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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Eleições 2012: o julgamento do "julgamento"


Depois do ex-presidente Lula, o maior vencedor das eleições 2012 foi o Partido dos Trabalhadores.

Ué, desmoronou o plano jurídico-midiático? O Julgamento do Mensalão, acelerado no Supremo Tribunal Federal, associado ao massacre diuturno da mídia corporativa, deveria fazer o PT em mil pedaços, arrebentando de uma vez por todas ou pelo menos comprometendo seriamente a agremiação popular.

O quadro que emerge do pleito é muitíssimo diverso do que planejou a direita obscurantista . O PT cresceu e o PSDB encolheu. Na cidade de São Paulo, então, foi um arraso. O golpe nos tucanos foi dramático.

O que houve? Como explicar tamanho fracasso?

Por que o povão não deu bola pro Julgamento do Mensalão?



QUEM TEM DOMÍNIO DO FATO, NA DEMOCRACIA, 

É O POVO

O que ocorreu neste domingo, de certa forma, foi o julgamento do julgamento. E apesar das análises que apontam a fragmentação do poder, o PT avançou e seu maior adversário encolheu, a despeito do maior massacre midiático contra um partido já visto no País; artigo exclusivo para o 247 de Breno Altman

Breno Altman, diretor do Opera Mundi

Os resultados das eleições municipais, concluído o segundo turno, evidenciam sólido avanço do Partido dos Trabalhadores. Apesar de alguns importantes insucessos localizados (como Salvador e Fortaleza), a agremiação atingiu vários objetivos estratégicos.

O PT sagrou-se como a legenda mais votada do primeiro turno, com 17,3 milhões de sufrágios e um crescimento de 4% sobre 2008. Aumentou em 15% o número de prefeituras que irá governar (634 contra 550). Deu salto de 16% para 20% no total do eleitorado sob sua gestão municipal. Acima de tudo, pelo peso político e simbólico, reconquistou o governo da cidade de São Paulo.

Apesar de aparente dispersão da hegemonia sobre o poder local, com o surgimento do PSD de Kassab e a expansão do PSB de Eduardo Campos, a pedra de toque das eleições concluídas nesse domingo foi o fortalecimento do maior partido da esquerda, em contraposição ao encolhimento de seu principal antagonista à direita, o PSDB.

Os tucanos perderam massa de votos (queda de 5,02%, de 14,5 para 13,8 milhões), além de número de prefeitos (de 787 para 704) e vereadores (de 5,9 para 5,2 mil). Foram surrados no sul e sudeste do país, que antes consideravam sua fortaleza. E foram duramente golpeados na sua principal cidadela: além de perderem a capital paulista, estão cercados pelo cinturão vermelho que se consolidou na área metropolitana de São Paulo.

Muitos analistas da imprensa tradicional estão atônitos. Tentam atropeladamente fugir às óbvias conclusões sobre o processo eleitoral. Ora ensaiam dar ênfase a uma suposta fragmentação do voto, ora dirigem olhos para uma eventual terceira via na polarização nacional, com a ascensão do PSB. Não passam de manobras diversionistas. A aposta que faziam era derrotar o PT e diminuir gravemente seu peso político. Perderam, e feio.

A estratégia antipetista repousava no julgamento do chamado “mensalão”. Estabeleceu-se acosso midiático jamais visto sobre a corte suprema, para buscar a degola de líderes históricos da sigla governista, apresentados à opinião pública, diuturnamente, como bandidos com sentença transitada em julgado pelos mais impolutos homens e mulheres da nação.

O espetáculo de exceção foi além de seu limiar processual. Os votos de vários ministros, ao vivo e em cores, constituíram-se em declarações moralmente condenatórias contra o PT e o governo Lula.

À oposição de direita e aos grandes veículos de comunicação, somou-se, no palanque das denúncias contra dirigentes petistas, a maioria do STF. O centro da disputa política, com o julgamento, trasladou-se para o tribunal, com a expectativa de sacramentar institucionalmente a existência do esquema para compra de apoio parlamentar entre 2003 e 2005. Desde às vésperas do golpe militar não se via tamanha operação de desgaste contra um partido.

