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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Brasileiros pedem desculpas a Yoani Sánchez


YOANI SÁNCHEZ NO BRASIL


Felizmente é uma minoria - mal-educada, grosseira, tacanha, autoritária, tosca, anacrônica... - que promove ataques, difamação e linchamento moral da escritora e blogueira cubana Yoani Sánchez.

"Filhotes da ditadura", democratas de "meia tigela", não respeitam os direitos da cidadã cubana de vir ao Brasil, participar de eventos, dar entrevistas e palestras e expressar suas opiniões.

Por sorte a ativista cubana sabe bem o que é intimidação e constrangimento, e vem recebendo muitas manifestações de carinho e solidariedade por onde passa. No Recife, um advogado mandou instalar um outdoor com pedido de desculpas à blogueira!!!

Hoje Yoani se despede do Brasil passeando e sendo tietada no Rio de Janeiro. Em seu Twitter, ela nos contou horas atrás:

"Calor humano por todos lados..."

"La gente en la calle con mucho cariño hacia mí. Muchos gritan Viva Cuba Libre!!!"

                                                            Facebook/Yoani Sánchez


BLOGUEIRA
Outdoor na Agamenon Magalhães pede desculpas a Yoani Sánchez


Peça foi assinada pelo advogado Silvio Amorim


Foto: Clemilson Campos/JC Imagem



Quem passa pela Avenida Agamenon Magalhães, uma das mais importantes e movimentadas do Recife, pode perceber um outdoor fazendo referência à passagem da cubana Yoani Sánchez pelo País. Mais: a peça, colocada na tarde deste sábado (23), é um pedido de desculpas pela hostilidade com que a blogueira foi tratada quando esteve no Brasil, inclusive em Pernambuco. A peça foi assinada pelo advogado Silvio Amorim.

"Fiquei envergonhado com tudo que Yoani passou aqui no Brasil. Uma pessoa que sofreu tanto na vida em Cuba, consegue um visto para deixar o país dela, vem ao Brasil e é tratada daquele jeito, com protestos e falta de respeito. O que fizeram com Yoani está longe de ser liberdade de expressão. Foi desrespeito, canalhice", disse Silvio Amorim.

O advogado lembrou dom Helder Câmara ao falar sobre o caso. "Dom Helder foi várias vezes a outros países, durante a ditadura militar, e nunca foi hostilizado dessa forma. Se tivesse sido, ficaríamos revoltados. Por que tratar Yoani daquele jeito? Fiz o outdoor na esperança que, de alguma forma, ela fique sabendo que a grande maioria dos brasileiros e sobretudo dos pernambucanos não concorda com a forma como ela foi tratada aqui".

Por onde passou, Yoani foi alvo de protestos. Em Pernambuco, o protesto aconteceu no Aeroporto dos Guararapes. Em Feira de Santana, na Bahia, os protestos foram mais pesados e alguns eventos precisaram ser cancelados. Em entrevista, a blogueira disse que o protesto era uma forma de expressão que ela não tinha em Cuba, mas a violência com que eles estavam acontecendo no Brasil a assustava.

Jornal do Commercio Online

Destaques do ABC!

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Blogosfera "progressista" semeia ódio contra Yoani Sánchez


OPINIÃO


Falsos, antidemocratas, partidários do pensamento único, alguns representantes da blogosfera dita "progressista" participam do linchamento moral contra a cidadã cubana Yoani Sánchez, ativista e blogueira. Hoje tem gente na blogosfera "descendo do salto" e dando um piti, de forma infantiloide, tosca e ridícula.

Eu sei do que estou falando, pois fui vítima da ignorância desse grupelho. Não admitem independência, pensamento autônomo, diversidade de opinião.

Teria sido muito mais educado e republicano da parte deles convidar a mundialmente famosa blogueira cubana para um debate no tal Centro de Estudos da Mídia Alternativa, em vez de ficarem, covardemente, reproduzindo ataques e participando de bullying virtual contra ela. E insuflando ódio de seus leitores a uma cidadã cubana, blogueira e tuiteira, que escreve sobre o dia a dia do país em que nasceu e vive há 37 anos.

Intolerância. Truculência. Totalitarismo. Ressentimento. Inveja.

A alma humana é mesmo insondável.

Os vários prêmios internacionais recebidos por Yoani Sánchez, seus milhares de seguidores e acessos no mundo todo, podem estar mexendo com a indisfarçável vaidade e a dolorosa mediocridade de alguns colegas de blogosfera.

Abaixo um artigo publicado antes do embarque de Yoani para o Brasil, já prevendo o festival de baixarias que ela teria que encarar.


                                                         Yoani Sánchez/Facebook

Os ataques rasteiros a Yoani Sánchez

A mulher é uma ricaça, regressou a Cuba só para lucrar com a infelicidade alheia, e de lá sai apenas para confabular com reacionários.


