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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

"O Brasil deve muito ao PT", diz Dilma


Gostem ou não os "rola-bostas" da mídia golpista, o Partido dos Trabalhadores é capítulo longo e importantíssimo da história política brasileira. Seus líderes José Dirceu e José Genoíno, tratados hoje como bandidos por quem pretende um retrocesso institucional, são personalidades da maior relevância na derrubada da ditadura e na redemocratização do País, Luiz Inácio Lula da Silva à frente.

Eu não li isso em nenhum jornal ou site. Eu estava lá. Em 1980 eu terminava minha graduação em Letras na USP, iniciada em 1976. E neste final dos anos 70, como estudante, participei de muitas mobilizações contra o regime militar e o arbítrio, na universidade e nas ruas do centro de São Paulo. Lula eu conheci sindicalista, nas passeatas. Eduardo Suplicy, jovem professor da FGV, aparecia nas movimentações muitas vezes de jeans... O PT nem existia.

Essas novas gerações, que não viveram os "anos de chumbo", não podem ser enganadas pelo jornalismo de esgoto produzido aos borbotões por setores da "grande" (?!) imprensa, promotores de "assassinatos de caráter e reputação".

Golpistas: respeitem a vontade soberana do Povo Brasileiro !



Dilma nega crise entre Poderes e diz que Brasil deve muito ao PT

Sobre mensalão, presidente afirma que ministros do Supremo têm total autonomia em suas decisões

Governo edita MP para liberar 1/3 do Orçamento 2013


ISABEL BRAGA 


Dilma durante café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto 
Gustavo Miranda / O Globo

BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff evitou falar sobre o julgamento do mensalão, no Supremo Tribunal Federal (STF). Durante café da manhã com jornalistas nesta quinta-feira, a presidente negou que possa haver uma crise entre os Poderes, e que não cabe a ela interferir nessa relação.

- Vocês não vão me ver falar sobre isso (mensalão). Como presidente, eu não estaria contribuindo para a governabilidade – afirmou.

Segundo ela, a autonomia dos três Poderes é uma “pedra basilar da democracia”. Como presidente, ela afirma que não pode interferir na relação dos poderes.

- Depois que os ministros (do STF) são indicados, eles têm a distância integral da minha pessoa - afirmou, destacando que eles têm total autonomia para realizar seu trabalho.

Dilma defendeu o PT. Ela disse que o partido tem importância na história do país, que deve ao PT pelo que foi feito.

- O PT é um dos grandes produtos da democratização do Brasil. Como qualquer obra humana, não é perfeito, mas deu e dá grandes contribuições ao país – disse. - Não só respeito, como integro o PT. O Brasil deve muito a tudo que o PT fez.

Governo edita MP para liberar 1/3 do Orçamento 2013

A presidente afirmou que o governo optou por editar uma medida provisória (MP) para liberar recursos do Orçamento 2013 antes que ele seja aprovado pelo Congresso. Segundo Dilma, o governo vai iniciar o ano elevando o nível de investimento, e, por isso, a MP estabelece que 1/3 do Orçamento já aprovado na Comissão Mista do Orçamento seja liberado. Na tarde desta quinta-feira, a ministra do Planejamento Miriam Belchior vai dar uma coletiva para explicar a MP.

- Mandamos por medida provisória para não interromper o ritmo dos investimentos no Brasil – disse.

Na quarta-feira, o governo desistiu de votar o Orçamento da União para 2013 ainda neste ano. A votação ficou para o dia 5 de fevereiro. Os governistas queriam lançar mão de uma manobra no regimento do Congresso para aprovar a peça orçamentária nos próximos dias, mas PSDB, DEM e PPS ameaçaram contestar a operação no STF. Como o Congresso já está em recesso, governistas queriam que o Orçamento fosse votado pela comissão representativa - 19 deputados e nove senadores escalados para ficar de plantão durante as férias do Legislativo. A polêmica era se esse grupo tem a atribuição para isso.

Por fim, no evento desta quinta, Dilma evitou comentar sua sucessão:

- Pretendo governar de hoje até 31 de dezembro de 2014, com absoluto empenho. Não vou antecipar o fim do meu mandato - disse.

