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domingo, 27 de março de 2011

Hora do Planeta no Brasil e no Mundo - Nordeste e Ásia

Depois do 1 minuto inicial de silêncio em respeito às milhares de vítimas dos recentes desastres naturais no planeta, como o terremoto e o tsunami no Japão e as catástrofes provocadas pelas chuvas na região serrana do estado do Rio de Janeiro, mais de um bilhão de cidadãos planetários ativistas apagaram as luzes de suas casas por 60 minutos, entre 20:30 e 21:30 h, hora local. Governos e empresas também participaram do ato simbólico em defesa do planeta, deixando edifícios e monumentos no escuro por uma hora


Milhões de cidadãos planetários celebram a Hora do Planeta pelo mundo

A Hora do Planeta é uma iniciativa mundial da Rede WWF e seus parceiros. Indivíduos, empresas, governos e comunidades estiveram todos mobilizados para desligar suas luzes durante uma hora neste sábado, 26 de março, a partir das 20h30min, para demonstrar seu apoio a ações ambientalmente sustentáveis.

Earth Hour Singapore 2011 (foto: ©WWF / Mabel Lee Singapore Skyline)
Earth Hour Singapore 2011 (foto: ©WWF / Mabel Lee Singapore Skyline)

O evento se originou em Sydney, por uma parceria entre o WWF-Austrália e as empresas australianas Leo Burnett e Fairfax Media, quando 2 milhões de pessoas desligaram as luzes em uma cidade. Em 2010, a Hora do Planeta fez história como a maior ação voluntária já vista, com a participação em 128 países e territórios de todos os continentes, com destaque para algumas das maravilhas naturais e construídas pelo homem. Essa ação ambiental tornou-se uma referência mundial.


Juazeiro do Norte apaga as luzes para ver um mundo melhor e cheio de estrelas


A cidade de Juazeiro do Norte, no estado do Ceará, participa da Hora do Planeta apagando as luzes de seu monumento mais importante: a estátua do Padre Cícero, fundador do município. Em Juazeiro do Norte, as manifestações da Hora do Planeta foram coordenadas pela Estação Astronômica PieGise. Este ano, a Hora do Planeta coincide com as comemorações pelos cem anos de emancipação política do município.

A estátua, construída em 1969 com 27 metros de altura, atrai milhões de religiosos e turistas todos os anos para a cidade, considerada um dos maiores centros de religiosidade popular da América Latina.

Enquanto o monumento estava com as luzes apagadas, a Estação PieGise aproveitou a escuridão para convidar os presentes a observarem o céu, oferecendo três telescópios. “O planeta Saturno e seus anéis, estrelas e nebulosas estarão ao alcance de todos”, escreveu o responsável pela estação, Valmir Martins de Morais.

A estação também organizou uma exposição de 20 painéis com imagens captadas por telescópios e sondas espaciais. Trata-se da exposição “Paisagens Cósmicas, da Terra ao Big Bang” cedida pelo Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo (USP). Os painéis mostram paisagens cósmicas, com galáxias, o sol, a lua e planetas.

Juazeiro do Norte, com cerca de 250 mil habitantes, fica no sul do estado do Ceará, na região Nordeste do Brasil, a 514 km da capital do Estado, Fortaleza, e foi uma das cidades participantes da Hora do Planeta no Brasil.


Hora do Planeta no mundo


Na Índia, a Hora do Planeta quase dobrou de tamanho em relação ao esforço inédito do ano passado, com 47 cidades de 12 estados confirmadas para este evento, em comparação com 27 cidades que participaram em 2010.

“Para a Hora do Planeta 2011, eu prometo não apenas desligar as luzes mas ir além da hora”, disse a conhecida atriz de Bollywood, Vidya Balan. “Cada um de nós tem o poder de fazer a diferença. Nós só precisamos nos conscientizar disso e ser sábios em nossas escolhas. Quando cada um de nós dá passos simples, nossas ações somam no conjunto. Eu apóio a luta contra as mudanças climáticas ao adotar algumas dessas ações. É hora de vocês fazerem o mesmo.”

Balan juntou-se à ministra chefe da Índia, Smt Sheila Dikshit, e junto com elas estavam Jim Leape, diretor geral do WWF-Internacional (secretariado geral da Rede WWF) e Ravi Singh, secretário geral do WWF-Índia, para a cerimônia para desligar as luzes no Portal da Índia em Nova Delhi – embora o monumento continuasse a brilhar à luz de velas, como se os holofotes tivessem amainado. Palash Sen, vocalista da popular banda indiana Euphoria, foi a estrela de uma espetacular noite musical junto ao monumento.

