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sábado, 7 de abril de 2012

Cachoeira comandava 30 oficiais da PM, 6 delegados de polícia e 2 delegados da PF



Além do Senador Bandido Demóstenes Torres (ex-DEM), o Poderoso Chefão Carlinhos Cachoeira contava com o apoio de policiais civis, militares e até delegados da Polícia Federal em suas atividades criminosas. Sem contar que outros políticos, de vários partidos, podem estar envolvidos, inclusive o governador tucano de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).


O megalomaníaco bicheiro pretendia até infiltrar comparsas na base parlamentar da presidenta Dilma.


A ignorância é atrevida, como dizem. E a criminalidade, mais ainda.





Rede de contravenção de Cachoeira contava com policiais e delegados da PF

Oficiais vazavam informações privilegiadas e driblavam até a ação da Força Nacional de Segurança


Marta Salomon
BRASÍLIA - Além de elos com políticos, a organização criminosa comandada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tinha sob suas ordens dois delegados da Polícia Federal e 30 policiais militares, que vazavam informações privilegiadas e driblavam até a ação da Força Nacional de Segurança, quando atuava na repressão a jogos ilícitos em Goiás e nos arredores de Brasília.
Bicheiro tinha sob suas ordens 30 PMs e dois delegados da PF  - Ed Ferreira/AE - 13/07/2005
Ed Ferreira/AE - 13/07/2005
Bicheiro tinha sob suas ordens 30 PMs e dois delegados da PF
De acordo com investigações da Operação Monte Carlo, que levou o contraventor - acusado de comandar uma rede de jogos ilegais - à prisão em fevereiro, R$ 200 mil teria sido o valor pago por Carlinhos Cachoeira para contar com os serviços do delegado da Polícia Federal Fernando Antonio Heredia Byron Filho, também preso na operação.
Byron integrava o time de interlocutores de Cachoeira que, como o senador Demóstenes Torres (Sem partido-GO), se comunicava com o contraventor por meio de aparelhos de rádio Nextel habilitados no exterior para tentar escapar de escutas telefônicas. Seu papel era garantir a exploração de máquinas de caça-níqueis, vazar e direcionar investigações, a pedido de Cachoeira, a quem se refere como “guerreiro velho”. O contraventor o chamava de “doutor”.
Apartamento. Em agosto do ano passado, Byron prestou contas de um serviço para o contraventor e aproveitou para pedir um adiantamento de dinheiro para pagar um apartamento. A conversa telefônica foi interceptada pela operação Monte Carlo. A outro delegado da PF preso na operação, Deuselino Valadares dos Santos, o preço pago por Cachoeira foi bem mais alto.
Conhecido na organização como “Neguinho”, Deuselino Valadares foi cooptado quando chefiava a Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da Superintendência da Polícia Federal em Goiânia. Auditores fiscais atestaram enriquecimento do delegado, incompatível com os rendimentos declarados ao Fisco.
Em 2011, ano em que foi afastado do cargo, Deuselino e sua mulher, Luanna Bastos Pires Valadares, teriam comprado à vista uma fazenda no município de Juarina, no Tocantins, por mais de R$ 1 milhão. Luanna também seria sócia de um “laranja” de Cachoeira numa empresa de segurança, a Ideal.
Antes de ser cooptado pelo contraventor, Deuselino assinou relatório de outra investigação, no qual o senador Demóstenes Torres aparecia como destinatário de 30% dos ganhos de Carlinhos Cachoeira.
Segundo reportagem da revista Carta Capital, um último relatório assinado pelo delegado da PF, em maio de 2006, exibia, com detalhes, o esquema do “propinoduto” de Cachoeira, do qual passaria a fazer parte.
Demóstenes. As ligações do senador Demóstenes Torres com o contraventor voltaram a ser investigadas pela Polícia Federal em 2008, em outra operação de combate ao jogo ilegal, a Las Vegas. As conversas do senador com Carlinhos Cachoeira foram grampeadas na ocasião. O inquérito da PF foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República em 2009, mas o procurador Roberto Gurgel optou por não repassar a informação ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A relação de Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira começara havia anos, quando o senador era secretário de Segurança em Goiás, durante o primeiro mandato do governador Marconi Perillo (PSDB). Isso ocorreu antes de o contraventor aparecer como pivô do primeiro escândalo do governo Lula, a partir da divulgação de um vídeo em que Waldomiro Diniz, então subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil, subordinado ao então ministro José Dirceu, foi flagrado negociando propina com o contraventor no processo de legalização dos jogos.
Teia política. As investigações mostram que Carlinhos Cachoeira mantinha esquema de contatos políticos e com agentes da área de segurança, para garantir prosperidade aos seus negócios. Demóstenes Torres transitou nos dois grupos. Do esquema do contraventor também fariam parte seis delegados da Polícia Civil e 30 policiais militares.
Preso na operação Monte Carlo, o comandante da Polícia Militar de Luziânia (GO), major Uziel Nunes dos Reis, foi um dos que prestaram serviço a Cachoeira. Em agosto do ano passado, o major teria contribuído para evitar o fechamento de bingos clandestinos pela Força Nacional de Segurança. A apreensão de máquinas caça-níqueis no entorno de Brasília abalava a contabilidade do grupo. Uma única casa de jogos clandestina faturava cerca de R$ 1 milhão por mês.

