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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Por que querem calar Eliana Calmon?



E aqui fica uma promessa (...) de quem jurou cumprir a Constituição e as Leis da República:


Eu não os decepcionarei, brasileiros !


Eu não os decepcionarei, baianos !


Estou atenta para as minhas responsabilidades e os meus deveres constitucionais, para que um dia eu possa dizer:


NUNCA MAIS, NUNCA MAIS o Despotismo regerá a nossa nação ! 


                             Eliana Calmon, Corregedora Nacional de Justiça




Indecoroso Poder Judiciário. Desavergonhado. Um ultraje à cidadania. Leiam abaixo.


Todos os dias as mazelas explodem aqui e ali. R$ 500 mil pra um, R$ 1 milhão pra outro... Uma farra total. A rataria diante de um queijo enorme e apetitoso. E o melhor de tudo: desprotegido, desguarnecido. A lambança sem testemunhas. Na calada da noite. Nas sombras...


E são estes "bandidos e bandidas de toga" que se atrevem a nos julgar, do alto da sua ladroagem. São estes "bandidos e bandidas de toga", a fina flor da criminalidade, que têm a desfaçatez, o descaramento, de decidir nossas vidas, proferindo despachos e sentenças que afetam nossos destinos. No caso das perseguições a esta blogueira, três. Mulheres. Dando respaldo a família-quadrilha e advocacia de esgoto.


Era assim que o Brasil vivia até setembro de 2011, quando a Grande Mulher da Justiça desembainhou sua espada, partiu pra cima da gatunagem togada e começou a abrir a caixa-preta do Judiciário. Que precisa ser aberta e escancarada.


Como disse a ministra-corregedora, "Acima do Poder Judiciário existe uma coisa que se chama Povo Brasileiro".


2012 está apenas começando. Muita água ainda vai rolar por debaixo da ponte...


MP denuncia juízes que venderam sala de associação para pagar suas dívidas


Magistrados colocaram à venda por R$ 115 mil, sem autorização, sala comercial da Associação de Juízes Federais em Brasília para pagar empréstimos deles próprios; procurador pede perda de cargo

Fausto Macedo

O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília denunciou criminalmente, por apropriação indébita, os juízes federais Moacir Ferreira Ramos e Solange Salgado da Silva Ramos de Vasconcelos - ex-presidentes da Associação dos Juízes Federais da 1.ª Região (Ajufer), entidade que reúne magistrados do Distrito Federal e de 13 Estados.

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Fachada do Edifício Business Point, em Brasília, onde fica o imóvel da Ajufer

Beto Barata/AE

Ramos (presidente da associação entre 2008-2010) e Solange (presidente por dois mandatos, de 2002 a 2006) são acusados de terem vendido, em fevereiro de 2010, sem autorização de assembleia da Ajufer, a única sala comercial da entidade, no edifício Business Point, Setor de Autarquias Sul, em Brasília. O dinheiro da venda, R$ 115 mil, segundo o MPF, foi usado para abater dívidas de empréstimos que os dois magistrados tinham com a Fundação Habitacional do Exército (FHE/Poupex).



Ramos é autor de representação criminal no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a ministra Eliana Calmon, corregedora nacional da Justiça, que o afastou liminarmente da função em novembro de 2010.


O ministro Marco Aurélio Mello [aquele! o primo do Collor...], do STF, cassou a decisão de Calmon, mas, por maioria de votos, os desembargadores do TRF-1 restabeleceram a ordem de afastamento do juiz Moacir Ramos. A juíza Solange continua exercendo suas funções.


Em outra acusação, o Ministério Público Federal atribui crime de receptação a um terceiro juiz federal, Charles Renaud Frazão de Moraes, que também presidiu a Ajufer.


Perda do cargo. A denúncia criminal, protocolada em dezembro, é subscrita pelo chefe da Procuradoria Regional da República-1, Juliano Villa-Verde de Carvalho. Em dez páginas, ele descreve a ação dos juízes Moacir Ramos e Solange e requer a condenação de ambos inclusive à perda do cargo de juiz federal.


O procurador pediu, preliminarmente, o deslocamento do processo ao STF, alegando impedimento da maioria dos desembargadores do TRF-1, já que 17 deles são associados à Ajufer "e, portanto, direta ou indiretamente interessados na causa". O TRF-1 deve decidir no início de fevereiro se recebe a denúncia ou se remete os autos ao Supremo.


"Da documentação trazida percebe-se que foram os próprios denunciados, à revelia da assembleia geral de associados e sem mesmo sequer obter autorização expressa da diretoria executiva, que deliberaram pela venda do único imóvel de propriedade da Ajufer", assinala o procurador Juliano Villa-Verde.


Segundo a denúncia, os magistrados "infringiram normas estatutárias da entidade, o que revela a intensidade do dolo com que se houveram, premeditadamente, criando a disponibilidade financeira à custa do patrimônio da entidade, na intenção de se apropriar de recursos que passariam a deter em nome do ente jurídico".


O procurador destaca que o imóvel foi negociado a um valor muito reduzido. Avalia que a venda poderia chegar a R$ 350 mil. "O que se verifica é que a pressa em alienar o bem, para dar destino ilícito no produto do negócio, foi o que justificou sua venda por preço inferior ao de mercado."


Fraude em empréstimos. Relatório do corregedor do TRF-1, desembargador Cândido Ribeiro, aponta contratos de empréstimos supostamente fraudulentos, entre 2000 a 2009, contra 182 juízes federais. Ele propôs abertura de Processo Administrativo Disciplinar contra eles.


Solange afirmou nos autos que as despesas cotidianas da Ajufer eram reunidas para o pagamento semanal e/ou mensal e quitadas diretamente na agência da Caixa Econômica Federal, mediante a emissão de um único cheque com o valor total, e que tal procedimento tinha por objetivo dar maior praticidade.


Mas o desembargador Cândido Ribeiro anotou em seu voto: "A relação dos 21 cheques assinados pela referida magistrada (Solange) para o seu sobrinho, totalizando R$ 491.673,89, não aponta para pagamento de despesas cotidianas da Ajufer".


A Ajufer é alvo de ação de cobrança da Fundação Habitacional do Exército, que alega ser credora de R$ 21 milhões. "Conseguimos suspender a ação de cobrança e identificar todos os que retiraram os empréstimos, por volta de 40 juízes, e também identificar cerca de 180 em cujos nomes foram feitos contratos fraudulentos", declarou o atual presidente da associação, Roberto Carvalho Veloso. "A própria fundação não sabia que estava sendo fraudada."


Estadão Online


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