O que se esperava, quando a deliberação togada chegasse às ruas, era o derretimento do PT. Na pior das hipóteses, ao menos um sensível encolhimento e a derrocada na tentativa de conquistar a maior cidade brasileira. No auge da ofensiva, não faltaram vozes que vaticinavam o ocaso da liderança de Lula. Mas as forças de direita viram ruir seus sonhos e tomaram uma tunda histórica.

Os áulicos do reacionarismo ainda não entendem o que se passou. O porquê da patuleia não dar bola para o julgamento na hora de votar. A mídia corporativa é obrigada a engolir, pela terceira vez, o fel de sua progressiva insignificância na formação de almas e mentes. Não conseguem aceitar que os pobres da cidade e do campo, secularmente condenados pela oligarquia à ignorância, ao desespero e à exclusão cultural, sejam capazes de forjar sua própria consciência de classe.

Os dez anos de governo petista, com seus altos e baixos, mudaram a vida de milhões. De dezenas de milhões. Pela primeira vez a multidão de miseráveis viu sua vida melhorar, de forma estável e duradoura. Aumentaram a renda, a oferta de trabalho, o acesso à educação e moradia, o sentimento de autoestima. Os vínculos de identidade com o partido responsável por essas mudanças, e principalmente com seu maior líder, foram se consolidando.

Os despossuídos, que antes eram majoritariamente reserva de mercado para distintos projetos políticos das elites, vão passando a ter lado, o seu próprio lado. A identificar amigos e inimigos, lógicas em conflito, a verdade dos fatos. Esse processo dolorido, mas enraizado, fabrica um escudo contra a manipulação midiática. E serviu de vacina contra o julgamento do “mensalão”.

Enormes massas de eleitores, apesar de expostos à chacina contra líderes petistas na corte suprema, não compraram gato por lebre. Não aceitaram a agenda que a direita lhes quis impor. Mesmo sensibilizados com o discurso anticorrupção, intuem sua falsidade nesse episódio, sua utilização como instrumento político-eleitoral.

De múltiplas formas, compreenderam que seria algo contrário a seus interesses, que poderia ameaçar o partido e o governo que abriram as portas para a emergência dos pobres como protagonistas do desenvolvimento.

Os conservadores estão, assim, desacorçoados com a indiferença do povaréu diante do espetáculo no qual empenharam todas as suas energias. De alguma maneira, ao menos simbolicamente, foi o julgamento do julgamento. Como disse um eleitor essa madrugada, na rede social: quem tem o domínio do fato, na democracia, é o povo.


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Haddad acerta com Dilma pacote bilionário de parcerias


Começou bem!

O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, encontrou a presidenta Dilma Rousseff, no Planalto, para agradecer o apoio e iniciar conversas sobre parcerias nas áreas de saúde, educação, transporte e outras.

Ótima notícia! São Paulo precisa mesmo ser reconstruída num "intensivão de cuidados", em várias áreas, depois do abandono dos últimos 8 anos.

Às 17 horas de hoje está marcada uma coletiva de Fernando Haddad em São Paulo.

                                                                         Imagem da campanha


NO 1º DIA, HADDAD VAI AO PLANALTO: TRABALHAR

"Foi uma conversa de agradecimento, mas já endereçamos alguns assuntos importantes para a cidade", disse o prefeito eleito, após ser recebido por 40 minutos, no Palácio do Planalto, pela presidente Dilma Rousseff; "Teremos uma rotina de trabalho para encaminhar as parcerias que foram anunciadas"; área de saúde é prioridade; pacote de parcerias deve ser bilionário; Haddad fala em São Paulo, às 17h00, e depois tira uma semana de descanso

247 - O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, iniciou seu primeiro dia após a vitória eleitoral com uma visita à presidente Dilma Rousseff que mesclou protocolo e encontro de trabalho. Alinhado com a presidente, de quem foi colega como ministro e chefiado no Ministério da Educação, Haddad aproveitou para confirmar o início de entendimentos formais para a criação de grupos de trabalho que irão implementar parcerias nas áreas de saúde e educação, entre outras, entre o governo federal e a Prefeitura. Fazer a Prefeitura de São Paulo deslanchar, com um bilionário pacote de parcerias com a administração federal, é mesmo uma das prioridades do governo. Além dos agradecimentos pelo apoio político da presidente à sua eleição, Haddad afirmou, em entrevista após o encontro de 40 minutos, que já tratou de assuntos administrativos com a presidente.

