Tradutor

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Dilma anuncia a Comissão da Verdade


Presidenta Dilma Rousseff anuncia integrantes 

da Comissão da Verdade



A presidenta Dilma Rousseff definiu hoje (10) os nomes que vão compor a Comissão da Verdade. José Carlos Dias, Gilson Dipp, Rosa Maria Cardoso da Cunha, Claudio Fontelles, Paulo Sérgio Pinheiro, Maria Rita Kehl e José Paulo Cavalcanti Filho aceitaram o convite da presidenta e farão parte da comissão. Os nomes dos sete integrantes da comissão serão publicados na edição desta sexta-feira (11) do Diário Oficial da União.

Eles serão empossados na próxima quarta-feira (16) às 11 h no Palácio do Planalto. Dilma Roussef convidou para a posse dos integrantes da Comissão da Verdade os ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, todos confirmaram presença na posse.



Blog do Planalto


*

Gurgel, a "Vitimologia" e o freezer


E a CPI do Fim do Mundo continua fazendo vítimas. Procurador-Geral da República em péssimos "lençois"...


Gurgel prefere o ataque a explicar seu atraso ilegal



Para muitos, a melhor defesa é o ataque. Uma tática militar antiga e até mencionada na Arte da Guerra, um escrito do chinês Sun Tzu, por volta do século IV AC.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, parece ser adepto dessa velha e surrada tese militar.

A propósito, muita usada por políticos brasileiros para se fazerem de vítima, mudar o foco e incorporar o papel de vítimas.

Nos tratados sobre “vitimologia” escritos por juristas não há registro sobre aqueles, como Gurgel, que se colocam como vítimas para descumprir a obrigação de informar os cidadãos, algo fundamental nos Estados Democráticos de Direito.

Gurgel disse que os ataques recebidos, referentes ao inquérito policial nascido com a Operação Vegas que colocou na geladeira desde 2009, são de autoria dos que estão “morrendo de medo do Mensalão”.

Muitos cidadãos brasileiros não são réus no processo conhecido como Mensalão e estranharam ter Gurgel “sentado em cima” de um trabalho investigativo que já apontava para o que se sabe agora, ou seja, o envolvimento do senador Demóstenes Torres com a organização criminosa comandada pelo “capo” Carlinhos Cachoeira.

Que o Partido dos Trabalhadores (PT) e os Zé Dirceus e Jeffersons da vida tenham interesse em desprestigiar Gurgel, é simplesmente constatar uma obviedade. Mas, convenhamos, Gurgel deu de bandeja uma justificativa para os seus desafetos: em alegações finais, no processo do Mensalão, o procurador Gurgel pediu a condenação de mensaleiros de alto coturno da vida político-partidária.

O inquérito referente à Operação Vegas só foi desovado por Gurgel depois de cobrado por parlamentares, que não eram só do PT. A carga principal foi de parlamentares do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), que não tem acusados de mensaleiros.

Como sabe até a torcida do Flamengo, o procurador Gurgel, se não tinha elementos para propor ação penal ou requisitar novas diligências, deveria, em prazo razoável, ter pedido o arquivamento dos autos de inquérito.

Pelo informado na CPMI pelo delegado Raul Alexandre Marques de Souza, o procurador Gurgel determinou à esposa Cláudia Sampaio, que é subprocuradora, para, informalmente, participar ao presidente do inquérito policial federal (Raul Alexandre Marques de Souza) a inexistência de indícios com lastro de suficiência com relação ao senador Demóstenes. Ora, um procurador-geral bem sabe que, em casos tais, o caminho é solicitar o arquivamento ou novas apurações. Jamais colocar no “freezer” um inquérito: no freezer de Gurgel permaneceu o inquérito da Operação Vegas de 2009 até ser cobrado por parlamentares em 2012.

