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domingo, 17 de julho de 2011

São Paulo: Blogueira vítima de violência


Há quase um ano e meio, a cidadã paulistana que edita e escreve este blog vem sofrendo violência de gênero, moral, psicológica e patrimonial, tendo escapado de duas tentativas de atentado (sequestro? assassinato?). Tais crimes, mencionados aquiaquiaqui, aqui, aquiaqui e aquisão promovidos, ao que tudo indica, por resto de família da blogueira, com apoio de advogadas e agentes públicos. Não por coincidência, a partir de abril, quando começou a relatar tais violências nos posts citados, casal de inquilinos da cidadã-blogueira passou a hostilizar, constranger e até ameaçar de morte a blogueira e seus dois animais de estimação. Hoje o referido casal resolveu concretizar suas ameaças, quebrando vidraças, arrancando varais, retirando a pontapés obstáculos que a blogueira colocou diante de sua porta, tentando invadir a casa da blogueira, ameaçando-a novamente de agressão física e morte. A desfaçatez dos delinquentes é tamanha, que mesmo com a atuação de aguerrida advogada em defesa da cidadã-blogueira, esta continua a viver praticamente sitiada, tendo sua dignidade de pessoa humana e seus direitos de cidadania violados. É nestas condições que este blog vai ao ar todos os dias. Na maior cidade brasileira. Na cidade de São Paulo.

A blogueira pede intervenção e providências urgentes da Secretaria Estadual da Segurança Pública, da 5a. Delegacia da Mulher, onde há quase 20 dias foi protocolizada Representação Criminal contra o casal, e da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República.

Violência contra a mulher é VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES.

Denuncie!




Link do video: http://www.youtube.com/watch?v=E5P27WBXFcQ

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Blogueira paulistana sofre nova violência


Há cerca de 1 hora atrás, esta blogueira sofreu tentativa de agressão física e de morte por parte de casal de locatários, tendo sua casa sofrido início de depredação, tentativa de invasão e ameaça de incêndio. As bestas enfurecidas arrancaram varais, ameaçando a blogueira de agressões físicas, chamando-a para briga e tachando-a de doente, louca e outros tantos impropérios. A Polícia Militar foi chamada.



Ontem publiquei textos e vídeo a propósito de violências que venho sofrendo por parte de um cretino fundamental  e sua cônjuge, com seu mau-caratismo, falta de educação e bestialidade. 


Esta blogueira e sua advogada já denunciaram as falcatruas dos delinquentes, há mais de 20 dias, por meio de REPRESENTAÇÃO CRIMINAL à Delegacia da Mulher da região, na cidade de São Paulo, mas, até onde se sabe, nenhuma providência efetiva foi tomada, e a blogueira, que mora sozinha, continua sofrendo violências e ameaças, inclusive de morte, extensivas a seus dois cães de estimação. 


Isto tudo na maior cidade brasileira, a cidade de São Paulo.


Continuo hoje minha batalha diária contra a bandidagem, a truculência e a ignorância, publicando mais um artigo sobre os Cretinos fundamentais, os bárbaros da atualidade.


