Uma Dilma sorridente e um Aécio emburrado, de cara fechada. Assim foi o encontro dos dois presidenciáveis, na reinauguração do Mineirão, após obras de modernização do estádio para a Copa das Confederações em 2013 e a Copa do Mundo em 2014.
DILMA E AÉCIO, FRENTE A FRENTE NO MINEIRÃO
É o primeiro encontro dos dois presidenciáveis desde que o senador mineiro assumiu mais fortemente uma postura de candidato da oposição,
com críticas fortes ao governo federal. Última vez que a presidente esteve
em BH
foi em comício de Patrus, em outubro, quando respondeu
indiretamente a críticas de Aécio
Há outra questão. É a primeira vez que os dois se encontram desde que o ex-governador de Minas Gerais deixou o armário e assumiu-se, praticamente, como candidato da oposição. Desde então, Aécio teve seu nome lançado como candidato dos tucanos por ninguém menos que o líder do partido, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; passou a desferir críticas à política econômica do governo Dilma (em artigo, afirmou ser 2012 o pior ano do século para o Brasil, em termos econômicos); e não poupou o partido da presidente, o PT, que segundo ele deveria estar de “luto” depois das últimas denúncias de corrupção.
Dilma, por sua vez, volta a Belo Horizonte desde outubro, quando, no início do mês, participou de comício do então candidato petista à prefeitura, Patrus Ananias. Na época, ela surpreendeu e levantou a platéia presente com críticas indiretas a Aécio. Ela respondia a críticas feitas pelo senador, que a chamou de “estrangeira” em BH. Disse ainda que “pessoas de fora” não decidiriam a eleição na capital. Dilma respondeu no comício: “Não saí de Belo Horizonte para ir à praia. Saí porque era perseguida pela ditadura. Na minha veia corre o sangue de Minas Gerais.”
Desde então, a relação política entre os dois azedou. O senador mineiro liderou as críticas ao veto da presidente à MP que alterava as regras para a cobrança da CFEM, imposto relativo à exploração mineral. Depois, os dois lideraram, em lados opostos, a polêmica sobre redução de tarifas de energia. Aécio acusou o governo federal de fazer populismo usando concessionárias estaduais. Dilma manteve a proposta e, junto ao PT, tentou - e tenta - ganhar politicamente na defesa de um tema popular (redução da conta de luz para consumidores e empresas).
Brasil 247
*
Nenhum comentário:
Postar um comentário