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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Por que voto e peço voto para Dilma?



A seguir, extraordinário artigo do veterano jornalista Paulo Moreira Leite.

Assino embaixo.






VOTO EM DILMA








Nunca foi tão necessário derrotar o pensamento conservador, o eterno obscurantismo que tenta fazer a roda da História andar para trás

Minha razão para votar em Dilma tem origem na convicção fundamental de que o dever principal do Estado e dos governantes é defender os humildes e os desprotegidos, os que não tiveram oportunidade.

Também se baseia nas melhores estatísticas, que podem ser lembradas sempre que necessário, e ajudam a entender quem fez o quê, quando, para quem.

Estou falando da distribuição de renda, para lembrar que queremos viver num Brasil de cidadãos iguais, homens e mulheres. Acredito que é preciso manter a prioridade no emprego e no salário, no mercado interno, porque sabemos que só progresso no bem-estar da população de baixo gera melhoras reais para o conjunto da sociedade.

Não tenho religião mas tenho uma fé política: creio que numa democracia todos os poderes emanam do povo. Não imagino um país de cabeça baixa, refúgio de escravos tristes e senhores de sorriso amarelo pelo excesso de esperteza.

Não acredito em contos de fada nem admiro heróis de álbum de figurinha.

Não creio num futuro de privilégios nem de favores. A hierarquia não eleva. A inferioridade incomoda.

Só a luta pela igualdade é ética.

Penso em Dilma quando tentam nos assustar com o medo ridículo de mais uma queda na Bolsa, querendo ligar o destino do país ao enriquecimento de tubarões de um cassino pobre e podre, habituados a embolsar seus lucros e transferir suas desgraças para a maioria da população.

Penso em Dilma quando vejo um candidato aparecer na TV sem conseguir — apesar de muito treinamento — disfarçar sua conversa vazia. Nada consegue dizer porque muito tem a esconder.

Penso nela quando até um ator de Hollywood, envergonhado, sentiu-se no dever de informar que fez papel de bobo e retira o apoio a uma concorrente.

Os analistas de gabinete estão atônitos, os economistas de encomenda e os consultores milionários fogem de clientes inconformados. Faltam poucos dias para o povo ir às urnas e tudo que imaginaram, prometeram, deu errado. Mentiram, apenas mentiram, mentiram de novo.

Apesar do massacre cotidiano, das cortinas de fumaça, das trapaças, das demonstrações de má fé, milhões de brasileiros foram capazes de compreender aonde estão seus interesses, distinguir quem zela por suas necessidades e tem disposição de lutar por elas. Não é de hoje que aprenderam o que é classe social.

Por vários caminhos, com as idéias mais exóticas, incongruentes na origem mas idênticas na finalidade, formou-se uma grande aliança para tentar fazer a roda da história andar para trás. Deu errado.


Dilma só é chamada de agressiva, e suas críticas são chamadas de ataques, porque é assim que acontece com quem desafia o coro das ideias dominantes.

Nunca os mais pobres conseguiram vencer tantos enganos, tantas ilusões.

Nunca tiveram a mesma oportunidade de arrumar o país para ficar um pouco do seu jeito, onde possam fazer valer sua vontade e serem tratados com dignidade.

Nunca foi tão necessário derrotar o preconceito, a ideologia nefasta dos senhores de sempre, o pensamento conservador do eterno obscurantismo — marcas daquilo que muitos anos atrás nosso maior poeta do século XX chamou de mundo caduco.

Em meio a tanta dificuldade, tanta injustiça, tanta mudança a ser feita, vivemos num país onde 94% dos favelados dizem que estão felizes com a vida que levam.

Por isso, voto e peço voto em Dilma.


Destaques do ABC!

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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Mark Rufalo (Incrível Hulk) retira apoio a Marina Silva


ELEIÇÕES 2014



Pode-se enganar algumas pessoas durante algum tempo, mas não se pode enganar todas as pessoas durante todo o tempo.

A "Farsa Marina" já começou a se desmanchar. Até no Primeiro Mundo!