A presidente falou ainda sobre os problemas de interrupção de energia que aconteceram recentemente em todo o país, afirmando que eles são fruto de erros humanos e não devem ser atribuídos a problemas como raios que teriam atingido as subestações ou linhas de transmissão. Dilma foi enfática - e inclusive usou um mapa do Brasil para ilustrar as quedas de raios neste ano - para afastar a hipótese de que fenômenos naturais poderiam causar esses problemas. Ela ainda negou que há chances de ocorrerem apagões no Brasil.

O Globo Online

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Direita Raivosa ataca Lula e Dilma. Mas o Brasil não é o Paraguai...


A burguesia fede. A burguesia quer ficar rica. Enquanto houver burguesia, não haverá poesia.
                                                                                                     Cazuza

"A direita é esperta e não dá ponto sem nó. De forma alguma. Afinal, os donos dos meios de produção e seus representantes no Governo, no Congresso, no Judiciário e a imprensa burguesa dominaram o poder central a maior parte do tempo nesses cinco séculos de história do Brasil. Para fazer o contraponto aos trabalhistas, esses setores apostam na escandalização do processo político, bem como em sua criminalização, enquanto o Judiciário fica a cargo, obviamente, da judicialização."

"A direita está desesperada, e o desespero leva à violência e à quebra da legalidade constitucional e da estabilidade institucional. E é exatamente isto que os conservadores desejam e querem. Só que o Brasil não é Honduras ou o Paraguai. Lula sabe disso, bem como a sociedade civil organizada que o apoia. Realidade que Jango e Getúlio não vivenciaram, infelizmente. A esquerda tem de reagir. O PT também. O estado democrático de direito não comporta arroubos anticonstitucionais. Os juízes do STF e o procurador-geral da República têm de ser eleitos e com mandatos de oitos anos, como os senadores." 

Cidadãs e cidadãos, atentos e mobilizados!

Lula vai às ruas com as "Caravanas da Cidadania" e nós vamos com ele!




Tucanos e imprensa atacam, mas Lula e Dilma têm 
como reagir


DAVIS SENA FILHO

A direita está desesperada, e o desespero leva à violência e à quebra da legalidade constitucional e da estabilidade institucional. E é exatamente isto que os conservadores desejam e querem

Primeiro, a imprensa de mercado resolveu taxar o caso do “mensalão” como o “maior escândalo de corrupção da história do Brasil”. O que é uma mentira, sobremaneira. Escândalos de corrupção como o do Banestado, do bicheiro Carlinhos Cachoeira e, sobretudo, o da Privataria Tucana são, por si só, muito maiores, no que diz respeito ao volume de dinheiro desviado, bem como o número de pessoas consideradas importantes na sociedade, tanto na esfera pública quanto na privada.

Os porta-vozes do PSDB, os barões da imprensa, assumiram, de fato, a oposição ao Governo trabalhista e perceberam que, por intermédio do “mensalão” — o do PT — teriam um trunfo para usar como instrumento para combater politicamente o PT e principalmente o ex-presidente Lula, e por isso, desde 2005, nunca arrefeceram um milímetro sequer sobre o caso, o que, inquestionavelmente, serviu de manchetes no decorrer de sete anos.

Afinal, é o único trunfo da direita brasileira, que, concomitantemente, “esqueceu-se” do mensalão originalo do PSDB —, da famosa lista de Furnas e do banqueiro Daniel Dantas, aquele que foi preso duas vezes e por duas vezes beneficiado com dois habeas corpus concedidos, em 48 horas, pelo condestável juiz Gilmar Mendes. Um recorde mundial que deveria ser reconhecido pelo Guinness Book.

Contudo, a questão não é essa. O que está, realmente, em jogo é a eleição de 2014 e para isso a direita, os conservadores precisam, antes de tudo, enlamear os nomes de políticos ou de autoridades do PT, como, por exemplo, personalidades históricas do partido, a exemplo de José Dirceu e José Genoíno, pessoas que militam no campo da esquerda e que participaram da luta armada, bem como cooperaram, efetivamente, com a luta política, nas últimas três décadas, para que o maior líder político e trabalhista deste País e reconhecido internacionalmente conquistasse a cadeira da Presidência da República.

