ARROGANCIOCRACIA
Começou a sessão plenária do Supremo Tribunal Federal, com a continuidade da etapa recursal do julgamento do Mensalão.
Haverá retratação do ministro Joaquim Barbosa por ter acusado Ricardo Lewandowski de fazer chicana, encerrado abruptamente a última sessão plenária e impedido o ministro de votar? [Barbosa não se retratou, ao contrário: reafirmou sua posição anterior]
Ricardo Lewandowski fará algum pronunciamento sobre a ofensa que recebeu? [após Barbosa, Lewandowski se manifesta de modo a considerar o episódio encerrado]
Haverá "arranca-rabo" entre ambos? Dedos em riste, sopapos, insinuações? [até o momento, tudo sob controle no Pleno...]
O "Nosso Batman" descerá do pedestal onde a mídia golpista e setores das redes sociais o colocaram ou continuará com sua postura de Zeus no Olimpo, olhando os demais ministros como séquito, massa de manobra? [Barbosa continua em sua postura olimpiana e arrogante, mas moderada...]
O embate será pacificado ou novamente a temperatura vai estourar os termômetros do plenário do Supremo? [vamos aguardar o andamento da sessão... tem muita água pra correr por debaixo da ponte...]
Acompanhe conosco a transmissão do julgamento da Ação Penal 470.
Todos de olhos e ouvidos atentos na sessão plenária do STF!
O DIA D DE BATBARBOSA NO SUPREMO
Todos os holofotes estão voltados para a atitude que Joaquim Barbosa adotará a partir das 14h00, ao reabrir a sessão de julgamento dos recursos da Ação Penal 470; presidente do STF irá pedir desculpas por ter acusado o ministro Ricardo Lewandowski de fazer "chicana" e barrado seu voto? Ou vai acelerar na rota de colisão frente ao regimento da Corte? Em Brasília, rumores indicam que Barbosa pode radicalizar e até renunciar ao cargo caso o julgamento não ocorra como ele quer; seria o lançamento teatral de sua candidatura a presidente da República
247 – Da OAB às entidades de magistrados, de colunistas de jornal ao senador Eduardo Suplicy, passando, em primeiro lugar, pelo revisor da Ação Penal 470, Ricardo Lewandowski, todos os holofotes estarão voltados, a partir das 14h00 desta quarta-feira 20, para o presidente do STF, Joaquim Barbosa. É o dia D de BatBarbosa, como ele foi apelidado em razão da postura de justiceiro adotada durante o julgamento.
Haverá um pedido formal de desculpas a Lewandowski, acusado de fazer "chicana" durante sua declaração de voto sobre recurso impetrado pelo ex-deputado bispo Rodrigues, na quinta 15? Ou BatBarbosa vai acelerar em sua estratégia de apressar o julgamento, mesmo trombando com o regimento da Casa? As exigências de um pedido de desculpas de Barbosa a Lewandowski partem das mais diferentes áreas, com um forte movimento neste sentido nas redes sociais.
Em Brasília, no entanto, os rumores sobre como irá agir o presidente do STF apontam para a linha do confronto. A postura agressiva de Barbosa, desde o início do julgamento, teria sido estudada previamente por ele. O relator estaria testando os limites da cortesia e da paciência dos colegas exatamente para atingir o estresse máximo. Neste momento de rompimento, o presidente poderia reagir de maneira indignada e, num supremo gesto teatral, até mesmo renunciar ao seu mandato. Seria lançada, naquele gesto, a maior base para a sua candidatura a presidente da República, do topo do establishment para a ruptura com esse mesmo establishment. Um justiceiro solitário e corajoso, disposto a comprar todas as brigas para, supostamente, varrer o país da corrupção.
Esse momento pode jamais acontecer, mas Barbosa, nesta quarta, vai enfrentar uma dura oposição. Seu gesto de desclassificar a leitura do voto do colega Lewandowski é eticamente indefensável. Não está nos manuais na Corte nem nos tratados de etiqueta entre os magistrados. Barbosa foi autoritário e, para não permanecer nesta posição, só mesmo pedindo desculpas pelo que fez. Como ele não parece homem de exercer autocrítica, a previsão é que a sessão desta quarta seja a mais quente de um longo julgamento transcorrido todo ele em alta temperatura.
*
Nenhum comentário:
Postar um comentário