Marina Silva: a volta à Idade das Cavernas e dos Brucutus



Incrível Hulk: Marina não!

Miguel do Rosário, O Cafezinho




Foi um dia engraçado.

Marina abriu sua campanha nesta segunda-feira ostentando o apoio do ator norte-americano Mark Rufalo, famoso por interpretar o Incrível Hulk, um filme do qual sou fã.

Ele defende Marina em inglês californiano.

Entretanto, horas depois, Ruffalo, alertado por seus amigos da furada em que tinha se metido, apoiando uma neoliberal de intenções obscuras, alianças reacionárias, e que recuou no apoio ao casamento gay, divulga um comunicado voltando atrás.

Ruffalo NÃO vota nem apoia nem chancela Marina Silva.

Em linguagem política contemporânea, poderíamos dizer que Ruffalo “marinou”.

Só que a gente o perdoa, porque ele não tem pretensão de ser presidente da república de um país com 201 milhões de habitantes.

O ator foi enganado, assim como milhões de brasileiros, achando que Marina era progressista.

Não é.

Marina é a direita de Pastor Malafaia, Marcos Feliciano e Paulo Bornhausen.

Marina é o Itaú.


Destaques do ABC!

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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Mídia Golpista esconde: Brasil é a 5a. nação mais feliz do mundo


MÍDIA GOLPISTA NAS ELEIÇÕES 2014


"Quando, onde, em que lugar, alguém tirou 40 milhões de pessoas da miséria?"


Pesquisa americana confirma: Brasil é a quinta nação mais próspera do mundo!


A prosperidade tem nome e ela se chama Brasil. Isso é o que confirma a pesquisa divulgada em Washington (USA) na semana passada, pela Gallup-Healthways Global Well-Being Index(link is external). O estudo, que é uma extensão de várias outras pesquisas realizadas durante seis anos com 2 milhões de entrevistados, mostra que o nosso país se encontra entre os cinco mais prósperos do mundo, ficando atrás apenas do Panamá (1º), Costa Rica (2º), Dinamarca (3º) e Áustria (4º). Os critérios usados para a avaliação foram: motivação diária, inserção social e saúde física. Além disso, outros pontos também foram levantados: bem estar financeiro, bem estar comunitário e bem estar físico.
E ainda tem mais um aspecto importante a ser destacado: a pesquisa indica que a população dos países latino americanos tem uma cultura de prática do pensamento positivo, tornando o encontro com a felicidade algo a ser buscado diariamente. 
Nesta quarta-feira (24), durante a reunião da Cúpula do Clima realizada em Nova Iorque pela Organização das Nações Unidas (ONU), Dilma foi questionada pelos jornalistas sobre o fato de estar 'tão feliz'. Ela respondeu: "Meu querido, eu sou uma pessoa sempre alegre porque acho que senão não vale a pena viver. Vale? Beijo".
Com o Brasil mostrando que é sim a nação do futuro e que tem muito a transmitir ao mundo inteiro, ser feliz também chega a ser mesmo um caso de responsabilidade pública, não é? E nossa presidenta tem motivos para comemorar, ser feliz e se orgulhar. Afinal, como bem lembrou o escritor e jornalista Fernando Morais: "Quando foi que alguém tirou 40 milhões de pessoas da miséria numa revolução pacífica?". Dilma participou dessa conquista, que foi iniciada pelo governo do ex-presidente Lula em 2003 e aprofundada por ela desde 2011.
Destaques do ABC!
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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Dilma na ONU: firmeza e altivez do Brasil no cenário internacional




                                                                         Foto: Roberto Stuckert Filho/PR



DISCURSO DA PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF, HOJE DE MANHÃ, EM NOVA YORK, NA ABERTURA DA 69a. ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS



Embaixador Sam Kutesa, Presidente da 69a. Assembleia Geral das Nações Unidas,

Senhor Ban Ki-moon, Secretário-Geral das Nações Unidas,

Excelentíssimos Senhores e Senhoras Chefes de Estado e de Governo,

Senhoras e Senhores,



Para o Brasil – que tem a honra e o privilégio de abrir este debate – é grande a satisfação de ver na Presidência desta Sessão da Assembleia Geral um filho da África. Os brasileiros somos ligados por laços históricos, culturais e de amizade ao continente africano, cuja contribuição foi e é decisiva para a constituição da identidade nacional de meu país.

