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sexta-feira, 15 de abril de 2011

180 dias do ABC!

Caríssimos,

Apesar dos problemas que estou enfrentando, correndo riscos sérios a minha

vida e integridade física, hoje é um dia de festa pra mim. O Abra a Boca,

Cidadão! completa seis meses no ar.


Neste período, fiz muitos amigos na blogosfera, e passei a escrever também

em dois outros blogs, o Terra Brasilis, do amigo-blogueiro DiAfonso, do

Recife, e o Ponto e Contraponto, do amigo-blogueiro Len, do Rio de

Janeiro.


Como escritora e ativista, a blogosfera me abriu um mundo de possibilidades.

O ABC! já foi visitado mais de 10.000 vezes, nos quatro cantos do mundo.

Cidadãos e cidadãs internautas nos Estados Unidos, em Portugal, França,

Grã-Bretanha, Alemanha, Holanda, Suíça, Canadá, Bélgica, Itália, Suécia,

Ucrânia, Rússia, Croácia, Espanha, Japão, Argentina, Uruguai, Venezuela,

México, Hungria, Gana, África do Sul, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau,

Cabo Verde, Austrália... acessaram o ABC! nestes seis meses. E para minha

surpresa, também em Israel, Cingapura, Coréia do Sul, Vietnã, China,

Eslovênia, Timor-Leste, Índia e Indonésia o ABC! foi lido.


Isto mostra o potencial imenso da blogosfera e o papel que pode vir a

desempenhar na promoção dos direitos humanos e da cidadania na 

era planetária.


Comemoro estes 180 dias de "trincheira virtual", reproduzindo o post do dia 15

de outubro de 2010, Dia do Professor e da Professora, quando teve início o

ABC!


Um abraço carinhoso e cidadão pra todos os amigos e leitores.



Apenas uma cidadã

NÃO sou petista. Nem roxa nem vermelha. Não me filio a partido algum, a grupo nenhum, ideológico ou de qualquer outra natureza. Sou INDEPENDENTE, LIVRE PENSADORA, CIDADÃ. E socialista.

Sou simplesmente uma brasileira. Que há 34 anos, desde quando iniciou seus estudos na USP, em 1976, sob a feroz ditadura militar imposta ao País, começou a participar de movimentos estudantis (passeatas, atos públicos, manifestos) para "devolver" os militares aos quartéis... Um passado de luta dentro dos espaços que estavam disponíveis.

Sou simplesmente uma brasileira, que por seu esforço alcançou três diplomas na mais importante universidade do País.

Nos últimos 34 anos, fui muitas vezes perseguida nos lugares onde trabalhei, por ter um pensamento e um posicionamento progressista, de esquerda. Recentemente (2004) fui sumariamente demitida como Professora Assistente na Escola de Comunicações e Artes da USP, pois minha presença ali "colocava em risco" grupos de poder que fatiaram em feudos a escola e alguns setores da universidade. NUNCA prestei "culto de vassalagem" a senhor feudal nenhum, muito menos a reles e por vezes intelectual e moralmente indigentes "donatariozinhos"!...

Sou simplesmente uma brasileira que há mais de três décadas procura fazer sua parte para que o Brasil se torne um país digno e soberano. Para todos. E que viu nos últimos 8 anos este País acolher seus filhos mais humildes, tirando milhões da pobreza. Que viu o governo que aí está criar 14 universidades públicas e mais oportunidades de estudo a milhares de jovens. Que viu este País ser ouvido, reconhecido e respeitado internacionalmente.

Sou simplesmente uma brasileira, uma cidadã, que há 24 anos acompanha, estuda e analisa a mídia, e há 19 anos, depois de conseguir o título de Mestre em Ciências da Comunicação (Jornalismo e Editoração), ministrou cursos em universidades públicas e particulares para alunos de Jornalismo, Rádio e TV, Editoração, Letras, Biblioteconomia e outros.

O Brasil, este país maravilhoso que todos amamos, não merece esta mídia canalha, medieval, corrupta e apátrida, que produz diariamente, aos borbotões, jornalismo de esgoto, eivado de mentiras, calúnias, difamações contra uma mulher digna e um governo popular. O Brasil não merece estas elites trevosas, ignorantes, mesquinhas, perversas e pervertidas, cuja única pátria se chama dólar, dinheiro, interesses inconfessáveis.

Em tempos de internet, esta simples brasileira passa a atuar também numa trincheira virtual, para veicular suas ideias, talvez com exagerada veemência algumas vezes, mas sempre com a "indignação justa" de que falava Gandhi.







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