem no STF, pelo visto.

Em agosto de 2012 o Supremo já havia desmembrado o mensalão do PSDB-MG, decisão tomada antes de negar a mesma medida na AP 470.

Repetiu a prática, agora, com os tucanos de São Paulo.

Encarregado de julgar o mensalão do DEM-DF e seus parlamentares filmados quando recebiam dinheiro na meia, em saco de supermercado e sacola de feira, o STJ também desmembrou.

Ou seja: sequer no plano das aparências é possível dizer que se oferece um tratamento igual para situações iguais. "Dois pesos, dois mensalões", escreveu Janio de Freitas, em 2012.

Em 3 de agosto de 2012, escrevi neste espaço: “O julgamento continua. Mas essa decisão (o não-desmembramento), tão diferente para situações tão parecidas, vai gerar muita polêmica, estejam certos”.

Um ano e meio depois, descobre-se que uma decisão crucial da AP 470, que determinou vários de seus desdobramentos, não será seguida mais uma vez.

Imagine: com o desmembramento, réus como José Dirceu, Delúbio Soares e 32 outros acusados muito possivelmente sequer teriam sido julgados até agora, como acontece com os réus do mensalão PSDB-MG, que envolvem crimes cometidos seis anos antes dos casos denunciados na AP 470 e ninguém sabe quando irão receber a sentença em definitivo.

Mesmo que isso tivesse ocorrido, eles teriam direito a um segundo julgamento, por outra corte de Justiça. Em vez disso, em casos especialíssimos, têm direito a uma revisão limitada e pontual, com várias condicionantes, pelo mesmo tribunal.

Em 2012, o simples voto a favor do desmembramento provocou mal-estar no plenário do STF. Quando Ricardo Lewandowski votou a favor do pedido, Joaquim Barbosa fez uma intervenção agressiva: “Me causa espécie que tratemos dessa questão agora. Isso é deslealdade”. O revisor retrucou: “Me causa espécie que sua excelência queira impedir que eu me manifeste”.

Ao votar contra o pedido de desmembramento feito na ação penal 470, o ministro Gilmar Mendes alegou que, se o caso não estivesse no Supremo, o processo prescreveria. Vamos ler o que disse:

"Esse processo só está chegando a seu termo porque ficou concentrado no Supremo Tribunal Federal", disse. "Se estivesse espalhado por aí, o seu destino era a prescrição."

Desmembramento é igual a prescrição na opinião de Gilmar Mendes, se entendi bem. E agora?

Sou favorável ao desmembramento. Não só pelo princípio de que deve-se garantir tratamentos iguais a cidadãos acusados de crimes iguais, mas porque a Constituição define assim. Quem tiver alguma dúvida sobre a incompetência do STF para julgar réus que não possuem o foro privilegiado, só precisa digitar o nome de Dalmo Dallari na internet para ter uma aula irretocável sobre o assunto.


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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Amanhã, 4, Marcha contra o Propinoduto Tucano


CORRUPÇÃO NO NINHO TUCANO



Ativista e blogueira, vítima de esquema criminoso alimentado por corrupção de agentes públicos e particulares, apoia todos os atos pacíficos que denunciem esta iniquidade promovida contra o Povo Brasileiro.

Ao contrário do que tentam gravar como verdade os discípulos de Goebbels instalados na máfia midiática, na oposição apátrida e na mais alta corte do País, o chamado "mensalão" NÃO é o "maior escândalo de corrupção" ocorrido no Brasil.

Exigimos a apuração do "Mensalão Tucano" (mineiro), "Privataria Tucana", "Propinoduto Tucano" e outros desvios de conduta perpetrados pelo PSDB-DEM.

Às ruas, marchando por um Ministério Público e um Poder Judiciário republicanos, apartidários. Promotores de Justiça e magistrados são servidores da Constituição Federal e do Povo Brasileiro. E não podem defender interesses mesquinhos e inconfessáveis.