Senhor Presidente,

Abro este Debate Geral às vésperas de eleições que vão escolher, no Brasil, o Presidente da República, os Governos estaduais e grande parte de nosso Poder Legislativo. Essas eleições são a celebração de uma democracia que conquistamos há quase trinta anos, depois de duas décadas de governos ditatoriais. Com ela muito avançamos também na estabilização econômica do País.

Nos últimos doze anos, em particular, acrescentamos a essas conquistas a construção de uma sociedade inclusiva baseada na igualdade de oportunidades.

A Grande Transformação em que estamos empenhados produziu uma economia moderna e uma sociedade mais igualitária. Exigiu, ao mesmo tempo, forte participação popular, respeito aos Direitos Humanos e uma visão sustentável de nosso desenvolvimento.

Exigiu, finalmente, uma ação na cena global marcada pelo multilateralismo, pelo respeito ao Direito Internacional, pela busca da paz e pela prática da solidariedade.

Senhor Presidente,

Há poucos dias a FAO informou que o Brasil saiu do mapa da fome.

Essa mudança foi resultado de uma política econômica que criou 21 milhões de empregos, valorizou o salário básico, aumentando em 71% seu poder de compra. Com isso, reduziu a desigualdade.

Trinta e seis milhões de brasileiros deixaram a miséria desde 2003; 22 milhões somente em meu governo. Para esse resultado contribuíram também políticas sociais e de transferência de renda reunidas no Plano Brasil Sem Miséria.

Na área da saúde, logramos atingir a meta de redução da mortalidade infantil, antes do prazo estabelecido pelas Metas do Milênio.

Universalizamos o acesso ao ensino fundamental. Perseguimos o mesmo objetivo no ensino médio. Estamos empenhados em aumentar sua qualidade, melhorando os currículos e valorizando o professor.

O ensino técnico avançou com a criação de centenas de novas escolas e a formação e qualificação tecno-profissional de 8 milhões de jovens, nos últimos 4 anos.

​Houve uma expansão sem precedentes da educação superior: novas Universidades Públicas e mais de 3 milhões de alunos contemplados com bolsas e financiamentos que garantem acesso a universidades privadas.

Ações afirmativas permitiram o ingresso massivo de estudantes pobres, negros e indígenas na Universidade.

Finalmente, os desafios de construção de uma sociedade do conhecimento ensejaram a criação do Programa Ciência sem Fronteiras, pelo qual mais de 100 mil estudantes de graduação e pós-graduação são enviados às melhores universidades do mundo.

Por iniciativa presidencial, o Congresso Nacional aprovou lei que destina 75% dos royalties e 50% do fundo de recursos do PRÉ-SAL para a educação e 25% para a saúde.

Vamos transformar recursos finitos – como o petróleo e o gás - em algo perene: educação, conhecimento científico e tecnológico e inovação. Esse será nosso passaporte para o futuro.

Senhor Presidente,

Não descuramos da solidez fiscal e da estabilidade monetária e protegemos o Brasil frente à volatilidade externa.

Assim, soubemos dar respostas à grande crise econômica mundial, deflagrada em 2008. Crise do sistema financeiro internacional, iniciada após a quebra do Lehman Brothers e, em seguida, transformada, em muitos países, em crise de dívidas soberanas.

Resistimos às suas piores consequências: o desemprego, a redução de salários, a perda de direitos sociais e a paralisia do investimento.

Continuamos a distribuir renda, estimulando o crescimento e o emprego, mantendo investimentos em infra estrutura.

O Brasil saltou da 13ª para 7ª maior economia do mundo e a renda per capita mais que triplicou. A desigualdade caiu.

