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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Programa de Governo de Marina: um verdadeiro "bundalelê"


ELEIÇÕES 2014




Vêm aí mais emendas no Programa de Governo de Marina Silva, aquele que tem diversos trechos copiados de programas do Lula, do PNDH do FHC  e outros textos oficiais, sem oferecer créditos aos autores.

Agora é o pessoal do agronegócio, que sempre foi execrado pela "Velha Marina", que quer (exige?): o fim da desapropriação de terras improdutivas, criado não pelos "comunistas do PT", mas pelo regime militar, e depois revisado no governo FHC.

Alguém acredita que quem mudou de lado, abandonando as origens, as lutas dos povos da floresta, vive de trololó com Neca Setúbal (Itaú), se aliou a outros banqueiros e sistema financeiro e baixa a cabeça pro Silas Malafaia, dando uma banana pro movimento LGBT, vai falar grosso com fazendeiros e empresários do agronegócio?

Esse programa marinista de governo é uma colcha de retalhos, está mais pra uma zoada, um "bundalelê", em que todo mundo põe a mão, mete a colher, faz o que quer... como bem observou o jornalista Fernando Brito.




Blablárina, rindo do Povo Brasileiro, achando 
que somos 202 milhões de otários...



No TIJOLAÇO:



Lá vem outra “emenda” no programa de Marina. Agora, o latifúndio “é de Deus”


Fernando Brito



Excelente a matéria do repórter Roldão Arruda, do Estadão, sobre as águas profundas da passagem de Marina Silva pela Expointer, ontem, no Rio Grande do Sul.

Agora, segundo ele, é a definição de índice de produtividade dos latifúndios, para fins de desapropriação de terras ociosas, que passou a ficar “pendente de revisão” no programa marinista.

Marina anunciou - junto dos outros pontos “já falecidos”, como a união homoafetiva – que iria revisar estes índices, que datam dos anos 70, quando a tecnologia agrícola engatinhava.

E ontem, o agronegócio exigiu que Marina passe a foice na promessa.

Aliás, querem mesmo é que se “avance” para o fim da desapropriação de terras improdutivas. Dizem que “o mercado” resolve isso sozinho:

- Viu que o produtor rural, quando fica com a produtividade abaixo da média, quebra. É o mercado que desapropria. Não precisa de um índice especial. Tem índice para fábrica? Cinema? Restaurante? Não. Porque numa economia liberal, competitiva, quem não for produtivo, quebra.”

Quem fala é o ex-ministro Roberto Rodrigues, que conseguiu que Lula não fizesse a revisão e agora, com Marina, percebe a chance de sepultar de vez a ideia de desapropriar terras. Sim, porque cinema e restaurante quem quiser e puder abre um até nos fundos do quintal. Terra é uma só.

O curioso é que estes índices não são uma perigosa invenção dos comunistas ou do MST. Foram fixados pelo governo militar e a lei tem hoje a forma que tomou em 1993, em pleno neoliberalismo.

O “programa” de Marina virou um “bunda-lelê”, como naquela música do Latino: todo mundo põe a mão, dos pastores aos latifundiários.



Tijolaço

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