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quinta-feira, 15 de março de 2012

SP: Por que familiares querem a casa da Blogueira?



Com a palavra, os ditos familiares. O Abra a Boca, Cidadão! é veículo de comunicação da Blogueira, expressa suas opiniões, mas a qualquer momento, democraticamente, abrirá espaço para que o "outro lado" se manifeste: familiares, advogadas, magistrada, servidores públicos e outros apoiadores. O ABC! só não publicará comentários anônimos, escritos por "línguas-de-aluguel".


Como contei pra vocês no post de segunda-feira, 12, eu processo no Fórum Penha de França a senhora Roseli Velucci e seus filhos, Geraldo José de Amorim Jr., Adriana de Amorim Prudente e Ana Paula de Amorim Gonçalves, numa Ação de Obrigação de Fazer, pois sou impedida por eles de dispor livremente de imóvel a mim legado por meus pais.


                            Casas adquiridas pelos pais da Blogueira  em 1972.
                     Imagem: Google Maps.


Em 1972, meu pai José e minha mãe Geralda adquiriram, sem qualquer ajuda financeira dos filhos, o imóvel acima, constituído por duas casas independentes, em dois lotes, um ao lado do outro, no pequeno e pacato bairro de Engenheiro Goulart, Penha, zona leste da cidade de São Paulo.


Com o falecimento de meus pais em 1996, descobrimos, eu e meu irmão Geraldo, na época casado com a Dona Roseli e morador na casa amarela, descobrimos que havia uma documentação única para as duas casas e que seria preciso regularizar uma construção clandestina (sobrado) que ele fizera no fundo da casa dele para conseguirmos a separação (desmembramento) dos imóveis.


Tecnicamente isso era algo até simples, mas meu irmão e esposa, sabe-se lá por que, não concordaram com a solução pacífica da questão, cruzando os braços e se recusando a regularizar. Não tive alternativa: denunciei a construção ilegal, obrigando-os a dar início a processo de regularização na Subprefeitura da Penha.


Em 2005, com o agravamento do estado de saúde de meu irmão, acometido por um câncer, ele concordou em celebrar comigo um Contrato de Divisão Amigável de Imóvel. Eu mesma redigi o contrato, com a supervisão de uma advogada amiga. Ele tem cláusulas muito claras, como podem ver a seguir:


               Partes contratantes: Sonia, a Blogueira, seu irmão Geraldo e
                    a Dona Roseli, cônjuge do sr. Geraldo.


   A cada um o que é seu por direito: a casa de Sonia para Sonia, a de Geraldo  para Geraldo e família, como determinaram os pais da Blogueira. 


                Cláusula importantíssima: cada parte aceita sua parte e não 
            "crescerá o olho" e tentará tomar a parte do outro... 


                Assinaturas das partes contratantes: Blogueira e seu irmão.


                     Assinatura da cônjuge, Dona Roseli, e testemunhas.


Bom, acho que vocês, que são muito mais espertos que eu, a esta altura já "sentiram o drama" e imaginam o que aconteceu, não é?


O irmão da Blogueira faleceu e a Dona Roseli e filhos, herdeiros e sucessores, simplesmente resolveram complicar a vida desta que vos fala e não honraram o contrato assinado, abandonaram o processo de regularização que estava em andamento na Subprefeitura Penha, que foi arquivado, e a Blogueira foi obrigada a ir bater às portas da (In) Justiça...


Absurdo dos absurdos: a Blogueira precisou recorrer ao Judiciário para que a construção ilegal feita pelos familiares seja regularizada, para que os imóveis sejam então desmembrados e para que ela, Blogueira, possa dispor livremente daquilo que é seu, que lhe foi dado por seus pais. Por isso a Blogueira processa seus familiares. Não porque é "má" ou porque "não gosta da família", como eles adoram espalhar por aí, mas por que HÁ 14 ANOS ESTÁ SENDO IMPEDIDA DE DISPOR DO QUE É SEU!


A alma humana é verdadeiramente insondável. Não sabemos o que se esconde em seus meandros mais recônditos. 

O que pode explicar tamanha ignorância por parte dos familiares da Blogueira, todos adultos, maiores de 35 anos, de nível universitário e família constituída? O que pode justificar comportamento tão irracional? 


Como declarou "sabiamente" nos autos do processo a advogada dos familiares, "Dinheiro não dá em árvore". Quanta argúcia e sapiência! E como dinheiro não dá em árvore, é preciso ganhá-lo. Ou, na pior das hipóteses, quem sabe, tomá-lo à força, quando a outra parte está sozinha e fragilizada...


Dona Roseli e filhos não têm direito a 1 milímetro sequer do imóvel da Blogueira, e obrigam a Blogueira a mobilizar todo o aparato do Poder Judiciário Brasileiro (fórum, tribunais, magistrados, serventuários da Justiça, cartórios etc. etc.), anos e anos, para que possa ter de volta o que lhe foi tirado e para que seu DIREITO À PROPRIEDADE, direito humano fundamental, violado pelos familiares, seja reconhecido e reparado. Dentro da LEI.


Ah, antes que me esqueça: este post poderia se chamar, também, Pequeno Ensaio sobre a Mesquinhez Humana...
*

2 comentários:

  1. Um absurdo!!! É incrível a capacidade do ser humano e ser tão pequeno, tão mesquinho. De ter cara para sair na rua após atitudes como estas, de tirar de alguém algo que lhe é de direito. A justiça nesse país se vende muito fácil. É absurdo saber que casos como este existem. Desejo sorte e que um anjo abeçoado ilumine a cabeça de quem é devido e consiga resolver sua situação.

    Abraços!

    Sher.

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  2. É um absurdo sem tamanho, mesmo! Na maior cidade do País, essa gentalha acha que pode tudo, só porque está numa situação financeira favorável, aliás, graças a meus pais. O Poder Judiciário infelizmente inclui Bandidagem Togada, Banda Podre, criminosos sob as togas... Continuarei lutando onde houver espaço para denúncias. Muito obrigada pela indignação e palavras de apoio. Abraços também!

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