Se em 2002, mais da metade dos brasileiros era pobre ou muito pobre, hoje 3 em cada 4 brasileiros integram a classe média e os extratos superiores.


No período da crise, enquanto o mundo desempregava centena de milhões de trabalhadores, o Brasil gerou 12 milhões de empregos formais.

Além disso, nos consolidamos como um dos principais destinos de investimentos externos.

Retomamos o investimento em infra estrutura numa forte parceria com o setor privado.

Todos esses ganhos decorrem do ambiente de solidez fiscal. Reduzimos a dívida pública líquida de aproximadamente 60% para 35% do PIB.

A dívida externa bruta em relação ao PIB caiu de 42% para 14%.

As reservas internacionais foram multiplicadas por 10 e, assim, nos tornamos credores internacionais.

A taxa de inflação anual também tem se situado nos limites da banda de variação mínima e máxima fixada pelo sistema de metas em vigor no País.


Senhor Presidente,

Ainda que tenhamos conseguido resistir às consequências mais danosas da crise global, ela também atingiu, de forma mais aguda, nos últimos anos.

Tal fato decorre da persistência, em todas as regiões do mundo, de consideráveis dificuldades econômicas, que impactam negativamente nosso crescimento.

Reitero o que disse, no ano passado, na abertura do Debate Geral:

É indispensável e urgente retomar o dinamismo da economia global. Ela deve funcionar como instrumento de indução do investimento, do comércio internacional e da diminuição das desigualdades entre países.

No que se refere ao comércio internacional, impõe-se um compromisso de todos com um programa de trabalho para a conclusão da Rodada de Doha.

É imperioso também, Senhor Presidente, por fim ao descompasso entre a crescente importância dos países em desenvolvimento na economia mundial e sua insuficiente participação nos processos decisórios das instituições financeiras internacionais, como o FMI e o Banco Mundial. É inaceitável a demora na ampliação do poder de voto dos países em desenvolvimento nessas instituições.

O risco que estas instituições correm é perder sua legitimidade e eficiência.

Senhor Presidente,

Com grande satisfação o Brasil abrigou a VI Cúpula dos BRICS. Recebemos os líderes da China, da Índia, da Rússia e da África do Sul num encontro fraterno, proveitoso, que aponta para importantes perspectivas para o futuro.

Assinamos os acordos de constituição do Novo Banco de Desenvolvimento e do Arranjo Contingente de Reservas.

O Banco atenderá às necessidades de financiamento de infra estrutura dos BRICS e dos países em desenvolvimento.

O Arranjo Contingente de Reservas protegerá os países de volatilidades financeiras.

Cada instrumento terá um aporte de US$ 100 bilhões.

Senhor Presidente,

A atual geração de líderes mundiais – a nossa geração – tem sido chamada a enfrentar também importantes desafios vinculados aos temas da paz, da segurança coletiva e do meio ambiente.

Não temos sido capazes de resolver velhos contenciosos nem de impedir novas ameaças.

O uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas dos conflitos. Isso está claro na persistência da Questão Palestina; no massacre sistemático do povo sírio; na trágica desestruturação nacional do Iraque; na grave insegurança na Líbia; nos conflitos no Sahel e nos embates na Ucrânia.


A cada intervenção militar não caminhamos para a Paz, mas, sim, assistimos ao acirramento desses conflitos.

Verifica-se uma trágica multiplicação do número de vítimas civis e de dramas humanitários. Não podemos aceitar que essas manifestações de barbárie recrudesçam, ferindo nossos valores éticos, morais e civilizatórios.

Tampouco podemos ficar indiferentes ao alastramento do vírus Ebóla no oeste da África. Nesse sentido, apoiamos a proposta do Secretário-Geral de estabelecer a Missão das Nações Unidas de Resposta Emergencial ao Ebóla.

Senhor Presidente,

O Conselho de Segurança tem encontrado dificuldade em promover a solução pacífica desses conflitos. Para vencer esses impasses será necessária uma verdadeira reforma do Conselho de Segurança, processo que se arrasta há muito tempo.