Estadão Online


Destaques do ABC!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Artistas: elite da humanidade



"Seres luminosos brilham mais, onde é preciso de Luz...", diz a canção.


Adoráveis criaturas.




Fujiko Hemming









Ingrid Fujiko Hemming, nascida em Berlim, de mãe japonesa e pai russo-sueco. Pianista de renome internacional, chegando aos 80 anos em 2012. Mulher sensível e preocupada com os destinos do mundo, protetora dos mais frágeis, de gente e bicho.


Em Paris.




Link do vídeo


Chopin, "Grande Valsa Brilhante", em Mi Bemol, Opus 18.





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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Demóstenes: um surfista na onda da moralidade



Não basta parecer honesto. É preciso ser honesto. Não basta proferir discurso politicamente correto. É preciso concretizar o discurso na vida. O palavrório é lindo, maravilhoso, irretocável. Mas a prática, o dia-a-dia...


Psicopatas são assim. Falam uma coisa e fazem outra. Falsos, farsantes, cínicos, frios.


"Muito verniz e pouca raiz", diria o doutor Drauzio Varella.


"Por fora, bela viola. Por dentro, pão bolorento."


Demóstenes e eu

Caríssimos sulvinteumenses, cá estamos, ainda do lado de cá da Páscoa, essa linda celebração em que a cristandade festeja a morte, o sofrimento e os coelhos ovíparos.

Passio, no entanto, em latim romano, do tipo que crucificava igualmente ladrões de galinha e salvadores da humanidade, é sofrimento e remete para a pancadaria com que Jesus foi brindado antes da crucificação. Como isso virou ovo de chocolate é um milagre melhor explicado pela Ferrero Rocher, caros leitores. Tão longe a minha teologia não chega.

E quem anda apanhando feito Cristo em encenação da Paixão é o nosso bravo praticamente ex-senador Demóstenes Torres, o probo.

Demóstenes navegava a onda da moralidade e isso costuma acabar mal, caros leitores. A onda da moralidade é soprada por ventos dos mais variados, e nosso bravo senador se viu capturado por um redemoinho ali no meio do caminho, como diria Guimarães Rosa bem nessa hora.

Há dois anos o senador e eu trocamos sopapos vocabulares. Eu escrevi uma coluna intitulada “Demóstenes, o errado”, que magoou nosso nobre senador. E, agora que os ânimos de 2010 esfriaram, pode-se dizer que ele tinha motivos para mágoa, uma vez que eu disse que ele era senador da categoria Incitatus. Culto, muito culto, nosso senador pelo bravo estado do Goiás se sentiu maltratado e respondeu com uma coluna feita por ele mesmo, ou um assessor, quem quer que tivesse mais afinidade com acentuação, sei lá.

Na época, nosso debate foi um tanto mais conceitual. Demóstenes, o certo, para mim, era o Demóstenes aquele lá da Grécia Antiga, que nasceu uns três mil anos atrás. O grande orador que dominou a gagueira e botou pra ver no gogó, conquistando o mundo antigo pela elegância das ideias muito bem apresentadas.

Nosso bravo goiano, Demóstenes, o errado, achava que era o cara na tribuna. Levando-se em conta o bravo senado brasileiro, ele até pode ter tido motivos pra se achar o outro Demóstenes. Mas não era.

No nosso imbróglio, por exemplo, eu escrevi que ele tinha dito que a escravidão não tinha sido assim tãaaaao horrível, e que as mulheres negras até mesmo curtiam sexo com os sinhozinhos, como teria dito Gilberto Freyre.

Ele ficou muito indignado com o que eu disse e então disse que ele não tinha dito isso quando falou o que falou. Que ele, na verdade, tinha dito outra coisa.

Não tinha. Quando falou o que falou ele disse exatamente o que eu disse que ele disse.

Mau orador, por não ser lá tão bom de ideias, nosso bravo Demóstenes usou essas ideias confusas e equivocadas para ir contra a política de cotas raciais nas universidades.