Em Mumbai, as luzes foram apagadas em pontos conhecidos da cidade como a estação Chatrapati Shivaji Terminus, a ponte Bandra Worli Sea Link, o hotel ITC Maratha e o bairro Taj Lands End. O mesmo aconteceu em bairros de setores públicos e privados, onde se encontram organizações como a empresa aérea Air India e os bancos ICICI e HSBC, para mencionar apenas alguns. A cidade de Bangalore também demonstrou seu apoio à Hora do Planeta ao apagar as luzes na rua Brigade Road, no banco ING Vysya, na empresa Infosys e no hotel Crowne Plaza.

“Ao ver o enorme impacto dessa campanha extraordinária, pode-se avaliar o poder da ação individual em prol de um melhor amanhã”, disse Ravi Singh, secretário-geral do WWF-Índia.

Em Colombo, no Sri Lanka, 4 mil pessoas se reuniram fora do campo de cricket para ver a Hora do Planeta, enquanto assistiam à partida semi-final da Copa Mundial – e se alegraram com a vitória do Sri Lanka. Os fãs foram estimulados pelos magnatas da música Bathiya e Santhus.

“Fazemos um apelo aos nossos fãs para que eles juntem a sua voz a esse apelo mundial por ações de combate às mudanças climáticas e juntem-se a nós indo além da hora, para mudar nosso estilo de vida e reduzir nossa pegada ambiental, ajudando a abrir o caminho para um amanhã mais verde”.

Proibir os plásticos, adotar lâmpadas eficientes e plantar árvores no berço de Buda.

O governo do Nepal assumiu um dos maiores compromissos na Hora do Planeta para ir “além da hora” com um empreendimento para dar um basta ao corte de árvores na área de 23 mil metros quadrados de Churiya Range. Essas incríveis colinas são chave como divisor de águas para a rica paisagem de Terai Arc no sul do Nepal – uma área onde o WWF trabalha há muito tempo para melhorar as condições das pessoas e da rica vida silvestre.

As comemorações da Hora do Planeta também acontecerão no local próximo de onde nasceu o nobre Buda, em Lumbini, perto da divisa com a Índia. Os destaques desse evento incluem promessas de instalar lâmpadas fluorescentes compactas em todos os monastérios de Lumbini Gardens e plantar 108 mil árvores lá este ano (um compromisso da Hora do Planeta e do Ano Mundial das Florestas), tendo como meta final 1 milhão de árvores no espaço de 10 anos. O sítio do Patrimônio Mundial também será declarado uma zona sem plástico.

Nas comemorações de Boudhanath Stupa na capital Katmandu, o céu foi iluminado por uma logomarca da Hora do Planeta desenhada com mil velas tradicionais, feitas com manteiga, enquanto em Salil Subedi e EarthBeat a população assistiu a uma apresentação musical de percussão e de um instrumento de sopro conhecido como “didgeridoo”.

Anil Manandhar, representante do WWF-Nepal, afirmou que a “Hora do Planeta não é apenas 60 minutos de solidariedade com o meio ambiente. Este ano, a Hora do Planeta vai além da hora e marca o momento em que cada indivíduo, governo e empresa pode se comprometer com ações ambientalmente sustentáveis para o ano vindouro”.


Mantenham a vida, pede o primeiro-ministro do Paquistão


No Paquistão, Sindh foi declarada uma Província da Hora do Planeta e o prédio da assembléia legislativa ficou às escuras, tendo Karachi liderado a lista de 15 cidades que participaram do evento.

A principal comemoração da Hora do Planeta no Paquistão foi no Túmulo de Qiad-e-Azam, onde foi sepultado Muhammad al-Jinnah e outros heróis fundadores do Paquistão. “Nosso mundo é uma aldeia global, com recursos finitos que precisam ser usados de forma a garantir o bem máximo para o maior número de pessoas” disse o presidente do Paquistão Asif Ali Zardari. O primeiro-ministro Syed Yusuf raza Gilani afirmou que o evento foi feito para mostrar ao mundo o respeito que temos pelo planeta Terra, que permite a vida da humanidade e todos os outros seres vivos.”

A figura lendária do criket paquistanês, Wasim Akram, fez a promessa de parar de usar sacolas de plástico e de aderir à reciclagem e ao reuso, bem como de utilizar sua persona pública para promover e incentivar esse mesmo comportamento em todo o Paquistão e no resto do mundo.

O Irã ficou às escuras pela primeira vez ao apagar as luzes de sua torre mais alta, a Torre Milad, em Teerã, que tem 435 metros de altura. Essa é a primeira participação oficial do país na Hora do Planeta e acontece logo depois das comemorações do 40º aniversário da adesão do país ao primeiro acordo ambiental mundial – a convenção internacional Ramsar, para a proteção de áreas úmidas que são essenciais para as aves migratórias.

