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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Dilma é escolhida para homenagear Mandela


A presidenta Dilma Rousseff discursará durante o funeral de Nelson Mandela, amanhã, em Johanesburgo, no estádio Soccer City. No programa oficial está incluída a participação de amigos e familiares de Mandela, além do secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon e dos líderes mundiais Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, Li Yuanchao, vice-presidente da China, e os presidentes da Namíbia, Hifikepunye Pohamba, da Índia, Pranab Mukherjee, de Cuba, Raul Castro, e da África do Sul, Jacob Zuma. 

Dilma embarcou nesta segunda-feira para a África do Sul acompanhada pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor e José Sarney. 

É uma honra para o Brasil e para a presidenta poder prestar, junto dos ex-presidentes, a última homenagem a Nelson Mandela.



Programa Oficial



Por que Dilma foi escolhida para falar na homenagem a Mandela


Fernando Brito


A escolha da Presidenta Dilma Rousseff como um dos seis chefes de Estado - os outros são Barack Obama, Raúl Castro, de Cuba, Pranab Mukherjee, da Índia, o vice Li Yuanchao, da China e Hifikepunye Pohamba, da vizinha Namíbia - que discursarão na cerimônia oficial em memória de Nelson Mandela, amanhã, na África do Sul, não é apenas uma honra concedida ao nosso país, uma das maiores populações negras fora do continente africano.

É um ato que tem outros significados.

O primeiro deles, a evidência do papel que o nosso país desempenha hoje, tanto entre os Brics que integramos ao lado da África do Sul, quanto em toda a comunidade das nações.

É, também, um reconhecimento à postura histórica da diplomacia brasileira em favor da descolonização e do fim da discriminação no continente africano, iniciada com gigantes como o embaixador Ítalo Zappa, nos anos 70, e que ganhou novo e magnífico impulso a partir do Governo Lula, que elevou ao primeiro plano o nosso relacionamento com a África, sob o descaso de inúmeros bocós, que achavam isso uma tolice.

A África, que ninguém se iluda, será a terceira onda de desenvolvimento do mundo moderno, iniciada no final do século 20 com a Ásia, depois deslocada para a América Latina.

A tribuna do tributo a Mandela reunirá América Latina e Ásia à Africa. Barack Obama está lá pela especialíssima circunstância de ser um negro o presidente da mais poderosa Nação do Mundo.

Bush, certamente, não estaria na lista.

Os gestos, na diplomacia, muito além dos obséquios e gentilezas, têm significado político.

E neste ato de memória, é evidente, há uma visão de futuro.

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