O irônico é que ele não precisava ter dito a besteira que disse quando falou o que falou, porque não é necessário provar que a escravidão não foi assim tão horrível, e de que, portanto, ela não precisa assim de tantas compensações, para ir contra a política de cotas. Basta dizer que a política de cotas é racista, e, portanto, inconstitucional. Pronto. Eu vejo isso ocorrer com alguma frequência, caros leitores. Assim como o nosso Guga dizia que ao vencer Roland Garros tinha subitamente ficado bonito, há muitos que, por entrarem no senado passam a se achar inteligentes. Acontece.

Demóstenes virou senador pelo Goiás e pronto, virou orador brilhante, na opinião imparcial dele mesmo. Algo como o que acontece com o nosso bravo Onyx, por estranha coincidência, também do PFL, como o Demóstenes.

E, o que também vemos acontecer é o insucesso subir à cabeça. Em breve, os nossos bravos oradores começam a se acreditar invulneráveis, tais quais o colega Hércules, igualmente um herói grego.

Como diz a Emília, nos Doze Trabalhos de Hércules, basta vulnerar, que eles deixam de ser invulneráveis. Emília recitava um encantamento, jogava pó de pirlimpimpim e, pronto, vulnerava a quem quer que fosse.

Mais ou menos o que ocorreu com o nosso Demóstenes, que foi duramente vulnerado, pela Polícia Federal, com alguma colaboração, se Brasília é Brasília.

O que se vê é mais uma vestal com o manto manchado de Omo Total nenhum tirar, e o tal DEM tendo que explicar que esse foi apenas um desvio de caminho, e que eles são sim os defensores da moral e das boas práticas políticas, mesmo que sem um exemplozinho que seja de que isso possa ser minimamente verdadeiro.

Demóstenes maltratou gente demais, por se achar invulnerável. Agora, vulnerado, está descobrindo com quantos paus se faz uma odisséia. Não é o primeiro, não será o último. Se encantou consigo mesmo, qual outro ser da mitologia grega, Narciso. E o seu final, e para isso servem os mitos, foi mais ou menos o mesmo.

De alguma coisa esses gregos, especialmente os antigos, entendiam. Eles entendiam, e isso é certo, de Demóstenes. Agora, nós também entendemos.


Marcelo Carneiro da Cunha

Sul21

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Demóstenes Torres: Ascensão e Queda de um Psicopata



"O rapaz tinha duas caras. Sinceramente, acho que é um caso patológico. Ele deve ter algum problema. Não sei.  Deve ter dupla personalidade…"
                                      Pedro Simon, senador pelo Rio Grande do Sul


Há muito ainda a esclarecer, muitas implicações a serem aclaradas, muitos comprometimentos a serem descobertos, outras tantas análises a serem feitas sobre o "Caso Demóstenes", sobretudo nas novas mídias, já que a imprensa tradicional não está disposta a se aprofundar. 


Mas o bravo senador Pedro Simon parece que chegou próximo da verdade. Demóstenes Torres, o Senador Bandido, a "Flor que Não se Cheira" do Senado da República, é ao que tudo indica mais um PSICOPATA, um farsante, mentiroso, megalomaníaco, manipulador, Lobo em Pele de Cordeiro, sem qualquer escrúpulo quando se trata de meter $$$ no bolso traindo o interesse público. Um crápula.


Vejam abaixo os diálogos do Senador Bandido com o Chefão da Quadrilha e alguns vídeos da campanha de Demóstenes para o Senado, em 2010. Com muita razão o povo de Goiás e o Povo Brasileiro se acham indignados com as falcatruas deste pústula.


Infelizmente, Psicopatas não estão apenas dando golpes na política. Eles podem estar dentro de nossas famílias, serem nossos colegas de trabalho, vizinhos, professoras, advogadas, juízas e coisas do gênero. Todo cuidado é pouco! Predadores Sociais, muitos são Criminosos. Falsos como uma nota de 3 reais, há os que vivem com Deus e Jesus na ponta das línguas ferinas! E para saberem mais como atuam estes anões morais, conheça o outro blog desta blogueira, o PSICOPATAS.


Demóstenes: Cúmplice e Capacho do Crime Organizado


Trechos das gravações das conversas pela Polícia Federal:

22/04/2009

Demóstenes e Cachoeira falam de tramitação de projeto que criminaliza o jogo ilegal, mas também legaliza as loterias estaduais.

Cachoeira – (…) Anota uma lei aí. Você podia dar uma olhada. Ela tá na Câmara. 7228 2002. PL. (projeto de lei) [observem o tom imperativo]

Demóstenes – PL 7228. De que ano? [observem o tom servil]

Cachoeira – 2002. Do Maguito Vilela.

Demóstenes – OK. Fala sobre o quê?

