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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Depois do Apagão de Energia (FHC), tucanos promovem "Apagão" de Água em São Paulo


CHOQUE DE GESTÃO TUCANA: SÃO PAULO NO FUNDO DO POÇO



Depois do Apagão de Energia promovido no governo FHC, o governador tucano Geraldo "Volume Morto" Alckmin, eleito em primeiro turno pela parcela mais emburrecida de paulistas, a elite e os "metidos a elite", oferecerá em breve à população do Estado de São Paulo, lodo, muito lodo. É o que afirma o diretor-presidente da ANA, Agência Nacional de Águas, Vicente Andreu.

O sertão está virando mar, com as cisternas, o Eixo das Águas e outras obras dos governos Lula e Dilma Rousseff. Não falta água no Nordeste. O mar de prosperidade de São Paulo, o estado mais rico do País, está virando "mar de lama", lodo, sertão...


Cantareira: choque de "barro" e incompetência



Há terceira cota de volume morto, mas água está no lodo, diz ANA


Rodrigo Pedroso | Valor


SÃO PAULO - Existe uma terceira - e última - cota de volume morto que poderá ser usada no sistema Cantareira, que abastece de água boa parte da Grande São Paulo. Mas a retirada dessa água, que está misturada ao lodo, apresenta dificuldades “técnicas” e envolve riscos por se tratar de insumo de baixa qualidade, disse hoje o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu. Essa terceira cota teria 200 bilhões de litros.

“O volume morto total tem cerca de 500 bilhões de litros. A primeira e a segunda cota, juntas, somavam quase 300 bilhões de litros. Em tese, há mais 200 bilhões de litros. Como a reserva fica no fundo, se a crise se acentuar, não haverá outra alternativa a não ser ir no lodo e tirar essa água”, disse durante apresentação no debate “A falta de água em São Paulo”, na Assembleia Legislativa do Estado.

Segundo Andreu, qualquer obra de aumento da capacidade do atual sistema de abastecimento das regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas demora pelo menos dois anos. Assim, a única solução no curto prazo para a crise hídrica pela qual passa o Estado de São Paulo é a ocorrência de chuvas acima do esperado ou utilizar todo o volume morto do sistema Cantareira.

“Quem apresentou o volume morto como alternativa ao governador Geraldo Alckmin fomos nós. Porque as outras hipóteses de enfrentamento da crise requerem obras que não foram feitas e só terminariam, no melhor dos cenários, em dois anos. Então, a solução é ou esperar por uma chuva boa ou se retirar o volume morto”, afirmou há pouco durante fala na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Andreu disse que ainda no começo do ano a previsão meteorológica para 2014 em São Paulo era “muito ruim”, mas que “havia a expectativa por parte do governo do Estado” de que o regime de chuva pudesse se normalizar. “Toda essa crise que estamos vivendo é de que houve expectativa de chuva que não se concretizou ao mesmo tempo em que não se tomou alternativas adequadas.”

A ANA também pediu, em abril, a redução da vazão do Cantareira, para preparar melhor o sistema para o próximo ano, quando também deve haver chuva abaixo da média. Na ocasião, de acordo com Andreu, o governo paulista não atendeu ao pedido.

“O problema [mais sério] que vamos enfrentar é a partir de março, abril de 2015, porque agora deve cair alguma chuva”, disse Andreu.




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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

SP: Primeiro turno passou e falta d'água chegou


ESTELIONATO ELEITORAL



Geraldo "Volume Morto" Alckmin: reeleito governador do Estado de São Paulo no primeiro turno, com mais de 7 milhões de votos sobre o segundo colocado, por um bando de gente burra, ignorante, metida a grande coisa: os eleitores do PSDB.


Cantareira: exemplo do "choque de gestão" tucana


São Paulo merece e precisa viver o horror da falta de água

Leonardo Sakamoto

Vai ser didático para o paulistano ficar sem água. Não, este não é mais um daqueles malditos posts irônicos. Eu realmente acredito que a escassez prolongada terá um efeito transformador na forma através da qual percebemos as consequências de nossos atos.