Nesse período de freezer, como destaquei no post de ontem, Demóstenes fez pressão (para manter no freezer o inquérito citado) contra a recondução de Gurgel ao segundo mandato. Gurgel contava, na recondução, com o apoio do então ministro Antonio Palocci, de triste memória. Palocci é aquele da violação do sigilo do bancário do caseiro e do aumento pantagruélico do patrimônio pessoal, que Gurgel, para usar uma expressão popular, “deixou barato” e deu tratamento, agora com expressão mais erudita, de “vela de libra”.

Quanto ao Mensalão, observe-se que a acusação (denúncia) não foi formulada por Gurgel, mas pelo então procurador-geral. Caberá aos ministros do Supremo Tribunal Federal, e não a Gurgel, o julgamento.

No caso, o Ministério Público, representado por Gurgel, é parte processual. Parte acusadora e no mesmo pé de igualdade com as partes acusadas, ou melhor, com os réus.

Nenhum cidadão brasileiro é idiota a ponto de confundir o processo do Mensalão com inquérito Vegas, colocado por Gurgel contra a lei no freezer.

Na verdade, Gurgel foge ao dever de explicar a razão de não ter, de 2009 a 2012, pedido, nos autos do inquérito gerado pela Operação Vegas, arquivamento ou novas diligências.

Até agora as suas explicações sobre o atraso não encontram suporte jurídico.

Pano rápido. Gurgel usa de diversionismo e coloca todos os que o cobram, como acontece neste blog, como petistas. O titular desse espaço nunca foi petista e, com 65 anos de idade, jamais se filiou a partidos políticos.

Wálter Fanganiello Maierovitch



Blog Sem Fronteiras


*

Cachoeira e Operação Monte Carlo: tudo na web

Na Era da Informação, na Sociedade Planetária e Midiática, não existem mais privacidade e anonimato. E pelo jeito nem segredo de justiça...

247: 40 giga de informação da Operação Monte Carlo


Foto: Divulgação


EXCLUSIVO: BRASIL 247 OBTÉM TODA A INVESTIGAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL SOBRE O MAIOR ESCÂNDALO POLÍTICO DOS ÚLTIMOS TEMPOS NO PAÍS; PUBLICAÇÃO COMEÇA AGORA; GRAMPOS, DIÁLOGOS E VÍDEOS INÉDITOS; SAIBA AQUI O QUE NEM A CPI SABE

Vassil Oliveira _247 – Brasil 247, com exclusividade, acaba de obter os documentos de toda a investigação feita pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo. São 40 giga de textos, grampos telefônicos, campanas e vídeos capturados de personagens ligados direta ou indiretamente à quadrilha chefiada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira.
Um impressionante conjunto de fatos que compõem todo o quebra-cabeças do maior escândalo político dos últimos tempos no Brasil.
Acesse, nos links abaixo, os primeiros documentos do conjunto obtido com exclusividade por Brasil 247. Em seguida, tem mais!
No primeiro vazamento, dois CDs da operação Monte Carlo
Ao todo, são 21 CDs contendo centenas de arquivos de áudio cada um; nos dois primeiros, há inúmeras conversas envolvendo o araponga Dadá. O primeiro arquivo disponibilizado pelo 247 contém dois CDs da Polícia Federal, com centenas de gravações. No CD 00139, os alvos são Major Silva (61 8133-3021) e Raimundo (61 9327-0256), assessores de Carlos Cachoeira. Dezenas de conversas envolvem o araponga Dadá.
No segundo CD, 00478, são sete alvos e centenas de gravações também. É importante que o leitor busque o index.html, onde é possível encontrar áudios, transcrições e descrições das conversas pela PF. 
Baixe aqui:
Os vídeos do araponga Jairo
Acostumado a filmar, Jairo Martins, araponga que era fonte de Veja, também foi filmado. Assista aos vídeos em que Jairo Martins é filmado pela Polícia Federal. E ouça os comentários dos policiais sobre seus movimentos: 
Volume da busca e apreensão
Terceiro lote divulgado pelo 247 inclui a parte do inquérito referente às operações de busca e apreensão. Seguem agora uma série de arquivos em PDF. É a parte referente às ações de busca e apreensão contra todos os alvos da Operação Monte Carlo. Baixe aqui:
431 diálogos entre os comparsas de Carlinhos Cachoeira e com o próprio bicheiro
Numa das conversas, em 5 de janeiro de 2011, quando estava em Miami, contraventor Cachoeira trata da ocupação de cargos no governo de Goiás e cita várias vezes “Marconi”. Baixe aqui: 
https://docs.google.com/open?id=0B5pVV5g_nXq6MDM1a29qWFZuMkE