A direita não tem voto suficiente para vencer as próximas eleições presidenciais. Não tem como, por causa dos altos índices de aprovação da presidenta Dilma Rousseff e do mentor de sua candidatura, o ex-presidente Lula, que, em um processo raro de acontecer na política, transferiu dezenas de milhões de votos para a candidata do trabalhismo, palavra esta que, desde os tempos de Getúlio Vargas, causa mal-estar, urticárias e extrema irritação àqueles que, sobremaneira, sabem que os trabalhistas têm voto, pois historicamente apresentam ao povo e colocam em prática seu programa de Governo e projeto de País, coisa que a direita reacionária, rancorosa, violenta, preconceituosa e elitista nunca teve, não tem e jamais terá. Porque a direita é o que é, como o escorpião sempre vai ser escorpião. Ponto.

Entretanto, o que mais me chamou a atenção nesse processo draconiano é que no julgamento do “mensalão” a imprensa corporativa e privada deixou claro que seu alvo, mais do que o ex-ministro José Dirceu, é o presidente Lula. Os sintomas sobre o que afirmo são evidentes, e, sem sombra de dúvida, efetivou-se nos jornais conservadores no caso dos irmãos Vieira e de Rosemary Noronha, funcionários de terceiro escalão e que cometeram malfeitos para amealharem vantagens monetárias e até mesmo, ridiculamente, ser agraciada, no caso de Rosemary, com bilhetes para ter acesso, gratuitamente, a shows.

Os barões da imprensa e seus asseclas que fazem o papel da oposição partidária (PSDB, DEM e PPS) superdimensionaram esses acontecimentos com a finalidade de atingir o único líder brasileiro de prestígio internacional e que está com os braços cansados de tanto receber de entidades, de órgãos diversos, de universidades e, sobretudo, dos governos troféus, comendas e homenagens por sua atuação como presidente da República, que efetivou ações que revolucionaram o Brasil em todos os sentidos e segmentos da sociedade e da economia. Os números e índices econômicos e sociais estão aí para quem duvida ou simplesmente quer saber. Basta acessar o sítio do Ministério da Fazenda e de todas as estatais que estão envolvidas com o desenvolvimento do Brasil. Ponto.

A direita é esperta e não dá ponto sem nó. De forma alguma. Afinal, os donos dos meios de produção e seus representantes no Governo, no Congresso, no Judiciário e a imprensa burguesa dominaram o poder central a maior parte do tempo nesses cinco séculos de história do Brasil. Para fazer o contraponto aos trabalhistas, esses setores apostam na escandalização do processo político, bem como em sua criminalização, enquanto o Judiciário fica a cargo, obviamente, da judicialização.

Além disso, a imprensa historicamente golpista se encarrega de dar voz a esses segmentos de poder, bem como desqualificar a política e os políticos que são eleitos pela população. Certamente, existem políticos corruptos. Todo segmento social os têm, inclusive a imprensa, como ficou evidente no caso do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que, na verdade, atuava como editor e pauteiro da “Época” e principalmente da “Veja”, que tiveram seus editores-chefes, em Brasília, gravados pela Polícia Federal, que considerou que tais jornalistas estavam envolvidos com malfeitos e até mesmo com as sucessivas tentativas de derrubar mandatários.

Autoridades eleitas como o governador do DF, Agnelo Queiroz. Cachoeira, seus espiões e os editores das revistas boicotaram ou sabotaram o Governo trabalhista de Dilma Rousseff, que demitiu ministros sem culpa no cartório, a exemplo do ministro dos Esportes, Orlando Silva. Uma sucessão de crimes, conforme a PF e a CPMI do Cachoeira, que não deu em nada, porque o deputado petista, Odair Cunha, amarelou, colocou o saco na viola e todos os envolvidos com os supostos crimes, inclusive o governador tucano de Goiás, Marconi Perillo, correram para abraçar a galera. Tudo como dantes no quartel de Abrantes.