Daniel Lopes (17/02/2013)



— O PC cubano vai ao Photoshop –

A jornalista e ativista pró-democracia Yoani Sánchez enfim está saindo de Cuba para uma passagem por vários países, entre os quais o Brasil. Os veículos mais respeitáveis da esquerda ainda não publicaram seus textos ok-a-causa-dela-é-justa-mas-ela-também-não-é-nenhum-anjo. Mas ativistas e sites das camadas mais baixas, mas não pouco influentes, da banda progressista nacional já se movimentam há alguns dias, e se movimentarão ainda mais nos dias que seguem. Não, eles não acham que Yoani seja um anjo.

Uma das denúncias mais frequentes e toscas que se faz à blogueira é a de sua condição de “rica”. Sem dúvida, o salário pago a ela pelo jornal espanhol El País é bem razoável, apesar de não lhe transformar numa milionária. (Uma variante desse ataque é a linha do PC cubano de que a escritora “recebe dinheiro de potências estrangeiras”.) O que ela ganha, faz por merecer: por seu texto de qualidade, sua condição de dissidente célebre e seu papel de correspondente de um dos jornais mais respeitáveis do mundo na capital da última ditadura do continente americano. Para quem estiver realmente preocupado, há muitos outros trabalhadores com ocupação mais lamentável em Cuba – por exemplo, diretores de prisões que guardam presos políticos – e, possivelmente, com melhores salários.

Outros ataques apontam o fato de, embora Yoani ter passado os últimos tempos reclamando que não podia sair de Cuba, ela na verdade já ter conseguido sair, anos atrás, mas mesmo assim resolveu voltar. Esse é o argumento “Cuba: ame-a ou deixe-a”. Porque ninguém deve ter o direito de ficar num país se for para fazer oposição cerrada ao governo, ou tem? Yoani é cubana e com orgulho. Conhece como poucos a cultura do país. Não passa pela cabeça dos críticos que, ao manter campanha permanente contra a gerontocracia, ela honestamente queira o melhor para o país, porque os críticos associaram a gerontocracia ao melhor de Cuba.

O fato de Yoani ter saído e regressado a Cuba prova, na cabeça dessa esquerda com que estamos preocupados, que o regime cubano não pode ser tão ditatorial quanto dizem. Mas, sim, ele é. Não ter permitido a volta da blogueira lá atrás teria sido uma amostra de autoritarismo, da mesma forma que foi uma amostra de autoritarismo ter permitido a entrada mas não futuras saídas. E agora que Yoani pôde sair? Isso indica um relaxamento nesse ponto específico, relaxamento que se deve em grande parte a uma pressão internacional e nada a quem nunca achou que havia algo para relaxar, pra começo de conversa. Que ninguém se engane, porém: ainda há um longo caminho até a democratização.

Um intelectual bastante referenciado pelos ativistas brasileiros “pró-Cuba” é o sociólogo francês Salim Lamrani. Nunca ouviu falar? Não se preocupe, eu apresento. Lamrani é um professor universitário cuja especialidade é Cuba, e as relações desta com os Estados Unidos. Na opinião do professor Lamrani – que já subscreveu seu nome em vários manifestos por um mundo melhor –, virtualmente não há problemas em Cuba e, quando os há, é unicamente por culpa do bloqueio econômico estadunidense. No texto mais recente do destemido ensaísta traduzido no Brasil, publicado no Opera Mundi, ele jura que existe plena liberdade para debates na ilha e que Raúl Castro é “o verdadeiro dissidente” do pedaço. Pois é. Percepções em contrário existem apenas por culpa do “Ocidente” – essa entidade que, quando não está fazendo mal ao mundo, está interpretando mal o bem que se faz no mundo.

Salim Lamrani é a única autoridade que Altamiro Borges evocou para passar adiante bobagens contra Yoani Sánchez. Intelectualmente, Altamiro não existe. Se o cito aqui é porque ele personifica a chamada blogosfera progressista brasileira, e tem muitos milhares de leitores e seguidores. Ele também é “secretário nacional de Questão da Mídia” do Partido Comunista do Brasil, agremiação da base de apoio do governo federal, o que mostra como a defesa da “democratização da mídia” está muitas vezes nas mãos de apologistas de ditaduras. O PCdoB, por sua vez, é um exemplo acabado de falência moral na esquerda. Tendo nascido entusiasta de Mao Zedong e lutado para emplacar um maoísmo adaptado às condições brasileiras, as bases do partido se mostram há algum tempo menos empolgadas com a China – país que chegou naquele estágio do socialismo em que falar mal do capitalismo dá cadeia – e mais afeitas a experiências mais próximas como Cuba e socialismos do século 21.