Cachoeira – Sobre aquele assunto que eu toquei com você aí. Essa aí acho que está em estado bem adiantado. Dá uma olhada aí.

Demóstenes – Vou levantar agora e depois te ligo aí.


24/04/2009

Demóstenes volta a falar do projeto de interesse de Cachoeira.

Cachoeira – (…) Escuta. Aquele negócio que eu pedi para você olhar lá. Já checaram lá? Aquela lei do Maguito?

Demóstenes – Já checaram lá. Ela está na Câmara (…).

Cachoeira – Pois é, você tinha que trabalhar isso aí com o Michel (Temer), né? Pra por em votação. Isso aí seria interessantíssimo né ? (…)

Demóstenes – (…) É lá isso pode passar por votação simbólica. Como passou no Senado. Se foi modificado, volta para o Senado, você entendeu? (…) Tem que pegar aquele pessoal que está trabalhando no negócio e verificar se o texto te agrada e também se satisfaz aquele presidente lá do negócio, porque senão ele consegue barrar lá. Então trabalha nesse negócio para a gente ver como é que faz. Eu vou lá e consigo pautar.

Cachoeira – Ah, excelente, então! Vamos falar então. Obrigado, Doutor.


29/04/2009

Demóstenes e Cachoeira ainda discutem o projeto e o senador alerta para problemas para a atividade do contraventor, mas ele diz que não há problema algum.

Cachoeira – Oi, Doutor.

Demóstenes – Fala, Professor. Eu peguei o texto ontem da lei para analisar. É aquela que transforma contravenção em crime. Que importância tem a aprovação disso?

Cachoeira – É bom demais, mas aí também regulamenta as estaduais.

Demóstenes – Regulamenta não. Vou mandar o texto procê. O que tá aprovado lá é o seguinte: “transforma em crime qualquer jogo que não tenha autorização”. Então inclusive te pega, né? Então vou mandar o texto pra você. Se você quiser votar, tudo bem, eu vou atrás. Agora a única coisa que tem é criminalização, transforma de contravenção em crime, não regulariza nada.


Cachoeira – Não, regulariza sim, uai. Tem a 4-A e a 4-B. Foi votada na Comissão de Constituição e Justiça.

(…)

Demóstenes – Tudo bem, mas e para depois, para regulamentar? Que aí são duas etapas, em vez de uma só. Vou fazer o que você quer, mas isso aí para mim não regulamenta nada.


01/04/2009

Demóstenes Torres conversa com Carlos Cachoeira sobre negócios na Infraero e falam de encontro do ex-presidente da estatal com Dadá, Idalberto Matias (ex-sargento da FAB que faz arapongagem).

Demóstenes – Seguinte, recebi um bilhete aqui do Eurípedes. Teve hoje aqui para tratar com o negócio e encontrou com o Dadá com o ex-presidente da Infraero José Carlos Pereira, que não resolve nada. Eles estão atrás daquele trem para ver se anda. Você podia cobrar do Dadá para ver se anda ou se não anda (…)

Cachoeira – O Dadá é o seguinte: tem umas pessoas que ele não larga de jeito nenhum. E esse b. desse ex-presidente da Infraero…


04/04/2009

Demóstenes ainda tratando de negócio na Infraero com Cachoeira.

Demóstenes – O negócio da Infraero, conversei com a pessoa que teve lá. Disse o seguinte: o nosso amigo marcou um encontro com ele em uma padaria, não sei o que. E levou o ex-presidente, cê entendeu? E que aí o trem lá não andou nada. Eles nem sabem o que tá acontecendo. Falaram que eu não falei com o presidente sobre o assunto. Eu falei: ´não, mas eu falei ué´. Aí o que eles querem? Que eu volte lá. Quer dizer. O trem lá não andou porra nenhuma, cê entendeu?

Cachoeira – Mas tem que ser você mesmo. Você que precisava ligar para ele (…). Essa aí da padaria eu não sabia não.


06/04/2099

Demóstenes atende pedido de Cachoeira para ir falar com desembargador Alan Sebastião de Sena, do TJ de Goiás.

Demóstenes – Fala, Professor. Acabei de chegar lá do desembargador. O homem disse que vai olhar o negócio e tal. Disse que um deles já tinha estado lá com ele, viu? (…) Tem tudo para seguir esse caminho aí. Condenar o delegado e absolver os outros. Vai depender das provas. Se a prova for desse jeito que eu falei e tal, o outro vai também…

Cachoeira – Ele vai julgar rápido?

Demóstenes – Vai julgar rápido. Mandou pegar o papel. Já pegou o negócio lá. Diz que vai fazer o mais rápido possível.