A rivalidade foi deixada de lado no Casaquistão, quando a capital Astana e a maior cidade do país, Almaty, foram as primeiras de uma lista de 86 cidades em 10 províncias que participaram da Hora do Planeta nesta república da Ásia Central. O presidente Nursultan Nazarbayez e o primeiro-ministro Karim Massimov, juntamente com os ministros da Proteção Ambiental, Energia e Recursos Minerais, e ainda o da Comunicação e Informação, deram seu apoio a essa iniciativa mundial.


O edifício mais alto do mundo ficou às escuras em Dubai, com o apoio do Empire State Building


A recém concluída Torre do Califa — Burj Kalifa – em Dubai, com 828 metros de altura, é o edifício mais alto do mundo. Ao desligar cerca de meio milhão de lâmpadas, a Burj Kalifa ficou no topo da lista em que aparecem vários dos prédios mais altos do mundo que ficaram às escuras durante a Hora do Planeta. Seis dos 10 edifícios mais altos do mundo se cadastraram para participar do evento: o Taipei 101 em Taiwan, com 508 metros, é o segundo edifício mais alto do mundo; o centro financeiro World Financial Center de Xangai vem em terceiro lugar, com 492 metros; as torres Petronas em Kuala Lumpur, na Malásia, ficam em 5º e 6º lugar e medem 492 metros; e a torre Willis em Chicago, nos Estados Unidos, com 442 metros, fica em 8º lugar.

O arranha-céu mais famoso do mundo, o Empire State Building em Nova Iorque, com 381 metros de altura, ocupou o primeiro lugar entre os mais altos durante 40 anos (1931-1971), mas agora está no 17º lugar. No entanto, pela terceira vez este ano esse edifício faz uma declaração em prol do meio ambiente.

Burj Kalifa lidera ainda uma impressionante lista de pontos turísticos dos Emirados Árabes Unidos que ficaram no escuro. Entre eles estão a Grande Mesquita do Sheik Zayed, o Palácio dos Emirados, pontes e praias de Abu Dhabi e vários pontos conhecidos de Dubai, o símbolo da cidade, que é a Torre Árabe, Burj al Arab.

A Hora do Planeta nos Emirados Árabes Unidos também vai bem além da hora. Em Dubai, com o patrocínio do príncipe herdeiro Sua Alteza Sheikh Hamdan bin Mohammed bin Rashid al Maktoum. Uma iniciativa incomum são as lixeiras movidas a energia solar colocadas nas vias públicas para a Hora do Planeta.

O número recorde de participantes dos Emirados Árabes Unidos na Hora do Planeta também é inovador ao ir além da hora, compartilhando suas fotografias com os compromissos assumidos para dar continuidade a essa ação ambiental.

Em outro lugar do Golfo, o Kuwait comemorou sua data nacional e a Hora do Planeta desligando as luzes das Torres Gêmeas, que são o ponto turístico mais conhecido do país. No hotel Jeddah Hilton, na Arábia Saudita, o Forum Ambiental do Golfo, conhecido pela sigla em inglês GEF (de Gulf Environmental Forum), fez uma parceria com a organização Trees for the Future (árvores para o futuro) para garantir o plantio de 50 árvores no Haiti para cada palestrante no evento.

A participação entusiasmada da Jordânia ficou marcada pelo apagar das luzes na Jabal al-Qal’a, a cidadela que ocupa um sítio utilizado desde a Idade Neolítica, bem como em muitos outros edifícios e empresas dos quais se avista a capital Amã. O deserto também ficou no escuro quando foram desligados os holofotes que iluminam a enorme fortaleza de Saladino, construída no século 12, em Aljoun.

O Hotel Intercontinental de Amã também estará na liderança de um programa de software ambiental mundial chamado de Pacote Verde, que orienta a redução de desperdício e de uso energético, baseado na comparação do desempenho e no destaque às melhores práticas em hotéis similares. As primeiras experiências mostraram que a economia potencial chega a 25% e que o sistema permite que os hóspedes contribuam com sugestões de tecnologias e práticas mais verdes.

Na cidade antiga de Baku, às margens do Mar Cáspio, o símbolo mais conhecido do Azerbaijão, país que está nesse evento pela primeira vez, a Torre da Donzela – que faz parte do Patrimônio Mundial - participou da Hora do Planeta.

Israel marcou sua presença pela quarta vez na Hora do Planeta ainda na quinta-feira, 24 de março, para evitar conflitos com a comemoração do Shabbat (sábado é o dia sagrado na religião judaica). Centenas de estudantes de Tel Aviv se familiarizaram com a natureza no ambiente urbano, sendo que os escoteiros iniciaram um programa de educação ambiental e promoções para os jardins comunitários. O maior evento no país foi um concerto a energia verde, onde as principais bandas israelenses funcionaram a baterias movidas por bicletas fixas e um gerador a biodiesel.

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