Chamada para grande ato contra propinoduto tucano, dia 4

Repasso email que recebi do Igor Felippe, diretor de comunicação do MST:



Novo ato contra propinoduto tucano deve mobilizar 3 mil pessoas em SP

Na quarta-feira (4), o Levante Popular da Juventude e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realizam ato público contra o propinoduto tucano, em defesa do transporte público e pela punição dos crimes de cartel cometidos por empresas responsáveis pelas grandes obras no país (metrô, estradas e barragens).

Os organizadores da manifestação mobilizarão pelo menos 1.500 pessoas e esperam a adesão dos participantes do ato de 14 de agosto contra o propinoduto tucano, convocado pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo com apoio do Movimento Passe Livre. A expectativa é mobilizar em torno de 3.000 pessoas.

A concentração do ato será na Praça Jácomo Zanella, na Lapa, em São Paulo (SP), às 8 h. De lá, sairá a marcha. Na convocatória do ato divulgada no Facebook (em http://migre.me/fVp4k ), os organizadores do ato prometem “um acerto de contas com as empresas corruptoras”.

O ato defenderá a abertura da caixa preta dos transportes, pela prisão dos corruptos e corruptores, expropriação dos bens e devolução do dinheiro para o transporte público, pelo fim das privatizações, pelo passe livre, fim das terceirizações e pela transparência nos contratos bilionários que envolvem grandes empresas estrangeiras nas obras do metrô, barragens e hidrelétricas para impedir a formação de cartéis para esquemas de corrupção.


Propinoduto tucano

Propinoduto tucano é a forma como está sendo chamado o esquema criado pra fraudar licitações das obras, reformas e fornecimento de equipamentos para o sistema de metrô e trens em São Paulo.

Denúncias apontam que as empresas Siemens, Alstom, ADtranz, CAF, TTrans e Mitsui combinavam os resultados das disputas e, com a intermediação de políticos do governo do estado de São Paulo, governado pelo PSDB, elevavam os preços, aumentando os gastos do estado para lavar dinheiro que era repassado aos tucanos.

“Os esquemas em torno do transporte público, somados ao descaso dos governantes, têm como consequências a falta de qualidade no serviço, o alto preço das passagens, a lentidão para expansão do sistema e os acidentes nas linhas de metrô e trem que prejudicam os usuários, além dos ocorridos nas obras, que ameaçam os trabalhadores”, diz a convocatória do ato.

A Alstom, por exemplo, já esteve envolvida em esquemas de corrupção em diversos países e foi condenada na Suíça, Estados Unidos, México e Zâmbia. No Brasil, nenhuma punição ocorreu até agora.

A Siemens e a Alstom sofrem acusações também de formar um cartel no setor de energia. Em 2006, as duas empresas foram incluídas em processo aberto pela Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça, por conta de cartel internacional no mercado de aparelhos eletro-eletrônicos de direcionamento de fluxo de energia elétrica com isolamento a gás (gas-insulated switchgear – GIS) e a ar (AIS), entre 1998 e 2006.


Resumo

O que: Ato público contra o propinoduto tucano, em defesa do transporte público e pela punição dos crimes do cartel de empresas responsáveis pelas grandes obras no país.


Data: 4 de setembro | às 8 h

Concentração da marcha: Praça Jácomo Zanella, na Lapa, em São Paulo, SP.




O Cafezinho

Destaques do ABC!

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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Como Fernando, o Corrupto, comprou sua reeleição?


CORRUPÇÃO NO NINHO TUCANO





A gente nem precisa de um roubômetro: FHC com a privataria roubou 10 mil vezes mais que qualquer possibilidade de desvio do governo Lula.
                                                            Roberto Requião, senador pelo Paraná


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A Balança da Justiça





OPINIÃO

A BALANÇA DA JUSTIÇA

Laerte Braga

Quem viu o ministro Joaquim Barbosa iracundo, furibundo, deitado em milhares de páginas a condenar com raiva e ódio, protegido por “militares”, segundo alguns veículos de comunicação, com certeza terá tido a impressão que a justiça no Brasil se faz com chicote e chacota.