Confira o conteúdo dos 21 CDs com gravações da Operação Monte Carlo
Na nossa página no Facebook, mais conteúdo exclusivo da Operação Monte Carlo.


*

Blogueira Cidadã e a patologia social


O câncer moral se alastra. 


Falo da enfermidade instalada no tecido social do bairro de Engenheiro Goulart, Penha, zona leste da cidade de São Paulo, tantas vezes mencionado aqui. O câncer da cobiça. O câncer da ganância. Um câncer devastador, que vai corroendo e apodrecendo tudo o que encontra pela frente.



Descalabros semelhantes acontecem em outras regiões do Brasil.


Não se trata câncer, a doença, com aspirina ou homeopatia. Ele precisa ser combatido com quimio/radioterapia ou extirpado por cirurgia.


Com o câncer social o tratamento deve ser o mesmo: drástico, radical. 


Polícia, Judiciário e Ministério Público: ajudem a blogueira a ter seus direitos reparados!


JUSTIÇA Já para a Blogueira Cidadã!!!




Viva o crime

Lúcio Flávio Pinto

O “milagre econômico” dos civis superou o dos militares. O Brasil se tornou rico como nunca antes, parafraseando Lula. Mas nunca o crime foi tão intenso e eficiente. Com mais dinheiro circulando, há mais quadrilhas empenhadas em desviá-lo.

O Brasil nunca foi tão rico em toda a sua história. Em compensação, a criminalidade nunca foi tão grave. É uma relação de causa e efeito? Pode ser. Não se tem ainda, no entanto, como demonstrar o nexo de causalidade. Mas pode-se chegar a uma conclusão surpreendente – e inédita: o crime se estratificou no Brasil.

O crime dito de colarinho branco se sofisticou na mesma medida em que passou a movimentar valores em dinheiro e símbolos de poder que colocam o Brasil no topo do ranking nesse segmento. Certamente numa posição mais avançada do que o 6º lugar em que o país está dentre os PIBs mundiais.

O recorde anterior era o 8º lugar, conquistado na década de 1970, com o “milagre econômico” do regime militar. Depois o Brasil regrediu quatro posições, até recomeçar a subir, superando seis países, depois do Plano Real, na busca da realização do sonho geopolítico do Brasil Grande, sócio do Primeiro Mundo.


Veículo da morte

Os criminosos de colarinho branco não têm mais por hábito matar. Ou não mais como primeira alternativa diante das dificuldades. Eles liquidam moralmente, ou financeiramente, graças às armas que a mais alta tecnologia lhes fornece. Podem ter que usar o recurso extremo, mas, quase sempre, só no desespero.

Litigam a partir de suas mesas, diante de um computador, com assessorias visíveis e invisíveis (estas, as mais eficientes, principalmente as não assumidas ou não declaradas). Usufruem de um dos maiores progressos feitos pela ditadura: o aperfeiçoamento dos mecanismos de investigação e de descoberta (ou produção) de provas de ilícitos. É a teia de espionagem, que multiplicou os arapongas, antigamente conhecidos por dedos-duros (sem dispensar o hífen)

O exemplo mais recente e acabado desse modo de proceder é o do suposto empresário Carlinhos Cachoeira. Ele não se enquadra no modelo de bicheiros como Anísio Abrahão ou Castor de Andrade. Conta com senadores, deputados federais, governadores, empresários, jornalistas, que comem em suas mãos, nem sempre de forma simbólica.