Os 70 anos das Nações Unidas, em 2015, devem ser a ocasião propícia para o avanço que a situação requer. Estou certa de que todos entendemos os graves riscos da paralisia e da inação do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Um Conselho mais representativo e mais legítimo poderá ser também mais eficaz.

Gostaria de reiterar que não podemos permanecer indiferentes à crise Israel-Palestina, sobretudo depois dos dramáticos acontecimentos na Faixa de Gaza. Condenamos o uso desproporcional da força, vitimando fortemente a população civil, especialmente mulheres e crianças.

Esse conflito deve ser solucionado e não precariamente administrado, como vem sendo. Negociações efetivas entre as partes têm de conduzir à solução de dois Estados – Palestina e Israel – vivendo lado a lado e em segurança, dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas.

Em meio a tantas situações de conflito, a América Latina e o Caribe buscam enfrentar o principal problema que nos marcou, por séculos – a desigualdade social.

Fortalecem-se as raízes democráticas e firma-se a busca de um crescimento econômico mais justo, inclusivo e sustentável. Avançam os esforços de integração, por meio do Mercosul, da UNASUL e da CELAC.

Senhor Presidente,

A mudança do clima é um dos grandes desafios da atualidade. Necessitamos, para vencê-la, sentido de urgência, coragem política e o entendimento de que cada um deverá contribuir segundo os princípios da equidade e das responsabilidades comuns, porém, diferenciadas.

A Cúpula do Clima, convocada em boa hora pelo Secretário-Geral, fortalece as negociações no âmbito da Convenção-Quadro.

O Governo brasileiro se empenhará para que o resultado das negociações leve a um novo acordo equilibrado, justo e eficaz.

O Brasil tem feito a sua parte para enfrentar a mudança do clima.

Comprometemo-nos, na Conferência de Copenhague, com uma redução voluntária das nossas emissões de 36% a 39%, na projeção até 2020.

Entre 2010 e 2013, deixamos de lançar na atmosfera, a cada ano, em média, 650 milhões de toneladas de dióxido de carbono.

Alcançamos em todos esses anos as 4 menores taxas de desmatamento da nossa história.

Nos últimos 10 anos, reduzimos o desmatamento em 79%, sem renunciar ao desenvolvimento econômico nem à inclusão social.


Mostramos, que é possível crescer, incluir, conservar e proteger. Uma conquista como essa resulta do empenho – firme e contínuo – do Governo, da sociedade e de agentes públicos e privados.

Esperamos que os países desenvolvidos – que têm a obrigação não só legal, mas também política, de liderar, pelo exemplo, demonstrem de modo inequívoco e concreto seu compromisso de combater esse mal que aflige a todos.

Na Rio+20 tivemos a grande satisfação de definir uma nova agenda, baseada em Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), aplicáveis tanto a países desenvolvidos, quanto aos em desenvolvimento.

Será crucial definirmos meios de implementação que correspondam à magnitude das dificuldades que nos comprometemos a superar. Precisamos ser ambiciosos em matéria de financiamento, cooperação, construção de capacidades nacionais e transferência de tecnologias, sobretudo em favor dos países menos desenvolvidos.

Destaco, nesse contexto, a necessidade de estabelecer um mecanismo para o desenvolvimento, a transferência e a disseminação de tecnologias limpas e ambientalmente sustentáveis.

Senhor Presidente,

Ao lado do desenvolvimento sustentável e da paz, a ordem internacional que buscamos construir funda-se em valores.

Entre eles, destacam-se o combate a todo o tipo de discriminação e exclusão.

Temos um compromisso claro com a valorização da mulher no mundo do trabalho, nas profissões liberais, no empreendedorismo, na atividade política, no acesso à educação, entre outros. O meu governo combate incansavelmente a violência contra a mulher em todas as suas formas. Consideramos o século 21 o século das mulheres.