Sua excelência ora em pé, ora assentado, foi mostrado ao vivo por boa parte da mídia, patrocinadora de todo o espetáculo. A existência ou não do “mensalão” – existiu – torna-se secundária quando permanecem impunes os que iniciaram a prática no golpe de mão que deu mais quatro anos de mandato a FHC. A reeleição foi comprada a peso de ouro. As reformas constitucionais que ensejaram a privatização de setores estratégicos da economia foram pagas a parlamentares em várias moedas. Dinheiro vivo (um deputado foi cassado) e concessões de emissoras de rádio e tevê. Tudo documentado no livro A PRIVATARIA TUCANA, do jornalista Amauri Silva.

Sobre esse assunto neca de pitibiriba. A indignação de Joaquim Barbosa não chega a tanto, no máximo uns tabefes em sua esposa, fato também divulgado pela mídia.

A verdade é que os equívocos de Lula, ao caminhar por alianças recheadas de armadilhas, sugerem que o ex-presidente, neste momento, está tentando se livrar das redes jogadas por seus “aliados” e adversários. Os principais acionistas do conglomerado BRASIL S/A. São banqueiros, grandes empresários, latifundiários e agora os “bispos” da chamada bancada evangélica, uma tentativa de retorno à Idade das Trevas. Está enredado e conta com a eleição de Haddad, São Paulo, para respirar aliviado.

A presidente Dilma Roussef não é diferente em sua falsa ingenuidade. Segundo Marco Aurélio Garcia, sagaz consultor para política externa, a chefe do governo não sabia que um setor do exército dos EUA havia sido contratado para “auxiliar” nas obras de transposição do Rio São Francisco.

Deve ser o efeito Copa do Mundo.

Ou a admoestação de Shimon Peres, presidente de Israel, dada ao vivo em Anthony Patriot, suposto ministro das Relações Exteriores do Brasil. Peres não quer qualquer contato com o presidente do Irã Mahamoud Ahmadinejad. Dilma já vinha seguido à risca esse receituário desde a presença do líder iraniano no Brasil por ocasião da RIO + 20.

Patriot deve regressar, se já não regressou, ao Brasil, com as tarefas a serem cumpridas nos próximos meses e anos, depois do tratado de livre comércio assinado entre Lula e o governo de Tel Aviv.

Breve assembléia geral para redefinir o controle acionário do Estado brasileiro. Grupos sionistas devem assumir boa parte do controle. Mídia e indústria bélica principalmente. São essenciais à indústria do terrorismo de outro grande conglomerado: ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A.

Para constar, uma fragata da Marinha brasileira já está fazendo parte da “frota de paz” no Oriente Médio. Essa “paz” torna essencial o extermínio de palestinos e o controle sobre governos de países árabes. Controle ou destruição, como na Líbia e agora na Síria.

No varejo a coisa não mudou muito a despeito da Lei da Ficha Limpa. Jorge Donati, prefeito de Conceição da Barra, foi reeleito. É acusado de mandante do assassinato de duas de suas ex-mulheres, esteve preso até poucos dias antes do registro das candidaturas, acusado de várias irregularidades à frente da Prefeitura e de mandante do assassinato de um líder sindical que ousou denunciar seus crimes.

Um juiz da cidade colocou duas testemunhas de molho na cadeia para “que pensem melhor sobre o que vão dizer”. Foram soltas depois que o então ministro da Justiça, Tarso Genro, foi contatado e exigiu o fim do absurdo.

Donati foi reeleito prefeito, nas barbas da justiça (justiça?), numa cidade de 28 mil habitantes e 22 mil eleitores. Quem sabe Joaquim Barbosa não dá um jeito? Agora que foi eleito presidente do STF, faz uma espécie de sessão ambulante e coloca as coisas nos eixos? O perigo é Gilmar Mendes dar um habeas corpus atrás do outro e ficar tudo como dantes.