12/05/2009

Demóstenes avisa Cachoeira que vai ter que demitir dois servidores fantasmas, mas depois os recontratará.

Demóstenes – Fala, Professor… Ó, é o seguinte: tem uma notícia ruim. Tem que demitir aqui. É a Kênia. E o outro rapaz lá. Tão aqui nos gabinetes procurando servidores fantasmas. Você entendeu ? Então, para evitar problema, no futuro a gente volta a resolver isso aí, falou?

Cachoeira – Tá bom.

Demóstenes – Caça às bruxas aqui. Mas daqui a uns dois, três meses a coisa aquieta e a gente retorna, falou?

Cachoeira – OK, Doutor.

22/06/2009 – Demóstenes pede avião fretado para Cachoeira. Pede para o contraventor pagar a conta. Cachoeira aproveita para pedir para o senador voltar a falar com magistrado em Goiás.

Demóstenes – (…) por falar nisso tem que pagar aquele trem do Voar. Do Voar não, da Sete, né?

Cachoeira – Tá, tu me fala aí. Eu falo com o, com o Vilnei. Quanto foi lá?

Demóstenes – Quanto foi? Três mil.

Cachoeira – Tá, eu passo pro Nilo. Deixa eu te falar. Aquele negócio tá concluso aí, aquele negócio do desembargador Alan, você lembra? A procuradora entregou aí para ele. Podia dar uma olhada com ele. Você podia dar um pulinho lá para mim?

Demóstenes – Mesma situação daquele rapaz?

Cachoeira – Ele tá concluso já pro Alan.

(…)

Demóstenes – Tá tranquilo. Eu faço.




Vídeos da Campanha do Senador Bandido


Vídeo 1: "A DIREITA do DEM"


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Vídeo 2: "Demóstenes Torres: o Senador 'Ficha Limpa' "


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Video 3: O jingle da Campanha de 2010




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Vídeo 4: "O embusteiro Demóstenes do Demo"


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Destaques do ABC!


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terça-feira, 3 de abril de 2012

SP: Ministério Público apura crimes da PM e a conivência de Geraldo Alckmin



"Tudo tem seu tempo, o momento oportuno", como diz o texto bíblico. 


Depois de quase vinte anos de mediocridade e iniquidades de toda ordem, o governo tucano de São Paulo começa a responder por crimes cometidos contra a população. No Pinheirinho, na Cracolância, na USP, contra professores em greve... a lista é quase interminável.


"A Ignorância é Atrevida", diziam os antigos. Ignorantes ignoram, por exemplo, a Lei da Ação e Reação, que não funciona só nos fenômenos estudados pela física newtoniana. É Lei Natural. Lei Universal. 


Meu sábio avô Olímpio costumava dizer: Nada como um dia depois do outro...



Corrupção policial engavetada no governo Alckmin derruba comandante da PM

O coronel Álvaro Batista Camilo, que estava no comando da PM (Polícia Militar) no Estado de São Paulo entregou o cargo ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), na segunda-feira.

Não foi informado as reais razões para a demissão, mas a queda se deu imediatamente após o Ministério Público Estadual de São Paulo abrir investigações para
apurar crimes do governo tucano e da banda podre da polícia relatados pela inteligência da Polícia Civil.

O coronel Camilo é um dos que será chamado a prestar esclarecimentos nestas investigações.


Na sexta-feira, o telejornal da TV Bandeirantes informou que os promotores pretendem acionar, inclusive, a Procuradoria Geral da República para investigar o governador Geraldo Alckmin, pois viram indícios de que ele teria sido conivente com o acobertamento e engavetamento das investigações sobre a corrupção policial.

O coronel Camilo foi guinado ao posto pelo ex-governador José Serra (PSDB/SP) em abril de 2009, e era visto por muitos policiais que atuam nas ruas como um "maçaneta", ou seja, um oficial mais fiel à política palaciana do que às necessidades dos policiais que enfrentam o crime e da população nas ruas. Por isso é difícil imaginar que tenha decidido qualquer coisa que não fosse por ordens vindas de cima.


Seu comando foi marcado por repressão a movimentos sociais e população mais pobre. Ocorreu o extermínio do bairro do Pinheirinho, a controversa operação na cracolândia que espalhou "nóias" por toda a cidade, o polêmico policiamento na USP (Universidade de São Paulo), inclusive com um PM agredindo um estudante negro, a repressão policial à greve dos professores em 2010, com a polêmica infiltração de agentes à paisana da P2 (o serviço secreto da PM). Porém é preciso lembrar que nada disso foi feito por ele sozinho, e sim atendendo ordens dos governadores Serra e depois Alckmin.

Seu afastamento mais parece uma tentativa de evitar que o escândalo do suposto acobertamento da corrupção policial chegue ao Secretário de Segurança e ao governador Alckmin.