Da mesma maneira, a promoção da igualdade racial é o resgate no Brasil dos séculos de escravidão a que foram submetidos os afro brasileiros, hoje mais da metade de nossa população.

Devemos a eles um inestimável legado permanente de riquezas e valores culturais, religiosos e humanos. Para nós, a miscigenação é um fator de orgulho.

O racismo, mais que um crime inafiançável, é uma mancha que não hesitamos em combater, punir e erradicar.

O mesmo empenho que temos em combater a violência contra as mulheres e os afro brasileiros temos também contra a homofobia. A suprema corte do meu País reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo, assegurando-lhes todos os direitos civis daí decorrentes.

Acreditamos firmemente na dignidade de todo ser humano e na universalidade de seus direitos fundamentais. Estes devem ser protegidos de toda seletividade e de toda politização.

Outro valor fundamental é o respeito à coisa pública e o combate sem tréguas à corrupção.

A história mostra que só existe uma maneira correta e eficiente de combater a corrupção: o fim da impunidade com o fortalecimento das instituições que fiscalizam, investigam e punem atos de corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros.

Essa é uma responsabilidade de cada governo. Responsabilidade que nós assumimos ao fortalecer nossas instituições.

Construímos o Portal Governamental da Transparência, que assegura, ao cidadão, acessar os gastos governamentais, em 24 horas.

Aprovamos a lei de acesso à informação que permite ao cidadão brasileiro o acesso a qualquer informação do governo, exceto aquelas relativas à soberania do País.

Fortalecemos e demos autonomia aos órgãos que investigam e também ao que faz o controle interno do governo.

Criamos leis que punem tanto o corrupto, como o corruptor.

O fortalecimento de tais instituições é essencial para o aprimoramento de uma governança aberta e democrática.

A recente reeleição do Brasil para o Comitê Executivo da “Parceria para o Governo Aberto” vai nos permitir contribuir para governos mais transparentes no plano mundial.

Senhor Presidente,

É indispensável tomar medidas que protejam eficazmente os direitos humanos tanto no mundo real como no mundo virtual, como preconiza resolução desta Assembleia sobre a privacidade na era digital.

O Brasil e a Alemanha provocaram essa importante discussão em 2013 e queremos aprofundá-la nesta Sessão. Servirá de base para a avaliação do tema o relatório elaborado pela Alta Comissária de Direitos Humanos.

Em setembro de 2013, propus aqui a criação de um marco civil para a governança e o uso da Internet com base nos princípios da liberdade de expressão, da privacidade, da neutralidade da rede e da diversidade cultural.

Noto, com satisfação, que a comunidade internacional tem se mobilizado, desde então, para aprimorar a atual arquitetura de governança da Internet.

Passo importante nesse processo foi a realização, por iniciativa do Brasil, da Reunião Multissetorial Global sobre o Futuro da Governança da Internet – a NETmundial – em São Paulo, em abril deste ano.

O evento reuniu representantes de várias regiões do mundo e de diversos setores. Foram discutidos os princípios a seguir e as ações a empreender para garantir que a Internet continue a evoluir de forma aberta, democrática, livre, multissetorial e multilateral.

Senhor Presidente,

Os Estados-membros e as Nações Unidas têm, hoje, diante de si desafios de grande magnitude.

Estes devem ser as prioridades desta Sessão da Assembleia Geral.

O ano de 2015 desponta como um verdadeiro ponto de inflexão.

Estou certa de que não nos furtaremos a cumprir, com coragem e lucidez, nossas altas responsabilidades na construção de uma ordem internacional alicerçada na promoção da Paz, no desenvolvimento sustentável, na redução da pobreza e da desigualdade.


O Brasil está pronto e plenamente determinado a dar sua contribuição.

Muito obrigada.


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Mídia golpista esconde obras de Dilma


Mas o ABC! e outros blogs e sites progressistas, que servem aos interesses dos cidadãos e não a interesses espúrios, mostram todas as realizações do vigoroso governo da Presidenta Dilma Rousseff.