E ainda no Espírito Santo, Gildevan Fernandes, estuprador e dublê de deputado estadual, perdeu as eleições para a Prefeitura de Pinheiros. Líder evangélico atribui a derrota a artimanhas do demônio. A vítima, Débora Cardoso, que ousou denunciar o criminoso, está isolada, “protegida” por um programa chamado PROVITA. Longe da família e sob constante ameaça da horda de fanáticos religiosos liderados pelo estuprador.

Seus pares na Assembléia Legislativa quando se fala do assunto pedem para ver a previsão do tempo.

A Justiça? Bom, é outra história, ainda mais no Espírito Santo, que, diga-se de passagem, espalhou o know-how da impunidade para todo o Brasil e todas as cortes judiciárias em sua esmagadora maioria.

É só olhar para São Paulo e perceber que José Serra, Geraldo Alckmin, FHC estão em liberdade, e para Minas, onde Aécio Neves pontifica como divindade do momento. Não importa que viva no Rio. Quase sempre trôpego pelas ruas da cidade já não tão maravilhosa (com Sérgio Cabral governador, Eduardo Paes prefeito e Garotinho à espreita, é difícil ser maravilhosa).

A despeito da GLOBO estar anunciando a abertura de inscrições para uma nova edição do Big Brother Brasil, o bordel televisivo que apresenta anualmente, as eleições presidenciais nos EUA têm prioridade na cobertura. O caráter republicano da principal rede de comunicação do Departamento de Estado no Brasil não torna Mitt Romney o preferido. Há o receio que Romney seja um louco destemperado (e o é, embora não rasgue nota de cem), sugere que a reeleição de Obama acabe sendo o menos ruim neste momento. Pelo menos não põe fogo no mundo de uma só vez, vai fazendo aos poucos.


Turistas que aportarem em Salvador, Bahia, para a Copa do Mundo, em 2014, vão ter que andar mais para comprar e comer acarajés. A FIFA exigiu e o governo brasileiro aceitou que as baianas que vendem o acepipe pelas ruas centrais sejam afastadas de seus pontos. O privilégio vai ficar para a rede McDonalds.

Eike Batista pega financiamentos no BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico) e tem 75% do seu patrimônio nos Estados Unidos. Os recursos do BNDES são quase todos, a maioria, oriundos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Deve ser o trabalhador norte-americano.

Com a falência de grandes fundos de aposentadorias e pensões nos EUA, o governo Dilma está privatizando os fundos de pensões dos servidores públicos federais. Vamos pagar as aposentadorias e pensões dos do norte.

De quebra, uma estatal para cuidar da terceirização da administração dos hospitais universitários. Isso é privatização, como privatização são as concessões para explorar portos e aeroportos, mas com investimentos do governo federal, logo dinheiro público.

É o tal “capitalismo à brasileira”. O País andando de bengalas.

E já falam em Joaquim Barbosa para presidente da República. Os corruptores estão rindo a bandeiras despregadas. Continuam impunes e Cachoeira já ameaça colocar a boca no trombone, mostrando o verdadeiro caráter de seus parceiros. Banqueiros, grandes empresários, latifundiários e evangélicos.

Ah! A mídia não fala, mas há um massacre de indígenas no canteiro de obras de construção da Usina de Belo Monte, um monstro concebido desde o governo Lula e que vai adiante no governo Dilma, a reboque de interesses privados. A bem da verdade Belo Monte começou a nascer na ditadura militar.

O coronelismo hoje mudou um pouco. Ganhou ares de projetos assistencialistas.

Breve Guimarães Rosa fora das escolas públicas mineiras. É que seu linguajar, sua escrita, traduzida em vários idiomas mundo afora, “deseduca”. Com certeza jamais abriram um livro e nem têm idéia do que seja isso.