Está conectado a empresas muito maiores, dentro e fora do país. Mesmo alvejado por disparos verbais e ameaças materiais que derrubariam outro delinquente, se mantém calmo. Sua munição é tão vasta quanto imprevisível. Seu arquivo eletrônico é seu seguro de vida. Embora sem garantia certa ou cobertura definida.

Mas há o crime de rua, violento e sangrento, como “nunca antes”, para usar o bordão do ex-presidente Lula. O líder-guia do PT, aliás, contribuiu para esse “aperfeiçoamento” maligno com seu populismo de resultados, mais eficiente e mais inescrupuloso do que o populismo amador e romântico dos políticos da República de 1946. O do líder sindical é, et pour cause, profissional. Sublimemente (ou subliminarmente) mafioso. O Brasil dos nossos dias é uma recriação monumental da Chicago do entre as duas guerras mundiais do século 20.

Vem do Maranhão o mais recente exemplo dessa criminalidade. Na noite do dia 23/4 um homem desceu de uma moto, na qual era o carona, com a cobertura de uma segunda moto. Caminhou calmamente até um dos restaurantes da frequentada e admirada orla litorânea de São Luiz do Maranhão, ponto turístico nacional.

Foi até uma das mesas, tirou uma pistola calibre 40, a preferência policial por sua potência e eficiência. Mirou no ocupante de uma das mesas, que estraçalhava caranguejos, como costumam noticiar as colunas sociais.

Fez seis disparos com direção certa e objetivo definido: matar sem piedade, tripudiar sobre a morte. Duas balas atingiram a cabeça da vítima. Outras duas, o pescoço. E mais duas a região do coração. Sangue espirrou, carregado de massa encefálica, pele e osso. Os tiros não foram apenas para matar: a morte devia servir de mensagem a quem interessar pudesse. E advertência.

O assassino olhou em torno, disse palavras ameaçadoras para o garçom, que testemunhara estupefato o crime, guardou a arma e saiu com a mesma calma da chegada. Não escondeu o rosto nem teve pressa em fugir.

Subiu na moto e sumiu, sempre com a cobertura do segundo veículo (inspeções constantes a motocicletas devia ser uma estratégia sagrada no Brasil; elas se transformaram no veículo da morte). O criminoso não tinha receio em ser identificado nem, talvez, preso. Se for preso, acredita, será por pouco tempo. Tem cobertura – e da grossa.


Caranguejos cozidos

A vítima, Décio Sá, tinha 42 anos. Era jornalista havia muito tempo. Desde 2006 escrevia um dos muitos blogs criados por maranhenses que não têm onde se manifestar. Aqueles que querem se informar e informar os outros. É a alternativa à grande imprensa, dominada pelos grupos políticos e empresariais que mandam no Maranhão, o Estado mais pobre do Brasil (alguma relação com o fato de ser, geograficamente, Meio Norte, junto com o Piauí, metade Amazônia e metade Nordeste?).

Décio criou a imagem de jornalista investigativo, eficiente, audacioso e corajoso, graças ao blog, arma que exibe e esconde, revela e oculta, esclarece e confunde. Mas trabalhava havia tempo suficiente no maior grupo de comunicação do Estado para não ser definido apenas por blogueiro.

Sob essa outra veste, suscitava dúvidas quanto à sua independência e autonomia. Às vezes o tomavam por mensageiro da família Sarney, erro – ou confusão – quase inevitável. Ele era um repórter político especial do Sistema Mirante de Comunicação, afiliado à Rede Globo de Televisão e, em particular, do jornal O Estado do Maranhão, líder dos impressos maranhenses.