Uma linha que vai correr solta quando Yoani estiver pelo Brasil será a de que ela veio apenas ou principalmente para participar do Fórum da Liberdade, “de direita”. Primeiro: não, não veio. Segundo: bem, meus amigos, eu aposto que a moça adoraria receber um convite para debater Cuba, digamos, na sede da União Nacional dos Estudantes. Mas, se este e outros locais estão com as portas fechadas – ocorrendo também de, no caso da UNE, serem na verdade propagandistas do regime caribenho –, o que a jornalista deveria fazer? Falar apenas em praça pública? Esperar até que a esquerda se revolte contra a ditadura de esquerda e aí então lhe convide para um chá? No início do ano passado, Yoani teria gostado de vir ao Brasil para o lançamento do documentário Conexão Cuba-Honduras. Na ocasião, o senador Eduardo Suplicy soltou uma carta aberta ao embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Zamora Rodríguez, intercedendo em prol da dissidente. Em vão.

Por outro lado, o que o senhor Rodríguez fez, agora, foi transformar a embaixada cubana em Brasília num centro para propagação de calúnias contra Yoani Sánchez. De acordo com o apurado pela Veja, gente do PT, do PCdoB e da CUT esteve reunida com representantes da ditadura, entre os quais um “conselheiro político” (Rafael Hidalgo) e o próprio embaixador. Na ocasião, foi apresentado um “dossiê” recheado de informações supostamente constrangedoras sobre Yoani, para serem espalhadas durante sua passagem pelo Brasil.

Independente do escalão, a presença de gente do PCdoB numa reunião dessas jamais me surpreenderia. Da CUT, deve ter sido gente pequena, nos dois sentidos. Do PT, idem. Exceto pela presença de Augusto Poppi Martins, nada menos que assessor do influente ministro Gilberto Carvalho. Isso é preocupante e justificaria a presença de Carvalho para prestar esclarecimentos no Congresso. Poppi Martins recebe salário para ser “coordenador geral de Novas Mídias” da Secretaria-Geral da presidência.


Amálgama

Destaques do ABC!

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Protestos contra Yoani terminam no McDonald's


RIR PRA NÃO CHORAR



                                                        Do Facebook de Yoani Sánchez

Protesto Revolucionário contra Yoani Sánchez termina no McDonald's

EMMANUEL GOLDSTEIN 

Para comemorar mais um dia cansativo de protestos democráticos contra a blogueira Yoani Sánchez, grupos de manifestantes progressistas ligados a UJS (União da Juventude Socialista), ao PC do B e ao PT, fizeram uma pausa na Revolução para comer os lanches deliciosos preparados por uma empresa capitalista em um shopping no Conjunto Nacional, na região central de São Paulo.

Inicialmente houve uma votação para escolher a rede de "fast food" que mataria a fome revolucionária. Entre as diversas opções (Bob's, Subway, McDonald's, Burger King, etc.), o McDonald's venceu com ampla vantagem. Somente um manifestante discordou da decisão e afirmou categoricamente que "a metade dos votos foi comprada". "Não existem provas concretas de que os votos foram comprados", disse o líder do PT.


Para resolver o imbróglio, criou-se um Tribunal Revolucionário. Após um julgamento justo e sumário, com direito à ampla acusação e nenhuma defesa, o agente provocador foi democraticamente expulso. "Sempre desconfiei que ele fosse um direitista agente da CIA", declarou o Promotor Revolucionário de Acusação (nomeado pelo líder do PT).

A maioria optou pelo McLanche Feliz. "O MST sempre come aqui no McDonald's. No meu McLanche Feliz veio o Toonix Punk. Batizei ele de Vladimir Lênin!", disse um militonto da UJS.

Enquanto lanchavam e conversavam, surgiu uma discussão séria sobre a abolição da propriedade privada e a estatização dos meios de produção do McDonald's. "... pelo bem e pela felicidade de nosso povo e dos trabalhadores de todo o mundo!", berrou um militante do PC do B.


"A vitória alcançada na Revolução Cubana repercute ainda de maneira profunda nos corações revolucionários da classe operária. O McDonald's deve ser convertido em patrimônio dos povos, a serviço da humanidade! McStalin para todos!", declarou um militante do PT.

Terminado os comes e bebes, os revolucionários socialistas tupiniquins foram fumar maconha no vão livre do MASP. "A maconha aumenta as capacidades cognitivas e a inteligência", declarou o líder da UJS.







Comentários

Luis 23-02-2013 13:08
Estava no banheiro e perguntei para um dos revolucionários que ali estava com a bandeira de Cuba e um pano na mão: - O que acontece companheiro?. ele respondeu: "esses... FDP, pisaram no meu Nike novinho".

Bia 22-02-2013 15:59
Bom saber q n sou a [unica que acredita nesses meteoros fake. ah...ujs [e ujs. Esperavam o que?!

Alexandre Oliveira 22-02-2013 14:00
"Terminado os comes e bebes, os revolucionários socialistas tupiniquins foram fumar maconha no vão livre do MASP."
Como não poderia deixar de ser... Sensacional!

Vanguarda Popular

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