Querem que voltemos às cavernas com as bênçãos de Edir Macedo, Malafaia, Valdevino e outros “enviados divinos”.

Aleluia!

“Mãe, quando eu crescer quero ser pastor. Ou Joaquim Barbosa.”

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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Bomba: O "Mensalão Universitário" de José Serra


DENÚNCIA

Proprietário da Universidade São Marcos denuncia: Mensalão do PSDB foi criado pelo então ministro da Educação de Fernando Henrique Cardoso, Paulo Renato de Souza, e implantado em São Paulo por José Serra, e os recursos financeiros vêm de universidades particulares.




Empresário: mensalão tucano vem da educação




ERNANI DE PAULA, DONO DA UNIVERSIDADE SÃO MARCOS, DENUNCIOU AO MINISTÉRIO PÚBLICO DE SÃO PAULO ESQUEMA PARA DISTRIBUIÇÃO DE BOLSAS A ALUNOS FANTASMAS; DE LÁ VEM, SEGUNDO ELE, O CAIXA DOIS DO PSDB NAS ELEIÇÕES; ESQUEMA FOI IMPLANTADO, SEGUNDO ELE, NA GESTÃO DE SERRA NA PREFEITURA E LEVADO AO ESTADO


247 – José Serra, candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, foi o primeiro candidato a utilizar o mensalão na campanha municipal de 2012. Segundo ele, o “STF está mandando para a cadeia um jeito nefasto de fazer política”. Depois dele, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reforçou a crítica, ao dizer que a Justiça está despertando no Brasil, também no programa de Serra.

Agora, em pleno processo eleitoral, um empresário da área de educação, Ernani de Paula, que é proprietário da Universidade São Marcos, sob intervenção do Ministério da Educação, denuncia que o “mensalão” do PSDB vem da área de ensino superior. O esquema consistiria em conceder bolsas de ensino a alunos-fantasma, a instituições pouco conhecidas no mercado.

Em 2009, Ernani de Paula fez uma denúncia ao promotor Sílvio Marques, do Ministério Público de São Paulo – o mesmo que investigou o caso Maluf. À época, ele falava em repasses de R$ 80 milhões. Hoje, ele tem a informação de que, desde a chegada de José Serra ao Palácio dos Bandeirantes, em 2006, mais de R$ 800 milhões foram transferidos a essas instituições de ensino.

O caso mais sintomático, diz ele, é o da faculdade Sumaré, que liderou os repasses, embora seja pouco conhecida no mercado. “É o mensalão universitário”, diz Ernani de Paula. “Essa universidade, que ninguém sabe o que faz ou quem é o dono, já recebeu mais de R$ 70 milhões”, afirma. Outra, a Uniesp, também lidera o ranking. Juntas, as duas teriam levado quase R$ 140 milhões.

Ernani de Paula, coincidentemente, tem uma história de vida ligada a outro mensalão: o do PT. Em 2000, ele se elegeu prefeito de Anápolis (GO), cidade do bicheiro Carlos Cachoeira, e depois acompanhou de perto as primeiras articulações do contraventor para plantar denúncias contra o PT na revista Veja – a ex-mulher de Ernani era suplente do senador Demóstenes Torres.

Segundo ele, no caso da educação superior, o esquema foi bolado pelo ex-secretário de Educação de Serra e ex-ministro de FHC, Paulo Renato de Souza, já falecido. Sua universidade, a São Marcos, não recebeu as bolsas de ensino do governo paulista, e passou a enfrentar dificuldades financeiras até sofrer a intervenção do MEC.

Depois disso, diz Ernani, ele foi procurado pelo filho de Paulo Renato de Souza, Renato Souza Neto, que dizia ter interessados na compra da instituição – se tivesse vendido, afirma o empresário, estaria à frente dos repasses das bolsas de ensino superior em São Paulo.

Ernani de Paula se diz disposto a colaborar com o Ministério Público de São Paulo para ajudar a desvendar o esquema de desvio de recursos públicos na educação superior.