- Vim agradecer todo o seu empenho, a sua amizade e o seu carinho, mas já estabelecer com ela uma rotina de trabalho. Foi uma conversa de agradecimento, mas já endereçamos alguns assuntos importantes para a cidade. A presidente conhece o meu estilo de trabalho, trabalhamos juntos como ministros e depois fui seu ministro - disse.

- Eu passei por dois ministérios, Planejamento e Educação. Conhecer como a máquina federal funciona poderá ser muito proveitoso. Teremos um grupo de trabalho, discutindo também as parcerias que foram anunciadas e gostaria de ver implantadas na cidade em torno dos eixos estruturais do meu programa de governo – afirmou.

O prefeito eleito disse também ter conversado amenidades com a presidente, mas reconheceu que o tema da dívida foi discutido no encontro.

- Não entramos em temas específicos, tangenciamos esse assunto. Todos comungamos do mesmo objetivo de fazer uma parceria em torno de todos os temas de interesse de São Paulo. Esse assunto é presente nas nossas conversas, mas há também os investimentos federais que pretendo levar para São Paulo - afirmou.

Haddad comentou o papel da presidente e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua eleição:

- Eles são figuras centrais no cenário nacional - disse, acrescentando o papel de Lula na sua administração:

- É um conselheiro de todos nós.

Do Planalto, Haddad, acompanhado da mulher, Ana Estela, seguiu para o Ministério da Educação:

Tenho certeza de que uma parte do êxito em São Paulo tem muito a ver com o que os professores e professoras do Brasil conseguiram na minha gestão. Uma forma de homenageá-los é visitar meus amigos do MEC. Haddad disse que vai descansar até a próxima semana e, então, passará a cuidar da transição. O grupo que cuidou do programa de governo, coordenado por Antônio Donato, vai fazer a transição. Antes de anunciar o secretariado, disse o prefeito eleito, será discutido o organograma da prefeitura de São Paulo.

Brasil 247

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Fernando Haddad Prefeito! São Paulo em festa !!!


Eu sou o segundo "poste" do Lula...
  (Fernando Haddad, comemorando a vitória na Avenida Paulista)


Dia lindo em São Paulo. Sol brilhando logo cedo, céu muito azul, ar puro, limpo, pássaros cantando, gente feliz nas ruas, indo para o trabalho...

A cidade amanheceu em festa!

28 de Outubro de 2012: Dia da Libertação de São Paulo.

Fernando Haddad foi eleito ontem Prefeito da cidade.


                                                                              Imagem da campanha

Depois de eleger Dilma Rousseff sua sucessora, "São Lula" e seu extraordinário gênio político elegem mais um "poste".

Outros "postes" virão. O coração do ex-presidente é generoso, sensível, intuitivo. E sua inteligência política sabe que precisa ir promovendo uma renovação no partido e na política. Quadros não faltam ao PT e aos partidos verdadeiramente progressistas...

São Paulo não pode parar. A vida anda para a frente. É preciso olhar para os próximos anos e para o futuro. "Postes" não faltarão para disseminar as Trevas. De poste em poste, Lula vai iluminando o Brasil...

São Paulo mais uma vez agradece e comemora!

Viva São Paulo !!! VIVA O POVO BRASILEIRO !!!

Convido todos a assistir a mais um vídeo com imagens da amorosa e acolhedora cidade de São Paulo, a maior cidade do Brasil, uma das maiores do planeta, onde 11 milhões de pessoas das mais variadas origens convivem em harmonia. 

A cidade que não pára nunca, vibrante, pujante, belíssima...



Link do vídeo

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