Veja o vídeo.




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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Brasil 247 e Paulo Moreira Leite desmascaram "escândalo" contra Dilma criado pelo Estadão


MÍDIA GOLPISTA NAS ELEIÇÕES 2014




PML DESMONTA FACTÓIDE CONTRA DILMA E OS CORREIOS


:
Em novo artigo, o jornalista Paulo Moreira Leite critica a "denúncia" feita pelo jornal Estado de S. Paulo sobre a distribuição – paga a preços de mercado, diga-se de passagem – de panfletos da campanha da presidente Dilma Rousseff pelos Correios; "Só na campanha de 2014, os Correios distribuíram 134 000 panfletos eleitorais sem chancela — em Minas Gerais. O cliente foi o PSDB. Os 134 000 panfletos tucanos estão lá, nos registros da entidade. Também foram distribuídos, semanas atrás, 380 000 panfletos (sem chancela) em nome do PMDB de Rondonia", lembra PML; por que então a denúncia, em tom de escândalo, que mereceu uma manchete e um editorial do jornal dos Mesquita? "O que se busca é o efeito eleitoral, enfraquecendo uma candidatura a que a mídia se opõe através da dúvida, da negatividade, porque não consegue combater no terreno das ideias"; leia a íntegra

Leia a matéria completa e o artigo de Paulo Moreira Leite aqui

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domingo, 21 de setembro de 2014

A Mídia Golpista, a Mentira na Política e as Eleições 2014



Por Sônia Amorim*


Eu que acompanho eleições desde criancinha, levada às seções eleitorais por pai operário, janista e de esquerda (tivemos um cachorro chamado Jango!) e mãe claramente de perfil progressista, defensora dos mais frágeis, e nas décadas de 70 e 80, como estudante da USP e Casper Líbero, fui pras ruas no movimento estudantil e nas manifestações públicas, para a derrubada da ditadura militar, e a partir de então nunca mais deixei de estar atenta aos destinos políticos do Brasil e do Povo Brasileiro, estou estarrecida com o esgoto que a mídia obtusa, apátrida, historicamente acumpliciada com o que há de mais tacanho nas elites brasileiras (e nas pseudo elites!) verte diariamente nos jornais, nas revistas, no rádio, na tv e na internet, sem qualquer traço de decoro.

"Aécio declara", "Marina afirma"... e "Dilma ataca". 

Das pequenas coisas, que o leitor/espectador ingênuo ainda não se dá conta, às canalhices inomináveis escancaradas nas manchetes!

Como disse o jornalista e blogueiro Fernando Brito outro dia, só há uma coisa mais bandida que a política brasileira: a mídia.

As eleições mais imundas a que eu já assisti e participei, onde todos os bolsões do conservadorismo e reacionarismo mais patológico estouram publicamente, a céu aberto, numa espécie de golpe odioso contra um Governo do Povo, um Governo Trabalhista, o de Lula e Dilma, o do Partido dos Trabalhadores.

Eles querem o Poder a qualquer preço. O 1%. A chamada "Casa Grande". 

Eles querem o comando do Banco Central e da Política Econômica. Eles querem entregar a preço de banana a Petrobras, como fizeram com a Vale do Rio Doce e outras estatais. Eles querem os juros na estratosfera, o País de cócoras diante do FMI, os aeroportos sem pobres, o Bolsa Família e outros programas sociais na lata de lixo, o Povo Brasileiro rastejante, em troca de migalhas...

Em suas mentes ínfimas, eles acreditam que a História anda para trás e tentam engatar uma "marcha-à-ré", buscando ludibriar o povo com suas manipulações midiáticas grotescas.

Ainda há muito por vir nas próximas semanas. 

Sociopatas, o "repertório de maldades" das elites brasileiras é quase inesgotável.


* Sônia Amorim, editora e escritora paulistana, ex-professora da USP, criadora e editora dos blogs "Abra a Boca, Cidadão!", no ar desde as eleições de outubro de 2010, e do blog "Psicopatas".




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