Elas estão por toda a parte: nas empresas, em cargos de chefia, na política, nos ministérios e parlamento, nas universidades, em muitos setores tradicionalmente masculinos. E de uns anos para cá começaram a adentrar também, com ousadia e desembaraço, o submundo: o mundo do crime.
No ano passado eu comecei a tratar deste assunto aqui no blog, pois considero que as violências desferidas contra mim são promovidas por uma quadrilha eminentemente feminina. Pelo menos o lado mais visível do bando é constituído claramente por, pasmem, "mulheres de fino trato", muitas delas "mães de família" e profissionais acima de qualquer suspeita.
Há vários ramos neste bando criminoso que viola meus direitos, vários "núcleos", termo que vem sendo usado pelo Procurador-Geral da República e ministros do Supremo Tribunal Federal no julgamento do Mensalão e dos Mensaleiros, e utilizado também na CPMI que investiga as atividades da organização criminosa comandada pelo bicheiro Carlos Cachoeira.
Como ia dizendo, numa escala em princípio menor, há vários núcleos no esquema criminoso armado para tomar minha casa e me silenciar: o núcleo familiar, fonte dos ilícitos, comandado por uma estelionatária que há 42 anos vem lesando a família Amorim, o núcleo de servidores municipais, o núcleo judiciário, o núcleo dos "apoiadores", que engloba desde "colarinhos brancos" até o estrato mais baixo, a arraia-miúda, mercenários dispostos a agredir, difamar e até matar... e por aí vai.
Esta cidadã, que embora amando o Direito e a Justiça nunca se interessou por Direito Penal, de uns tempos pra cá vem fazendo leituras na área da criminologia, para se defender desses delinquentes e para tentar entender o que se passa nas mentes criminosas, o que leva, por exemplo, uma professora do ensino público, mãe de família e avó, beirando os sessenta anos, o que leva tal figura a se dedicar de corpo e alma ao crime, transformando filhos, vizinhos e conhecidos em verdadeira quadrilha...
Lembram-se da Viúva Negra? Pois é. Então. Voltaremos a falar nela e em outras viúvas e não viúvas, mulheres, que com muita ousadia e descaramento, sem qualquer escrúpulo, vêm dedicando suas vidas a roubar, lesar, fraudar, mentir, difamar, sequestrar... e até assassinar, se preciso for, na sua escalada bestial e enfurecida para subir na vida a qualquer custo.
Rio: ritmo de prisões de mulheres supera o de homens
Em cinco anos, população feminina cresceu 66% contra alta de 40% da masculina
Marcelo Bastos, R7
Alexandre Brum/Agência O Dia
Não é apenas no mercado de trabalho que a participação feminina vem aumentando. No mundo do crime, a presença das mulheres é tão grande que, nos últimos cinco anos, a população carcerária feminina cresceu mais do que a dos homens. O total de mulheres detidas nos presídios do Estado do Rio aumentou 66% nos últimos cinco anos, segundo a Seap (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária). Já o aumento da população masculina nas cadeias cresceu 40% entre 2007 e este ano.
A quantidade de mulheres presas no Estado era de 1.071 em dezembro de 2007. Em agosto deste ano, chegou a 1.776 detentas. Já o número de homens presos passou de 21.363 para 30.068 no mesmo período.
A maioria das mulheres presas responde por tráfico de drogas, segundo o defensor público Felipe Almeida, coordenador do Nuspen (Núcleo do Sistema Penitenciário), da Defensoria Pública do Rio de Janeiro. Mais de 90% das presas condenadas, distribuídas em quatro unidades, são assistidas por defensores públicos.
— Há uma quantidade grande de mulheres que são presas tentando entrar com drogas nos presídios, seduzidas pelos criminosos presos. A maioria não tem perfil violento e se envolve com traficantes do lado de fora. Uma parte considerável também tem participação em crimes de roubo.
A quantidade de mulheres presas no Estado era de 1.071 em dezembro de 2007. Em agosto deste ano, chegou a 1.776 detentas. Já o número de homens presos passou de 21.363 para 30.068 no mesmo período.
A maioria das mulheres presas responde por tráfico de drogas, segundo o defensor público Felipe Almeida, coordenador do Nuspen (Núcleo do Sistema Penitenciário), da Defensoria Pública do Rio de Janeiro. Mais de 90% das presas condenadas, distribuídas em quatro unidades, são assistidas por defensores públicos.
