CIDADANIA
"Quando os nazistas levaram os comunistas, eu calei-me,
porque, afinal, eu não era comunista.
Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu calei-me,
porque, afinal, eu não era social-democrata.
Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei,
porque, afinal, eu não era sindicalista.
Quando levaram os judeus, eu não protestei,
porque, afinal, eu não era judeu.
Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse".
Martin Niemöller, poeta alemão, citado pela presidenta Dilma Rousseff
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Dilma: o Holocausto também se repete quando é negado
Heloisa Cristaldo
“Respeitando a diversidade, a liberdade de pensamento e a grande riqueza de sermos diferentes e tão iguais, tão humanos, isso não significa que podemos deixar de avaliar, de conhecer, de estudar as mais dolorosas lições do ser humano. (...) [Devemos] lembrar, sistematicamente, para evitar que isso se repita”, disse.
Para a presidenta, a ideologia que resultou no holocausto “não chegou abruptamente”. “Sem dúvida nenhuma os guetos são uma antecipação disso. A expulsão dos judeus de Portugal [durante o período de inquisição] foi outra manifestação histórica, uma longa preparação, secular, que desembocou naquele momento terrível da história da humanidade, que foi a perseguição aos diferentes, aos judeus. E se repete sempre que foi aos judeus, porque tinha uma sistemática tentativa de descaracterizar seres humanos como humanos”, disse.
A presidenta ressaltou a criação no governo da Comissão da Verdade, que tem a finalidade de apurar graves violações de Direitos Humanos, praticadas por agentes públicos, ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988.
Por questões de segurança, a cerimônia, que ocorreria no prédio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Brasília, foi transferida de local. A decisão foi do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, a partir de laudo do Corpo de Bombeiros.
A data lembrada hoje [ontem] marca a libertação do campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, pelas tropas soviéticas em 27 de janeiro de 1945. No local, mais de 1,5 milhão de pessoas foram exterminadas.Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil
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