Esses veículos são dirigidos de perto pelo maior político do Maranhão, o ex-presidente da república e presidente do Senado, José Sarney. Nada de importante sai nos órgãos de comunicação do também ex-governador sem sua aprovação. O noticiário político, então, é criação sua. Nem sempre para reproduzir a verdade. Às vezes, também, para mandar recados. Ou pespegar estigmas conforme a utilidade ou conveniência.

As oligarquias no Maranhão não costumam aparecer na literatura que Sarney, também imortal da Academia Brasileira de Letras, costuma cometer. Nem é preciso: a ficção do senador beletrista é acanhada demais para dar conta de realidade de tal magnitude. Tão impressionante que dispensa pitadas de invenção. Basta olhar com olhos de ver e sentir com mãos de reproduzir a cena para que ela surja com fidelidade temerária à realidade que constitui tarefa de um herói. Talvez logo depois herói morto.

Décio Sá falava ao celular, em frente aos caranguejos cozidos, seu prato de resistência. Quando recebeu os tiros, o jornalista falava com Aristides Milhomem, mais conhecido por Tatá, vice-prefeito do município de Barra do Corda e irmão de Carlos Alberto Milhomem, deputado estadual.

Sem conseguir restabelecer a ligação, Tatá acionou Fábio Câmara, suplente de senador e amigo de Décio, que estivera em contato com outro amigo, um personal trainer, executado pouco antes, no mesmo dia, num ponto mais distante da faixa valorizada da capital maranhense. E que também iria para o bar Estrela do Mar para a caranguejada.


Regra de ouro

A última postagem de Décio no seu blog foi sobre o assassinato de Miguel Pereira de Araújo, o Miguelzinho. Ele foi morto em 1997 e o julgamento seria realizado em Barra do Corda, que forma com Presidente Dutra e Grajaú o principal reduto de pistoleiros no Maranhão.

O problema é que das 25 pessoas sorteadas para integrar o corpo de jurados, formado por sete membros, 25 eram ligadas a Manoel Mariano de Souza. Além de ser prefeito municipal, ele é pai do empresário Pedro Teles, acusado de ser o mandante do crime. Seria represália contra o alegado invasor de suas terras. Pedro é irmão do deputado estadual Rego Teles, do PV, o Partido Verde dos ambientalistas de ontem e de amanhã.

O advogado Leandro Sampaio Peixoto, defensor de Miguelzinho, pediu o desaforamento do júri para São Luiz no mesmo dia da morte de Décio, a quem forneceu cópia da petição. Nela, previu que o julgamento, se realizado em Barra do Corda, terá desfecho viciado. Os acusados serão absolvidos.

Ele sabe o que diz: é filho do ex-prefeito de Barra do Corda, Avelar Sampaio, do PTB. Foi Avelar, quando prefeito, quem cedeu do seu estoque os pistoleiros Moraes Alexandre e Raimundo Pereira para proteger Manoel Mariano. Na época os dois eram amigos. Rompidos, se tornaram inimigos. Manoel interrompeu a sucessão no poder da família do seu (ex) amigo. Delito sujeito à pena de morte.

Para as oligarquias que comandam o interior do Brasil, isso é crime imperdoável. Tem que ser quitado com outro crime, sem os refinamentos do pessoal do andar de cima, que circula de colarinho branco por esses ambientes. O encadeamento é óbvio. O problema é segui-lo.

Um leitor, que usou um nome falso (Madureira), fez o único comentário, postado momentos antes da consumação do assassinato do blogueiro. Concluiu: “tá na cara que é jogo de cartas marcadas. Precisa mais detalhes que esses?? creio que não !!”

Apesar do acesso constante ao blog, ainda mais depois do crime, ninguém voltou a se manifestar. O silêncio é a regra de ouro desses acontecimentos, cada vez mais frequentes no Brasil oculto. Quem fala muito morre com a boca cheia de formiga, ameaça uma tirada de humor negro. Muito negro.


*Lúcio Flávio Pinto é jornalista e editor do Jornal Pessoal (Belém, PA)