Os Amigos do Presidente Lula


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segunda-feira, 2 de abril de 2012

A estranha "Cachoeira de Furos" da VEJA



O assunto está fervendo e rendendo na mídia alternativa, na blogosfera, mas ainda ocupa espaço restrito na grande imprensa. Vamos acompanhar o desenrolar das apurações do jornalismo investigativo sobre as relações perigosas e nada virtuosas entre veículo da mídia tradicional, o bicheiro "professor" e o senador "doutor". 

As matérias que Cachoeira plantou na Veja


Em 2008 dei início à primeira batalha de um Blog contra uma grande publicação no Brasil.
Foi "O Caso de Veja", uma série de reportagens denunciando o jornalismo da revista Veja. Nela, selecionei um conjunto de escândalos inverossímeis, publicados pela revista. Eram matérias que se destacavam pela absoluta falta de discernimento, pela divulgação de fatos sem pé nem cabeça.
A partir dos "grampos" em Carlinhos Cachoeira foi possível identificar as matérias que montava em parceria com a revista. A maior parte delas tinha sido abordada na série, porque estavam justamente entre as mais ostensivamente falsas.
Com o auxílio de leitores, aí vai o mapeamento das matérias: 

DO GRAMPO DA PF DIVULGADO PELA REVISTA VEJA ESTE FIM DE SEMANA:
Cachoeira: Jairo, põe um trem na sua cabeça. Esse cara aí não vai fazer favor pra você nunca isoladamente, sabe? A gente tem que trabalhar com ele em grupo. Porque os grande furos do Policarpo fomos nós que demos, rapaz. Todos eles fomos nós que demos (...).
Cachoeira: Eu fiquei puto porque ontem ele xingou o Dadá tudo pro Cláudio, entendeu? E você dando fita pra ele, entendeu? (...)
Cachoeira: Agora, vamos trabalhar em conjunto porque só entre nós, esse estouro aí que aconteceu foi a gente. Foi a gente. Quer dizer: mais um. O Jairo, conta quantos foram. Limpando esse Brasil, rapaz, fazendo um bem do caralho pro Brasil, essa corrupção aí. Quantos já foram, rapaz. E tudo via Policarpo.
Graças ao grampo, é possível mapear alguns dos “furos” mencionados pelo bicheiro na conversa entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira com o PM-araponga Jairo Martins, um ex-agente da Abin que se vangloria de merecer um Prêmio Esso por sua colaboração com Veja em Brasília. Martins está preso, junto com seu superior na quadrilha de Cachoeira, o sargento aposentado da Aeronáutica Idalberto Matias, o Dadá, fonte contumaz de jornalistas - com os quais mantém relações de agente duplo, levando e trazendo informações do submundo da arapongagem.
O primeiro registro da associação entre Veja e Cachoeira está numa reportagem de 2004, que desmoralizou uma CPI em que o bicheiro era investigado. Em janeiro daquele ano, Cachoeira foi a fonte da revista Época, concorrente de Veja, na matéria que mostrou Waldomiro Diniz, sub de José Dirceu, pedindo propina ao bicheiro quando era dirigente do governo do Rio (2002). Depois disso, Cachoeira virou assinante de Veja.
As digitais do bicheiro e seus associados, incluindo o senador Demóstenes Torres, estão nos principais furos da Sucursal de Brasília ao longo do governo Lula: os dólares de Cuba, o dinheiro das FARC para o PT, a corrupção nos Correios, o espião de Renan Calheiros, o grampo sem áudio, o “grupo de inteligência” do PT.
O que essas matérias têm em comum:
1) A origem das denúncias é sempre nebulosa: “um agente da Abin”, “uma pessoa bem informada”, “um espião”, “um emissário próximo”.
2) As matérias sempre se apoiam em fitas, DVDs ou cópias de relatórios secretos – que nem sempre são apresentados aos leitores, se é que existem.
3) As matérias atingem adversários políticos ou concorrentes nos negócios de Cachoeira e Demóstenes Torres (o PT, Lula, o grupo que dominava os Correios, o delegado Paulo Lacerda, Renan Calheiros, a campanha de Dilma Rousseff).
4) Nenhuma das denúncias divulgadas com estardalhaço se comprovou (única exceção para o pedido de propina de 3 mil reais no caso dos Correios).
5) Assim mesmo, todas tiveram ampla repercussão no resto da imprensa.
CONFIRA AQUI A CACHOEIRA DOS FUROS DA VEJA EM ASSOCIAÇÃO COM DEMÓSTENES, ARAPONGAS E CAPANGAS DO BICHEIRO PRESO:
1) O CASO DO BICHEIRO VíTIMA DE EXTORSÃO
Revista Veja Edição 1.878 de 3 de novembro de 2004
http://veja.abril.com.br/031104/p_058.html