A Revolução dos Cretinos Fundamentais




Flagrante da reprodução de um cretino fundamental.
Observem que eles se dividem por simples meiose.
A revolução dos cretinos fundamentais está aí. E chegou para cagar tudo de vez. Para quem não sabe, “cretino fundamental” ou “imbecil fundamental” é um conceito elaborado por Nelson Rodrigues, para descrever um tipo de pessoa que é muito fácil de reconhecer, embora seja difícil de descrever senão com qualificativos óbvios, sempre ditos em certo tom de desabafo, como “idiota”, “imbecil”, e “medíocre”. Pessoalmente, acho a definição de Nelson lapidar: para ele,cretino fundamental é aquela pessoa capaz de deturpar o que é óbvio. Fantástico, só um imbecil fundamental teria a coragem de distorcer a obviedade com plena convicção. Por exemplo, é óbvio que, a par qualquer consideração ideológica sobre direita e esquerda, uma estrutura econômica de acumulação de capital dependente do crescimento contínuo e infinito baseado no consumo acabará esgotando os recursos finitos do planeta dentro de algumas gerações – porém, o imbecil fundamental consegue, se por ventura tem alcance para entender o tema, deturpar essa evidência através de discursos e racionalizações de toda ordem.
Mas Nelson Rodrigues não parou por aí. Na verdade, ele fez uma previsão apocalíptica. Em sua opinião, os cretinos fundamentais dominariam o mundo em breve, possivelmente oprimindo os “não-cretinos”, graças a um fator bem simples: sua mera vantagem numérica.
Esse vaticínio é bem retratado pelo filme Idiocracy. Trata-se de uma comédia americana, puro besteirol que, para minha surpresa, recebeu nota 7,9 no Rotten Tomatoes (o melhor site compilador de críticas cinematográficas). A premissa do filme é boa: um americano médio do século XX, um pouco tapado mesmo para os padrões atuais, é congelado vivo e só acorda 500 anos depois, quando então descobre que a publicidade e a alimentação fastfood provocaram, com o passar dos séculos, uma diminuição radical da inteligência humana, de modo que ele se tornou o homem mais inteligente do planeta, para seu desespero.
Como toda distopia, esse filme fantasia sobre o futuro para, na verdade, analisar a sociedade atual. No fundo, ridiculariza a Revolução dos Cretinos Fundamentais que estamos testemunhando neste exato momento. E se você, leitor, ao assistir a Idiocracy, pegar-se pensando “Pô, mas é exatamente assim que eu me sinto no dia-a-dia!”, isso não é um mero acaso. Trata-se do que eu chamarei de “efeito cretinatório”.
O “efeito cretinatório” é um fenômeno cada vez mais frequente: você sabe que não é particularmente inteligente, mas cada vez mais tem a impressão de que é o cara mais esperto da Terra, ao menos na experiência cotidiana. Essa ilusão ocorre porque a população tem aumentado e o número de cretinos fundamentais cresce de forma exponencial, a ponto de a distância entre duas pessoas medianamente inteligentes ampliar-se de modo significativo. Isolada em um mar de cretinice, a vítima pode ter a impressão de que realmente é um prodígio de genialidade, quando não passa de um cara “normal”.
Não é difícil concluir que nós, vítimas do efeito cretinatório, estamos diante de uma luta em doisfronts. De um lado, temos de lutar contra a tola vaidade de acreditar que somos realmente muito inteligentes, pois isso não passa de um, por assim dizer, truque de ótica. De outro, precisamos lutar para não sermos oprimidos pelos cretinos fundamentais. Claro, a saída mais fácil é também a mais covarde. Quem quiser que se deixe levar pelo fluxo e se misture com os cretinos.Felizmente, temos a nosso favor um grande recurso: a internet, caótica tal como ela é (ao menos até que algum cretino fundamental decida regulamentá-la) une as vítimas da revolução silenciosa dos cretinos fundamentais, que podem solidarizar-se mutuamente por suas mazelas através de blogs, sites, twitters, grupos de discussão e fóruns. Claro, esses mesmos instrumentos são utilizados pelos cretinos fundamentais para enviar power points com mensagens de auto-ajuda e coisas do gênero. Porém, não fosse a internet, nós, indivíduos quiçá não muito espertos mas certamente distantes da cretinice fundamental, teríamos de estabelecer comunicação por meio de sinais de fumaça, sob pena de enlouquecermos esmagados pela mediocridade operante ou por nossas presuções arrogantes.
Portanto, conclamo meus 865.216.649 leitores (percebam que diminui o número em uma unidade desde o post anterior, pois descobri que minha tia visita escondida este blog) a levantar barricadas para que nos aquartelemos contra os bárbaros de hoje. De certa forma, é nossa alma que está em jogo.

A sabedoria de não fugir






Viver intensamente não é subir o Kilimanjaro, não é se banhar nas águas que cercam uma ilha paradisíaca no Pacífico. Viver intensamente é não fugir. Não fugir do momento presente, tal como ele se oferece: seja ele difícil, medíocre, maravilhoso, problemático, agradável ou opressivo. Não fugir de seus próprios sentimentos, sejam eles os mais luminosos ou os mais obscuros: não os rejeitar mas, ao contrário, aceitá-los de forma incondicional quando surgirem, sejam de amor, de ódio, de desespero, de felicidade, de alegria ou de profundo tédio. Essa, sim, é a única forma verdadeira de viver plenamente. Não fugir dos abismos do cotidiano, não fugir de seus próprios medos, não fugir da visão de si mesmo desnudo em todas as suas fraquezas, virtudes, fragilidades, forças e limitações, tal como você é, e não tal como uma ilusão lhe faz pensar que seja. Não fugir, mas ir a fundo mesmo das suas piores horas, mergulhar com curiosidade de criança nos abismos mais escuros, e contemplar os estranhos seres que vivem lá com admiração e encantamento, observando atentamente anatomia. Viver é não fugir do aqui-e-agora, seja em um ônibus lotado, seja com os pés nas águas de uma praia.


Victor Lisboa


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