Não quero parecer leviano. Sei que hospitais e escolas vão enfrentar crises, a economia murchará e a vida das pessoas se tornará um rascunho da titica do cavalo do bandido. Afinal, estamos falando de milhões concentrados em um pequeno espaço poluído e caótico dependente do sistema Cantareira.

Mas o ser humano só se mexe mesmo quando está à beira do abismo. E, às vezes, nem isso.

Vejamos um paralelo: diante da negação por parte de governos e o setor empresarial, um renomado cientista declarou, pouco antes de uma das cúpulas globais do clima, que era melhor deixar os fatos tomarem seu curso natural, o planeta aquecer, refugiados ambientais quadruplicarem, cidades nos países ricos serem invadidas pelo mar, a fome surgir no centro do mundo, guerras ambientais ocorrerem. Só assim pessoas e países tomariam atitudes mais fortes que as insuficientes alternativas atuais, como o mercado de carbono.

Situação que, no Brasil, é vulgarmente conhecida como “a hora em que a água bate na bunda”. Porém, como não tem mais água por aqui, o pessoal não se ligou.

O clima mudou por aqui. Não faltou cientista, ambientalista e jornalista para dizer isso. Poucos ouviram. Não houve conscientização pela palavra ou pelos dados, então ela será pela pedra. Pois não estamos vivendo uma situação excepcional. Crises hídricas como essa serão comuns daqui para a frente. Ou seja, é incompetência e irresponsabilidade mesmo.

O governo do Estado de São Paulo não fez as obras necessárias para aumentar a capacidade de armazenamento de água, negou-se a racionar por conta das eleições e, o pior, a debater o assunto abertamente.

Enquanto isso, o grosso da sociedade paulistana, sejam pessoas ou empresas, ainda acredita no que aprendeu na terceira série do ensino fundamental: de que o Brasil é um dos campeões mundiais de água doce e que ela nunca vai faltar. E usa o recurso como se a palavra “renovável'' significasse “eterno''.

Sem contar que o país como um todo, na sanha louca de uma visão deturpada de “progresso'', talhou tanto a Amazônia (que é a grande fonte hídrica para a região onde está São Paulo, através do envio de umidade) que esse fluxo sofreu impacto. O interior de São Paulo, sem ligar lé com cré, elegeu um rosário de ruralistas que ajudaram a derrubar o Código Florestal, contribuindo com a diminuição da proteção ambiental.

Acho bom que falte água. Que as torneiras sequem. Que as pessoas parem de lavar seus carros três vezes por semana. Que a mangueira seja aposentada como vassoura. Que os banhos fiquem curtos. Que as empresas deixem de desperdiçar. Que o preço da água suba – porque só se dá valor para coisa cara por aqui. Que o governo deixe de ser negacionista, mas planeje e execute. Que se entenda o real valor da água.

Pena que isso vai atingir, indiscriminadamente, quem sempre tratou o recurso de forma racional e tem questionado o poder público quanto às soluções para o problema e o bando de malucos inconsequentes, que culpa São Pedro e não a si mesmo por tudo o que está acontecendo. Como adutora não escolhe entre racionais e celerados, por aqui, o Juízo Final virá para todos.

Acredito que a São Paulo que se reerguer dessa catástrofe será mais consciente do que aquela que temos hoje. Porque vai ver o horror de perto.

Será uma cidade melhor. Mesmo que tenhamos que movê-la para outro lugar.

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Destaques do ABC!

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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Alckmin, mídia e água: jornalixo e politicagem


CRISE HÍDRICA: CHOQUE DE INCOMPETÊNCIA 



Sistema Cantareira: show de barro e incompetência



Alckmin, a imprensa e a água. Um show de incompetência, irresponsabilidade e politicagem



Fernando Brito



Amanhã se completam dois meses que este blog, cá do Rio de Janeiro, vem azucrinando seus leitores sobre a situação dramática do abastecimento de água em São Paulo, quase que diariamente.

Àquela altura, havia 19,8% de todo o volume possível nos reservatórios do Sistema Cantareira e o principal deles tinha 15,5% de seus 800 bilhões de litros de capacidade.

Hoje, tem 12% e a principal represa vai baixar, amanhã, para 4%.

Qual foi a providência tomada pelo Governador?