Trecho da matéria: Na semana passada, o deputado federal André Luiz, do PMDB do Rio de Janeiro, não tinha amigos nem aliados, pelo menos em público. Seu isolamento deveu-se à denúncia publicada por VEJA segundo a qual o deputado tentou extorquir 4 milhões de reais do empresário de jogos Carlos Cachoeira. As negociações da extorsão, todas gravadas por emissários de Cachoeira, sugerem que André Luiz agia em nome de um grupo de deputados.
NOTA: A fonte da matéria são “emissários de Cachoeira”, o “empresário de jogos” que Veja transformou de investigado em vítima na mesma CPI.
2) O CASO DO DINHEIRO DAS FARC
Capítulo 1 - Revista Veja Edição 1896 de 16 de março de 2005
http://veja.abril.com.br/160305/p_044.html

 
Trecho da Reportagem: Um agente da Abin, infiltrado na reunião, ouviu tudo, fez um informe a seus chefes (...) Sob a condição de não reproduzi-los nas páginas da revista, VEJA teve acesso a seis documentos da pasta que trata das relações entre as Farc e petistas simpatizantes do movimento.

Capítulo 2 - Revista Veja Edição 1.899 de 6 de abril de 2005
Trechos da matéria: Na semana passada, a comissão do Congresso encarregada de fiscalizar o setor de inteligência do governo resolveu entrar no caso Farc-PT. Na quinta-feira passada, a comissão do Congresso decidiu convocar o coronel e o espião. Os membros da comissão também querem ouvir José Milton Campana, que hoje ocupa o cargo de diretor adjunto da Abin e, na época, se envolveu com a investigação dos supostos laços financeiros entre as Farc e o PT.
O senador Demóstenes Torres, do PFL de Goiás, teme que a discussão sobre o regimento sirva só para adiar os depoimentos. "Para ouvir a versão do governo e tentar dar o caso por encerrado, ninguém precisou de regimento", diz ele.
3) O CASO MAURICIO MARINHO
Capítulo 1 - Revista Veja Edição 1.905 de 18 de maio de 2005
http://veja.abril.com.br/180505/p_054.html


Trecho da reportagem: Há um mês, dois empresários estiveram no prédio central dos Correios, em Brasília. Queriam saber o que deveriam fazer para entrar no seleto grupo de empresas que fornecem equipamentos de informática à estatal.
Foram à sala de Maurício Marinho, 52 anos, funcionário dos Correios há 28, que desde o fim do ano passado chefia o departamento de contratação e administração de material da empresa. Marinho foi objetivo na resposta à indagação dos empresários. Disse que, para entrar no rol de fornecedores da estatal, era preciso pagar propina. "Um acerto", na linguagem do servidor. Os empresários, sem que Marinho soubesse, filmaram a conversa. A fita, à qual VEJA teve acesso, tem 1 hora e 54 minutos de duração.
NOTA: As investigações da PF e de uma CPI mostraram que o vídeo foi entregue à revista pelo PM-araponga Jairo Martins, que “armou o cenário” da conversa com Marinho a mando de concorrentes nas licitações dos Correios.
4) O CASO DOS DÓLARES DE CUBA
Revista Veja Edição 1.929 de 2 de novembro de 2005
http://veja.abril.com.br/021105/p_046.html

 
Trecho da reportagem: (Vladimir) Poleto, (principal fonte da reportagem) até hoje, é um amigo muito próximo do irmão de (Ralf) Barquete, Ruy Barquete, que trabalha na Procomp, uma grande fornecedora de terminais de loteria para a Caixa Econômica Federal. Até a viúva de Barquete, Sueli Ribas Santos, já comentou o assunto. Foi em um período em que se encontrava magoada com o PT por entender que seu falecido marido estava sendo crucificado. A viúva desabafou: "Eles pegavam dinheiro até de Cuba!"
NOTA: A empresa de Barquete venceu a concorrência da Caixa Econômica Federal para explorar terminais de jogos em 2004, atravessando um acordo que estava sendo negociado entre a americana Gtech (antiga concessionária) e Carlinhos Cachoeira, com suposta intermediação de Waldomiro Diniz. O banqueiro teria deixado de faturar R$ 30 milhões em cinco anos.
A armação era para pegar Antonio Palloci, padrinho de Barquete. Pegou Dirceu.
(Detalhes da relação Cachoeira-Gtech na matéria do Correio Braziliense de 26 de setembro de 2005: http://www.febrac.org.br/showClipping.php?clipping=30305&cod=7112)
5) O CASO FRANCISCO ESCÓRCIO
Revista Veja Edição 2.029 de 10 de outubro de 2007
http://veja.abril.com.br/101007/p_060.shtml