— Há uma quantidade grande de mulheres que são presas tentando entrar com drogas nos presídios, seduzidas pelos criminosos presos. A maioria não tem perfil violento e se envolve com traficantes do lado de fora. Uma parte considerável também tem participação em crimes de roubo.
De acordo com Almeida, com a implantação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), as quadrilhas passaram a usar mulheres e crianças, que geralmente não despertam a desconfiança da polícia. Ao mesmo tempo, o policiamento comunitário contribui para o aumento das prisões, na avaliação do defensor.
Dados do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), subordinado ao Ministério da Justiça, referentes a dezembro passado, revelam que, a exemplo do que acontece com os homens, a quantidade de mulheres presas no Rio já é maior do que a capacidade das unidades prisionais destinadas a elas. A população excedente chegava a 14,2% do total de detentas.
Na comparação com total de presos excedentes de todo o Brasil, o índice do Rio é considerado baixo. No País, em 2011, havia 20.231 vagas para mulheres em penitenciárias e 29.347 presas - excedente de 45%. Com relação aos homens, o efetivo que está acima da capacidade chega a 54% (155.641).
Perfil das presas no RJ
Em 2011, 51% delas (913) tinham ensino fundamental incompleto e apenas 22 chegaram a se formar em universidades. Quanto ao tempo de pena, a maior parte teve condenação entre quatro e oito anos.
As características são parecidas com as dos homens, mas há diferença quando o assunto é faixa etária. Entre os detentos, 30,8% tinham entre 18 e 24 anos, enquanto entre elas a maioria é mais velha - 25,3% têm entre 35 e 45 anos.
Do total de presas, 36,4% cumprem pena em regime fechado, 17% em semiaberto e só 1,2% em regime aberto. Das 1.786 detentas no sistema penitenciário, em dezembro passado, 29 eram estrangeiras, entre elas, 16 africanas, das quais oito angolanas, a maioria presa por tráfico internacional de drogas.
Ex-coordenadora do Setor de Inteligência da Polícia Civil e ex-deputada federal, Marina Maggessi diz que as mulheres têm características que as ajudam na hora de praticar crimes. Ela chama a atenção para o poder de sedução da mulher.
— As mulheres são audaciosas. Elas são sempre subestimadas no mundo do crime. Todo mundo olha e diz: "Ah, é uma mulher". Aquela Ivone, do assalto na Tijuca, estava enganando os policiais até sacar a arma. A beleza também é um fator fundamental.
Dados do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), subordinado ao Ministério da Justiça, referentes a dezembro passado, revelam que, a exemplo do que acontece com os homens, a quantidade de mulheres presas no Rio já é maior do que a capacidade das unidades prisionais destinadas a elas. A população excedente chegava a 14,2% do total de detentas.
Na comparação com total de presos excedentes de todo o Brasil, o índice do Rio é considerado baixo. No País, em 2011, havia 20.231 vagas para mulheres em penitenciárias e 29.347 presas - excedente de 45%. Com relação aos homens, o efetivo que está acima da capacidade chega a 54% (155.641).
Perfil das presas no RJ
Em 2011, 51% delas (913) tinham ensino fundamental incompleto e apenas 22 chegaram a se formar em universidades. Quanto ao tempo de pena, a maior parte teve condenação entre quatro e oito anos.
As características são parecidas com as dos homens, mas há diferença quando o assunto é faixa etária. Entre os detentos, 30,8% tinham entre 18 e 24 anos, enquanto entre elas a maioria é mais velha - 25,3% têm entre 35 e 45 anos.
Do total de presas, 36,4% cumprem pena em regime fechado, 17% em semiaberto e só 1,2% em regime aberto. Das 1.786 detentas no sistema penitenciário, em dezembro passado, 29 eram estrangeiras, entre elas, 16 africanas, das quais oito angolanas, a maioria presa por tráfico internacional de drogas.
Ex-coordenadora do Setor de Inteligência da Polícia Civil e ex-deputada federal, Marina Maggessi diz que as mulheres têm características que as ajudam na hora de praticar crimes. Ela chama a atenção para o poder de sedução da mulher.
— As mulheres são audaciosas. Elas são sempre subestimadas no mundo do crime. Todo mundo olha e diz: "Ah, é uma mulher". Aquela Ivone, do assalto na Tijuca, estava enganando os policiais até sacar a arma. A beleza também é um fator fundamental.
R7
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