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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Anonymous ou "Ridiculous"?


"O que querem os Anonymous, afinal?

(...) você não pode acreditar em nada que venha do Anonymous, posto que jamais poderá verificar a fonte verdadeira."



 

Os protestos do 7 de setembro e o problema do Anonymous


KIKO NOGUEIRA


Mudar o mundo é sempre uma boa, mas na maioria das vezes o autor da ideia era conhecido.

É nóis

Os Anonymous estão planejando manifestações em 140 cidades brasileiras no dia 7 de setembro. É o que eles mesmos chamam de “o maior protesto na história do Brasil”. A primeira reivindicação é a prisão dos mensaleiros. Também exigem a renúncia de Renan Calheiros e o fim do voto obrigatório.

E também a volta do regime militar. E o aborto. E a pena de morte. E a redução da maioridade penal. E o enquadramento da corrupção como crime hediondo. E o voto distrital. Etc.

O que querem os Anonymous, afinal?

Esse é o problema do “movimento”. Se não há liderança, se é tudo “horizontal”, se todo mundo é Anonymous, como conhecer a pauta realmente?

Há pelo menos 50 páginas brasileiras dos Anonymous no Facebook. Tem, como diz aquele odioso clichê das reportagens de turismo, para todos os gostos e bolsos. Em comum, elas exibem aqueles vídeos pretensiosos, com locução do Google Tradutor sobre uma música ruim de filme de ação. Todas elas exibem orgulhosamente links das matérias que os mencionaram na grande mídia inimiga da causa — afinal, apesar de anônimos, eles são famosos (tu-dum).

Não dá para ninguém ser membro, não dá para reclamar com o chefe, não dá para elogiar. E há outra questão: se ninguém, ou todo mundo, faz parte do, vá lá, grupo, como saber se o fulano que está sendo entrevistado num protesto é realmente do Anonymous e não simplesmente alguém que resolveu sair com uma máscara do Guy Fawkes porque ficou sem Internet em casa?

Anonymous virou disfarce para tudo. Qual é a conta que vale? A que prega o ataque aos “símbolos do poder” ou a que fala em protestos pacíficos? A dos gaúchos ou a dos mineiros? O tuíte do Anonymous que diz que a conta de Alckmin foi invadida deve ser levado a sério? Ou pode ser, digamos, o Serra na calada da noite, enquanto o Frontal não faz efeito?

Em última análise, você não pode acreditar em nada que venha do Anonymous, posto que jamais poderá verificar a fonte verdadeira. A ideia de “mudar o mundo” é muito boa e circula há bastante tempo. Mas, na maioria das vezes, tinha a assinatura do autor.


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Amanhã, 4, Marcha contra o Propinoduto Tucano


CORRUPÇÃO NO NINHO TUCANO



Ativista e blogueira, vítima de esquema criminoso alimentado por corrupção de agentes públicos e particulares, apoia todos os atos pacíficos que denunciem esta iniquidade promovida contra o Povo Brasileiro.

Ao contrário do que tentam gravar como verdade os discípulos de Goebbels instalados na máfia midiática, na oposição apátrida e na mais alta corte do País, o chamado "mensalão" NÃO é o "maior escândalo de corrupção" ocorrido no Brasil.

Exigimos a apuração do "Mensalão Tucano" (mineiro), "Privataria Tucana", "Propinoduto Tucano" e outros desvios de conduta perpetrados pelo PSDB-DEM.

Às ruas, marchando por um Ministério Público e um Poder Judiciário republicanos, apartidários. Promotores de Justiça e magistrados são servidores da Constituição Federal e do Povo Brasileiro. E não podem defender interesses mesquinhos e inconfessáveis.





Chamada para grande ato contra propinoduto tucano, dia 4

Repasso email que recebi do Igor Felippe, diretor de comunicação do MST:



Novo ato contra propinoduto tucano deve mobilizar 3 mil pessoas em SP

Na quarta-feira (4), o Levante Popular da Juventude e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realizam ato público contra o propinoduto tucano, em defesa do transporte público e pela punição dos crimes de cartel cometidos por empresas responsáveis pelas grandes obras no país (metrô, estradas e barragens).

Os organizadores da manifestação mobilizarão pelo menos 1.500 pessoas e esperam a adesão dos participantes do ato de 14 de agosto contra o propinoduto tucano, convocado pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo com apoio do Movimento Passe Livre. A expectativa é mobilizar em torno de 3.000 pessoas.

A concentração do ato será na Praça Jácomo Zanella, na Lapa, em São Paulo (SP), às 8 h. De lá, sairá a marcha. Na convocatória do ato divulgada no Facebook (em http://migre.me/fVp4k ), os organizadores do ato prometem “um acerto de contas com as empresas corruptoras”.

O ato defenderá a abertura da caixa preta dos transportes, pela prisão dos corruptos e corruptores, expropriação dos bens e devolução do dinheiro para o transporte público, pelo fim das privatizações, pelo passe livre, fim das terceirizações e pela transparência nos contratos bilionários que envolvem grandes empresas estrangeiras nas obras do metrô, barragens e hidrelétricas para impedir a formação de cartéis para esquemas de corrupção.


Propinoduto tucano

Propinoduto tucano é a forma como está sendo chamado o esquema criado pra fraudar licitações das obras, reformas e fornecimento de equipamentos para o sistema de metrô e trens em São Paulo.

Denúncias apontam que as empresas Siemens, Alstom, ADtranz, CAF, TTrans e Mitsui combinavam os resultados das disputas e, com a intermediação de políticos do governo do estado de São Paulo, governado pelo PSDB, elevavam os preços, aumentando os gastos do estado para lavar dinheiro que era repassado aos tucanos.

“Os esquemas em torno do transporte público, somados ao descaso dos governantes, têm como consequências a falta de qualidade no serviço, o alto preço das passagens, a lentidão para expansão do sistema e os acidentes nas linhas de metrô e trem que prejudicam os usuários, além dos ocorridos nas obras, que ameaçam os trabalhadores”, diz a convocatória do ato.

A Alstom, por exemplo, já esteve envolvida em esquemas de corrupção em diversos países e foi condenada na Suíça, Estados Unidos, México e Zâmbia. No Brasil, nenhuma punição ocorreu até agora.

A Siemens e a Alstom sofrem acusações também de formar um cartel no setor de energia. Em 2006, as duas empresas foram incluídas em processo aberto pela Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça, por conta de cartel internacional no mercado de aparelhos eletro-eletrônicos de direcionamento de fluxo de energia elétrica com isolamento a gás (gas-insulated switchgear – GIS) e a ar (AIS), entre 1998 e 2006.


Resumo

O que: Ato público contra o propinoduto tucano, em defesa do transporte público e pela punição dos crimes do cartel de empresas responsáveis pelas grandes obras no país.


Data: 4 de setembro | às 8 h

Concentração da marcha: Praça Jácomo Zanella, na Lapa, em São Paulo, SP.




O Cafezinho

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