Todavia, a verdade é que os tucanos estão divididos, mas o ex-presidente tucano, Fernando Henrique Cardoso, lançou o senador Aécio Neves à Presidência. FHC — o Neoliberal — vendeu o Brasil, mas sabe que vencer Dilma Rousseff vai ser muito difícil. Para isso, ele entendeu que antecipar a corrida presidencial é necessário porque Aécio Neves é desconhecido da maioria da população. Além do mais, Fernando Henrique e os barões da imprensa paulista sabem muito bem que apesar do estardalhaço das manchetes sobre o “mensalão” o PT não deixou de conquistar as principais prefeituras do País, inclusive a de São Paulo.

Mais do que isso, os petistas vão governar um número maior de cidadãos brasileiros. A direita sabe disso, apenas não publica e não mostra na televisão. Por isso, a tentativa de popularizar o nome de Aécio Neves, pessoa mais conhecida por suas peripécias de playboy do que propriamente por ser um político preocupado com o desenvolvimento do Brasil e do povo brasileiro. O PSDB, a direita em geral e a imprensa de mercado se recusam a pensar o Brasil. A verdade é que essa gente se preocupa mesmo com seus interesses pecuniários e em manter o status quo garantido pelo establishment a ferro e fogo, até mesmo pela força das armas, como ocorre nas invasões dos países ricos nas terras dos países pobres.

O trabalhista Lula, tal qual a direita, sabe também como a banda toca nesses pagos tropicais. Por isso, o fundador da CUT e do PT acenou com a reedição das Caravanas da Cidadania. Todos nós sabemos e também compreendemos — se não formos tão reacionários no que diz respeito à verdade e à realidade —, que para enfrentar campanha sistemática tão insidiosa e repetidas vezes infame do sistema midiático capitalista é necessário fazer o contraponto, ou seja, estabelecer parâmetros para que se possa enfrentar a propaganda negativa irradiada pela direita herdeira da escravidão. E a propaganda em prol de Lula, de Dilma e do PT é exatamente as realizações e as conquistas de seus governos democráticos e republicanos, que jamais, em hipótese alguma, mandaram as forças de segurança bater nos trabalhadores, organizados ou não. Ponto.

E como fazer com que as informações sobre as realizações dos governos trabalhistas cheguem as ouvidos e aos olhos do povo? Por intermédio de propaganda governamental no próprio sistema midiático privado, bem como pelas Caravanas da Cidadania, que permitirão que o presidente Lula fale diretamente com a população, de município em município e, dessa maneira, explicar o que está a acontecer no âmbito de Brasília onde o PT e o Governo trabalhista e próprio Lula travam uma luta sem trégua levada a cabo pelos órgãos estatais e privados de supremacia e hegemonia retratados no STF, na PGR e na imprensa alienígena, que nunca teve, não tem e nunca terá compromisso com o Brasil e seu povo.

É assim, meu caro, que a banda toca. Lula compreende o que está a acontecer neste País. Quem conhece a história do Brasil também sabe o que está a acontecer e o que tem de fazer para impedir a concretização de um golpe de estado de direita. Afinal, conhecemos a história do grande presidente trabalhista João Goulart, que quando anunciou as reformas de base sacramentou, inclusive, a sua morte, porque somente permitiram que ele entrasse no Brasil dentro de um caixão, no ano de 1976.

Sobre Getúlio, não é necessário comentar, afinal todos sabemos o que a direita entreguista e golpista fez com o estadista gaúcho que é o criador do Brasil moderno. Que leia a história quem duvida. Todavia, ressalto que não seria de bom alvitre ler a história do Brasil por intermédio das cabeças “pensantes” dos golpistas de direita aboletados no Instituto Millenium. Seria, digamos, um contrassenso; na verdade uma inenarrável estupidez.

A direita está desesperada, e o desespero leva à violência e à quebra da legalidade constitucional e da estabilidade institucional. E é exatamente isto que os conservadores desejam e querem. Só que o Brasil não é Honduras ou o Paraguai. Lula sabe disso, bem como a sociedade civil organizada que o apoia. Realidade que Jango e Getúlio não vivenciaram, infelizmente. A esquerda tem de reagir. O PT também. O estado democrático de direito não comporta arroubos anticonstitucionais. Os juízes do STF e o procurador-geral da República têm de serem eleitos e com mandatos de oitos anos, como os senadores. “A burguesia fede. A burguesia quer ficar rica. Enquanto houver burguesia, não haverá alegria” (Cazuza). É isso aí.


Brasil 247

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