Como dissémos no post de ontem, a presidenta Dilma Rousseff promoveu um verdadeiro "espancamento simbólico" de rola-bostas da mídia golpista (Azevedo, Cantanhede, Sardenberg, Miriam Leitão e outros "abutres") em seu contundente pronunciamento à nação, quando desmontou todas as imposturas que o "jornalismo de esgoto" vem fabricando sobre o sistema elétrico brasileiro, além de anunciar uma redução maior ainda das tarifas de energia que havia sido anunciada em setembro último.
Houve "choro e ranger de dentes" entre os colunistas. Muitos estão esperneando e praguejando até agora...
A presidenta cansou de ser "saco de pancadas" e partiu pra cima, encarou, "foi pro pau"...
Devastadora.
Essa é a Dilma!
OS CORVOS, DO CONTRA, GRITAM. FICARÃO PARA TRÁS?
De todos, o mais explícito, Reinaldo Azevedo, que fala em "populismo elétrico" e "campanha eleitoral na tomada", mas o time inclui também o jornalista Carlos Alberto Sardenberg, que reclama que as pessoas possam consumir mais, agora que as tarifas vão cair, e a direção dos três principais jornais brasileiros, que noticiaram com uma pitada de ironia e dor de cotovelo a redução da conta de luz
Até que uma mulher, a presidente Dilma Rousseff, decidiu enfrentar essa questão. E não de maneira intervencionista. Valendo-se de uma oportunidade, que era a renovação das concessões de várias usinas do setor elétrico, o governo obteve preços menores pela energia já amortizada pelas concessionárias públicas ou privadas. Resultado: a conta de luz cairá em 18% para as residências e até 32% no setor industrial.
Uma notícia, certamente, de forte impacto popular, para um governo que já desfruta de altos índices de popularidade. No seu discurso de ontem, Dilma falou que a redução valerá até nos estados onde os governantes se recusaram a renovar as concessões – ela mencionava São Paulo, Minas e Paraná, governados pelo PSDB, mas não citou os nomes. E disse que a turma "do contra" estaria ficando para trás.
Pois os corvos, na manhã desta quinta-feira, vestiram a carapuça. Quem gralhou mais alto foi Reinaldo Azevedo, que falou em "populismo elétrico" e "campanha eleitoral" na tomada. "Quem falava era a candidata à reeleição em 2014. Até aí, vá lá. É a sina dos políticos nas democracias; disputar eleições é parte do jogo. O que incomodou foi outra coisa: por que o tom de desafio e, às vezes, de certo rancor? Porque, no petismo — seja o lulista ou o dilmista —, mais importante do que vencer, é a sensação de que o adversário perdeu", escreveu Reinaldo, que – efetivamente – perdeu. Se dependesse da sua vontade, não haveria o pacote para a redução das tarifas.
Outro corvo que se posicionou, em artigo no Globo, foi o jornalista Carlos Alberto Sardenberg. "Pode ser que o governo não tenha uma política, mas apenas alvos. E cada vez que atira em um, acerta no que não devia. Um exemplo da hora: a redução das tarifas de energia vai estimular famílias e empresas a consumir mais, lógico. Isso em um momento em que os reservatórios das hidrelétricas, a energia mais barata, estão em ponto crítico, exigindo o apoio das usinas termoelétricas, mais caras. O processo ainda retira recursos das companhias hidrelétricas, diminuindo sua capacidade de investimento em novas fontes. O pior de tudo é que o Brasil já viu isso nos anos 70 e 80".
Não, na verdade o Brasil nunca viu esse filme: tarifas públicas sendo reduzidas, nessa intensidade, numa negociação aberta, mas liderada pelo governo. Talvez por isso mesmo, mas não sem uma ponta de ironia, o Globo tenha noticiado o caso com um "nunca antes na história deste País". E avisado, como bom corvo, que a queda de luz será compensada pela alta, ainda não confirmada, da gasolina.
Brasil 247
Destaques do ABC!
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