 
 Chamada no alto, à esquerda: RENAN AGORA ESPIONA OS ADVERSÁRIOS

 
Na semana passada, Demóstenes Torres e Marconi Perillo foram procurados por amigos em comum e avisados da trama dos arapongas de Renan. Os senadores se reuniram na segunda-feira no gabinete do presidente do Tribunal de Contas de Goiás, onde chegaram a discutir a possibilidade de procurar a polícia para tentar flagrar os arapongas em ação. "Essa história é muito grave e, se confirmada, vai ser alvo de uma nova representação do meu partido contra o senador Renan Calheiros", disse o tucano Marconi Perillo. "Se alguém quiser saber os meus itinerários, basta me perguntar. Tenho todos os comprovantes de vôos e os respectivos pagamentos." Demóstenes Torres disse que vai solicitar uma reunião extraordinária das lideranças do DEM para decidir quais as providências que serão tomadas contra Calheiros. "É intolerável sob qualquer critério que o presidente utilize a estrutura funcional do Congresso para cometer crimes", afirma Demóstenes.
Pedro Abrão, por sua vez, confirma que os senadores usam seu hangar, que conhece os personagens citados, mas que não participou de nenhuma reunião. O empresário, que já pesou mais de 120 quilos, fez uma cirurgia de redução de estômago e está bem magrinho, como disse Escórcio. Renan Calheiros não quis falar. Com reportagem de Alexandre Oltramari (que viria a ser assessor de Marconi Perillo)
NOTA: Demóstenes é a única fonte que confirma a versão em que teria sido vítima.
6) O CASO DO GRAMPO SEM ÁUDIO
Capítulo 1 - Revista Veja, Edição 2022, 22 de agosto de 2007http://veja.abril.com.br/220807/p_052.shtml

Capítulo 2 - Revista Veja Edição 2073 de 13 de agosto de 2008
http://veja.abril.com.br/130808/p_056.shtml




Capítulo 3 - Revista Veja Edição 2.076 de 3 de setembro 2008
http://veja.abril.com.br/030908/p_064.shtml



 
 Chamada acima do logotipo: “PODER PARALELO”

 
Trecho da matéria: O diálogo entre o senador e o ministro foi repassado à revista por um servidor da própria Abin sob a condição de se manter anônimo.
Trecho da matéria: O senador Demóstenes Torres também protestou: "Essa gravação mostra que há um monstro, um grupo de bandoleiros atuando dentro do governo. É um escândalo que coloca em risco a harmonia entre os poderes". O parlamentar informou que vai cobrar uma posição institucional do presidente do Congresso, Garibaldi Alves, sobre o episódio, além de solicitar a convocação imediata da Comissão de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso para analisar o caso. "O governo precisa mostrar que não tem nada a ver e nem é conivente com esse crime contra a democracia."
NOTA: O grampo sem áudio jamais foi exibido ou encontrado, mas a repercussão da matéria levou à demissão do delegado Paulo Lacerda da chefia da Abin.
7) O CASO DO “GRUPO DE INTELIGÊNCIA” DO PT
Capítulo 1 - Revista Veja Edição 2.167 de 2 de junho de 2010
http://veja.abril.com.br/020610/ordem-casa-lago-sul-p-076.shtml



Trecho da matéria: Não se sabe, mas as fontes de VEJA que presenciaram os eventos mais de perto contam que, a certa altura...
Nota: a “fonte” não citada é o ex-sargento Idalberto Matias, o Dadá, funcionário de Carlinhos Cachoeira, apresentado a Luiz Lanzetta como especialista em varreduras.
Capítulo 2 – Revista Veja Edição de julho de 2010
Trecho de entrevista com o ex-delegado Onézimo de Souza:, que sustentou (e depois voltou atrás) a história de que queriam contratá-lo para grampear Serra: O senhor foi apontado como chefe de um grupo contratado para espionar adversários e petistas rivais?
Fui convidado numa reunião da qual participaram o Lanzetta, o Amaury (Ribeiro), o Benedito (de Oliveira, responsável pela parte financeira) e outro colega meu, mas o negócio não se concretizou.
NOTA: O outro colega do delegado-araponga, que Veja não menciona em nenhuma das reportagens sobre o caso, é o ex-sargento Idalberto Matias, o Dadá, capanga de Cachoeira e contato do bicheiro com a revista Veja (o outro contato é Jairo Martins, o policial associado a Policarpo Junior).
(Confira na entrevista da Folha de S. Paulo com Luiz Lanzetta:
Luis Nassif
Advivo


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