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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Estado Delinquente: uma menina de 4 anos, um tiro de fuzil na cabeça...


Uma criança de quatro anos, assassinada com um tiro de fuzil na cabeça.


Até quando isso?

NINGUÉM vai se indignar com isso?


Blogueira e blog consternados.




(Volto mais tarde...)



Menina de 4 anos morre baleada em Costa Barros

Rio - Uma criança de 4 anos morreu baleada, no fim da noite deste domingo, na comunidade Terra Nostra, em Costa Barros, na Zona Norte. Yasmin de Moura Camilo foi atingida na cabeça com um tiro de fuzil durante operação de policiais do 41º BPM (Irajá) na região. A menina estaria brincando na porta de casa quando foi alvejada.

Ela foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Costa Barros em um veículo blindado da polícia, mas acabou transferida para o Hospital Souza Aguiar, no Centro, onde faleceu.

De acordo com funcionários da UPA, PMs disseram que foram chamados à comunidade para combater uma suposta troca de tiros entre facções rivais. Ainda não há informações de onde partiu o tiro que matou a menina. O caso foi registrado na 39ª DP (Pavuna).

Estudante morre durante operação do Bope em Benfica

Elizeu Santos Trigueiro da Silva, de 15 anos, morreu durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) na Favela do Arará, em Benfica, na noite da última sexta-feira. Os pais do jovem pretendem processar o estado.

Revoltados, eles acusam agentes da corporação de terem assassinado Elizeu com tiros de fuzil na testa, no rosto e no tórax. O corpo do adolescente foi enterrado na manhã deste domingo, no Cemitério do Caju.

“Não vamos deixar essa covardia passar em branco. O estado não pode invadir nosso espaço para matar nossos filhos, sem ao menos pedir a identificação”, desabafou João Batista Trigueiro da Silva, 42, pai do adolescente.




                    Mãe de jovem disse que policiais estavam "com diabo no corpo" 
                    Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Durante o enterro, acompanhado por cerca de 80 pessoas da comunidade, a diarista Áurea Cristina da Silva Santos, 41, mãe de Elizeu, também disse querer justiça.

“Meu filho pediu para jogar a chave, e eu joguei, mas aqueles policiais com o diabo no corpo o mataram covardemente”, repetia, aos prantos.

Áurea conta que, por volta das 23h30 de sexta-feira, o filho, que estava numa festa no apartamento de um vizinho, foi em casa pegar gelo. Ele gritou para que a mãe jogasse a chave e, ao abaixar para apanhá-la, teria sido surpreendido por PMs.



                    Elizeu foi morto durante operação do Bope no Arará 
                    Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia

Ao ver o desespero de Áurea, que assistiu à execução da janela do terceiro andar, um dos policiais ainda teria atirado contra ela. O disparo fez um rombo no teto do apartamento.

Pelo Twitter, no sábado, o Bope alegou ter encontrado o jovem ferido e o levado para o Hospital Geral de Bonsucesso. As armas dos PMs foram recolhidas para perícia.

A Delegacia de Homicídios (DH) assumiu a investigação da morte do estudante, no lugar da 21ª DP (Bonsucesso). Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, a especializada fará reconstituição do crime.

O Dia Online (via iG)

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