Dar desconto a quem consumir menos água, correto.

Mas insuficiente.


Saíam, há dois meses, pouco mais de 30 m³/segundo do sistema. Hoje, saem 26 m³, 15% a menos.

Entram, na média de março e de abril, 13,8 m³, dos quais 3,2 m³ saem para os rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, ficando fora do balanço.

Não é difícil fazer a conta, não é?

Perde-se, todo dia, 1,6 bilhão de litros.

Na média, porque ontem, por exemplo, entrou muito menos água e a perda chegou pertinho de 2 bilhões de litros.

Hoje havia 118 bilhões de litros ainda, somadas todas as represas.

73 dias, isso se o sistema conseguisse funcionar até a última gota acima das comportas, o que não é provável que aconteça, porque as vazões passam a ser insuficientes para preencher os túneis de adução.

Que providência tomou o Governador?

Ressuscitar um projeto que já havia sido abandonado, por inadequado, pelos técnicos da Sabesp (quem testemunha é o engenheiro tucano Jerson Kelman, do Instituto FHC), o de tirar água do Rio Paraíba do Sul, porque isso permitia criar uma falsa disputa com o Rio de Janeiro e “federalizar” o problema.


No que o Datafolha o ajuda, agora, colocando “num balde só” do risco de racionamento o Cantareira, com 12% de água, e o Sistema Elétrico Nacional que, somando todas as regiões – que são interligadas e podem gerar, de forma quase indistinta, energia para qualquer região do país – que têm hoje, no total, 40,5% de sua capacidade de reserva.


Anteontem, este blog, que não é, absolutamente, dotado de poderes paranormais, afirmou que a semana não terminaria sem que começasse, “de fato, o racionamento de água em São Paulo.”

Já começou, embora só hoje tenha sido feita uma reportagem com características de “curiosidade”.

Hoje, embora continue negando, Alckmin admitiu que pode partir para um “rodízio” no abastecimento.

Ora, “rodízio” é em churrascaria, Governador.

Entrar água por dois dias e secar em um é r-a-c-i-o-n-a-m-e-n-t-o.

É essa a forma de racionar possível, porque de outra forma não é possível controlar o gasto.

O senhor não vai colocar estas simpáticas e prestativas senhoras que estão atuando como “guardiãs da água” do lado de cada torneira, de cada chuveiro, de cada vaso sanitário, não é?

Tão triste quanto este espetáculo de cinismo é o que a imprensa paulista faz.

Aceita qualquer versão.

Volume morto, que jamais foi usado e ninguém sabe o quanto poderá ser aproveitado, vira “reserva técnica”.

O racionamento vira “rodízio”.


As obras do bombeamento do Atibainha não mereceram uma reportagem sequer. Ninguém sabe como andam.

As duas últimas saídas de água do Jaguari-Jacareí estão no estado da foto publicada pela Folha sem nenhum tipo de informação.

Essa torre está 31 metros abaixo de seu nível máximo e resta 1,7 metro de água acima do final das grades da comporta gradeada que, como é obvio, admite cada vez menos líquido quanto mais o nível abaixa.

Este é o tamanho da cumplicidade da imprensa de São Paulo diante do problema e das atitudes de Geraldo Alckmin.

E da covardia da Agência Nacional de Águas, que não assumiu aos quatro ventos o que foi dito ao Governador em janeiro: racione, evite que isso tenha de ser feito de forma mais drástica e permanente.

Este blog, antes de defender ou atacar governos ou partidos, defende a responsabilidade para com a população e ataca tudo aquilo que possa submetê-la a sacrifícios além do necessário.

E defende o jornalismo, que está num nível mais baixo que o do Cantareira.


Não é possível que, com todas as informações públicas, ao alcance de um clique de mouse, nem assim os jornais possam dar a dimensão de um problema que afeta e afetará por muitos e muitos meses oito milhões de paulistanos.


Destaques do ABC!

