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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

SP: Blogueira perseguida no "Reino da Penha"


CIDADE DE SÃO PAULO 


A propósito do Supremo Despropósito que acontece na Capital da República, onde senhores vestindo mantos sagrados, sem que tenham recebido 1 voto sequer, se comportam como imperadores, exorbitam de seu papel constitucional e passam a fomentar crises em vez de solucionar conflitos e semear a paz social, reproduzo, com algumas mudanças, post publicado aqui há pouco mais de um mês, denunciando a "ditadura velada" em vigor no bairro da Penha, cidade de São Paulo, onde se instalou uma "casta superior" e onde vive e padece por "abuso de poder" esta reles blogueira cidadã.

Lá como cá, maus fados há...












Pompa e circunstância


Maria Antonieta, Rainha de França. Perdulária e promíscua, morreu guilhotinada em 1793. Qualquer semelhança com membro da corte do Reino da Penha terá sido mera coincidência.




Há algo de podre no "Reino da Penha"

Algumas "autoridades" do tradicional bairro da Penha ("Penha de França", nome aristocrático), zona leste da cidade de São Paulo, se comportam como se vivessem na Idade Média e como se a localidade fosse uma espécie de feudo, de "reino", independente, apartado do restante do Brasil, com ordenamento jurídico próprio e sob o comando supremo, claro, delas mesmas.

Presidenta Dilma? Congresso Nacional? Constituição Federal? Código Penal? Nem pensar. No "Reino da Penha", suseranos e suseranas, do alto de sua augusta, ridícula e autoconcedida majestade, fazem as leis segundo suas necessidades e interesses.

O povo sem pão? Que coma "brioches"!...

Se Luís XIV de Bourbon, na França absolutista, declarou: L' État c'est Moi (O Estado Sou Eu), no "Reino da Penha" poderosos e poderosas (!) dizem sem qualquer decoro: "A Lei Somos Nós".


                                       Luís XIV de Bourbon, Rei de França, o "Rei-Sol".

Imaginemos uma situação em que tais monarcas absolutos, verdadeiros déspotas "não esclarecidos", atuam. Sempre "nas sombras", nos gabinetes, entre quatro paredes, longe dos holofotes de Brasília, é bom que se diga.

Se uma reles, insignificante cidadã blogueira resolve defender seus direitos, tem a petulância de contrariar interesses de alguma "apaniguada da corte" e não se submete aos desígnios imperiais de imperadores e imperatrizes deste "estado paralelo", os déspotas de plantão partem para cima da insolente, mobilizando "céus e terras" (leia-se aparato repressivo) para silenciar a desaforada. Onde já se viu tamanho atrevimento???!!! Tal insubordinação tem que ser imediatamente sufocada!

Se um blog pequeno mas altivo, brioso, começa a fazer denúncias contra apaniguados, membros da corte e/ou os que reinam no tal reino, obviamente tal ousadia precisa ser contida de imediato e tal "foco revolucionário" (!!!) deve ser urgentemente calado e extinto, assim como se extinguem e se arquivam, a bel-prazer, representações e ações judiciais "incomodativas"... 

No "Reino da Penha", cidadãos (e cidadãs!) podem ter suas vidas e privacidade devassadas por escutas telefônicas clandestinas, câmeras de monitoramento estrategicamente colocadas na casa vizinha e sofrer vigilância cerrada, "25" horas por dia, feita por raivosos e fidelíssimos "cães de guarda". 

No "Reino da Penha", cidadãos e cidadãs, trabalhadores e ordeiros, podem sofrer intimidações e constrangimentos vários, recebendo a qualquer momento, por exemplo, multas de trânsito fabricadas.

No "Reino da Penha", tudo é possível e permitido, já que ali, sob os "Bourbons" e sua grande, aristocrática e ridícula Corte, ainda imperam a Era Medieval, a "Caça às Bruxas", a Inquisição, a Guilhotina, a Idade das Trevas...

Quando os poderosos e poderosas do "Reino da Penha" se disporão finalmente a conhecer os artigos I, II, III, VII, VIII, X, XII, XVII, XIX... da Declaração Universal dos Direitos Humanos e o fundamental Artigo 5 da Constituição Cidadã?

Quando o esbulhado povo do "Reino da Penha" conseguirá se libertar desse jugo obscurantista, tacanho e obtuso?

Quando acontecerá a tão sonhada "Queda da Bastilha" e a merecida e mais que oportuna Revolução Penhense? 

Quando os pobres e indefesos cidadãos do "Reino da Penha", subjugados por este esquema opressivo, espúrio e imperial, sairão da Idade das Trevas e da condição de "súditos", e poderão então respirar o ar limpo, leve e puro da Liberdade, Igualdade e LEGALIDADE, esteios do Estado Democrático de Direito que vigora no restante do País?

Quando?

O tempo urge.

                Vista do "Reino da Penha". No alto da colina, a Basílica de Nossa Senhora 
                da Penha, protetora da localidade.      Imagem: Fábio Barros       


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