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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Deixem a blogueira Yoani Sánchez falar!


LIBERDADE DE EXPRESSÃO


Aqui, blogueira e blog respeitam a liberdade de expressão do grupo que se manifestou em Recife e Salvador contra a blogueira cubana, Yoani Sánchez. Como ela mesma declarou entusiasmada diante dos protestos: "Isto é Democracia!" E é esta liberdade de expressão que ela quer em Cuba.

Mas vamos ouvir o que ela tem a dizer a nosotros, gente! Yoani vai conceder entrevistas, proferir palestras, responder indagações. Não sejamos trogloditas! Vamos mostrar à polêmica dissidente cubana que somos um povo maduro e educado e respeitamos a diversidade, inclusive de ideias e opiniões.

Deixem Yoani Sánchez falar!




Yoani: "Sem argumento, tentam silenciar"



A cubana Yoani Sánchez, que tem provocado reações extremas 
em sua passagem pelo Brasil, falou sobre os protestos contra 
a sua viagem em Recife e em Salvador. "Será uma grande alegria 
para mim se um dia, em Cuba, as pessoas puderem se manifestar 
desta maneira", disse ela ao jornalista João Pedro Pitombo, 
do jornal A Tarde; ativistas a acusam de ser financiada pela CIA 
para denegrir o regime castrista


247 - A cubana Yoani Sánchez, responsável pelo blog Generación Y, passa pelo Brasil como um furacão. Apoiada pela Sociedade Interamericana de Imprensa e por veículos de comunicação conservadores, ela foi alvo de protestos ao passar por Recife e Salvador. Na Bahia, ela falou ao jornalista João Pedro Pitombo, do jornal A Tarde. Leia, abaixo, sua entrevista:

Quais suas primeiras impressões da sua chegada ao Brasil e como encara os protestos com que foi recebida?

Posso resumir esta minha chegada ao Brasil em uma palavra: intensidade. Foi um desembarque cercado de muita euforia. De um lado encontrei muitas palavras de apoio, que me deram ânimo. Por outro lado, encontrei pessoas que buscaram me insultar. Mas isso é da democracia. Será um grande alegria para mim se um dia, em Cuba, as pessoas puderem se manifestar desta maneira.

O governo brasileiro está investigando a elaboração de um suposto dossiê feito por funcionários do próprio governo com a embaixada de Cuba. Isso a surpreende?

Isso não me surpreende porque sei que faz parte de uma guerra de informações que está posta. É claro que não gosto de saber que isso acontece, mas entendo que faz parte da minha profissão enfrentar este cerco. Mas lamento. Vejo que, quando as pessoas não têm argumento, elas tentam silenciar a outra. E assim partem para o grito e para a agressão.

Como vê a relação dos governos brasileiro e cubano. Acha que há condescendência do Brasil para questões ligadas aos direitos humanos?


Acho que sim. Nas últimas décadas, o que vimos de outros países latino-americanos como o Brasil foi uma posição de silêncio frente a questão dos direitos humanos em Cuba. Por outro lado, vemos uma posição muito clara da opinião pública internacional, que se coloca contra qualquer limitação de liberdade e de desrespeito aos direitos humanos. Por isso, me surpreende que muitos presidentes ainda vejam Cuba como a "ilha da esperança".

A senhora conseguiu seu visto depois de cinco anos e 20 tentativas. O que acha que motivou o regime a liberar sua saída?

Penso que Raul Castro não poderia continuar com este absurdo. Havia pressões internas e externas muito fortes para que esta situação mudasse. Mas a reforma migratória foi apenas um passo, já que ainda temos uma série de limitações no nosso país. Tenho esperança de que haja uma flexibilização efetiva para que muitos cubanos possam reencontrar e abraçar familiares que estão em outros países.

O que espera nesta vinda ao Brasil?

Venho com um sentimento de muita expectativa e curiosidade em relação ao Brasil. Quero ampliar meus conhecimentos, sobretudo nas áreas de jornalismo e tecnologia. Estou aqui para aprender com vocês.

Brasil 247

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