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sábado, 5 de abril de 2014

Problema do Brasil é falta dágua em São Paulo


TUCANAGEM: CHOQUE DE INCOMPETÊNCIA



"A grande preocupação dos brasileiros não deveria ser Pasadena, uma ótima refinaria, situada no melhor lugar dos Estados Unidos para uma empresa similar, no canal de Houston; que produz 100 mil barris por dia; e dá lucro. Deve continuar dando lucro enquanto os americanos continuarem a usar gasolina e derivados. Ou seja, para sempre. (...)

A preocupação dos brasileiros também não deveria ser a economia, pois esta voltou a crescer de maneira firme e saudável este ano, com foco na indústria. (...)

O principal problema no Brasil hoje, e que deveria receber atenção máxima da mídia, é o esvaziamento do sistema Cantareira, que abastece de água a grande São Paulo. Pode faltar água em São Paulo este ano. E por exclusiva incompetência tucana, pois São Paulo é um dos estados com precipitações mais regulares no país, e possui uma enorme e generosa bacia hídrica. Não faltam rios e chuvas em São Paulo. Falta gestão, manejo, disposição para fazer obras e investir em infra-estrutura. Há mais de 20 anos que o governo de São Paulo não faz uma obra na estrutura de abastecimento de água no estado. Está fazendo agora, às pressas."



Sistema Cantareira (Foto: Agência Brasil, via MetroJornal)



Pasadena é boa, problema do Brasil é falta d’água em São Paulo


Miguel do Rosário

A grande preocupação dos brasileiros não deveria ser Pasadena, uma ótima refinaria, situada no melhor lugar dos Estados Unidos para uma empresa similar, no canal de Houston; que produz 100 mil barris por dia; e dá lucro. Deve continuar dando lucro enquanto os americanos continuarem a usar gasolina e derivados. Ou seja, para sempre.

Pasadena deveria ser uma pauta positiva. Mesmo que encontrarem mutretas, isso é até bom, porque então prende culpados, corrige e melhora. Pode haver “treta” (e infelizmente suponho que deve haver) em tudo que é estatal brasileira. O importante é manter em mente que Pasadena é uma refinaria estrategicamente importante para a Petrobrás e para os interesses brasileiros.

A preocupação dos brasileiros também não deveria ser a economia, pois esta voltou a crescer de maneira firme e saudável este ano, com foco na indústria.

A Confederação Nacional da Indústria acaba de divulgar que o faturamento real (ou seja, descontada a inflação) da indústria de transformação em fevereiro cresceu 12,4% sobre o mesmo mês do ano anterior, e 6% sobre janeiro.






Os brasileiros também podem respirar aliviados em relação a questão elétrica. As chuvas de março superaram as chuvas nos primeiros dois meses do ano, permitindo uma recomposição tímida, mas importante, dos reservatórios.

Os especialistas alertam que o governo deveria tomar medidas para redução do consumo de energia, embora estejam céticos que este vá fazer isso, por causa do receio de um dano eleitoral. Eu acho que o governo deveria ser pro-ativo e adotar medidas cautelares em prol de um consumo racional, até mesmo por uma questão educativa e ambiental.

Entretanto, a situação elétrica está sob controle. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), ligado ao governo federal, divulgou nota há pouco dizendo que “não são visualizadas dificuldades no suprimento de energia no país em 2014″. A razão pela qual eu acredito (sempre criticamente, claro, como bom jornalista) na avaliação do governo não é tanto por causa da volta das chuvas, mas porque temos uma capacidade crescente de geração termoelétrica, daqui a pouco estarão prontas novas hidrelétricas e há um grande parque eólico entrando no sistema. Depois vamos atrás de mais detalhes e links sobre cada uma dessas obras, até para podermos cobrar as autoridades.

O principal problema no Brasil hoje, e que deveria receber atenção máxima da mídia, é o esvaziamento do sistema Cantareira, que abastece de água a grande São Paulo. Pode faltar água em São Paulo este ano. E por exclusiva incompetência tucana, pois São Paulo é um dos estados com precipitações mais regulares no país, e possui uma enorme e generosa bacia hídrica. Não faltam rios e chuvas em São Paulo. Falta gestão, manejo, disposição para fazer obras e investir em infra-estrutura. Há mais de 20 anos que o governo de São Paulo não faz uma obra na estrutura de abastecimento de água no estado. Está fazendo agora, às pressas.



O Cafezinho

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